quinta-feira, 13 de outubro de 2022

UNICEF ACREDITA QUE FRACO ACESSO DE COBERTURA DE VACINA CONTRA SARAMPO FEZ AUMENTAR CENTENAS DE CASOS NO PAÍS

©Unicef Guiné-Bissau

Por radiosolmansi.net  13/10/22

A representante do Fundo das Nações Unidas para as Crianças (UNICEF) acreditada que o fraco acesso de cobertura das vacinas contra o sarampo ao longo dos dois últimos anos fez com que a Guiné-Bissau registe mais de cento e vinte casos em diversas regiões do país.

A revelação da representante da UNICEF no país foi registada, esta quinta-feira, durante o lançamento da segunda fase de vacinação gratuita contra o sarampo no país.

Etona Ecole disse que em muitas crianças não foram detetados casos de infeção de sarampo, de devido a ausência das mães com as suas crianças nos momentos das vacinas de rotina.

“O fraco acesso de cobertura das vacinas contra o sarampo ao longo dos últimos 2 anos fez com que a Guiné-Bissau tivesse mais de cento e vinte casos em diversas regiões do país. Estima-se ainda que o valor seja mais elevado, uma vez que muitas crianças não chegaram as instalações de saúde e não foram detetadas como estando infetadas”, explica.

Entretanto a Directora-geral da saúde materno infantil Mamai Barbosa explicou as mães da importância desta vacina ora a ministrar.

“A vacina tem grande importância por que faz com as crianças sejam mais fortes, por isso exorto todas as mães para levarem os seus filhos para centro de saúde, mais próximo”.

O lançamento desta vacinação contra sarampo para crianças de 15 a 59 meses, vai ser ministrado em deferentes estruturas sanitárias do país.

Por: Turé da Silva

Comércio - ”Ausência de autoridade de Estado motiva aumentos de preços de arroz e demais produtos no mercado”, diz Bambo Sanha

Bissau, 13 Out 22 (ANG) – O secretário-geral da Associação dos Consumidores de Bens e Serviços (ACOBES) afirmou hoje que o aumento de preços de arroz e demais produtos  de primeira necessidade está a acontecer por falta de autoridade de Estado no país e vontade política do próprio Governo.

Bambo Sanhá que falava em entrevista à ANG sobre a subida de preços de arroz  e outros produtos de primeira necessidade, sustenta que, se existisse a  autoridade de Estado não seriam  os operadores económicos a determinar  a lei passando por cima do Governo e contra interesses dos consumidores.

Disse que a especulação  de preços dos produtos de primeira necessidade no mercado é uma preocupação para a ACOBES, há muitos anos, porque, diz, não se trata de um  cenário novo.

″O Ministério de Comércio, várias vezes aprovou estruturas de preços, fez termo de compromisso com importadores  sucessivamente, em cada importação surge novo termo de compromisso que determna os preços dos produtos no mercado”, revelou.

Aquele responsável sublinhou que, quando o Governo fixar um determinado preço para a venda do arroz, acontece que, cada vez que haja  nova importação o operador alega sempre que já não pode verder ao preço  anterior.

Acrescenta que  os importadores  têm alegado  sempre a  subida de preços no mercado internacional, obrigando com isso o Ministério do Comércio a fazer  novo termo de compromisso que adopta  novos preços em alta.

Segundo Bambo Sanhá, são nestas cisrcunstâncias que   o preço do arroz se dispara no mercado e actualmente  custa 23 mil francos por saco de 50 quilogramas.

Disse que, pela informação que receberam do interior do país, o arroz supremo já saiu  de 23 mil para 25 mil francos cfa cada saco de 50 quilogramas, o que a ACOBES diz ser  “espantoso” perante  um Governo que diz que quer ajudar a população.

O responsável da organização que defende os consumidores disse que o preço de arroz supremo chegou à esse valor por causa do termo de compromisso que o Governo estabeleceu com o importador representante do referido arroz no país.

“Para ACOBES é estranho a forma como a estrutura de preços dos produtos da primeira necessidade é aprovada no Ministério do Comércio, porque não existe nenhum forúm que junta todos os operadores do mercado para derimir assuntos ligados a problemática de qualidade de preço no mercado nacional”,referiu.

Bambo sustenta que a  ACOBES propôs, há muitos anos, a criação de um Conselho Nacional de Consumo, que deverá  envolver o setor público, privado e organizações dea sociedade civil, sindicatos, organização nacional de defesa dos consumidores e outros mas o Governo não se interessou por essa iniciativa.

“Em qualquer parte do mundo existe mercado livre e não preço livre, porque o preço livre é sinómino que o Estado abandonou a sua população nas mãos de comerciantes” criticou. 

ANG/MI/ÂC//SG 

Comunicado de imprensa PAM: O PAM APELA À AÇÃO NO DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO PARA EVITAR MAIS UM ANO HISTÓRICO DE FOME

O PAM APELA À AÇÃO NO DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO PARA EVITAR MAIS UM ANO HISTÓRICO DE FOME

Bissau – O mundo está em risco de mais um ano de fome sem precedentes à medida que a crise alimentar global continua a levar ainda mais pessoas à deterioração dos níveis de insegurança alimentar aguda, adverte o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM) no apelo a uma ação urgente para enfrentar as causas profundas da crise atual em vésperas do Dia Mundial da Alimentação, que se assinala a 16 de outubro.

"Estamos perante uma crise alimentar mundial sem precedentes e todos os sinais sugerem que ainda não assistimos ao pior. Nos últimos três anos, os números da fome têm atingido repetidamente novos picos. Deixem-me ser claro: as coisas podem e vão piorar a menos que haja um esforço em grande escala e coordenado para enfrentar as causas profundas desta crise. Não podemos ter mais um ano de fome sem precedentes", disse o Diretor Executivo do PAM, David Beasley.

A crise alimentar global é uma conjunção de crises concorrentes - causadas por choques climáticos, conflitos e pressões económicas - que tem continuado a aumentar o número de pessoas gravemente inseguras em todo o mundo, incluindo na Guiné-Bissau. Mais de 9 porcento dos Guineenses necessitam de assistência alimentar imediata, particularmente nas regiões de Gabu (31%), Oio (27,6%), e Bafatá (18,4%).

Com base no tema deste ano para o Dia Mundial da Alimentação - "Não deixar ninguém para trás" - o PAM apela a um esforço coordenado entre governos, instituições financeiras (IFI), sociedade civil, sector privado, e outros parceiros para mitigar uma crise alimentar ainda mais grave em 2023. Isto inclui o reforço das economias nacionais, sistemas de proteção social, e sistemas alimentares regionais e domésticos - à velocidade e à escala.

Na Guiné-Bissau, os planos de trabalho assinados em 2022 com os ministérios responsáveis pela agricultura, saúde e proteção social permitem que um quadro de coordenação e sinergia se torne crítico para uma resposta eficaz à atual crise alimentar exacerbada pela crise na Ucrânia. 

“Estamos comprometidos a continuar a trabalhar com as autoridades e parceiros de desenvolvimento na Guiné-Bissau para garantir que todos os Guineenses, sem exceção, tenham acesso a alimentos saudáveis e seguros”, afirmou o Representante e Diretor do PAM na Guiné-Bissau, João Manja.

“Em consonância com isso, estamos a desenvolver um novo programa de atividades mais abrangente e inclusivo para os próximos cinco anos, onde por exemplo, pretendemos continuar a impulsionar o programa de compra de produtos locais para abastecimento das cantinas escolares, com o duplo objetivo de melhorar a nutrição das crianças em idade escolar e apoiar a produção agrícola local”, explicou.

Entre outras atividades desenvolvidas na Guiné-Bissau, o PAM está a trabalhar com pequenos agricultores nas regiões de Gabu, Bafatá e Quinara na intensificação da produção das culturas de arroz, através de uma parceria com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e Ministério de Agricultura. No campo da nutrição, o PAM está a apoiar 21.000 crianças de 5 a 59 meses de idade através distribuição de alimentos nutritivos especializados para o tratamento e prevenção da desnutrição.

Embora estes esforços proporcionem sucesso a algumas das pessoas gravemente vulneráveis, é contra um cenário global desafiante em que o número de pessoas com fome aguda continua a aumentar, exigindo uma ação global concertada para a paz, estabilidade económica e apoio humanitário contínuo para garantir a segurança alimentar em todo o mundo.

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O Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas é a maior agência humanitária do mundo, salvando vidas em emergências e, através da assistência alimentar, contribuindo para a paz, estabilidade e prosperidade das pessoas que recuperam de conflitos, de desastres e do impacto das alterações climáticas.

13 de outubro de 2022

Charlotte Alvarenga Alves

Communication Officer

World Food Programme

Guinea-Bissau, Bissau



 

Assembleia do Conselho da Europa declara regime russo como "terrorista"

© Reuters

Por LUSA  13/10/22 

A Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (APCE) adotou hoje por unanimidade uma resolução que declara como "terrorista" o atual regime russo, numa sessão com a presença virtual do Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

"A resolução foi aprovada por unanimidade", anunciou o presidente da APCE, Tiny Kox, após confirmar 99 votos a favor, zero contra e uma abstenção, durante uma sessão plenária hoje realizada.

O texto declara "o atual regime russo como terrorista", condena os "designados referendos" sobre a anexação de quatro regiões da Ucrânia (Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia), e adverte que estes "devem ser considerados nulos" e "sem qualquer efeito legal ou político".

Os deputados do Conselho da Europa também criticaram as autoridades russas pelas crescentes "ameaças de guerra nuclear", que consideram uma violação do direito internacional incompatível com as "responsabilidades" de uma nação "com um posto permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas", indica o texto.

A declaração reitera ainda o "firme apoio" do Conselho da Europa à "independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia".

"Este é um sinal poderoso à comunidade mundial e à Rússia de que o castigo pelos crimes é inevitável", afirmou Zelensky no Twitter após a aprovação da declaração, e na sequência de uma intervenção perante a Assembleia por videoconferência.

A declaração de hoje também promete acelerar o processo para a criação de "Tribunal Internacional Especial [ad hoc]" e mecanismos de compensação para a Ucrânia.

Em 16 de março, o Conselho da Europa expulsou a Rússia do principal órgão de direitos humanos do continente devido à invasão e guerra na Ucrânia, numa ação sem precedentes, cujo processo já tinha sido iniciado por Moscovo.

O comité da organização, composta por 47 Estados-membros, disse, em comunicado, que "a Federação Russa deixou de ser membro do Conselho da Europa a partir de hoje, 26 anos após a sua adesão".

A decisão surge após semanas de condenação das ações da Rússia na Ucrânia, tendo, no início da semana (a 15 de março), a assembleia parlamentar da organização iniciado um processo de expulsão aprovado por unanimidade.

No mesmo dia, a Rússia informou o secretário-geral do Conselho da Europa de que se iria retirar da organização e que tinha intenção de denunciar a Convenção Europeia dos Direitos Humanos. A Rússia aderiu ao Conselho da Europa a 28 de fevereiro de 1996.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

OMS: Índia investiga medicamentos associados à morte de 60 crianças na Gâmbia

© ShutterStock

Por LUSA  13/10/22 

A Índia garantiu hoje à Gâmbia que está a investigar "seriamente" vários medicamentos para a tosse e o frio produzidos no país asiático e associados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) à morte de mais de 60 crianças.

"Numa teleconferência com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Gâmbia, Mamadou Tangara, transmiti as nossas mais profundas condolências pela morte recente de crianças pequenas. Sublinhei que o assunto está a ser seriamente investigado pelas autoridades competentes", disse o ministro Subrahmanyam Jaishankar, na rede social Twitter.

Ambas as partes concordaram em "manter contacto" sobre o incidente, salientou o ministro dos Negócios Estrangeiros indiano.

A OMS relatou na semana passada suspeitas de quantidades "inaceitáveis" de dietilenoglicol e etilenoglicol, dois agentes tóxicos, em quatro medicamentos fabricados pela Maiden Pharmaceuticals da Índia.

Estes são medicamentos pediátricos fabricados exclusivamente para distribuição na Gâmbia, que a OMS diz estarem potencialmente ligados a danos renais agudos e a pelo menos 66 mortes entre crianças.

A Maiden Pharmaceuticals está em funcionamento há mais de 30 anos e opera duas fábricas na Índia, ambas no estado norte de Haryana, para a produção de cápsulas, injetáveis, xarope líquido, pomadas e comprimidos que são vendidos em países da Ásia, África e América Latina, de acordo com a empresa.

Na quarta-feira, as autoridades indianas relataram que a produção dos medicamentos suspeitos tinha sido interrompida na sequência de uma inspeção a um dos locais de fabrico, durante a qual as autoridades descobriram "numerosas falhas".

A possível responsabilidade da Maiden Pharmaceuticals na morte das crianças ou na produção de medicamentos contaminados é crítica para a Índia, que tem a terceira maior indústria farmacêutica do mundo, em termos de volume, contribuindo com cerca de 1,72% do Produto Interno Bruto do país.

A produção em grande escala de medicamentos genéricos de baixo custo e ingredientes ativos a granel da Índia tornou-a conhecida como a "farmácia do mundo", com o maior número de fábricas de produção aprovadas pela Food and Drug Administration (FDA) no mundo, depois dos Estados Unidos da América.

NATO anuncia envio de centenas de inibidores de drones russos e iranianos

© Reuters

Por LUSA  13/10/22

A NATO vai entregar à Ucrânia "centenas" de inibidores para anular os drones de fabrico russo e iraniano que estão a danificar infraestruturas críticas no decurso dos ataques do Exército russo, informou hoje o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg.

A NATO "entregará equipamentos antidrones à Ucrânia, com centenas de inibidores que podem ajudar a eliminar a ação dos drones de fabrico russo e iraniano", assinalou Stoltenberg em conferência de imprensa após o final de uma reunião dos ministros da Defesa da organização militar aliada.

O chefe da NATO também se congratulou com o envio por diversos Estados-membros de artilharia, defesas aéreas e veículos blindados e que nas últimas semanas têm reforçado o arsenal ucraniano.

"Exorto os aliados que prossigam com o reforço da ajuda", disse, após também confirmar um pacote de ajuda integral que incluirá material de inverno para enfrentar as baixas temperaturas.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou a fuga de milhões de pessoas e a morte de milhares de civis, segundo as Nações Unidas, que classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

GUINÉ-BISSAU: Governo guineense vai voltar a reunir-se com partidos para adiar eleições

© Lusa

Por LUSA  13/10/22 

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Nuno Gomes Nabiam, disse hoje que o Governo vai voltar a reunir-se com os partidos políticos para definir um cronograma eleitoral, depois destes considerarem impraticável a realização de legislativas em dezembro.

"O Governo não quer decidir isso sozinho queremos que haja uma participação de todos os atores neste processo. Temos de chegar a um consenso e só depois é que podemos apresentar ao Presidente da República para fazer um cronograma", afirmou Nuno Gomes Nabiam.

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, dissolveu em 16 de maio o parlamento da Guiné-Bissau e marcou eleições legislativas antecipadas para 18 de dezembro.

O primeiro-ministro guineense falava no final da reunião do Conselho de Ministros, que decorreu no Palácio da Presidência, em Bissau.

"Os partidos são os atores principais do processo, o Governo tem a responsabilidade de organizar as eleições, mas é importante trabalharmos com os atores principais que são os partidos políticos. Depois de chegarmos a um consenso estaremos em condições de apresentar ao Presidente um cronograma acertado com os políticos", insistiu.

O ministro da Administração Territorial da Guiné-Bissau, Fernando Gomes, admitiu na quarta-feira o adiamento das eleições, depois de um encontro com os partidos políticos com e sem assento parlamentar.

No encontro, os partidos consideraram ser difícil realizar eleições em 18 de dezembro.

O ministro explicou que as razões que estiveram na origem do atraso no início do processo eleitoral foi o facto de os partidos exigirem um recenseamento eleitoral de raiz e que a entrega dos cartões de eleitor fosse feita no ato de recenseamento, o que obrigou à aquisição de impressoras específicas, que só chegaram ao país em meados de setembro.

Os problemas de acessibilidade a algumas zonas do país, devido à época das chuvas, a sensibilidade dos materiais que não podem ser molhados e o facto de no interior do país muitas pessoas estarem nos campos agrícolas, foram outras das razões que levaram ao pedido de adiamento das eleições.

"Todos aqueles fatores levaram a que o processo eleitoral tivesse algumas dificuldades, mas o Governo trabalhou sempre para o cumprimento do dia 18 de dezembro", disse o ministro.

Os principais partidos políticos guineenses defenderam a realização de um recenseamento eleitoral de raiz, que segundo a lei deve durar cerca de três meses, mas, que até ao momento, ainda não começou.

UCRÂNIA/RÚSSIA: Resposta do Ocidente a ataque nuclear "aniquilaria" exército russo

© Lusa

Por LUSA  13/10/22 

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, advertiu hoje que um potencial ataque nuclear da Rússia à Ucrânia desencadearia uma "resposta militar" ocidental tão "poderosa" que "aniquilaria" o exército russo.

Ao discursar numa reunião dos ministros da Defesa do Conselho do Atlântico Norte (NAC), que decorre em Bruxelas, Borrell pediu ao Presidente russo, Vladimir Putin, para que não utilize o "bluff" para fazer ameaças.

"Putin não se pode dar ao luxo de fazer 'bluff'. Tem de perceber que quem apoia a Ucrânia -- a UE [União Europeia], Estados Unidos e NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] -- não está a fazer 'bluff'. Qualquer ataque nuclear contra a Ucrânia provocaria uma resposta, não nuclear, mas uma resposta militar tão poderosa que o exército russo seria aniquilado", frisou Borrell.

Um pouco antes, ao chegar à sede da NATO, o chefe da diplomacia europeia aproveitou para anunciar que, na próxima semana, a UE aprovará um novo financiamento que elevará o apoio militar à Ucrânia para "mais de 3.000 milhões" de euros desde o início do conflito.

"Venho informar os membros da NATO que vamos aprovar, espero que na próxima segunda-feira, no Luxemburgo, uma nova parcela do nosso apoio militar às forças armadas ucranianas", declarou o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança.

No total, a UE terá dedicado "mais de 3.000 milhões de dólares (cerca de 3.080 milhões de euros) em recursos do Fundo Europeu de Apoio à Paz", acrescentou, antes da reunião com os ministros da Defesa dos 30 Estados-membros da NATO. 

Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, os europeus já destinaram 2.500 milhões de euros da doação de 5.700 milhões de euros de um fundo criado fora do orçamento europeu para financiar entregas de armas à Ucrânia. 

A nova parcela será de 500 milhões, disse uma fonte europeia, citada pela agência noticiosa France-Presse (AFP).

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 da UE reunir-se-ão segunda-feira no Luxemburgo para endossar o novo financiamento e lançar uma importante missão militar para ajudar as tropas ucranianas a enfrentar as forças invasoras russas.

A nova missão militar também será financiada pelo Mecanismo Europeu de Apoio à Paz e deve permitir dar, "inicialmente", instrução militar a 15.000 soldados ucranianos, acrescentou a AFP.

O acordo político alcançado quarta-feira pelos embaixadores dos 27 Estados-membros junto da UE em Bruxelas prevê uma sede para as missões e centros de instrução em cada Estado-membro que os organizará. A Polónia e a Alemanha manifestaram disponibilidade para acolher a sede.

Os membros da NATO comprometeram-se a fornecer à Ucrânia sistemas de defesa antiaérea e antimísseis, algo que exige vários meses de treino para um uso adequado

O Reino Unido, que deixou a UE, já dá instrução a soldados ucranianos no país há vários meses.

Já no decorrer da reunião dos ministros da Defesa da NATO, Josep Borrell, que apresentou hoje também o projeto de uma Academia Diplomática Europeia (ADE) na qual o bloco comunitário pretende formar os seus próprios diplomatas, expressou preocupação por ainda haver cinco países, incluindo a Rússia, que recusaram quarta-feira, na Assembleia-Geral da ONU, condenar as anexações russas de território ucraniano e outros 35, entre eles China, África do Sul e Índia, que se abstiveram na votação.

"Vinte por cento da comunidade global decidiu não apoiar nem rejeitar as anexações russas. Para mim, é muito. Estamos felizes porque a garrafa está bastante cheia, mas ainda está um pouco vazia. Temos de continuar a trabalhar para fazer o mundo rejeitar esta guerra ainda com mais clareza", afirmou Borrell, que reconheceu que em muitas ocasiões a diplomacia não é apenas sobre valores, mas também sobre interesses e dependência de Moscovo.

O projeto da Academia Diplomática Europeia visa formar futuros diplomatas da UE em áreas como a política externa e de segurança do bloco, bem como adquirir as competências e habilidades necessárias para "promover e defender eficazmente os princípios e interesses" do bloco comunitário no mundo.

Nuno Gomes Nabiam insta a Polícia Judiciária para investigar e apurar a verdade sobre suposto envolvimento de Forças de segurança no tráfico de droga.


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Leia Também:

O Primeiro-Ministro foi interpelado hoje a saída da reunião do Conselho de Ministro pelos Jornalista sobre o vazamento de um áudio em que se comentava assuntos ligado a apreensão de quantidades de droga.

Instado a reagir a notícia, o Chefe do Governo, foi claro na resposta, esclarecendo que quem tem as competências Constitucionais para investigar e acusar os casos de crimes é a Polícia Judiciária e o Ministério Público, exortando que todos devemos aguardar de forma serena e com confiança nas investigações em curso até o esclarecimento cabal de todo o sucedido.

No entanto, a Chefia de Governo, acompanha com toda a atenção e sem interferência nenhuma o desenrolar das investigações em curso.

Vídeo :cortesia da Radio online Voz do Povo👇

Braço de ferro entre os atores que intervém na fileira de caju.

Numa conferência de imprensa, o presidente de ROPPA ALANSO FATI mostrou a sua insatisfação face a última conferência de imprensa dos seus pares.👇

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Conselho de Ministros reuniu-se esta quinta-feira (13.10), em Sessão Ordinária, no Palácio da República, sob a presidência de Umaro Sissoco Embaló Presidente da República.


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Umaro Sissoco Embaló Presidente da República e Presidente em Exercício dos Chefes dos Estados e de Governo da CEDEAO receberam em audiência o Yayi Boni, mediador da CEDEAO na Guiné-Conacri esta quinta-feira (13.10) no Palácio da República em Bissau.

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CABO VERDE: José Maria Neves "preocupado" com dificuldades de estudantes na Rússia

© Getty Images

Por LUSA  13/10/22 

O Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves, manifestou-se hoje "preocupado" com a situação dos estudantes cabo-verdianos na Rússia que não recebem bolsas de estudo devido às sanções internacionais após a invasão da Ucrânia.

O chefe de Estado recebeu familiares de um estudante e de um trabalhador de Cabo Verde em Moscovo e em nota de imprensa a Presidência da República acrescenta que José Maria Neves está "preocupado com a situação dos cabo-verdianos na Rússia", incluindo de residentes, desde o início da guerra.

"No caso dos estudantes, estes enfrentam dificuldades para receber as ajudas dos pais e os apoios sociais do Governo, desde que a Rússia foi banida do Sistema de Pagamento Internacional (Swift). A Ficase [Fundação Cabo-verdiana de Ação Social e Escolar] já não consegue fazer a transferência do subsídio complementar às bolsas de estudo desde o 1.º trimestre de 2022", lê-se no comunicado.

"O Presidente da República garante que, desde a primeira hora, tem acompanhado esta questão delicada com muita atenção e tem feito diligências junto do Governo no sentido de se encontrar a melhor solução para assegurar as transferências do subsídio complementar às bolsas de estudo aos estudantes e garantir o bem-estar e a segurança de todos os cabo-verdianos na Rússia", acrescenta.

A embaixada da Rússia na Praia afirmou esta semana que já apresentou "há algum tempo as suas sugestões" sobre um mecanismo de apoio aos estudantes com bolsas cabo-verdianas naquele país, afetados pelas sanções internacionais, continuando "disponível" para o diálogo.

"A missão diplomática russa mantém a sua disponibilidade para prosseguir o diálogo com todas as partes interessadas e disponibilizar a ajuda necessária em prol da defesa dos interesses legítimos dos estudantes cabo-verdianos que se encontram na Rússia no espírito das relações tradicionalmente amigáveis entre os povos dos nossos dois países", refere um comunicado da embaixada.

De acordo com o Governo de Cabo Verde, dezenas de estudantes cabo-verdianos na Rússia estão em dificuldades face aos atrasos em receber bolsas de estudo devido às sanções internacionais face à invasão da Ucrânia, tendo sido criada uma comissão interministerial para tentar encontrar alternativas.

"Não têm recebido [as bolsas] de forma regular. Têm recebido com alguma dificuldade devido às sanções impostas à Federação Russa, têm-se queixado de algumas dificuldades. Nós estamos a tentar resolver, ver qual é o caminho mais fácil para ultrapassar as dificuldades", disse na sexta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, Rui Figueiredo Soares.

O chefe da diplomacia cabo-verdiana falava em conferência de imprensa, na Praia, sobre as decisões do Conselho de Ministros no dia anterior, nomeadamente a criação de uma comissão interministerial de acompanhamento de nacionais cabo-verdianos residentes em zonas de conflito na Europa.

De acordo com o governante, estão identificados pelo menos 50 estudantes cabo-verdianos na Rússia com bolsa de estudo atribuída por Cabo Verde ou com ajuda garantida pela Fundação Cabo-verdiana de Ação Social e Escolar.

Segundo a nota da embaixada da Rússia, neste momento 34 cabo-verdianos seguem os seus estudos na Rússia, sendo 31 nacionais de Cabo Verde "titulares de bolsas de estudo atribuídas pelo Governo da Federação da Rússia" e três "que estudam por conta própria".

"A Rússia cumpre rigorosamente os seus compromissos no que diz respeito ao pagamento de bolsas de estudo através de transferências mensais para as contas bancárias dos estudantes cabo-verdianos em moeda local (rublos). Até à presente data a embaixada não registou nenhum relato de eventual atraso no pagamento dessas bolsas", refere o comunicado.

O chefe da diplomacia cabo-verdiana reconheceu na sexta-feira que há "um número significativo de estudantes na Federação Russa" com os quais estão "em contacto permanente" para poderem "ajudar a responder às solicitações e às necessidades que eles têm".

"Já há algumas propostas, algumas que foram utilizadas não serão seguramente o melhor caminho (...) os familiares terão usado mecanismos que fogem ao controlo do Estado, por isso nós estamos a tentar ver com as missões diplomáticas e postos consulares existentes nestes países como articular, para mais facilmente fazer chegar aos cabo-verdianos. E conseguimos, num primeiro período, a colaboração de entidades de outros países que têm representação na Federação Russa", disse ainda o chefe da diplomacia cabo-verdiana.

As dificuldades nas transações externas por intermédio dos bancos correspondentes na Rússia já tinham sido identificadas num relatório divulgado em junho pelo Banco de Cabo Verde (BCV), consultado pela Lusa, nomeadamente a "restrição na execução de ordens de pagamentos" na "sequência da sanção imposta pela Swift a um conjunto selecionado de bancos russos, que determinou o bloqueio de execução de transações com estas instituições".

"A situação já foi reportada ao Tesouro, no sentido de se alertar para a averiguação de eventuais alternativas que possam dar resposta, tendo o BCV sugerido o contacto com a embaixada de Angola no sentido de indagar sobre a existência de outras contas em bancos correspondentes que não estejam sancionados", descrevia o relatório.

França. Incêndio num apartamento em Nice causa um ferido grave... As imagens do incidente já circulam nas redes sociais.

© Twitter / @maramirou

Notícias ao Minuto 13/10/22 

Um incêndio que deflagrou, na quarta-feira à noite, num edifício habitacional em Nice, França, provocou um ferido grave, segundo está a reportar a imprensa local.

O indivíduo será o proprietário do apartamento onde teve início o fogo. O homem foi, de imediato, socorrido pelos serviços de emergência e pelos bombeiros locais, devido às graves queimaduras que sofreu.

A vítima viria depois a ser transportada para o aeroporto de Nice, de modo a ser posteriormente assistida no Hospital de Toulon.

O incêndio deflagrou no primeiro andar de um edifício localizado atrás da Gare du Sud. Todo o edifício viria a ser evacuado por precaução, o que obrigou as cerca de 30 pessoas que lá estavam a abandonar o prédio. Quatro destas pessoas viriam, também, a ser assistidas, devido à inalação de fumos.

Extinto o incêndio, os residentes puderam regressar aos seus apartamentos. Apenas o espaço que sediava o teatro 'Le bocal', no rés-do-chão do prédio, ficou inutilizado, estando agora a cargo do governo local a descoberta de uma nova 'casa' para este núcleo artístico.

No local estiveram também presentes a polícia nacional e municipal.


SEGUNDO ETAPA DO SEMINÁRIO DE CAPACITAÇÃO DOS ATORES ESTATAIS

Por Alison Cabral 

Iniciou hoje a segunda etapa do seminário da Capacitação de Atores Estatais, sobre Direitos Humanos, Media e Liberdade de Expressão, num hotéis em Bissau.

A ação de capacitação é uma iniciativa da Fundação dos Media para África (MFWA) em colaboração com o Sindicato de Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social da Guiné-Bissau (SINJOTECS), visa promover a Liberdade de Imprensa e Acesso à Informação de qualidade no país.

Participam nesta formação Forças de Defesa e Segurança (Militares, Polícia da Ordem Pública e Guarda Nacional), Técnicos do Instituto Nacional de Defesa, Técnicos de ARN, Técnicos da Comissão Nacional dos Direitos Humanos, Técnicos do Supremo Tribunal de Justiça e Técnicos do Conselho Nacional de Comunicação Social.

A ação de capacitação que iniciou na última segunda-feira, 10 de outubro, conta com dois Consultores Internacionais, nomeadamente Nuno Andrade Ferreira e Muheeb Saeed, ambos jornalistas.

As referidas sessões formativas enquadram-se no âmbito das atividades do projeto de “Promoção da  Liberdade dos Medias e Acesso à Informação de Qualidade na Guiné-Bissau”, financiado pela União Europeia por um período de 3 anos.

O projeto tem como objetivo geral assegurar que os jornalistas e outros atores da comunicação social estejam seguros e protegidos. Além disso, o projeto visa ajudar os jornalistas a produzir conteúdos jornalísticos eticamente apropriados, oportunos e baseados em factos.

Alison Cabral "AC", jornalista e influenciador digital

UCRÂNIA/RÚSSIA: Um edifício residencial foi atingido por um ataque ucraniano na cidade russa de Belgorod, numa região que faz fronteira com a Ucrânia, acusaram hoje as autoridades locais russas.

© Reprodução

Por LUSA  13/10/22 

 Edifício residencial em cidade russa atingido por ataque ucraniano

Um edifício residencial foi atingido por um ataque ucraniano na cidade russa de Belgorod, numa região que faz fronteira com a Ucrânia, acusaram hoje as autoridades locais russas.

"As forças armadas ucranianas bombardearam Belgorod. Defesa antiaérea ativada. Há destruição num prédio residencial", disse na rede social Telegram Vyacheslav Gladkov, governador desta região, onde os tiroteios se têm multiplicado nas últimas semanas.

"Estamos a tentar esclarecer se há [potenciais] vítimas", acrescentou Gladkov, que publicou fotografias de detritos espalhados por uma rua e de um carro danificado.

Segundo o governador da região de Belgorod, um míssil caiu também no complexo desportivo de uma escola de ensino médio da cidade, mas não explodiu.

Imagens publicadas nas redes sociais mostraram o último andar de um prédio residencial destruído, enquanto um outro vídeo mostra o impacto do míssil, numa nuvem de fumo preta.

Gladkov também acusou Kiev de ter disparado contra a localidade russa de Krasnoye, igualmente situada junto à fronteira com a Ucrânia. 

"Há destruição no terreno da escola", acrescentou, divulgando também uma fotografia de uma cratera rodeada por estilhaços de um obus de morteiro.

Embora a região de Belgorod tenha sido regularmente alvo de fogo da Ucrânia, especialmente desde a primavera, a capital regional foi, até agora, raramente alvo de ataques desde o início do conflito.

Na terça-feira, Gladkov indicou que cerca de 2.000 moradores ficaram sem eletricidade após um ataque ucraniano a uma fábrica de energia elétrica na cidade de Chebekino, também na região de Belgorod. No dia anterior, uma mulher de 74 anos foi morta e outras pessoas ficaram feridas noutro ataque à localidade.

A Rússia reportou na semana passada um "aumento considerável" dos ataques ucranianos a regiões russas junto à fronteira com a Ucrânia. Segundo Moscovo, os ataques atingiram edifícios residenciais e administrativos, complexos de produção de energia elétrica e postos de fronteira.


Leia Também: "A guerra na Ucrânia não é regional, é verdadeiramente global"

COMUNICADO DE IMPRENSA... Sobre o vazamento de um áudio nas redes sociais, de suposto envolvimento do PGR e de alguns Magistrados do MP no tráfico de droga.

13,10,2022

Guiné-Bissau: 3 funcionários da DGCI detidos sob suspeita de desvio de quase 3 bilhões de francos cfa

Por Rádio Sol Mansi

O Ministério Publico deteve, na sexta-feira a esta parte, 3 funcionários do ministério das Finanças por forte indícios de desvios de cerca de 3 biliões de francos cfa.

De acordo com uma fonte judicial, os referidos servidores públicos afetos à Direção Geral de Contribuição e Impostos, supostamente desde há 3 anos, recebiam os devidos impostos de certos contribuintes, registavam estes pagamentos, e depois apagavam os referidos registos no sistema, para assim apropriarem se das referidas somas.

"A presumível fraude, segundo mesma fonte, foi descoberta graças a apresentação dos recibos de pagamentos por parte das pessoas e empresas em causa", garante a mesma fonte.

Entretanto, a Radio Sol Mansi sabe que o MP vai nos próximos dias requerer junto do juiz da instrução criminal a prisão preventiva destes funcionários do ministério das Finanças.

Esta detenção resulta das buscas e apreensões feitas na DGCI, em agosto último, pelos Magistrados do Gabinete da Luta Contra a Corrupção e delitos econômico do ministério público, no quadro da implementação do seu plano estratégico de luta contra a Corrupção denominado "Olho do cidadão".

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© Lusa

Por LUSA  13/10/22 

Três funcionários da direção-geral de Impostos do Ministério das Finanças da Guiné-Bissau foram detidos por suspeita de desvio de dinheiro, disse hoje fonte judicial.

Segundo a fonte, os três funcionários são suspeitos do desvio de três mil milhões de francos cfa (cerca de 4,5 milhões de euros).

"Recebiam os impostos dos contribuintes, registavam os pagamentos e depois apagavam os referidos registos do sistema", explicou a fonte judicial.

"A fraude foi descoberta através dos recibos de pagamentos dos contribuintes", acrescentou.

Os funcionários foram detidos no âmbito de uma operação que teve início na sexta-feira pelo gabinete contra a corrupção e delitos económicos do Ministério Público, no quadro do plano estratégico de luta contra a corrupção, denominado "Olho do Cidadão".

GUERRA NA UCRÂNIA: Alemanha e 13 aliados da NATO acordam compra de sistemas de defesa... A assinatura do acordo ocorreu na sede da NATO, em Bruxelas.

© Getty Images

Notícias ao Minuto  13/10/22  

A Alemanha e outros 13 aliados da NATO assinaram, esta quinta-feira, uma carta de intenções para a aquisição conjunta de sistemas de defesa aérea na categoria de sistemas como o Arrow 3 (ISRAI.UL) e o Patriot (RTX.N), está a reportar a Reuters.

A assinatura do acordo ocorreu na sede da NATO, em Bruxelas. Alemanha, Reino Unido, Eslováquia, Noruega, Letónia, Hungria, Bulgária, Bélgica, República Checa, Finlândia, Lituânia, Holanda, Roménia e Eslovénia são os países envolvidos no mesmo.

De recordar que alguns membros da NATO têm vindo a trabalhar para melhorar as suas capacidades de defesa aérea, na sequência da invasão russa sobre a Ucrânia. Outros precisam, por sua vez, de restabelecer o seu stock de armamento, após terem feito doações de material militar à Ucrânia.

De facto, tal como adianta o The Guardian, dezenas de aliados da Ucrânia comprometeram-se a enviar mais ajuda militar à Ucrânia, depois de mais de 50 países ocidentais se terem encontrado em Bruxelas na quarta-feira.

Em primeiro-lugar, o ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksiy Reznikov, elogiou a chegada do primeiro de quatro sistemas de defesa Iris-T, oferecidos pela Alemanha, e a entrega de sofisticados sistemas avançados de mísseis terra-ar NASAMS, por parte dos Estados Unidos.

Já o Reino Unido mostrou-se disponível para doar armamento de defesa aérea de ponta, os mísseis antiaéreos AMRAAM, capazes de abater mísseis de cruzeiro.

Por sua vez, França prometeu oferecer sistemas de radar e de defesa aérea nas próximas semanas, enquanto o Canadá disse que forneceria munições de artilharia e vestuário de combate para o inverno.

Finalmente, os Países Baixos deverão fornecer 15 milhões de euros em material de defesa aérea à Ucrânia.

A invasão russa sobre a Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, foi alvo de uma enorme condenação por parte dos países ocidentais, que responderam com o envio de apoio humanitário, financeiro e militar à nação invadida, a Ucrânia, e com a aplicação de sanções à Rússia.


A França iniciou hoje o abastecimento de gás natural diretamente para a Alemanha, no quadro do plano de solidariedade energética europeia implementado para superar o fim dos fluxos de energia da Rússia, disse hoje a companhia GRTgaz.

© Reuters

Por LUSA  13/10/22 

 França iniciou abastecimento de gás para a Alemanha

A França iniciou hoje o abastecimento de gás natural diretamente para a Alemanha, no quadro do plano de solidariedade energética europeia implementado para superar o fim dos fluxos de energia da Rússia, disse hoje a companhia GRTgaz.

Os primeiros envios de gás natural de França para a Alemanha começaram às 06:00 através de um gasoduto que cruza a fronteira comum de Mosela / Medelsheim en Sarre.

A distribuição vai ser "avaliada todos os dias, em função das capacidades da rede" e que têm uma capacidade máxima de 100 GWh/dia, disse a GFTgaz. 

A quantidade corresponde a 10% do que a França recebe diariamente em Gás Natural Liquefeito (GNL) nos quatro terminais de que dispõe, refere ainda a operadora. 

Os pontos de interconexão na fronteira franco-alemã foram inicialmente concebidos para operarem no sentido contrário (Alemanha-França) tendo sido necessário inverter o sistema para permitir a nova circulação de gás. 

"É uma situação histórica. É a primeira vez que a França vai enviar gás diretamente para a Alemanha. Até ao momento o nosso gás era enviado para a Bélgica", disse Thierry Trouvé, diretor-geral da GRTgaz, questionado pela France Presse. 

A GRTgaz em colaboração com empresas alemãs (OEG e GRTgaz Deutschland) levou a cano uma série de "ajustes técnicos" para garantir o fluxo entre a França e a Alemanha. 

A Alemanha é deficitária em gás utilizado nomeadamente no setor industrial que é vital para a economia do país.

A França tem mais gás do que a Alemanha porque beneficia de fornecimentos de Gás Natural Liquefeito, principalmente dos Estados Unidos, tendo abastecido as reservas para o próximo inverno.

A GRTgaz é o segundo maior transportador de gás da Europa, com 32.500 quilómetros de gasodutos e 640 TWh de gás transportado.

A crise energética foi provocada pela nova campanha militar da Rússia contra a Ucrânia iniciada no passado dia 24 de fevereiro.  

RELATÓRIO: África com quatro dos cinco países com níveis alarmantes de fome

© Reuters

Por LUSA  13/10/22

Quatro dos cinco países com níveis alarmantes de fome estão situados no continente africano, nomeadamente o Chade, República Centro-Africana, República Democrática do Congo e Madagáscar, segundo o Índice Global da Fome (IGF), hoje divulgado.

O documento, elaborado anualmente pelas organizações não-governamentais (ONG) Welthungerhilfe e Concern Worldwide para analisar o estado da fome no mundo, revela que o Iémen (Médio Oriente) também obtém este nível alarmante de fome.

De acordo com o IGF de 2022, a que a agência Lusa teve acesso, apresentam níveis de fome previsivelmente alarmantes o Burundi, a Somália, o Sudão do Sul, os três situados no continente africano, e a Síria.

O relatório, intitulado "Transformação dos sistemas alimentares e governação local", indica que a África subsaariana e o sul da Ásia são as regiões com os níveis mais elevados de fome e as mais vulneráveis a crises futuras. Contudo, nestas regiões os avanços na luta contra a fome encontram-se estagnados.

Em termos gerais, os autores referem que "o progresso global contra a fome estagnou em larga medida nos últimos anos".

A pontuação do IGF para o mundo em 2022 é considerada moderada - 18,2, o que "revela apenas um ligeiro declínio em relação à pontuação de 19,1 em 2014".

"A prevalência da subalimentação mostra que a percentagem de pessoas que não têm acesso regular a calorias suficientes está a aumentar", com cerca de 828 milhões de pessoas subalimentadas em 2021, o que representa uma inversão de mais de uma década de progresso no combate à fome", lê-se no documento.

O IGF identificou 49 países com um nível de fome baixo, moderado em 36 países, grave em 35 países, alarmante em nove países. A escala da fome não aponta nenhum estado com um nível extremamente alarmante.

Os autores advertem: "Sem uma mudança significativa, não se prevê que o mundo no seu conjunto, nem cerca de 46 países, possam atingir mesmo um nível baixo de fome até 2030".

Um baixo nível de fome até 2030 é o objetivo global de erradicação da fome, um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda de 2030 estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

A África subsaariana é a segunda região do mundo com a segunda maior pontuação de IGF, atrás da Ásia Meridional. Nesta região do continente africano, a prevalência da subnutrição e a taxa de mortalidade infantil são mais elevados do que em qualquer outra região do mundo, com os conflitos que se registam a serem determinantes para a insegurança alimentar em muitos dos seus países, como o Burkina Faso, Camarões, República Centro-Africana (RCA), Chade, República Democrática do Congo (RDCongo), Etiópia, Mali, Níger, Nigéria, Ruanda, Somália, Sudão do Sul e Uganda.

"A região é também singularmente vulnerável à variabilidade e ao impacto das alterações climáticas, dada a sua elevada taxa de pobreza e dependência de atividades dependentes dos recursos naturais, como a agricultura, a pesca e a pecuária", refere-se.

As fortes chuvas que levam a inundações, o aumento da frequência de secas e a desertificação podem reduzir ainda mais a produção alimentar e aumentar a insegurança alimentar na região.

Na África Oriental, a Etiópia, o Quénia e a Somália estão a sofrer umas das secas mais graves dos últimos 40 anos, que ameaça a sobrevivência de milhões de pessoas.

Segundo o relatório, o Iémen, com 45,1 (alarmante) no IGF, tem a pontuação mais alta de todos os países. A segunda pontuação mais alta (44) foi atribuída à RCA (alarmante).

Na República Centro-Africana, 52,2% da população está subnutrida - a taxa mais alta identificada no relatório deste ano.

Os autores concluíram que a situação mundial da fome é "sombria e lúgubre".

"As crises sobrepostas que o mundo enfrenta estão a expor as fraquezas nos sistemas alimentares, desde o global até ao local, e expondo a vulnerabilidade das populações de todo o mundo à fome", apontam.

Segundo o documento, "a ameaça de fome paira mais uma vez no Corno de África e os fundos humanitários continuam a ser insuficientes para chegar a todos os necessitados".

Rússia sofreu a maior derrota na Assembleia Geral da ONU, numa votação que condenou a "tentativa de anexação ilegal" de quatro regiões da Ucrânia.

© Reprodução Twitter/ Sergiy Kyslytsya

Notícias ao Minuto  13/10/22 

"Quantos votaram pela Rússia? Quatro?" Embaixador da Ucrânia ironiza

Rússia sofreu a maior derrota na Assembleia Geral da ONU, numa votação que condenou a "tentativa de anexação ilegal" de quatro regiões da Ucrânia.

Sergiy Kyslytsya, representante permanente da Ucrânia nas Nações Unidas, não se conteve e celebrou o desaire da Rússia de forma inusitada. O responsável do governo de Kyiv agarrou nuns binóculos e, usando a ironia, espreitou, como se estivesse em busca dos países que apoiaram a decisão de Vladimir Putin.

"Oh Deus! Não os consigo ver! Quantos disse que votaram pela Rússia? Quatro? Caramba!…", pode ler-se na legenda da publicação que o próprio partilhou no Twitter.

A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou, na quarta-feira, com uma esmagadora maioria de 143 votos, a resolução que condena a anexação dos territórios de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia pela Rússia, reforçando o isolamento de Moscovo na panorama internacional.

O projeto de resolução, elaborado pela União Europeia e copatrocinado por dezenas de países de vários continentes, obteve 143 votos a favor, cinco contra e 35 abstenções dos 193 Estados-membros da ONU.

Das quatro resoluções aprovadas pela Organização desde que as tropas russas invadiram o país vizinho, em 24 de fevereiro, esta foi a que conseguiu reunir o maior apoio da Assembleia Geral à Ucrânia e contra Moscovo.

Votaram contra este texto a Rússia, Bielorrússia, Síria, Coreia do Norte e Nicarágua, e entre os países que se abstiveram estão Moçambique, China, África do Sul, Guiné Conacri, Índia ou Cuba.

Portugal, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Brasil e Timor-Leste votaram a favor e os votos da Guiné Equatorial e de São Tomé e Príncipe não foram registados, segundo o placar da votação apresentado na Assembleia Geral.

No total, 10 países não registaram os seus votos


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