sexta-feira, 14 de julho de 2023

Guiné-Bissau: População das ilhas queixa-se do "monopólio" nos transportes

Pirogas em Bolama, arquipélago dos Bijagós, Guiné-Bissau

Por  Lassana Cassamá  voaportugues.com   14/07/23

Habitantes das ilhas manifestam-se revoltados com a medida da empresa Consulmar que diz praticar os preços do mercado por falta de renovação do acordo com o Governo

BISSAU — A população da zona insular e da parte do sul continental da Guiné-Bissau diz estar revoltada com os novos preços de transporte marítimo praticados pela empresa detentora do único navio que faz a ligação entre Bissau, Bubaque e Enxudé.

Em declarações à Voz de América, os habitantes das ilhas, os mais afectados com os novos preços, manifestam-se revoltados com a medida da empresa Consulmar.

"Essa agência aumenta os preços quase todos os dias, isso não é possível, por isso é muito importante que nós comecemos a reivindicar, quando temos razão temos mesmo que reivindicar", diz um dos residentes.

Outro acrescenta que "o Governo tem que arranjar [adquirir] barcos para fazer a ligação [entre a capital e as ilhas], se os barcos fossem do Estado, certamente, os preços seriam menos".

Informações recolhidas pela Voz da América indicam que o único navio que faz a ligação entre Bissau e Bubaque e entre Bissau e Enxudé compreende três classes de passageiros.

A mais acessível para o cidadão comum subiu de 6 mil para 6500 Fcfa, no caso de Bubaque, e de 2 mil para 2200 Fcfa para quem viaja com destino a Enxudé.

Em resposta às preocupações levantadas pelos utentes, o responsável da frota da empresa Consulmar, José António Aires dos Reis, confirma a subida dos preços de transporte e justifica os motivos da nova tabela.

"Todas as peças para os nossos barcos são importadas da Europa. Então, nestas condições tínhamos uma convenção de cinco anos com o Estado da Guiné-Bissau relativamente à isenção dos impostos sobre peças e combustíveis. E desde Dezembro de 2022 a esta parte não houve um novo acordo, tanto assim que estamos a comprar combustíveis no preço do mercado normal e pagamos todos os impostos sobre as peças sobressalentes. Neste contexto, a empresa chegou à conclusão que ‘assim não podemos continuar’. Ou seja, estamos a perder dinheiro mês a mês", explica Reis que acrescenta que "comunicamos ao Governo que a partir de 1 de Junho [de 2023] íamos fazer um pequeno reajuste dos preços.

Aquele gestor considera legítimo o protesto da população, mas discorda da forma, sobretudo, por parte dos habitantes da zona de Enxudé.

“Há uma retaliação [por parte da população]. Bloquearam a estrada. Os transportadores terrestres não podem chegar ao Porto de Enxudé. Conclusão: nós com passageiros de Bissau e Enxudé, voltamos para Bissau sem passageiros”, conclui José António Aires dos Reis, para quem “esta não devia ser a forma de reclamação.

Ante esta situação reinante, a população pede “que o próximo Governo trabalhe no sentido de arranjar barcos para as ilhas, porque sem barco é muito difícil a vida da população das ilhas”, segundo um residente.

Outro habitante de Bolama afirma que “o Governo não deve entregar o país nas mãos de uma empresa privada”.

Ucrânia. Bulgária vai entregar 100 veículos blindados a Kyiv

© Reuters

POR LUSA   14/07/23 

A Bulgária vai entregar à Ucrânia 100 veículos blindados do 'stock' da polícia búlgara, principalmente veículos de infantaria, segundo as autoridades de Sofia, citadas pela rede de informação independente pan-europeia Euroactiv.

O equipamento militar foi comprado há 40 anos para levar a cabo o chamado processo de 'renascimento cultural' -- uma tentativa do regime totalitário de assimilar à força os turcos búlgaros -- e nunca foi usado.

A decisão sobre os veículos blindados foi anunciada apenas uma semana após a visita do Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky a Sófia, no primeiro pacote militar de ajuda da Bulgária a Kiev.

A Bulgária é um dos poucos países membros da NATO que possui grandes quantidades de armas e equipamentos do período soviético, bem como as suas munições, e que são usadas pelo exército ucraniano.

Em Kiev, o Governo reiterou hoje apelos a ajuda dos parceiros ocidentais para proteção dos céus do país e o porta-voz da Força Aérea Ucraniana disse que a Ucrânia se encontra "longe de estar protegida" de ataques com mísseis russos como em Lviv (oeste) na semana passada.

"Para evitar estes ataques terroristas, com a Rússia regularmente a usar mísseis contra cidades densamente povoadas, precisamos de mais meios de defesa aérea", reiterou.

"Para nos protegermos de 'drones' e mísseis, precisamos de aeronaves de combate modernas e multifuncionais, capazes de intercetar ameaças próximas de importantes objetivos estatais", observou.

Ignat disse que a decisão, ainda não assumida pelos aliados, de entregar caças F-16 à Ucrânia é de "significado histórico".

Os aviões ajudarão as forças armadas ucranianas na defesa e no ataque, atrapalharão a logística russa na Ucrânia e potencialmente afastarão a navegação russa da costa ucraniana através do uso de mísseis Harpoon.

"Já estamos a ver os resultados da cimeira da NATO em Vilnius [que terminou na quarta-feira]. Esses caças serão entregues à Ucrânia e os nossos pilotos começarão a treinar dentro de um mês", prosseguiu.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.


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Campanha de Sensibilização sobre Violência Baseada no Gênero, promovida pela AGUIBEF (Associação Guineense para o bem estar Familiar).

 Radio TV Bantaba

Instituto de formação CPLP Guiné-Bissau em parceria com a empresa Casais de Portugal realizou (14.07) um seminário de capacitação de 15 jovens para um contato de trabalho em Portugal.

  Radio TV Bantaba

Ex-PR da África do Sul vai para Rússia após ordem para regressar à prisão

© Reuters

Notícias ao Minuto    14/07/23 

Porta-voz de Jacob Zuma disse que o antigo presidente sul-africano está a receber tratamento por "razões de saúde".

O antigo presidente da África do Sul, Jacob Zuma, viajou para a Rússia, onde está a receber tratamento médico, apenas um dia após o mais alto tribunal do país ter mantido a decisão de que deveria regressar à prisão.

"[Jacob] Zuma viajou para a Rússia na semana passada por razões de saúde", disse o seu porta-voz, Mzwanele Manyi, citado pelo jornal The Guardian.

A viagem, que terá acontecido num voo comercial, "era privada, mas não era segredo", disse, quando a informação foi divulgada nas rede sociais, garantindo ainda: "Ele vai regressar ao país uma vez que os médicos completem o tratamento."

O Tribunal Constitucional da África do Sul manteve, na quinta-feira, uma decisão que concluía que Zuma deverá regressar à prisão para cumprir uma pena de 15 meses por desacato ao tribunal, rejeitando o recurso que pretendia mantê-lo fora da prisão. Zuma entregou-se junto das autoridades em julho de 2021, mas acabou libertado dois meses depois, devido à sua condição médica.

Zuma foi presidente da África do Sul entre 2009 e 2018, acabando por abandonar o lugar após vários escândalos e protestos que resultaram em mais de 300 mortes. Em junho de 2021, foi condenado judicialmente por negar-se a testemunhar perante a Justiça num caso que investigava crimes financeiros sob os seus mandatos.


Guiné Bissau: mulheres dizem que paridade de género não foi cumprida nas lesgislativas

Rua de Bissau.

Texto por:  Mussá Baldé   www.rfi.fr  14/07/2023

Na Guiné-Bissau, o conselho das mulheres considera que não foi cumprida a paridade de género nas legislativas do 4 de Junho. Dos 102 deputados, apenas 11 sao mulheres.

O Conselho das Mulheres lamenta que a lei que estabelece uma quota mínima de 36% de mulheres no Parlamento não esteja a ser aplicada.

Diz o Conselho num comunicado que nas ultimas eleições legislativas, de 04 de junho passado, foram eleitas apenas 11 parlamentares num universo de 102 deputados.

Nas eleições legislativas de 2019, 13 mulheres foram eleitas deputadas. 

O Conselho das Mulheres vê isso como um retrocesso no cumprimento da lei e pede ao próximo Governo, a ser formado pela coligação PAI Terra Ranka, que retifique "esse erro histórico".

Liderado pela antiga diretora-geral da Polícia Judiciária, a magistrada jubilada do Ministério Público, Lucinda Barbosa Aukarié, o Conselho das Mulheres quer ver mais mulheres no Governo e noutras instâncias em que as pessoas são nomeadas.

O órgão foi criado em 2018 pela extinta UNIOGBIS, gabinete integrado das Nações Unidas para a consolidação da paz na Guiné-Bissau, para ser um consórcio de organizações da sociedade civil para promover a igualdade de género sobretudo na política.

O Conselho das Mulheres começou por aproximar as partes então desavindas, nomeadamente o Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, ao líder do partido PAIGC, Domingos Simões Pereira, mas depois alargou a sua intervenção para outras esferas de mediação entre a classe política.

O Conselho começou por ser dirigido por Francisca “Zinha” Vaz, veterana dirigente política, mas que ultimamente retirou-se da política para se dedicar ao associativismo.

Os novos deputados tomam posse no próximo dia 27 deste mês de julho.

Negociar com a Rússia? "Só depois das tropas saírem do nosso território"

© Presidência da Ucrânia

POR LUSA   14/07/23 

A Ucrânia só negociará com a Rússia depois de as tropas de Moscovo deixarem o território ucraniano, disse hoje o chefe da administração presidencial ucraniana, Andriy Iermak.

"Mesmo pensar nestas negociações só é possível depois de as tropas russas abandonarem o nosso território. Todos compreendem que não vamos falar com os russos antes disso", disse Iermak a um pequeno grupo de jornalistas.

Iermak admitiu, por outro lado, que a contraofensiva de Kiev face à resistência das forças russas "não está a progredir tão rapidamente".

"Atualmente, [a contraofensiva] não está a progredir tão rapidamente", assumiu o chefe da administração presidencial ucraniana????, garantindo que os aliados ocidentais não estão a pressionar Kiev sobre a questão.

A ofensiva militar lançada pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de quase 15 milhões de pessoas -- internamente e para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Atualmente, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kiev e com a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra mais de 8.000 civis mortos e cerca de 14.000 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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SENEGAL: Sonko indigitado pelo seu partido para presidenciais de 2024 no Senegal

© Getty Images

POR LUSA   14/07/23 

O principal líder da oposição senegalesa, Ousmane Sonko, foi hoje oficialmente nomeado candidato presidencial do seu partido, Pastef, para as eleições de fevereiro de 2024, anunciou a formação política.

"Após um processo de investidura transparente e democrático, Ousmane Sonko (...), de nacionalidade exclusivamente senegalesa, no gozo de todos os seus direitos civis e políticos, é designado por unanimidade dos votos expressos como candidato do Pastef", declarou o partido em comunicado.

Todavia, uma recente condenação judicial hipoteca a possibilidade de Sonko concorrer à eleição presidencial.

"Ninguém pode impedir a tomada de posse do presidente (da formação) Ousmane Sonko e a sua participação nas eleições presidenciais de 25 de fevereiro de 2024", vinca o Pastef na nota.

O partido criticou igualmente a proibição, por parte das autoridades, dos comícios convocados pela oposição em Dacar, bem como da cerimónia de tomada de posse de Sonko, prevista para sábado, no estádio Amadou Barry, na capital, qualificando esta medida de "ilegal".

O Pastef anunciou a candidatura de Sonko apesar da sua recente condenação na sequência do seu julgamento, em 23 de maio, por acusações feitas no início de 2021 por uma jovem massagista de "violações repetidas" e "ameaças de morte".

Embora o tribunal tenha absolvido o líder da oposição daquelas acusações, considerou-o culpado, em junho passado, do crime de corrupção de menores (aplicável quando jovens entre os 18 e os 21 anos são vítimas de abusos, de acordo com o Código Penal senegalês).

Nos protestos que se seguiram ao anúncio da sentença, pelo menos 16 pessoas foram mortas, segundo o Ministério do Interior senegalês, enquanto a organização Amnistia Internacional (AI) documentou 23 mortes, incluindo três menores.

No seu comunicado, o Pastef anuncia que Sonko se pronunciará ainda hoje sobre a indigitação para as presidenciais.

De acordo com a lei senegalesa, a sentença poderia impedir o líder da oposição de se candidatar às eleições presidenciais, às quais o atual Presidente, Macky Sall, revelou na semana passada, após meses de incerteza, que não se candidataria a um terceiro mandato.

Desde 28 de maio que Sonko se encontra bloqueado pelas forças de segurança na sua casa em Dacar, "sequestrado", segundo ele.

Sonko denunciou a "instrumentalização" da justiça por Sall, no poder desde 2012, para o impedir de concorrer às eleições.

Conhecido pelo seu discurso "antissistema", Sonko critica a má governação, a corrupção e o neocolonialismo francês, e o seu discurso é muito popular entre a juventude senegalesa.


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Conselho da Administração do Tribunal de Contas de Guiné-Bissau desmente numa sessão de esclarecimento com a imprensa todas as acusações da direção cessante do sindicato dos funcionários da referida instituição

 Radio TV Bantaba 

ALIMENTAÇÃO: Adoçante aspartame é "possivelmente cancerígeno". Devo preocupar-me?... Saiba que ciência há nisto.

© Shutterstock

Notícias ao Minuto   14/07/23 

A Agência Internacional para a Investigação do Cancro da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que o aspartame é "possivelmente cancerígeno" para humanos. No entanto, considera que as evidência científicas ainda são "limitadas". Já o Comité Conjunto de Especialistas de Aditivos Alimentares da OMS e da Organização para a Alimentação e a Agricultura das Nações Unidas reafirma que, tendo em conta os dados analisados, não há necessidade de alterar dose diária previamente recomendada de até  40 miligramas de aspartame por cada quilograma de peso corporal.

As duas entidades realizaram análises independentes, mas complementares, com o objetivo de avaliar os potenciais riscos cancerígenos e outros perigos para a saúde associados ao consumo de aspartame. O IARC classificou o aspartame como possivelmente cancerígeno para o ser humano. O ingrediente foi integrado no grupo 2B (o terceiro mais alto de quatro níveis e atribuído, por norma, quando existem provas limitadas de cancro em humanos ou em animais experimentais).

Mary Schubauer-Berigan, especialista da IARC, alerta para a "necessidade de mais estudos" para compreender "se o consumo de aspartame representa um risco carcinogénico".

A nomenclatura europeia, seguida por Portugal, dita que o aspartame (ou aspartamo) corresponde ao edulcorante E951. Trata-se de um edulcorante ou adoçante presente em vários alimentos, bebidas (como refrigerantes 'diet'), pastilhas, gelados, iogurtes e cereais para lhes dar um sabor adocicado sem recorrer a sacarose, o açúcar comum, mas também em pastas de dentes e medicamentos, como vitaminas mastigáveis.


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Os oceanos estão a mudar de cor

Floração de fitoplâncton, que ocorre quase todos os anos no final do verão, levado pelas correntes marítimas num turbilhão no Mar Báltico, na costa sudeste da Suécia, 15 de agosto de 2020.NASA EARTH OBSERVATORY/JOSHUA STEVENS/HANDOUT VIA REUTERS

Por  sicnoticias.pt  14/07/23 

Os cientistas não têm dúvidas em afirmar que se trata de (mais) um efeito das alterações climáticas provocadas pelo Homem.

Nos últimos 20 anos, mais da metade dos oceanos mudaram de cor, passando subtilmente de azul para verde em algumas regiões. Os cientistas não têm dúvidas em afirmar que se trata de (mais) um efeito das alterações climáticas.

De acordo com um estudo publicado na quarta-feira na revista Nature, a mudança deve-se a uma alteração nos ecossistemas, em particular no plâncton, que é a peça central do sistema alimentar marinho e que desempenha um papel crucial no ciclo global do carbono e na produção do oxigénio que respiramos.

“A razão pela qual estamos interessados ​​nas mudanças de cor [dos mares] é que a cor reflete o estado do ecossistema”, explica o principal autor do estudo, B.B. Cael, do Centro Nacional Oceanográfico do Reino Unido.

A missão Copernicus Sentinel-2 conseguiu fotografar
algas a proliferar no oceano Pacífico, junto
à costa do Japão. A rápida multiplicação do
fitoplâncton - plantas marinhas microscópicas
que flutuam na superfície do mar - leva
 a um crescimento excessivo de algas tornando-as
 assim visíveis até a partir do espaço.
 No site da ESA é possível ampliar um pouco
mais a imagem e obter mais informações
.COPERNICUS SENTINEL DATA (2019),
PROCESSED BY ESA

A cor dos mares, vistos do espaço, pode realmente dar uma ideia do que está a acontecer nas camadas superiores da água: um azul profundo significa que há pouca vida, enquanto se a água for mais verde, é provável que haja maior atividade, principalmente do fitoplâncton que, como as plantas, contém um pigmento verde por causa da clorofila.

Longe de ser inócua, a evolução do fitoplâncton e a sua concentração em certas regiões perturbam toda a cadeia alimentar marinha.

Os cientistas querem desenvolver métodos de monitorização dessas mudanças nos ecossistemas de modo a acompanhar as alterações climáticas e estabelecer áreas protegidas.

Sete tons de cores do oceano

O estudo examinou sete tons de cores nos mares monitorizados pelo satélite MODIS-Aqua de 2002 a 2022. Esses tons são muito subtis para serem percebidos pelos olhos humanos, parecendo apenas azuis.

Os cientistas compararam as suas observações com modelos computacionais de alterações climáticas e concluíram que as mudanças que observaram correspondiam ao que tinha sido previsto pelos computadores.

"Faço simulações há anos e todas me dizem que essas mudanças na cor do oceano vão acontecer. Ver isso realmente acontecer não é surpreendente, mas assustador", disse a coautora do estudo Stephanie Dutkiewicz, do Departamento de Ciências da Terra, Atmosféricas e Planetárias do MIT.

Embora seja necessário mais trabalho para determinar as implicações exatas das mudanças de cor, os autores do estudo acreditam que é muito provável que a causa seja as alterações climáticas.

“Essas mudanças são consistentes com o que se sabe sobre alterações climáticas induzidas pelo homem”, garante Dutkiewicz.

PRESIDENTE DA REPÚBLICA EM FRANÇA PARA ASSISTIR AS CELEBRAÇÕES DO DIA DA BASTILHA

O Presidente da República General Umaro Sissoco Embalo, está em França a convite do seu homólogo Presidente Macron para assistir as celebrações de 14 de Julho “Dia da Bastilha”.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

SENEGAL: Marinha senegalesa resgata oito mortos por afogamento de barco afundado

© Seyllou/AFP via Getty Images

POR LUSA    14/07/23 

Os corpos foram recuperados pelos bombeiros e pela marinha senegalesa e foi iniciada uma busca por sobreviventes, anunciou o ministro do Interior senegalês, Felix Abdoulaye Diome, na cidade pesqueira de Saint-Louis, no norte do país, para onde os corpos foram levados.

O diretor da morgue em Saint-Louis, Mourtalla Mbaye, disse à Associated Press que cerca de 155 pessoas estavam a bordo e que muitos dos sobreviventes estavam feridos e a receber tratamento numa zona militar da cidade.

Seis corpos de homens foram levados para a morgue. Não se sabe ao certo quantas pessoas sobreviveram e quantas ainda estão desaparecidas, referiu.

O resgate dos ocupantes deste barco, na quarta-feira à noite, acontece poucos dias depois de sete outras pessoas terem sido encontradas mortas e 50 terem sido resgatadas numa outra embarcação que se encontrava também a navegar com destino à Europa, descoberta ao largo da costa de Saint-Louis. Pelo menos 90 pessoas que seguiam nesse outro barco estão ainda desaparecidas.

O anúncio foi feito pela organização não-governamental (ONG) espanhola Walking Borders, segundo a qual cerca de 300 pessoas desapareceram no final de junho, quando três embarcações partiram de duas cidades diferentes do Senegal.

A rota migratória atlântica é uma das mais mortíferas do mundo, com cerca de 800 pessoas mortas ou desaparecidas no primeiro semestre de 2023, ainda de acordo com a Walking Borders.

Nos últimos anos, as Ilhas Canárias tornaram-se um dos principais destinos das pessoas que tentam chegar a Espanha, com um pico de mais de 23.000 migrantes a chegar em 2020, de acordo com o Ministério do Interior espanhol.

Nos primeiros seis meses deste ano, mais de 7.000 migrantes e refugiados chegaram às Canárias.

As embarcações provêm maioritariamente de Marrocos, do Saara Ocidental e da Mauritânia, e em menor número do Senegal. No entanto, pelo menos 19 embarcações provenientes do Senegal chegaram às Ilhas Canárias desde junho, segundo a ONG espanhola.


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Aviso de ação forte – RPD da Coreia testa novo tipo de MBIC

Agência Central de Notícias da Coreia

Como parte dos esforços para defender de forma confiável a segurança de nosso estado e a paz regional do desastre da guerra nuclear e deter completamente movimentos militares perigosos de forças hostis, a Direção-Geral de Mísseis em 12 de julho conduziu o teste de disparo do novo tipo de balístico intercontinental Hwasongpho-18 míssil, um sistema de armas chave das forças estratégicas da República Popular Democrática da Coreia.

Os Estados Unidos, que elaborou a "Declaração de Washington" em abril, prevendo abertamente a discussão do uso de armas nucleares contra nosso Estado em uma reunião do "Nuclear Advisory Group" dos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, estão conduzindo a situação regional à beira de uma guerra nuclear sem precedentes, enquanto freqüentemente implantando submarinos movidos a energia nuclear e bombardeiros nucleares estratégicos ao redor da península coreana e seus arredores.

O que é mais perigoso é que os Estados Unidos recorrem a atos extremamente provocativos de espionagem aérea, mesmo quando entram no espaço aéreo soberano da RPD da Coreia e planejam trazer armas nucleares de volta à península coreana enviando um submarino nuclear dos EUA carregando armas nucleares estratégicas para a Coreia do Sul pela primeira vez em 40 anos.

O disparo de teste do novo tipo de míssil balístico intercontinental não é apenas um processo necessário para o desenvolvimento de forças estratégicas, mas também serve como um alerta por ação forte para mostrar claramente aos inimigos a vontade inabalável de combatê-los massivamente, bem como a entidade da força física, o que deixará clara a imprudência de suas opções militares.

Kim Jong Un, Secretário-geral do Partido de Trabalho da Coreia e Presidente de Assuntos Estatais da RPD da Coreia, conduziu o teste de disparo do novo tipo MBIC Hwasongpho-18 no local.

Tendo em vista a segurança dos países vizinhos e a estabilidade da separação em vários estágios do MBIC em voo no espaço territorial, o teste de disparo foi realizado por voo balístico padrão de primeiro estágio e voo de alto ângulo no segundo e terceiro andares.

O disparo de teste não teve efeito negativo na segurança dos países vizinhos.

O míssil subiu a uma altitude máxima de 6.648,4 km e percorreu uma distância de 1.001,2 km por 4.491 segundos, ou 1h 14m 51s, antes de atingir com precisão a área-alvo pré-definida em águas abertas ao largo do Mar do Leste da Coreia.

Expressando grande satisfação com o tiro de teste, Kim Jong Un disse: A realidade mostra que as crescentes ameaças militares de forças hostis sempre trazem eventos contínuos no fortalecimento da capacidade de defesa nacional de nosso estado; ofensivas militares mais fortes serão lançadas sucessivamente, até que os imperialistas americanos e os fantoches sul-coreanos compreendam em desespero a vergonhosa derrota de sua fútil política hostil contra nossa República e desistam de recorrer a ela.



Leia Também: A Coreia do Norte compareceu hoje no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para defender o seu mais recente teste com mísseis balísticos, apesar da condenação por parte da maioria dos Estados-membros.

Ucrânia: Kyiv reclama ter derrubado 16 drones lançados pela Rússia

© REUTERS

POR LUSA    14/07/23 

As defesas antiaéreas ucranianas intercetaram 16 de um total de 17 aparelhos aéreos não tripulados ('drones') de fabrico iraniano lançados nas últimas horas pela Rússia contra o território da Ucrânia, disse a Força Aérea de Kyiv.

"Desde a tarde do dia 13 de julho [quinta-feira] até à madrugada de 14 [hoje], os russos atacaram a Ucrânia com 17 drones de ataque Shahed-136/131 fabricados no Irão lançados do sudeste", refere o comunicado da Força Aérea ucraniana. 

A mesma nota indica que 16 dos 17 drones foram abatidos pela Força Aérea ucraniana em várias zonas do sul e do leste da Ucrânia. 

Seis Shaed foram derrubados em Krivi Rig (sudeste), onde um dos aparelhos não tripulados lançados pela Rússia "não intercetado" destruiu um edifício administrativo tendo provocado um ferido. 

De acordo com a Força Aérea de Kyiv, a Rússia lançou também um drone de reconhecimento que foi derrubado.

As informações militares de Kyiv não foram referidas pelas forças russas.


Leia Também: Chefe de Estado agradece apoio dos parceiros e diz que respeito é "derivado de coragem", garantindo que esse respeito será conquistado a longo prazo para o povo ucraniano, com a vitória de Kyiv na guerra.

Putin: "O grupo Wagner não existe"

PRESS SERVICE OF "CONCORD\

Por SIC Notícias  14/07/23

O Presidente russo ofereceu aos mercenários de Wagner a oportunidade de continuar a lutar, mas afastando Prigozhin , numa reunião poucos dias após o motim fracassado.

Vladimir Putin ofereceu aos mercenários do grupo Wagner a oportunidade de entrar no exército da Rússia, mas sugeriu que Yevgeny Prigozhin fosse afastado em favor de um comandante diferente.

Em entrevista ao jornal russo Kommersant, citada pela Reuters, o Presidente da Rússia diz que fez a oferta numa reunião com Prigozhin e com os combatentes do grupo Wagner apenas cinco dias depois da rebelião, no final de junho. Reforça ainda que o grupo Wagner não existe, já que não há, no país, legislação sobre organizações militares privadas.

Acordo e destino de Wagner envoltos em mistério

Inicialmente Putin prometeu esmagar o motim de 23 e 24 de junho, comparando-o com a turbulência do tempo de guerra que deu início às revoluções de 1917, mas horas depois foi fechado um acordo para permitir que Prigozhin e alguns dos seus combatentes fossem para a Bielorrússia.

O Kremlin disse na segunda-feira que Putin conversou com os comandantes de Wagner e Prigozhin numa reunião em 29 de junho, cinco dias após o motim. Os mercenários, disse o Kremlin, reafirmaram a sua lealdade a Putin.

Mas o Kommersant, um dos principais jornais da Rússia, publicou as declarações de Putin ao seu correspondente mais experiente no Kremlin, Andrei Kolesnikov, em que deixa transparecer que o futuro de Prigozhin e de Wagner está em dúvida.

"Mas Wagner não existe", disse Putin quando questionado se o grupo seria preservado como uma unidade de combate. "Não há lei sobre organizações militares privadas. Simplesmente não existe"

Putin relata detalhes da reunião no Kremlin

Putin relatou detalhes sobre a reunião no Kremlin de 29 de junho com 35 comandantes de Wagner, em que sugeriu várias opções para eles continuarem a lutar. Uma delas era afastar Prigozhin do comando para que fosse assumido por um elementos de Wagner, conhecido pelo nome de guerra "Sedoi" - ou “cabelo grisalho”.

"Sedoi" é um veterano altamente condecorado das guerras da Rússia no Afeganistão e na Tchetchénia. É de São Petersburgo, cidade natal de Putin, e já foi fotografado ao lado do Presidente.

“Todos eles poderiam ter-se reunido num só lugar e continuar a servir. E nada teria mudado para eles. Eles teriam sido liderados pela mesma pessoa que havia sido o seu verdadeiro comandante o tempo todo”, disse Putin, segundo o Kommersant.

Putin disse que muitos dos comandantes concordaram com a sua sugestão, mas Prigozhin, que estava sentado em frente, não aceitou.

"'Não, os rapazes não vão concordar com tal decisão'", disse Putin, citando Prigozhin.

As declarações não aparecem na transcrição oficial do Kremlin dos comentários que Putin fez a Kolesnikov e a um repórter da televisão estatal na quinta-feira. Prigozhin não respondeu a um pedido de comentário.

Prigozhin não é visto em público desde que deixou a cidade de Rostov, no sul da Rússia, em 24 de junho.


A Coreia do Norte compareceu hoje no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para defender o seu mais recente teste com mísseis balísticos, apesar da condenação por parte da maioria dos Estados-membros.

© Getty Images

POR LUSA   14/07/23 

Coreia do Norte defende testes de mísseis em raro discurso na ONU

A Coreia do Norte compareceu hoje no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para defender o seu mais recente teste com mísseis balísticos, apesar da condenação por parte da maioria dos Estados-membros.

Na reunião de hoje do Conselho de Segurança, agendada de urgência após o lançamento de mais um míssil por Pyongyang, o embaixador norte-coreano junto à ONU, Kim Song, argumentou que o país apenas exerceu o direito de autodefesa "para deter movimentos militares perigosos de forças hostis e salvaguardar a segurança" do Estado.

"Rejeitamos e condenamos categoricamente a convocação do 'briefing' do Conselho de Segurança pelos Estados Unidos e seus seguidores", disse o embaixador, numa rara aparição na ONU, sendo que a última vez que o país participou numa reunião do Conselho sobre os seus próprios programas nucleares foi em 2017, segundo fontes diplomáticas.

Song aproveitou para criticar duramente as manobras militares realizadas por Washington e os seus parceiros na região, as quais classificou como "ameaças e provocações".

A Coreia do Norte disse na quinta-feira que testou com sucesso um novo míssil balístico intercontinental de combustível sólido sob a supervisão do líder, Kim Jong-un, dias após ameaçar abater aviões espiões dos Estados Unidos que violassem o seu espaço aéreo.

Esta é a segunda vez que a Coreia do Norte testa este tipo de projétil, que caiu na água após voar cerca de 75 minutos, segundo as autoridades japonesas.

A ONU disse hoje que este aterrou nas águas da zona económica exclusiva da Rússia e que aqueles 75 minutos supõem potencialmente o voo mais longo desse tipo de míssil entre todos os já testados pelo Exército norte-coreano.

Após a reunião, dez Estados-membros da ONU defenderam que o Conselho de Segurança "não pode continuar calado diante das provocações" da Coreia do Norte e deve "enviar um sinal coletivo" de desaprovação pelo lançamento de mísseis balísticos.

A Albânia, Equador, França, Japão, Malta, Coreia do Sul, Suíça, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos emitiram um comunicado conjunto no qual condenaram "nos termos mais fortes possíveis" o lançamento.

"O Conselho não pode continuar calado diante dessas provocações e devemos enviar um sinal claro e coletivo à Coreia do Norte (...) de que esse comportamento é ilegal, desestabilizador e não será normalizado", pode ler-se no comunicado, lido pelo embaixador norte-americano Jeffrey DeLaurentis.

"Apelamos a todos os Estados-membros para que enfrentem a geração ilícita de receitas da Coreia do Norte e as atividades cibernéticas maliciosas que financiam as ações ilegais e desestabilizadoras do Governo norte-coreano", acrescentou.

No comunicado, os dez países apelaram ainda a todos os Estados-membros da ONU para que implementem plena e fielmente todas as resoluções relevantes do Conselho de Segurança, incluindo impedir "que a Coreia do Norte escape das sanções para avançar com os seus programas ilegais de armas de destruição em massa e mísseis balísticos e rede de aquisição global associada".

"É hora de unir e restaurar a voz do Conselho sobre esta ameaça e agir para enfrentar a ameaça da Coreia do Norte", instaram.

De acordo com o embaixador norte-americano, a Rússia e a China - dois dos cinco membros permanentes, com poder de veto - têm impedido o Conselho de Segurança de atuar contra Pyongyang.

"Com esses lançamentos repetidos, Pyongyang está a demonstrar que se sente encorajado a continuar dessa maneira, porque a China e a Rússia têm consistentemente impedido este Conselho de tomar medidas para deter essas transgressões. Nada disso deveria ser aceitável", protestou Jeffrey DeLaurentis.


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Clima. Planeta viveu mês de junho mais quente desde que há registo

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POR LUSA    14/07/23 

Uma Terra, cujo clima está a aquecer, registou o seu junho mais quente desde que há registo, superando a marca anterior em 0,13 graus Celsius (º.C) com os oceanos a registarem temperaturas recorde pelo terceiro mês consecutivo.

O anúncio foi feito na quinta pela agência norte-americana para a Atmosfera e os Oceanos (NOAA, na sigla em Inglês).

Os 16,55º.C de média global verificados em junho estiveram 1,05º.C acima da média do século XX. Esta foi a primeira vez que uma média mensal superou em mais de um grau centígrado a temperatura normal, apontou a NOAA.

Outros sistemas de monitorização do clima, como o da NASA, o Berkeley Earth e o europeu Copernicus, já tinham apontado que junho último tinha sido o mais quente desde que há registo, mas a NOAA é considerada o padrão dos registos, com dados que remontam a 1850.

O aumento no último mês de junho é "um considerável grande salto", porque normalmente os registos mensais globais têm uma base de recolha de informação tão alargada que permitem detetar variações de centésimos de grau, e não apenas de décimas, salientou o cientista climático do NNOAA, Ahira Sanchez-Lugo.

"O recente registo de temperaturas, bem como os incêndios extremos, a poluição e as inundações que estamos a ver este ano são os que esperamos ver em um clima quente", apontou a cientista climática Natalie Mahowald, da Universidade de Cornell. "Estamos apenas a ter uma pequena amostra do tipo de impactos que são esperados com as alterações climáticas", reforçou.


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O Tribunal de Contas da Guiné-Bissau considera falsas declarações proferidas pela Direção Cessante do Sindicato de Base dos Trabalhadores do referido Tribunal.