sexta-feira, 17 de maio de 2013

Presidente de transição da Guiné-Bissau retoma na sexta-feira consultas com partidos


O Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, disse hoje que vai retomar na sexta-feira consultas com os partidos políticos para a formação de um novo Governo inclusivo.

Após regressar de um controlo médico na Alemanha Serifo Nhamadjo começou por lamentar a morte, em Portugal, vítima de doença, do ex-presidente guineense Henrique Rosa, em memória do qual, disse, vai decretar luto nacional em data a anunciar.

Em declarações aos jornalistas no aeroporto de Bissau prometeu depois novidades para o cenário político guineense.

Serifo Nhamadjo afirmou que vai ouvir os partidos a partir de sexta-feira com os quais espera obter um entendimento quanto ao formato e nomes para o futuro Governo.

"Dentro de dias vamos chegar a um consenso alargado para delinearmos o novo Governo e arrancarmos porque o tempo não nos perdoa", sublinhou o Presidente guineense, afirmando que gostava "de poder contar apenas com tecnocratas no Governo", realidade que o próprio admite ser impossível.

"Eu gostaria que fosse tal como no Mali, que a equipa de (Governo) transição fosse apenas de tecnocratas que não tivessem ambições para participar nas próximas eleições mas a natureza da nossa configuração política não permite fazer isso", defendeu Serifo Nhamadjo.

Impossível também será ter todos os partidos no Governo, observou Nhamadjo, lembrando que a Guiné-Bissau podia cair no ridículo aos olhos do mundo.

"Se isso fosse feito, com cada partido a colocar um membro no Governo e na certeza que os partidos com representação parlamentar a quererem mais pastas, teríamos quê? Mais que 50 membros do Governo. Seria anedótico a nível do mundo. Um país tão carente, com dificuldades, a ter tantos membros do Governo", notou Nhamadjo.

Quanto à situação da sua saúde, Nhamadjo disse estar bem embora tenha a lamentar apenas as últimas derrotas do Benfica de Bissau, clube do seu coração e do qual foi presidente. Para as derrotas do Benfica o Presidente guineense deu uma resposta curiosa.

"Fiz uma opção: Tirar o Benfica como esmola para que haja tranquilidade na Guiné-Bissau", disse.


Lusa