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Soldados russos em Rostov (Getty Images) Por cnnportugal.iol.pt
Perante as incongruências e as retóricas diferentes fica uma certeza: 2024 foi “ano mais letal”. Só em novembro, as estimativas britânicas. Só em novembro, a Rússia terá perdido 45.000 homens e gasto três mil milhões de dólares em equipamentos militares.
Numa investigação jornalística conjunta a BBC Rússia e a Mediazona, citada pelo jornal ucraniano The Kyiv Independent, identificaram os nomes de 84.761 soldados russos mortos na invasão de larga escala da Ucrânia.
Desde o início do dezembro, foram incluídos os nomes de mais 2.711 soldados à lista de baixas.
Os jornalistas apontam ainda que 2024 foi o “ano mais letal da guerra”, com uma contagem atual que já ultrapassa as 20 mil mortes, todas elas confirmadas com os nomes das vítimas mortais ao longo dos últimos 12 meses. As contas anuais ainda não foram fechadas, porque, a cada dia, surgem novas baixas.
Os números surgem, na mesma altura, em que o Reino Unido anunciou que as estimativas britânicas apontavam para que Rússia já tivesse perdido mais de 750 mil homens, com Londres a antever inclusivamente que este número passaria o milhão de baixas nos próximos seis meses.
Nos últimos meses, o número de mortes de soldados russos aumentou significativamente como reflexo do esforço para ganhar terreno – ordenado pelo Kremlin – no leste da Ucrânia e no Oblast de Kursk.
As perdas russas atingiram novos máximos nos meses de novembro e dezembro, com um pico de 2.030 baixas por dia no mês no penúltimo mês do ano. Só em novembro, a Rússia terá perdido 45.000 homens e gasto três mil milhões de dólares em equipamentos militares.
Desde 24 de fevereiro 2022, o Kremlin nunca divulgou o número de soldados mortos. O único deslize aconteceu recentemente quando um membro do Ministério da Defesa de Moscovo deixou escapar que o gabinete tinha recebido 48.000 pedidos de identificação de soldados.
Do lado de Kiev, Zelensky revelou, numa rara declaração, que a Ucrânia tinha perdido 43.000 soldados no campo de batalha desde o início da guerra.
Por SIC Notícias
O anúncio dos ataques americanos surge depois de os rebeldes Houthis terem reivindicado a responsabilidade pelo disparo de um míssil contra Telavive, que causou 16 feridos ligeiros na noite de sexta-feira.
As forças armadas americanas anunciaram este sábado que realizaram ataques contra instalações militares dos Houthis em Sanaa, capital do Iémen.
Os ataques tiveram como alvo "uma instalação de armazenamento de mísseis e um centro de comando operado pelos Houthis apoiados pelo Irão", anunciou o Comando do Médio Oriente (Centcom) das Forças Armadas dos Estados Unidos na rede social X.
Os militares dizem ter abatido também vários drones disparados pelos Houthis e mísseis de cruzeiro sobre o Mar Vermelho durante a operação.
As forças norte-americanas levaram a cabo estes ataques "para desestabilizar as operações dos Houthis, tais como ataques a navios de guerra e cargueiros da Marinha dos EUA" na região, é referido no comunicado do exército.
Os Houthis, que controlam uma grande parte do Iémen, incluindo Sanaa, atacam regularmente navios que acreditam estar ligados a Israel, aos Estados Unidos ou ao Reino Unido no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, apesar dos ataques realizados pelo exército americano, por vezes com a ajuda de forças britânicas.
O anúncio dos ataques americanos surge depois de os rebeldes Houthis terem reivindicado a responsabilidade pelo disparo de um míssil contra Telavive, que causou 16 feridos ligeiros na noite de sexta-feira.
Em Saana, um correspondente da agência de notícias francesa AFP disse ter ouvido explosões hoje à noite.
Desde o início da guerra desencadeada em 7 de outubro de 2023 pelo ataque sem precedentes em solo israelita do movimento islamita palestiniano Hamas, os Houthis apoiados pelo Irão no Iémen lançaram numerosos ataques contra Israel, que retaliou em várias ocasiões.
Os Houthis fazem parte daquilo a que o Irão chama o "eixo da resistência", que inclui outros movimentos hostis a Israel, como o Hamas, grupos iraquianos e o Hezbollah libanês.
© Lusa 22/12/2024
Famílias em dificuldades aumentam e muitas pedem crédito para pagar renda
A subida do custo de vida ultrapassou o aumento dos rendimentos e a Deco tem observado um significativo acréscimo de famílias em dificuldades, com cada vez mais pessoas a recorrerem ao crédito para pagar a renda e até a prestação.
O alerta para esta realidade é dado pela coordenadora do Gabinete de Proteção Financeira (GPF) da Deco, Natália Nunes, que, em declarações à Lusa, referiu que esta é uma situação que acaba a contribuir para um cenário de maior endividamento.
"Temos muitas famílias a recorrer a crédito para conseguir manter não só a prestação da casa, mas também a própria renda da casa", precisou Natália Nunes, notando que, apesar de esta solução se poder tornar um perigo para a gestão do orçamento familiar, é muitas vezes a única alternativa.
Segundo a coordenadora do GPF, são muitas as famílias que estão no mercado de arrendamento e com contratos a termo que, quando estes terminam, se veem confrontadas com a necessidade de procurar uma nova casa, com valores de renda elevados.
E, muitas vezes, "a forma que têm para conseguir pagar o mês da caução, o primeiro mês de renda, é recorrer a crédito", acentua, precisando ques perante a falta de resposta do mercado, as famílias acabam por se sujeitar a pagar valores que estão muito para lá daquilo que é o seu orçamento.
Ainda sem dados fechados sobre o ano de 2024, a coordenadora do Gabinete de Proteção Financeira assinala que ao longo dos últimos quatro anos se tem registado "um aumento significativo do número de famílias em situação de dificuldade".
"É verdade que estamos com as taxas [de juro] a descer, mas a verdade é que as prestações [do empréstimo da casa] ainda estão significativamente elevadas face àquilo que tínhamos em 2021", diz Natália Nunes, acrescentando que as dificuldades vêm do facto de ao elevado custo da fatura da casa se somar a cada vez mais cara conta do supermercado ou dos serviços essenciais -- despesas que "subiram de forma bastante significativa", lembra.
A par deste agravamento das dificuldades causado pela subida do custo de vida acima do aumento dos rendimentos, Natália Nunes nota ainda outra diferença face à situação vivida nas crises de 2008 e 2012.
Agora, refere, "estamos a falar de outra realidade" porque olhando para as famílias que recorreram ao apoio da Deco ao longo deste ano, em 2024, verifica-se "que mais de 75%" está a trabalhar, tem rendimentos do seu trabalho.
"Portanto, não é a questão do desemprego, não é a questão da diminuição dos rendimentos por esta via que está a levar as famílias a estar em dificuldades. É precisamente pelo lado da despesa, ou seja, as despesas estão a aumentar muito para além daquilo que é o aumento dos rendimentos", sublinha.
"Hoje, eu diria que para as famílias que têm rendimentos mais baixos é uma aventura conseguirem sobreviver e fazer face a tudo aquilo que é as despesas essenciais para a sobrevivência da própria família", acentua a coordenadora do GPF.
A única vantagem face às anteriores crises, remata, é que houve alguma aprendizagem por parte das famílias para se prepararem, dos bancos e do próprio regulador que acabou por ganhar outras ferramentas.