segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Benjamin Netanyahu. "Se pararmos a guerra agora, o Hamas irá levantar-se, reconstruir-se e atacar-nos novamente, e é para isso que não queremos voltar", frisou Netanyahu, durante uma conferência de imprensa em Jerusalém.

© Brendan Smialowski/AFP via Getty Images   Lusa  09/12/2024 

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, garantiu hoje que não vai parar agora a guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, de forma a evitar que o movimento islamita palestiniano seja capaz de se reconstruir.

"Se pararmos a guerra agora, o Hamas irá levantar-se, reconstruir-se e atacar-nos novamente, e é para isso que não queremos voltar", frisou Netanyahu, durante uma conferência de imprensa em Jerusalém.

Após o ataque sem precedentes de 07 de outubro de 2023, levado a cabo pelo Hamas no sul de Israel a partir da vizinha Faixa de Gaza, Netanyahu prometeu destruir o movimento islamita e o seu exército lançou uma ofensiva devastadora no território palestiniano.

"Estabelecemos como nosso objetivo a aniquilação do Hamas, a eliminação das suas capacidades militares e de poder, para que não possam recuperar e a catástrofe de 07 de outubro não se repita. Lutámos lá por isso, claro também para trazer de volta os nossos reféns", acrescentou Netanyahu.

"O isolamento do Hamas oferece uma nova oportunidade para avançar com um acordo que trará de volta os nossos reféns", assegurou.

O ataque de 07 de outubro resultou na morte de 1.206 pessoas do lado israelita, a maioria civis, segundo uma contagem da agência France-Presse (AFP) baseada em números oficiais e incluindo reféns que morreram ou foram mortos em cativeiro na Faixa de Gaza.

Nesse dia, 251 pessoas foram raptadas em solo israelita. Um total de 96 reféns permanecem em Gaza, 34 dos quais foram declarados mortos pelo exército.

Netanyahu reuniu-se no domingo com familiares de reféns e disse-lhes que "a queda do regime do [presidente sírio Bashar] al-Assad, que também aconteceu graças às ações determinadas de Israel contra o Hezbollah e o Hamas, pode ajudar a avançar com um acordo sobre o regresso dos reféns", de acordo com um comunicado do seu gabinete.

As negociações que duraram um ano para uma trégua e a libertação de reféns e prisioneiros palestinianos não tiveram sucesso.

Uma fonte do Hamas disse no domingo que só "parar a guerra" poderia permitir a libertação dos reféns.

A ofensiva israelita fez mais de 44.758 mortos na Faixa de Gaza, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas para Gaza, considerados fiáveis pela ONU.



Nota de pesar. MADEM-G15 em solidariedade com Braima Camara pela morte da mãe

Estamos a Trabalhar

Esclarecimento de provocação no encontro do Presidente da República de Guiné-Bissau 🇬🇼 com a comunidade guineense residente em França 🇨🇵.

Leopold Sedar Domingos 

Em visita de estado a França, o Presidente da República General Umaro Sissoco Embaló e seu homólogo Emmanuel Macron efectuam comunicação conjunta realçando o reforço da cooperação bi e multi-lateral, em prol do desenvolvimento sustentável.



Visita de Estado a França 🇫🇷 
 Radio Voz Do Povo / Gaitu Baldé

Queda de Assad na Síria é "fim do jogo" para Hezbollah

© JOSEPH EID/AFP via Getty Images  Lusa  08/12/2024 

O líder das Forças Libanesas (FL), principal partido cristão do Líbano, afirmou hoje que a queda de Bashar al-Assad na vizinha Síria é o "fim do jogo" para o Hezbollah, apelando à deposição das armas.

O movimento islamita libanês, aliado de Assad mas enfraquecido após mais de um ano de hostilidades contra Israel, foi forçado a retirar as suas tropas da Síria após a ofensiva relâmpago dos rebeldes que hoje tomaram a capital Damasco ao governo sírio, pondo fim a um reinado que durava desde 2000.

"O jogo acabou (...) cada dia que passa é um dia perdido para vós e para os libaneses", disse Samir Geagea dirigindo-se ao Hezbollah numa conferência de imprensa, saudando a queda de Bashar al-Assad.

No domingo, em várias regiões cristãs e sunitas do Líbano, registaram-se cenas de júbilo depois de os rebeldes terem anunciado a queda do "tirano Assad".

Os rebeldes declararam hoje Damasco 'livre' do Presidente Bashar al-Assad, após 12 dias de ofensiva de uma coligação liderada pelo grupo islâmico Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham ou HTS, em árabe), juntamente com outras fações apoiadas pela Turquia, derrubar o governo sírio.

O Presidente sírio, que esteve no poder 24 anos, deixou o país perante a ofensiva rebelde e asilou-se na Rússia, segundo as agências de notícias russas TASS e Ria Novost.

Rússia, China e Irão manifestaram preocupação pelo fim do regime, enquanto a maioria dos países ocidentais e árabes se mostrou satisfeita por Damasco deixar de estar nas mãos do clã Assad.

No poder há mais de meio século na Síria, o partido Baath foi, para muitos sírios, um símbolo de repressão, iniciada em 1970 com a chegada ao poder, através de um golpe de Estado, de Hafez al-Assad, pai de Bashar, que liderou o país até morrer, em 2000.


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Leia Também: O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai reunir-se de emergência na segunda-feira à tarde para uma reunião à porta fechada sobre a Síria, na sequência da queda do Presidente Bashar al-Assad, foi hoje anunciado.

Durante a sua visita de Estado à França, o Presidente Umaro Sissoco Embaló reuniu-se com a comunidade guineense, estreitando os vínculos com a diáspora e ouvindo suas preocupações e sugestões.

O encontro destacou a solidariedade ao chefe de Estado pelos avanços visíveis no desenvolvimento da Guiné-Bissau e reafirmou o compromisso com a transparência e o combate à corrupção.


 Presidência da República da Guiné-Bissau  /Leopold Sedar Domingos