segunda-feira, 11 de março de 2019

MADEM G-15 DISPONÍVEL PARA COLIGAR COM PAIGC


O Movimento de Alternância Democrática (MADEM-G15) não descarta possibilidade de colegar com outras formações política porque acredita que foi escolhido para fazer parte na governação do país durante os próximos quatro (04) anos

A convicção do partido é baseada nos resultados das actas recolhidas pela própria direcção nacional da campanha.

Perante o facto o partido tranquiliza os seus militantes e o povo que, apesar de ainda não forem publicados os resultados oficiais, “nenhum partido concorrente nas legislativas” conseguiu uma maioria absoluta porque “assim o povo quer”, afirma Marciano silva Barbeiro, coordenador nacional da campanha.

Apesar de não ter anunciado os possíveis números de deputados conquistado durante o escrutínio, o MADEM _G15 não descarta a possibilidade de uma coligação com qualquer outra formação politica mesmo sendo o PAIGC.

A Comissão Nacional de Eleições promete anunciar, na próxima quarta-feira (13), os resultados preliminares da votação de ontem (10 de Março). 

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos

radiosolmansi.net

Madem-G15 Press Conference

























Général Umaro El Mokhtar Sissoco Embalo

PAIGC mostrou- se hoje confortável com os resultados obtidos nas eleições legislativas realizadas este domingo na Guiné-Bissau.

A posição do partido liderado por Domingos Simões Pereira foi transmitida à imprensa pelo porta-voz dos libertadores, João Bernardo Vieira, na qual fez lembrar aos guineenses de que os dados oficiais do escrutínio serão divulgados pela CNE

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Alison Cabral

CNE DUVULGA RESULTADOS PROVISÓRISO NA QUARTA-FEIRA

A porta-voz da Comissao Nacional de Eleições-CNE, Felisberta Moura Vaz, revelou esta terça-feira, 11 de março, que, em termos legais, “os resultados provisórios da última votação de domingo podem ser conhecidos na quarta-feira, 13 de março”.

A divulgação dos resultados provisórios deve acontecer depois de apuramento dos dados eleitorais centralizados, neste momento, nas Comissões Regionais de Eleiçoes-CRE`s, “ao contrário do que está a ser difundido nos órgãos de comunicação social e nas redes sociais”.

Em termos percentuais, a porta-voz da CNE espera que a votação de domingo ultrapasse os setenta por cento, tendo revelado igualmente que a taxa de participação “ é muito positiva, tirando as pessoas que não constam dos cadernos eleitorais informatizados”.   

Felisberta Moura Vaz lamenta o fato deste órgão gestor de eleições não ter conhecido a tempo os dados que seriam necessários para ter a previsão da percentagem da votação de domingo, tendo em conta o formato de apuramento de dados eleitorais que o país tem neste momento.

Questionada se a CNE tem ou não neste momento todas as atas sínteses das Comissões Regionais de Eleiçoes-CRE’s, Felisberta Moura Vaz esclarece que não as tem. Contudo, informou que estão nas CRE´s, tendo justificado que a demora se deve à forma como é feita o apuramento de dados eleitorais na Guiné-Bissau.

“Hoje, certeza absoluta, neste momento, já devem estar a trabalhar no apuramento de dados nas CRE´s e só depois vamos ter acesso a elas”, afirmou.

A porta-voz da CNE diz não ter recebido nenhuma informação de distúrbios no terreno, sobretudo da parte das pessoas, cujos nomes não constam dos cadernos eleitorais informatizados, fato que, segundo Felisberta Mouras Vaz, tem a ver com o trabalho prévio feito pela Comissao Nacional de Eleições “para minimizar a situação e permitir que essas pessoas tivessem consciência clara que de fato no dia de votação algumas não encontrariam os nomes nos cadernos eleitorais”.

Na sua comunicação desta terça-feira volta a apelar a atores políticos, comunicação social nacional e estrangeira, bem como à comunidade internacional a absterem-se de veicular informações conducentes aos resultados eleitorais.

cne.gw

Eleições/legislativas - CNE divulga resultados provisórios globais na quarta-feira

Bissau, 11 mar 19 (ANG) – A Comissão Nacional de Eleições(CNE) declara  que a divulgação de resultados provisórios nacionais das eleições legislativas de 10 Março só deve ocorrer na próxima quarta-feira.

Felisberta Moura Vaz que falava hoje à imprensa em jeito de balanço do processo de votação alega atrasos na entrega das actas sínteses por parte das Comissões Regionais de Eleições, acrescentando que neste momento estão a ser trabalhadas pelas CREs para depois serem entregues a Comissão Nacional de Eleições.

“Também por razões técnicas, sobretudo dos mecanismos de apuramento que não permitirem extrair dados estáticos da taxa de participação em termos por centuais”, disse justificando a divulgação de resultados provisõrios nacionais só na quarta-feira.

Por outro lado, Felisberta Moura Vaz apela tolerância, serenidade e sentido de responsabilidade de todos os actores políticos, de órgãos de comunicação social e de outras entidades envolvidas no processo para  se absterem de veicular informações conducentes aos resultados eleitorais, alegando que esta competência é reservada, exclusivamente, à CNE.     
   
ANG/LPG/AC//SG

Frente Patriotica de Salvação Nacional, FREPASNA acaba de reconhecer a derrota nas legislativas de ontem-domingo.

BACIRO DJÁ convocou a imprensa, esta manhã, para assumir a derrota, horas depois do fecho das urnas.

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Aliu Cande 

Missão política da ONU saúda “eleições pacíficas e com orgulho cívico” na Guiné-Bissau


Comissão Nacional de Eleições disse que escrutínio decorreu sem grandes problemas; para alto funcionário da ONU, presença da organização vai continuar após fecho da missão política prevista para 2020; resultados preliminares são esperados na segunda-feira. *

Às cinco da tarde da Guiné-Bissau, as urnas fecharam para os mais de 761 mil eleitores que tiveram a oportunidade de escolher este domingo os 102 novos deputados da Assembleia Nacional. 

A Comissão Nacional de Eleições, CNE, disse que a votação aconteceu em clima “calmo, muito sereno” e que a participação dos guineenses tinha sido “aceitável”, ainda antes de serem calculados os valores da abstenção.  

Esta é uma eleição muito importante para o futuro e para o processo de democratização e estabilização da paz.
Dia Importante

Em entrevista à ONU News, o representante especial adjunto do secretário-geral da ONU no país, David Mclachlan-Karr, disse que “gostaria de felicitar o povo da Guiné-Bissau neste dia tão importante. 

“Em todo o país as pessoas saíram a votar, pacificamente e com muito orgulho cívico. Esperamos todos um bom resultado para o futuro do país e a gente da Guiné-Bissau. Esta é uma eleição muito importante para o futuro e para o processo de democratização e estabilização da paz.”

O representante referiu-se também ao futuro da presença das Nações Unidas no país. Segundo uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, aprovada no mês passado, a missão política deve encerrar em dezembro de 2020. 


O órgão de 15 Estados-membros aprovou a criação do Escritório de Apoio à Construção da Paz da ONU na Guiné-Bissau, Uniogbis, em março de 1999.

Monitorização

“Vamos continuar, nos próximos dois anos, a trabalhar com o novo governo e representantes da sociedade civil para construir um roteiro de desenvolvimento sustentável e para consolidar a paz. No futuro, as agências das Nações Unidas, o Pnud, o Unicef, o PMA, a OMS, vão trabalhar também para dar programas de desenvolvimento e para fortalecer as instituições nacionais em todo o país.” 

Ao longo do dia, a situação de voto foi monitorada em vários pontos da capital por várias organizações e instituições da sociedade civil. 

Na sede do Uniogbis, foi montada uma sala onde vários funcionários da ONU e parceiros seguiam as últimas notícias e recebiam novas informações das delegações regionais. 

O mesmo acontecia na Célula de Monitorização do Processo Eleitoral, que tinha o seu centro de operações montado num hotel, de onde recebia novas informações todos os minutos dos 420 monitores espalhados pelo país. 

População

Eleitores esperam em fila para votar em Bissau.

Do outro lado dos muros cor-de-rosa do hotel onde o grupo se reunia, há o bairro de Santa Luzia. É um dos maiores bairros desta cidade de cerca de 400 mil pessoas, e as estradas de terra batida acolhiam vários pontos de votação na rua. Logo às sete da manhã, quando as urnas abriram, dezenas de pessoas esperavam pela sua vez para votar.  

Uma dos eleitores nesta freguesia foi Saido Sembalo, de 46 anos. O funcionário da Câmara Municipal de Bissau disse à ONU News que mesmo com trabalho é difícil sobreviver no país. A Guiné-Bissau ocupa o 177º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano do ano passado. 

Em frente a Sembalo, um grupo de jovens, à sombra de uma árvore, conversa sobre desporto e política. Alguns se divertem com un jogo tradicional semelhantes às damas. É uma cena que se repete muitas vezes no bairro, em outras partes da cidade, nas oito regiões do país. 

Sembalo diz que os jovens “chamam isso de 'bancar' em crioulo”. Ele diz que "não há trabalho em lugar algum, então eles afirmam que isso é o seu 'bancar', isso é tudo que eles têm que fazer."

Emigrar

Os pais de Sembalo  mudaram-se do campo para a capital em 1964 à procura de uma vida melhor, mas ele diz que os jovens hoje em dia têm um sonho diferente. “Todos querem sair do país. Querem emigrar.”

Para ele, o mais importante é "trabalho, educação e saúde." O funcionário público diz que, neste momento de eleições, é nisso que as pessoas devem estar focadas.

Aqui em Guiné tudo falta, porque mesmo o ar que respiramos não está bom.

Ivaldine Joana Landim, 30 anos, está de acordo. Ela diz que as crianças de sua família "não frequentam a escola desde outubro, porque os professores não estão sendo pagos".

Landim é médica em um dos hospitais da cidade e diz que a situação só piorou desde que começou a trabalhar. Ela diz que há muitas organizações internacionais ajudando, e seu trabalho é inestimável, "mas isso não é suficiente".

Prioridades

A jovem não parece esperançosa sobre o futuro, mas votou no domingo esperando por dias melhores. Um bom dia, disse, seria “chegar ao hospital e ter todos os remédios e recursos” para tratar os seus pacientes.

Mulher de Bissau em vésperas das eleições legislativas de 10 de março.

Ao longo do dia, as pessoas foram acompanhando as notícias pela rádio. Várias pessoas, com cartão de eleitor, não estavam na lista dos cadernos eleitorais. A situação era esperada, e teve a aprovação de todos os partidos na semana passada. No final do dia, a CNE confirmou que cerca de 2% dos eleitores estavam nesta situação.

 Ensa Sani, de 35 anos, é uma das pessoas que não percebe esta situação. Mas o guineense, que trabalha numa loja de materiais de construção no Mercado Bandim, disse que é importante votar de qualquer forma.

 “Aqui em Guiné tudo falta, porque mesmo o ar que respiramos não está bom. Aqui, na natureza, nunca vivemos feliz. Nunca concretizaram nossos sonhos. Nós aqui levantamos de manhã com sofrimento, dia a dia, os guineenses nunca viram o que é felicidade. A nossa vida precisa de uma escola, que eles já mataram.”

Observadores

Às cinco da tarde, quando as urnas fecharam, os funcionários eleitorais começaram a contar os votos. A contagem é feita em público, como manda a lei eleitoral do país. 

Num dos locais de voto mais populares, junto à Praça dos Heróis Nacionais, cada voto era lido em voz alta, mostrado às pessoas e observadores, e anotado. Passadas quase duas horas, no final da contagem, o resultado foi afixado para que todas as pessoas vissem.

À medida que o sol se punha, muitas paravam, olhavam o resultado e continuavam o seu caminho, seguindo em direção ao Palácio Presidencial, que fica a duas centenas de metros. A próxima eleição no país, para escolher o novo presidente, deve acontecer em outubro ou novembro.  

*Reportagem de Alexandre Soares, enviado especial da ONU News a Bissau.

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