segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Guiné-Bissau: Os Cultos Políticos até à Derrota Final?

Há alguns anos atrás, um alto dirigente político guineense disse-me o seguinte: “nas lutas políticas no país [Guiné-Bissau] deve-se fazer tudo para não alienarmos os que estão do nosso lado, caso contrário corremos o risco de lutarmos sozinhos”. 

E os “que estão do nosso lado” podem até ser os piores podres deste planeta, mas são indispensáveis numa política fratricida, como no caso do nosso país. Já pensaram nas razões porque alguns governantes nunca são demitidos das suas funções, mesmo quando apanhados em flagrante delito?  

Já pensaram nas razões porque alguns empresários guineenses vão continuando a gozar o estatuto de “grandisiodade” empresarial, mesmo tendo conduzido várias empresas à falência?  

Já pensaram nas razões porque alguns lideres políticos nunca são substituídos nas lideranças dos seus partidos, apesar de nunca terem eleito um único deputado, muito menos vencido uma única eleição?  

Reposta: na Guiné-Bissau tudo é político e nas lutas políticas “deve-se fazer tudo para não alienarmos os que estão do nosso lado”, mesmo quando esses são os piores da banda. E esta tal maneira de pensar pode ter uma explicação, no quadro da prática do culto político.  Mais do que partidos, na Guiné-Bissau muitas formações políticas – pequenas e grandes, significantes ou insignificantes -- funcionam como se tratassem de um culto. E em tempos de crise, nada é mais benéfico para um partido do que o tal sentimento de pertença, impenetrável, inquebrável e fechado.  

E tais como em cultos, ou sobrevivem todos juntos ou ficam pelo caminho, também todos juntos. 

Foi assim em 1998 quando toda a classe política do PAIGC ficou ao lado de Nino Vieira até ao último reduto. Não fosse a ala militar, certamente não teria existido uma outra ala contrária. E tem sido assim também em muitos outros acontecimentos político-partidários recentes, quando os militantes partidários preferem acompanhar os seus lideres até ao último fôlego, sem nunca os questionar ou aconselhar a tomar medidas mais prudentes.  

Alguém quererá perguntar, mas onde está o mal de um partido político ser um culto político-partidário? Não há mal nenhum para a liderança de um tal partido. De facto, é o que cada liderança partidária teria desejado – seguidores cegos e fieis, movidos pelas emoções e não pelo pensamento racional, tirando as dependências. E tais como em cultos, há sempre um Chefe. Absoluto, poderoso, venerado, manipulador, carismático à sua maneira, resoluto e incontestável.  

Deduzo que continue assim até o içar da bandeira ou até o trocar da guarda. Afinal, verdadeiros amigos vivem juntos e morrem juntos, diz o ditado popular. Eu teria preferido a "vida". Uma vida ajustada aos tempos presentes e alicerçada numa dinâmica política mais progressiva e mais realista. 

Todavia, estaremos atentos até ao último episódio. Só espero que não termine como normalmente terminam os cultos – em motins ou em tragédias induzidas pelas superioridades intelectuais, psicológicas, e até financeiras das chefias.  

Abraços,  
Umaro Djau

NOTÍCIAS AO MINUTO: FALECEU A COMBATENTE DA LIBERDADE DA PÁTRIA ISABEL BUSCARDINE. PAZ ETERNA A SUA ALMA!!!


Eles todos são de PAIGC

Tudu manera kubu vira, Elis tudu i di PAIGC
PRS não roubou o poder do PAIGC!





VIVA PAIGC!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

COMENTADOR DOS ASSUNTOS JURÍDICOS DA RSM DISSE QUE ACTUAL CRISE POLÍTICA VEM DA GOVERNAÇÃO DE BACIRO DJÁ

O comentador permanente para os assuntos jurídicos da Rádio Sol Mansi (RSM) , Edmar Nhaga, disse que actualmente o que se vive no país é a segunda fase da crise que começou durante a governação de Baciro Djá


Para Edmar o PAIGC pode retira a confiança política ao presidente porque foi o partido que o apoio para a sua eleição e isso se traduz em termos práticos que implica que provavelmente o partido libertador nunca voltará a apoiar José Mário Vaz nas suas próximas eleições.

“O PAIGC pode retirar a confiança política ao presidente enquanto apoiante para a eleição do presidente e que actualmente as suas relações não são sãs e continuam na guerra e nestas condições é possível votar a retirada de confiança política ao chefe da nação”, explica.

Segundo este analista um acordo deve ser cumprido e o desentendimento em relação ao cumprimento do acordo de Conacri deve merecer um pronunciamento da entidade que mediou o acordo no sentido de clarificar o povo guineense.

Edmar Nhaga disse ainda que era de esperar a decisão do PAIGC em não fazer a parte do actual governo porque entende que já foi chegado a um cordo (a escolha de o nome de Augusto Olivais) e o PAIGC continua a advogar a sua legitimidade como vencedor das últimas eleições legislativas.

“Consequentemente, esta crise continua a ser a segunda fase do que se viveu durante a governação de Baciro Djá e então poderemos continuar neste ciclo de crise e como já temos um pronunciamento da comissão permanente da ANP que provavelmente continuará a dificultar a vida deste executivo”, alerta.

Segundo a ameaça do deputado do PCD, Vitor Mandiga, em incendear a sede dos libertadores, Edmar Nhaga disse que o PAIGC pode proceder a justiça caso se sentir inquieto e ameaçado com a ameaça de incendear o partido.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos
Radiosolmansi

FACULDADE DE DIREITO DE BISSAU ENTREGA DIPLOMA AOS VINTE E NOVE LICENCIADOS

A faculdade de Direito de Bissau procedeu esta segunda-feira a entrega de diplomas a vinte e nove licenciados no mesmo dia em que a instituição completa 26 anos de existência.

O director da faculdade de Direito de Bissau João Mendes Pereira realçou que actuais condições políticas do país impossibilitaram o cumprimento dos compromissos assumidos entre os dois governos. “ Reconheço que as actuais condições políticas, económicas e sociais também são momento de questionarmos sobre o cumprimento dos compromissos assumidos entre os dois governos com a assinatura do convénio que instituiu a faculdade de Direito de Bissau”, diz.

O responsável disse igualmente que a faculdade como instituição de ensino superior público tem correspondido com seus anseios que presidiram a sua criação até a data presente que “ é de proporcionar seus estudantes uma formação consolidada e aliada ao mercado socioprofissional”.

O assessor científico da faculdade João espirito santo afirmou que este grupo de licenciados constitui o produto de projecto de cooperação entre GB e Portugal que desde década de 1990 produziu aos 26 anos resultados assinalados.

Entretanto, o representante dos licenciados Luís Có sublinhou que este acto de recepção de diplomas é um mérito alcançado por este grupo de licenciados.

De referir que dos trinta e oito licenciados somente vinte e nove receberam seus diplomas.

Por: Nautaran Marcos Có

Radiosolmansi

FACULDADE DE DIREITO DE BISSAU CELEBRA 26º ANIVERSARIO COM ENTREGA DE DIPLOMAS AOS LICENCIADOS




A Faculdade de Direito de Bissau celebra hoje dia 28 NA SEDE DO Parlamento guineense, vigésimo sexto aniversário da fundação.
A data culminou com a entrega de diplomas a mais de trinta licenciados em direito, do ano lectivo: 2014/2015.
Demir C. Sampa

Demir Coutinho Sampa, em representação do Presidente da República alerta aos recém-formados de que sem a ética e deontologia a profissão não serve para nada. Pelo que, devem enveredarem no caminho certo, para servir a humanidade e a nação guineense.

Falando em nome dos licenciados, Arsénio Luís Cá, lançou duras críticas ao sistema da justiça no país, que considera de corrupta de não ter feito algo positivo para mudar o rumo das coisas.
Luís Cá

No acto, o director da Faculdade, João Mendes Pereira enalteceu a importância da parceria entre a Faculdade de Direito de Bissau e a sua congénere de Lisboa.

Recorde-se que, a Faculdade de Bissau foi fundada em 1990 e já se formou mais de trezentas pessoas. 

A cerimónia contou com a presença dos líderes dos partidos políticos, ongs, amigos e familiares dos licenciados.



Notabanca

SELECÇÃO SUB 23 CONQUISTA A PRIMEIRA VITORIA 6 ANOS DEPOIS NO TORNEIO UEMOA

Depois de 6 participações no torneio de Integração de União Económica Monetária Oeste-Africana (UEMOA) sem conhecer sabor da vitoria, finalmente,  selecção nacional conquistou a sua primeira vitoria este domingo, no seu jogo inaugural frente a Benin.

o jogo contava para a primeira jornada do grupo B, na qual a turma nacional entrou com o pé direito ao vencer por 1-0, com o golo apontado aos 72 minutos por intermédio de avançado de Sporting de Guiné-Bissau, Tony.

Num lance em que o guarda-redes Beninense foi infeliz, ao tentar um drible sobre Tony no qual o avançado guineense ganhou o duelo e fez o primeiro e único golo do encontro, que valeu três pontos a Guiné-Bissau.

Com este triufo, a Guiné-Bissau partilha a liderança do grupo B com a selecção senegalesa que também venceu o seu jogo frente a Burkina Faso.

A seleçao nacional joga a segunda jornada frente a Burkina Faso, dia 29 de Novembro (terça feira) pelas 15 horas.

Por: idjé da Costa
Ogologb


Mais:

Seleção de futebol vence (1-0) Benim em torneio da UEMOA, no Togo

A Guiné-Bissau venceu, por 1-0, a congénere do Benim, num dos jogos da sétima edição de um torneio organizado pela União Económica Monetária Oeste Africana (UEMOA), que está a decorrer no Togo...Ler mais

“15” DEPUTADOS EXPULSOS DO PAIGC QUALIFICAM A DECISÃO DO PAIGC DE VERGONHOSA E INEXISTENTE POR INERÊNCIA O PR NÃO É MILITANTE DE NENHUM PARTIDO POLÍTICO

O grupo dos “15” deputados expulsos do PAICG repudia a deliberação do Comité Central dos libertadores, que retira confiança política ao cidadão, militante e Presidente da República, José Mário Vaz.

Em comunicado, os quinze consideram a decisão de vergonhosa e inexistente, uma vez que segundo o grupo, por inerência de funções e por imposição constitucional, José Mário Vaz, não é militante de nenhum partido político.

No documento, o grupo acusa o PAIGC de rejeitar cumprir o acordo de Conakry, ameaçando a sua efectiva implementação.

Os “15” responsabilizam o presidente do Parlamento guineense, Cipriano Cassamá e a actual direcção do PAIGC pelas consequências que possam advir, por aquilo que considera de planos de bloqueio do parlamento e inviabilização do país.

Notabanca


Mais:

DEPUTADOS DISSIDENTES RESPONSABILIZAM PAIGC E CIPRIANO CASSAMÁ PELO BLOQUEIO DO PARLAMENTO


Os 15 deputados dissidentes da bancada parlamentar do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), responsabilizaram ontem, 27 de Novembro 2016,  a direção do partido [PAIGC] e o presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Cipriano Cassamá pelas consequências que possam advir dos seus deliberados planos de bloqueio do Parlamento e inviabilização do país...Ler mais

Um alto dirigente do PAIGC pediu ponderação referente a entrada ou não no governo liderado pelo Sissoco.

Este militante de primeira fila defende que o partido deve fazer parte do Governo.

E, se não for isso o caso, convida aos militantes que ainda exercem cargos públicos demitir das funções já que se fala da coerência.

Governadores, Administradores do Sector, Directores Gerais, membros de conselhos de administração etc...

Prestem atenção, se não integrarem vai haver dificuldades para levar as crianças para escola, alimentação em casa, luz, água,  etc.

Porque quem não trabuca,  Não Manduca.

Publicada por didi lopes 

"É menos lixo que há na estrada", diz homem que matou afro-americano

William Pulliam poderá passar o resto da vida na prisão.


Dos muitos atos xenófobos ou racistas que ganharam força com a vitória de Donald Trump, este é mais um deles. Trata-se de um homicídio cometido por William Pulliam, de 62 anos, que matou James Means, um afro-americano adolescente, de apenas 15 anos.

De acordo com testemunhos dados pela polícia sobre o caso, suspeito e vítima cruzaram-se numa rua em Charleston, no estado da West Virginia e a conversa rapidamente subiu de tom, levando William a puxar do revólver que tinha consigo e disparar sobre o jovem no abdómen.

Imediatamente imobilizado pelas autoridades, diz o Metro.uk, o sexagenário negou que a raça tenha sido o motivo do disparo, mas afirmou perante a polícia que, com a morte de Means, “era menos lixo que passava a estar na estrada”.

O homem vai a julgamento e poderá passar o resto da vida na prisão.

NAOM

Dois terços dos médicos em Portugal estão em situação de exaustão - estudo

Dois terços dos médicos em Portugal admitem estar em elevado estado de exaustão emocional, um dos indicadores relevantes associado ao stress profissional crónico designado como 'burnout'.

Segundo dados de um estudo de âmbito nacional sobre 'burnout' na classe médica, os profissionais das especialidades de neurocirurgia e de medicina legal são os mais afetados, a par dos médicos mais jovens.

Aliás, são os médicos mais jovens que apresentam os níveis mais elevados nos três indicadores de 'burnout' avaliados no estudo: exaustão emocional, distanciamento face ao doente (despersonalização) e diminuição da realização profissional.

Segundo dados parcelares do estudo, a que a agência Lusa teve acesso, além da exaustão emocional, 39% de todos os médicos indicaram níveis elevados de despersonalização e 30% mostraram altos níveis de diminuição da realização profissional.

O estudo, uma iniciativa conjunta da Ordem dos Médicos e do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, foi feito através de inquéritos a cerca de 10 mil médicos portugueses, dos perto de 50 mil convidados a responder.

O bastonário da Ordem dos Médicos confessa ter ficado surpreendido com a dimensão do problema: "Não estava à espera que o problema fosse tão grave, o que exige que se olhe para esta questão com muita atenção".

José Manuel Silva lembra que os médicos em exaustão não estão em condições de prestarem os melhores cuidados aos doentes, embora "o inquérito tenha mostrado um elevado grau de empenhamento e dedicação aos doentes".

"A verdade é que os médicos portugueses não estão bem e isto exige medidas da parte da tutela", frisou o bastonário, que pede melhores condições de trabalho, investimento na manutenção das instalações e na renovação das tecnologias.

Sobre os médicos mais jovens, que apresentam os mais elevados níveis de 'burnout', José Manuel Silva lembra que são colocados "perante enormes dificuldades e pressão", "muitas vezes sem as devidas condições de trabalho" e instados "a trabalhar até à exaustão, nomeadamente nos serviços de urgência".

ARP // SO
Lusa/fim

3ª Sessão Extraordinária do Comité Central do PAIGC - RESOLUÇÕES FINAIS

PARTIDO AFRICANO PARA A INDEPENDÊNCIA DA GUINÉ E CABO VERDE

3ª Sessão Extraordinária do Comité Central do PAIGC
26 de novembro de 2016

RESOLUÇÕES FINAIS
(dos 212 Presentes, 201 votaram SIM, 11 votaram NÃO)

O Comité Central do PAIGC reuniu na sua 3ª Sessão Extraordinária no dia 26 do mês de novembro de dois mil e dezasseis, no Salão Nobre “Amílcar Cabral”, Sede Nacional do Partido, em Bissau, sob a presidência do Camarada Eng.º Domingos Simões Pereira, Presidente do Partido.

O Comité Central adotou por unanimidade a seguinte Ordem do dia:

PAIGC face à situação política vigente e perante o Decreto Presidencial nº 10/2016;
Apresentação, discussão e aprovação da proposta de Regulamento Disciplinar do Partido;
Apresentação, discussão e aprovação do Orçamento de funcionamento para o ano de 2017;

O Presidente do PAIGC iniciou os trabalhos da 3ª Sessão Ordinária do Comité Central tecendo algumas considerações sobre o desaparecimento físico de Fidel Castro Ruz e de uma proposta Moção de Homenagem e de Solidariedade para com Cuba e o povo irmão cubano pelo desaparecimento físico de uma das mais ilustres figuras do Século XX, adotada pelo Bureau Político e remetida para aprovação do Comité Central.

De igual modo, o Presidente do PAIGC comunicou ao Comité Central de que faleceu o camarada Baba Djata, uma das figuras do nosso Partido nos seus 20 anos de militância ativa no Círculo 15.

O Comité Central perfilou-se de pé numa singela homenagem a estes desaparecimentos, com um minuto de silêncio.

O Presidente do PAIGC informou e teceu algumas considerações sobre o momento político que o país continua a enfrentar, das manobras urdidas na base de falsidades e de jogos ilegais de poder com vista a inviabilizar os Acordos de Conakry e da necessidade de um posicionamento político e estratégico do PAIGC à luz dos Acordos de Bissau e Conakry e no surgimento do Decreto nº 10/2016 que nomeia um novo Primeiro-ministro em completa violação dos consensos subscritos pelo Acordo de Conakry.

Após um aturado debate sobre os vários pontos na agenda de trabalho, o Comité Central do PAIGC deliberou:

Felicitar e encorajar a Direção Superior do Partido no prosseguimento das vias que conduzam à saída da atual crise política e institucional do país;

Instruir e mandatar a Comissão Permanente do Bureau Político e o Presidente do Partido para continuarem a acompanhar o processo, exigindo à CEDEAO e ao seu Mediador o esclarecimento cabal sobre o consenso relativamente ao nome retido e que permitiu a assinatura do Acordo de Conakry;

Manter e confirmar a adoção do Acordo de Conakry, enquanto instrumento político e jurídico capaz de oferecer uma saída para a atual crise política do país, pelo que é fundamental o seu resgate e a sua implementação, sob a coordenação da entidade máxima do Estado da Guiné-Bissau, subscritiva desse Acordo, que é o Presidente da Assembleia Nacional Popular;

Esclarecer, que a não observância escrupulosa do Acordo de Conakry se configura uma denúncia do mesmo, o que retira quaisquer possibilidades de sua aplicação por parte do PAIGC, fazendo este regressar perigosamente ao ponto de bloqueio institucional, com consequências imprevisíveis para a paz e a estabilidade e com responsabilidades imputáveis exclusivamente aos infratores. 

Felicitar a Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular e em especial aos Deputados da Bancada Parlamentar do PAIGC que integram esse órgão pela observância rigorosa e patriótica dos desígnios e interesses nacionais e que levou à suspensão da convocatória da primeira sessão ordinária do III ano legislativo até a conclusão do processo de implementação dos três primeiros pontos do acordo de Conacri;

Reafirmar a determinação de não participar e não autorizar nenhum dos seus militantes e dirigentes a integrar no Governo de Iniciativa Presidencial;

Retirar a confiança politica ao cidadão e militante José Mário Vaz, por ser o principal promotor de toda a grave crise politica que assola o país há cerca de dois anos e a sua demonstrada e assumida determinação em afrontar e prejudicar os interesses do PAIGC, partido que o conduziu ao mais alto cargo da magistratura e remeter ao Conselho Nacional de Jurisdição do Partido todos os elementos que possam consubstanciar a violação dos Estatutos;

Repudiar e condenar de forma veemente o espírito tenebroso que descreve a falência de muitas intenções politicas que, ao falharem na sua ambição de continuar o projeto político que herdaram ou que não conseguiram firmar, viram-se para a tentativa fatalista e desesperada de colar o PAIGC a práticas há muito ultrapassadas nesta formação política;

Instruir os órgãos competentes do Partido a intentarem uma ação judicial de responsabilização ao PRS por forma a apresentar os fundamentos materiais da acusação feita e segundo a qual o PAIGC estaria a mobilizar as Forças Armadas para um golpe de Estado;

Levar a sério e pedir responsabilidades ao Senhor Victor Mandinga pelo conjunto de ameaças publicamente veladas, nomeadamente na intenção de incendiar a Sede do PAIGC, e responsabilizá-lo por todas as consequências deste seu pronunciamento irresponsável e desmedido;

Exortar as nossas Forças de Defesa e Segurança a se manterem distantes da luta política e a recusarem qualquer tentativa de instrumentalização, sobretudo para emprestar violência e ameaças corporais contra membros e ativistas da sociedade civil no uso livre dos seus direitos fundamentais;

Denunciar a tentativa de silenciamento da sociedade civil através de uma interdição ilegal de manifestações pacíficas devidamente enquadradas no direito à livre expressão, consagradas na própria constituição da República;

Condenar sem reservas a agressão e detenção de que foi alvo o Deputado da Nação Leopoldo da Silva, manifestando a sua solidariedade militante e exigir que as entidades competentes, nomeadamente a Assembleia Nacional Popular e o Governo, em coordenação com as entidades homologas do Senegal, procedam ao apuramento das circunstâncias da ocorrência e a responsabilização dos agressores, a bem de uma convivência fraterna e a boa vizinhança entre os nossos Estados e povos;

Aprovar o Regulamento Disciplinar do Partido, em conformidade com o Art.º 105º dos Estatutos e criar uma Equipa de Juristas a ser coordenada pelo Secretariado Nacional com vista a introduzir as emendas consideradas adequadas para o seu melhoramento e operacionalização; 

Aprovar na generalidade o Orçamento de Funcionamento para o ano de 2017, adotado pelo Bureau Político, prevendo-se o seu melhoramento com a participação dos Secretários Regionais;

Aprovar a Moção de Homenagem e de Solidariedade para com Cuba e o povo irmão cubano pelo desaparecimento de uma das mais ilustres figuras do Seculo XX, o camarada Comandante Fidel Alejandro Castro Ruz;
O Comité Central se congratula pela forma como os trabalhos foram conduzidos e pelos resultados alcançados, num ambiente de grande e responsável militantismo.

Feito em Bissau aos vinte e seis dias do mês de novembro de 2016.
O Comité Central

Publicada por António Aly Silva

Voos regulares entre EUA e Havana arrancam hoje, três dias após morte de Fidel Castro

Os primeiros voos comerciais regulares entre aeroportos norte-americanos e Havana descolam hoje, após mais de 50 anos de interrupção, um momento histórico que terá lugar, por um acaso no calendário, três dias depois da morte de Fidel Castro.


A 31 de agosto, a companhia JetBlue inaugurou o primeiro voo comercial regular desde 1961 entre um aeroporto dos Estados Unidos da América -- Fort Lauderdale, na Florida (sudeste) -- e uma cidade cubana -- Santa Clara, no centro da ilha.

Desde então, várias companhias seguiram o exemplo, com voos regulares entre os EUA e diferentes cidades cubanas, mas Havana ainda não estava contemplada.

O voo da American Airlines deve partir hoje às 07:30 locais (12:30 GMT) de Miami para o aeroporto internacional José Marti de Havana.

"Tornamo-nos na primeira companhia aérea americana a propor um serviço regular com a capital cubana desde há mais de 50 anos", disse à agência AFP Martha Pantin, porta-voz da American Airlines.

A partir de quarta-feira, a American Airlines vai ligar Havana e Miami, a "capital" do exílio cubano nos Estados Unidos, quatro vezes por dia. Outro voo diário parte de Charlotte, na Carolina do Norte, no sudeste dos Estados Unidos.

Também hoje, a JetBlue vai inaugurar a sua ligação direta entre Nova Iorque (nordeste dos Estados Unidos) e Havana às 08:58 locais (13:58 GMT).

Outros voos diretos da JetBlue para Havana estão igualmente previstos a partir de Orlando e Fort Lauderdale.

Até ao fim do ano, 110 voos diários diretos vão ligar Cuba e os Estados Unidos, dos quais 20 aterram em Havana.

Há quase dois anos, Washington e o regime cubano deram início ao 'degelo' das relações bilaterais.

Por coincidência, estes voos são inaugurados três dias depois da morte, aos 90 anos, do líder histórico Fidel Castro, pai da revolução cubana, que 'enfrentou' dez presidentes norte-americanos.

Os norte-americanos podem viajar para a ilha apesar do embargo imposto a Cuba pelos Estados Unidos desde 1962.

FV // MP

Lusa/fim