segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Guiné-Bissau: Ministro das Obras Públicas - “GOVERNO PREVÊ MAIS DE TRÊS BILIÕES DE FCFA PARA MANUTENÇÃO DAS ESTRADAS NACIONAIS”

20/09/2020 / Jornal Odemocrata 

[ENTREVISTA S37_2020] O ministro das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo, Fidélis Forbs, revelou que o governo guineense previu no orçamento geral de Estado no capítulo do investimento interno, cerca de 3.350.000.000,00 FCFA (três biliões e trezentos e cinquenta milhões de Francos CFA) para investir na manutenção da rede rodoviária nacional, tendo garantido que os trabalhos de manutenção da rede rodoviária nacional começarão a partir de novembro deste ano. De acordo com a sua explanação, será assim uma manutenção mais responsável e que vai permitir, gradualmente, que sejam superadas as dificuldades da rede rodoviária nacional.  

O governante fez estas revelações durante uma entrevista concedida ao nosso semanário para abordar a situação crítica das infraestruturas rodoviárias nacionais, muito criticada pela sociedade devido ao avançado estado de degradação tanto das estradas em terra batida como as alcatroadas, a nível nacional. Explicou na entrevista que o nível de degradação da rede rodoviária nacional é de 83 por cento, isto é, apenas 17 por cento delas estão transitáveis.

O ministro lamentou a situação da direção do Fundo Rodoviário, que segundo ele, é difícil, por causa daquilo que herdaram do anterior governo, nomeadamente empréstimos aos bancos. De acordo com a sua explicação, a obrigação do reembolso reduziu a capacidade de intervenção do fundo.

Sobre a construção da auto-estrada Safim-Bissau, disse que o governo enfrenta três obstáculos neste projeto, nomeadamente as indemnizações, o certificado de conformidade ambiental e a certificação do projeto pelo Ministério das Obras Públicas. Enfatizou neste particular que já foram ultrapassados dois fatores de bloqueio, designadamente: o certificado de conformidade ambiental e a validação do projeto pelo governo. Frisou que o único fator que ainda não foi ultrapassado é o das indemnizações, mas que depende do Orçamento Geral do Estado que, se for aprovado, significa que o Estado guineense já cumpriu com todas as formalidades, faltando a parte chinesa.

O Democrata (OD): Senhor ministro, um dos principais instrumentos para o desenvolvimento são as infraestruturas de que a Guiné-Bissau carece neste momento. Até que ponto esta situação preocupa o Ministério e quais são as démarches em curso para a reabilitação a curto e médio prazo dos troços em avançado estado de degradação, tanto em Bissau e como nas regiões?

Fidélis Forbes (FF): O setor dos transportes articula-se com as infraestruturas de transporte. A situação que nós herdamos não é das melhores. O nível de degradação é de 83 por cento da rede rodoviária nacional, constituída por estradas em terra batida e estradas asfaltadas. As estradas em terra batidas correspondem a 1976 (mil e novecentos e setenta e seis) quilómetros linhares e as asfaltadas comportam 770 (setecentos e setenta) quilómetros linhares. De forma geral, o nível de degradação da rede rodoviária nacional é de 83 por cento, quer dizer, apenas 17 por cento das estradas são transitáveis.

Duas semanas depois do início do exercício da nossa função, já tínhamos um plano de urgência relativo à rede rodoviária nacional. Mas como sabem, o nosso governo herdou problemas, nomeadamente de KARPAWER, para o fornecimento de energia elétrica no país, a regularização de dois meses de salários em atraso, o pagamento de salários em curso, os problemas dos sindicatos sociais: da Saúde e da Educação.

Estes problemas foram resolvidos em três meses, março, abril e maio. Depois entramos na época chuvosa. É opinião unânime dos técnicos do ministério de que não se deve fazer a manutenção da rede rodoviária na época da chuva, porque se a fizermos significa que nós estamos a deitar o dinheiro do Estado que é nosso, do povo guineense, num saco roto. Nós temos de ter a responsabilidade suficiente de perceber que, se assim for, se na opinião unânime dos técnicos, a manutenção não se faz na época de chuva, apenas em situações críticas é que temos de assumir e fazer a manutenção. 

Nós, enquanto responsáveis do departamento governamental encarregue de criar as condições de transitabilidade da rede rodoviária nacional, temos de ter a responsabilidade e assumirmos essa responsabilidade. E esta responsabilidade não é só nossa, mas também de todos os guineenses. Por isso, nós dissemos que vamos começar a fazer a manutenção da rede rodoviária nacional a partir de novembro. É uma manutenção mais responsável que vai permitir gradualmente que superemos as dificuldades da rede rodoviária nacional. Mas isto não nos impede de fazer manutenções rotineiras e correntes das zonas críticas.             

OD: Há alguma possibilidade de avançar com a reabilitação com pedras em algumas estradas em Bissau para facilitar a mobilidade dos transportes e da população das zonas como: Cuntum Madina, Quelelé/Bôr, Bissak, entre outros bairros e no interior, como defendem os sindicatos do setor?

FF: A estrada de Bôr, troço Aeroporto – Safim, Safim – Bula, Safim – Jugudul estão em situações muito críticas. Mas, como já estamos a um mês do fim da chuva, na segunda semana de outubro vamos poder estar em condições de começar a fazer uma intervenção naqueles troços. E neste momento, estamos a criar as condições para que haja essa intervenção logo em outubro. Como disse, os problemas que herdamos são de grande envergadura, mas também isso não nos impede de trabalhar. Fizemos vários trabalhos, mas a população continua a exigir. Significa que o nível de degradação em todo o território nacional é alarmante.

Por exemplo, nós começamos a fazer a estrada Gabú – Pirada, Tantam Cossé – Cambaju, mas com a intensificação da chuva, fomos obrigados a parar os trabalhos. Neste momento, já estamos a prepararmo-nos para fazer o troço Mansaba – Bafafá, Cacine – Mampata, Ingore – Bigene – Farim. São estradas que visitamos e reconhecemos que o nível da degradação é bastante profundo. Neste momento, estamos a criar as condições técnicas e financeiras para podermos fazer a intervenção nos troços que referiu.

Nós esperamos desde junho, julho e Agosto. Agora falta só um mês. É bom assumirmos isso tudo, em conjunto. Vou colocar-vos uma questão. Vocês estão dispostos a gastar dinheiro, mesmo sabendo que esse dinheiro vai em vão? Vocês, enquanto guineenses, sabendo que esse dinheiro é dinheiro que vamos meter em saco roto? É verdade que a estrada está degradada, mas podemos esperar um mês, um mês e meio, para que possamos fazer uma intervenção como deve ser, onde o dinheiro vai ser gasto e o trabalho vai ser feito, para que possamos evitar que aconteça a mesma coisa na época chuvosa seguinte.        

OD: Senhor Ministro, a manutenção corrente da rede rodoviária nacional é um investimento que requer valores elevados. Qual será a proveniência dos recursos a serem aplicados?

FF: Naturalmente, no Orçamento Geral do Estado são inscritos não só na parte do investimento interno, mas também na do investimento externo. Na parte do investimento interno, há um montante de três biliões e trezentos e cinquenta milhões de francos cfa previstos para a manutenção da rede rodoviária nacional. Na parte do investimento externo que depende das negociações do governo com os parceiros internacionais, no sentido de os convencer a investir na modalidade de parceria pública – privada (Vulgos PPP). Isto ocupa dos 82 por cento do orçamento disponibilizado para o Ministério das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo. 

OD: Segundo dados que o senhor ministro partilhou recentemente com os deputados, em sessão parlamentar, as estatísticas apontam que 83 por cento (das 2746 km) das estradas nacionais estão profundamente degradadas ou intransitáveis. Ao longo dos anos, os sucessivos governos têm investido muito dinheiro na construção e reabilitação de troços de estradas, mas as obras realizadas não duraram. Isso deve-se a erros de drenagem na execução das obras ou na competência das empresas executoras?

FF: A melhor questão era perguntar o porquê de fazer a manutenção somente na época das chuvas, se sabemos que nessa época a manutenção não dura mais de um ano. É exatamente isso que estamos a evitar: fazer manutenção na época da chuva. Não é uma questão de drenagem nem da execução das obras, nemtem a ver com a competência das empresas executoras, mas sim de fazer a manutenção da rede rodoviária no período inadequado. E essa opinião é unânime entre os técnicos. O período adequado são os meses de novembro, dezembro, janeiro, fevereiro, março, abril e maio. Quem é que não sabe que quando chove, o solo fica inapropriado para receber tanto os cilindros como as máquinas de grande porte.     

OD: Como é que encara o pedido da Sociedade Civil de suspender temporariamente o pagamento de fundo de conservação rodoviária. Vai suspender o pagamento do fundo rodoviário ou o Ministério tem outros planos?

FF: Há coisas que nós todos, enquanto guineenses, temos que assumir. Com o nível de degradação das estradas do país, não há nenhum governo no mundo de quatro meses que põe as estradas em boas condições. Significa que são problemas que herdamos do governo anterior. Mas temos de assumi-los enquanto responsáveis e assumimos. Não podemos tomar compromissos de que vamos suspender mais uma vez o pagamento de algumas taxas. Nós herdamos, do anterior governo, a suspensão de taxas que eram cobradas aos motoristas. O governo é continuidade e estamos a gerir essa situação, ou seja, a decisão está ainda em vigor.

Recebi a carta da sociedade civil. Aquilo que entendemos é um espírito de colaboração, de querer fazer e ajudar, para que a situação da rede rodoviária nacional possa melhorar e criar condições que permitam que as vias urbanas e os troços do interior estejam transitáveis. Também é nosso objetivo. Depois da receção da carta, convocamos um encontro com os membros da Sociedade Civil, atrasaram-se tanto e não pude recebê-los, porque tinha um encontro com o primeiro-ministro. Foi isso que nos impediu de reunir. Na minha opinião, a sociedade civil em vez de fazer cartas neste sentido, podia vir ter com o ministro e colocar os problemas a discussão. Em conjunto, poderíamos discuti-los e procurar vias para resolvê-los, sem qualquer tipo de ruído…

OD: Na prática, como são geridas as taxas cobradas pelo fundo rodoviário?

FF: É bom que as pessoas saibam que a situação financeira do fundo rodoviário neste momento é difícil! Difícil por causa daquilo que o novo governo e o fundo herdaram do governo anterior, nomeadamente créditos aos bancos. O pagamento desses empréstimos reduziu a capacidade de intervenção do fundo.

Há dois créditos contraídos pelo governo anterior de mais de seiscentos milhões de francos cfa. Nós entramos em funções e priorizamos o pagamento destes e de outros créditos. Já pagamos uma parte, neste momento, estamos a negociar com os bancos a liquidação da outra parcela, a última parte da dívida, o mais tardar até novembro, para que, a partir de dezembro, o fundo rodoviário comece a recuperar e a criar condições para retomar os trabalhos de manutenção corrente da rede rodoviária nacional. Mas é bom que fique claro que a capacidade de financiamento da rede rodoviária nacional, no que diz respeito a sua manutenção, dos 100 por cento das necessidades, a capacidade do fundo não ultrapassa os 20. Significa que o governo é que continuará a suportar os restantes 80 por cento.             

OD: Quais são as grandes prioridades deste Ministério neste momento, dado que tem a missão de impulsionar o desenvolvimento através da criação das infraestruturas adequadas, em particular, as rodoviárias?

FF: A nossa prioridade neste momento é de criar condições de transitabilidade. Significa que nós temos que preocuparmo-nos com as condições das estradas, seja em terra batida, seja em asfalto. Primeiramente temos de criar as condições para que tanto os utentes como os bens possam circular. Este é o grande objetivo da primeira fase que irá começar, de imediato, em novembro. Nós estamos aqui e assumimos o compromisso de que a partir de novembro, vamos começar a trabalhar de forma responsável e séria para podermos criar as condições de mobilidade não só para as pessoas, mas também para os bens. Também temos outros objetivos estratégicos.

Dentro da infraestruturação do país, temos de hierarquizar os investimentos, a começar pelas infraestruturas de transporte, para que as pessoas possam ter acesso aos locais. Posteriormente, vamos começar a investir nas infraestruturas sociais, económicas, portos e aeroportos. Hierarquizar essas prioridades, significa que, no fundo, estamos a criar as condições para que a economia possa acelerar, porque não podemos pensar no desenvolvimento sem a infraestruturação.

OD: Aos parlamentares o senhor afirmou que seriam precisos, de acordo com um diagnóstico que teria sido realizado recentemente pelo seu pelouro, um investimento na construção de estradas a nível nacional de um bilião e meio de dólares norte-americanos. Um valor elevado. Quais são os troços prioritários de acordo com os meios do governo e quais os critérios adotados para priorização?

FF: Antes de fazermos qualquer investimento temos de respeitar a hierarquização da infraestrutura, porque senão estaremos a pôr a carroça a frente do boi. E isto não vai compensar o investimento que acaba por não ter o efeito desejado. A questão de um bilião e meio de dólares norte-americanos deve ser vista de ponto de vista geral e nós não temos dinheiro para isso. Estamos a falar de um projeto de médio e longo prazo.

O nosso mandato termina em 2023, mas isso não nos impede de prever o investimento. Por isso, disse-vos que, no Orçamento Geral do Estado, o governo prevê convencer os parceiros internacionais a assumir o investimento dos 82 por cento dos valores previstos para o Ministério das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo. Portanto, este valor não é anual, mas sim um valor de longo prazo: 3, 5 e 6 anos.

Acredito que, se apresentarmos o projeto que temos, os investidores vão acreditar e vão ver que há uma taxa de retorno visível e rentável. É nesta perspetiva que entendemos que o nível de investimento nas infraestruturas éavultado, tendo em conta a nossa realidade económica e financeira.          

OD: Critica-se muito a ausência de um plano de urbanização da capital Bissau e das regiões. Alguns críticos imputam a responsabilidade ao Ministério das Obras e à Câmara Municipal de Bissau. O senhor ministro, confirma a existência de um plano de urbanização e o que estará a dificultar a sua implementação ou seria da responsabilidade da Câmara municipal, através dos seus serviços de cadastro e topografia?

FF: Existe um plano de urbanização. Os sucessivos governos são responsáveis pela sua não implementação. Por exemplo, se dissermos que não podemos atribuir e legalizar terrenos nas zonas húmidas e que as pessoas construírem casas naquelas zonas, significa que, se for em Bissau, terá sido a câmara Municipal de Bissau quem autorizou e, se for nas regiões, é o ministério das obras públicas. Por isso, quando chegamos aqui suspendemos todos os arranjos urbanísticos. Neste momento, não demos autorização para fazer a construção nas zonas não urbanizadas. Nós temos que conversar sobre esta questão de urbanização entre os ministérios concernentes, nomeadamente, Ministérios da Administração Territorial, do Ambiente e da Agricultura. Os sucessivos governos fizeram uns arranjos urbanísticos.

Nós não podemos aceitar estes arranjos. Se as pessoas querem adquirir o terreno, que esperem até haver um plano urbanístico da zona. O Ministério das Obras Públicas não vende terrenos, mas legaliza-os, os do interior. Quem vende terrenos é o Ministério da Administração Territorial, através da Câmara Municipal de Bissau. Resumindo, os ministérios concernentes devem estar em sintonia sobre este assunto e estamos a propor ao Conselho de Ministros para que os responsáveis das obras públicas, ambiente, agricultura e administração possam sentar-se e delinear estratégias para a questão de urbanização.       

OD: A empresa Areski anunciou que o Estado da Guiné-Bissau deve-lhe mais de um bilhão de Francos CFA. A dívida tem à ver com as obras executadas, desde algumas vias urbanas de Bissau, a estrada Jugudul/Bambadinca, à estrada Mansoa/Farim, à reabilitação do Aeroporto Internacional “Osvaldo Vieira” de Bissau, no âmbito da Cimeira dos Chefes de Estados e do governo da CPLP de 2006, entre outras. Confirma a existência dessa dívida e já houve contato entre o senhor e a empresa sobre o assunto?

FF: Não houve contatos sobre o assunto com a empresa Areski. Mas acho que é legítimo, se o governo estiver em falta. O Ministério das Finanças é competente para resolver os problemas das dívidas. Nunca tivemos encontros com a Areski. Por outro lado, também é a primeira vez que oiço que o Estado tem uma dívida com essa empresa. Se existe tal dívida que venham apresentar-nos os documentos e a gente conversa para podermos ver qual é a nossa influência junto do Ministério das Finanças para que possa efetuar o pagamento, porque compromisso é dívida. Se o Estado assumir o compromisso com a empresa e tiver uma dívida, se o Estado estiver em condições, deve pagar. Mas, de facto, nunca abordamos esta questão com a empresa Areski.            

OD: Havia um projeto financiado pelo BAD no valor de 27 bilhões de Francos CFA para construir o troço que liga a Guiné-Bissau (Mampata) a Guiné-Conacri (ponte Kogome), no quadro do programa estratégico do país. Tem alguma informação a respeito disso?

FF: Sim, temos a informações sobre a estrada Boke/Quebo. É uma estrada transfronteiriça financiada no quadro da sub-região, através de BAD, que, neste momento, tem a contrapartida interna em mais de quinhentos milhões de francos cfa. Esse montante já está inscrito no Orçamento Geral do Estado. Se esse montante for mantido, nós vamos ver como ultrapassar o problema de financiamento interno. Mas estamos dentro do assunto. Há um coordenador desse projeto que nos passou toda a informação e nós passamos também essa informação ao conselho de ministros e introduzimo-la no Orçamento Geral de Estado para que possamos ultrapassar as dificuldades.   

OD: O senhor anunciou na imprensa que as obras da construção da autoestrada Safim/Bissau deverão iniciar entre o fim de trimestre deste ano ou no início do trimestre de 2021. O governo já está em condições de cumprir com a sua parte relativa às indemnizações estimadas em mais de três bilhões de Francos CFA?

FF: Isto também está contemplado no Orçamento Geral do Estado, no capítulo do investimento interno, as indemnizações das obras da construção da autoestrada Safim / Bissau. Nós tínhamos três obstáculos neste projeto, nomeadamente as indemnizações, o certificado de conformidade ambiental e a certificação do projeto pelo Ministério das Obras Públicas. Já ultrapassamos dois fatores de bloqueio: o certificado de conformidade ambiental e a validação do projeto pelo governo. O único fator que não ultrapassamos ainda é o das indemnizações. Mas isso depende do Orçamento Geral do Estado e assim que, se for aprovado, significa que o Estado guineense já cumpriu com todas as formalidades, faltando a parte chinesa.      

OD: Fala-se que assinou um acordo com a empresa “Santy Comercial” encarregue de reabilitar as estradas do interior e que o acordo envolve mais de 800 milhões de Francos CFA. Confirma?

FF: Isto até faz-me rir… como é que o Ministro pode assinar um acordo de reabilitação com a empresa “Santy Comercial”? Há coisas nas quais não devemos acreditar só pela forma como são abordadas. Estamos a tratar de adjudicação. O Ministro não pode assinar o acordo. Significa que a adjudicação é autorizada e o Ministro não a autoriza. Há uma entidade competente para isso. Nós temos trabalhos com a empresa “Santy Comercial”. Quando não temos disponibilidade financeira, procuramos empresas que podem fazer trabalhos para posteriormente serem pagas, para que as vias rodoviárias possam ser transitáveis em algumas zonas críticas. Não acho mal nenhum, nem é segredo, porque o Ministério, tecnicamente, pode discutir com qualquer empresa que tenha capacidade e conhecimento para realizar o trabalho de manutenção das estradas. Já ouvi muitas coisas, por exemplo, o acordo. Há um procedimento que se deve seguir. Existe a lei de código de concurso público.               

OD: Houve algum concurso público em que a empresa “Santy Comercial” tenha sido declarada vencedora? Para além da “Santy Comercial”, quais são as outras empresas concorrentes?

FF: Sim, lançou-se um concurso público e a empresa “Santy Comercial” foi declarada vencedora. Havia muitas empresas que manifestaram a disponibilidade. A empresa “Santy Comercial” fez a obra com meios próprios. O governo não pagou ainda essa dívida, mas vai pagá-la. São 250 quilómetros de estradas no interior do país. Dos 250 quilómetros, a empresa já reabilitou mais de cem que andam por volta de mais de um bilião de francos cfa. As obras foram paradas por causa da chuva. Mas a partir de novembro, os trabalhos vão ser retomados.

Nós não temos capacidade para resolver todos os problemas, mas vamos resolvê-los paulatinamente. Há problemas da rede rodoviária em todo o território nacional, nomeadamente em Bissau, Aeroporto – Safim – Bula, Safim/ Jugudul, Mampata/Cacine, Buba – Fulacunda, Bafatá/ Mansaba… A partir de novembro, vão ver que estamos a trabalhar. Nós tomamos também conhecimento sobre a situação da ponte sobre Rio Col na Seção de Suzana, fizemos um levantamento, já tenho o relatório e estamos a prepararmo-nos para fazer a intervenção, inclusive já falei com o deputado do PRS eleito naquela zona. Neste momento, fazer a obra é um bocado complicado, é a opinião unânime dos técnicos.

OD: Faz cinco anos do desabamento do prédio de cinco andares em Canchungo e no passado recente na avenida principal, em Bissau, desabou outro prédio. O que é que o Ministério tem feito para estancar acidentes do género?

FF: Criamos uma comissão conjunta entre o Ministério das Obras Públicas e o Ministério da Administração Territorial e Poder Local que está a trabalhar sobre este assunto, recolhendo as informações que possam permitir ao governo tomar uma decisão fundamentada que possa não só confortar o governo, mas também a população em geral. Estamos a trabalhar nesse assunto com o Ministério da Administração Territorial.

OD: Que garantias quer deixar à população que está neste momento em estado de aflição, por causa das más condições da rede rodoviária nacional?

FF: Quero dizer aos proprietários e aos utentes que, a partir de novembro, vamos começar a melhorar a rede rodoviária nacional. Com o melhoramento e manutenção das vias, vão ver que não são coisas que se fazem às escondidas. Temos de ter coragem. Pela primeira vez, deixamos a época chuvosa passar e vamos começar a trabalhar seriamente na época seca. A época chuvosa deve ser, para nós, uma época em que possamos planificar as atividades e organizar os orçamentos para os trabalhos da manutenção das estradas.

Andamos por toda a rede rodoviária nacional e constatamos que há zonas intransitáveis. Os carros não têm como passar e nem a população consegue circular. Tentamos fazer uma corrida contra o tempo, mas este ano, entre julho e agosto, choveu muito e fomos abrigados a parar. Mas já estamos no fim, falta um mês. Em outubro, vamos iniciar a manutenção nas zonas críticas e em novembro em toda a rede rodoviária nacional.

Por: Tiago Seide/Assana Sambú

Foto: Marcelo Na Ritche

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, apelou hoje aos guineenses para porem de lado as "querelas políticas" e celebrarem o dia da independência.

"O dia da ndependência é um dia de desígnio nacional, não é o dia de Umaro Sissoco Embaló, é o dia nacional da Guiné-Bissau e por isso apelo a todos os filhos da Guiné-Bissau para deixar as nossas querelas políticas, os nossos sentimentos de lado, para abraçarem esta ideia e receber os nossos hóspedes para verem que temos um momento de trégua", disse Umaro Sissoco Embaló.

O chefe de Estado guineense falava aos jornalistas na Presidência da República, em Bissau, onde realizou uma curta conferência de imprensa sobre os preparativos para a celebração do dia da independência, que se assinala a 24 de setembro.

"Não há partidos, nem candidatos, a campanha acabou e há um Presidente da República. Peço a todos para festejarem o dia 24 de setembro e para todos verem que apesar das nossas divergências de pontos de vista, o dia 24 é o dia de desígnio nacional", afirmou, salientando que o dia da independência pertence a todos os guineenses.

O Presidente guineense confirmou também a presença de cinco chefes de Estado africanos nas comemorações do 47.º aniversário da independência, bem como os chefes da diplomacia de Portugal, Costa do Marfim e Gâmbia.

Umaro Sissoco Embaló disse aos jornalistas que vai realizar uma visita de Estado a Portugal em outubro e que o primeiro-ministro português, António Costa, deverá deslocar-se depois à Guiné-Bissau.

Com/Lusa


Avenida 3 de Agosto, as obras de manutenção decorrem à todo gás...

Arrancou trabalhos das Estradas, prometido pelo Ministro das Obras públicas, Habitação e Urbanismo, Dr. Fidélis Forbs e, neste momento temos duas frentes: Avenida 3 de Agosto ( que compreende ate Mão de Timba) e Estrada do Estádio Nacional 24 de Setembro...









As obras decorrem sem parar. O trabalho da manutenção já se encontra bastante avançado...




Pela premeira vez na historia de nô país, na comemorações de festa de nô independência pa e tenê participações de alguns Chefes de estado de nô sub região... n'pensa disna que nô toma nô independência nunca ês aconteci, si e têm bo esplica ???   

I têm noticia que ami n'têm estado na obí na boca de alguns djintis, quim ka sibi sí bardadi ou e mintida, kuma e têm avinidas que na bim pudu nome de alguns Chefes de estado ku na bim mati comemorações de festa de nô independência, n'ka misti papia de ê assunto por enquanto n'ka obil na boca de presidente da Republica. 

Nô na manifesta, é festa de nô independência ku alegria na rostu e ku dur na nô Coração, nô na aproveita manda mantenha pa tudu fidjus de antigos combatantes, que sê padiduris nunca prevelegiado e muito menus pa é conhecido, ou pa é desenpenha um alto funções de estado, e que, quilis que se padiduris desenpenha alto funções de estado, ku amor a patria sim lambu um duchilin na aparelho de estado.

Ês e data que guineenses ka pudi dissa e passa despercibido, pabia e data que esta relacionado ku dia ku nô toma liberdade ou (independência), mas e data tán que ta sirbinu de refleti, 47 Anos, qué ki nô fassi pa desenvolvi nô país, e sô #PAIGC que dibí di fassidu eh purgunta, a nôs propi no dibi di purgunta nô cabeça, duranti de nô esta dia na paigc kal que contribuição ku fassi pa desenvolvi nô país?

Presidente da Republica, na pidiu pa bu usa bu influência djuntu a governo pa bô construí casas pa fidjus de antigos combatantes quê ka tenê kau de fica ku sè familias, suma quil casas que Dr.Kumba Yala construi na Antula pa fidjus de Antigos combatantes.

Presidente da Republica, General Umaro Sissoco Embalo, e comandante Supremo das forças Armadas, povo de Guine-Bissau, ka tenê nada de falau, pa ês luta ku bu esta na luta, djuntu que governo ku na liderado pa Nuno Gomes Nabian, kuma que nô parceiros internacional na acredita na nô país, pabia sô assim que investidoris pudi bim investe na no país.

Umaro él sóm ka pudi desenvolvi éh país, mesmo que misti i kana pudi, ma ku apoio de tudu guineense tantu quilis ku esta lí, ou quilis ku esta na Diaspora, sí nô djunta nô apoia mundança nô terra na muda, pabia no país pircisa de muda, quim qui autor de é mudança, e Umaro Sissoco Embalo, pabia él ku nô kudji suma alguin ku na tchiganta nô mensagem na mundo fora acompanhadu que Ministerio de Negócios Estrangueiros Cooperação internacional.

By: Papa Jomav

Eu Voto Yasmine! Uma grande artista de origem guineense que conseguiu criar uma marca pelo seu talento no Pop lusófono e está a somar prémios...Karyna Gomes

Todo o artista merece respeito!

Apesar de aparentar o contrário muitas vezes, todo o artista trabalha para a humanidade. Os artistas dão voz a uma multidão. Marcam uma, duas gerações ou mais. Independentemente da sua nacionalidade eles podem representar seu país ou um grupo mas sempre trazem no seu trabalho a alma, o sentimento de um colectivo que transcende a cor, a origem. 

Todas as nações deveriam se orgulhar de seus artistas num todo e respeitar os que gostam menos. O artista dá a cara e a voz por uma legião de pessoas anónimas que as vezes tanto se revêem nas suas obras. Mas o artista é gente. Sofre, tem contas para pagar e muitas vezes não ganha nada, mas continua firme no seu propósito!

Quando se fala de uma pessoa que dá no duro e consegue ter reconhecimento, no mínimo, deve-se falar sobre ela com respeito. Duvidar da sua origem se é ou não de um país. É a última coisa que interessa e fere desnecessáriamente a susceptibilidade de uma pessoa. O mais importante é o valor social que tem, a marca que com sacrifício conseguiu criar e muitas vezes abrindo portas para tantas outras pessoas e talentos. A Yasmine é isso é muito mais.

Gostos? Isso não é questão que se coloque aqui. Cada um é livre para gostar ou não de uma obra artístitica ou de um artista, mas respeito é o mínimo que se espera de uma pessoa que também é gente é que não gostaria de ser criticada de forma infundada e caluniosa. 

Eu Voto Yasmine! Uma grande artista de origem guineense que conseguiu criar uma marca pelo seu talento no Pop lusófono e está a somar prémios. Orgulha-me como guineense, como palopiana, como mulher e como mãe. 

Eu ganhei um prémio no ano passado graças aos votos dos guineenses, cabo-verdianos, angolanos, moçambicanos, nigerianos etc...e  e sou guineense mas podia não ser. Isso não importa! Importa a pessoa linda que é a Yasmine. Uma guerreira numa indústria tão difícil que é a do POP. 

PEÇO DESCULPAS SE FERI ALGUÉM! 

❤️♥️❤️❤️♥️❤️♥️

Deus te abençoe e faça resplandecer seu rosto sobre ti, Yasmine! ❤️♥️❤️♥️❤️

Por Karyna Gomes


ASSOCIAÇÃO DE ESTUDANTES DA GUINÉ-BISSAU EM LISBOA

É já amanhã o início da conferência alusivo a comemoração de 24 de setembro data da independência da República da Guiné-Bissau.

Não perca esta oportunidade de assistir um debate sério sobre seguintes temas em anexo.

A Direção da Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa, a defesa dos interesses dos Estudantes.

Agência de Notícias da Guiné-Bissau

Relação Instituicional - Audiência do chefe de Estado, a sua Excelência Umaro Sissoco Embaló, com a vice-presidente da comissão da CEDEAO Sra Finda koroma.







Bissau 21 de Setembro de 2020.

Umaro S. Embaló/Presidente de Concórdia Nacional

Guiné-Bissau: Infraestruturas rodoviárias - À espera de melhores dias continuam as vias rodoviárias da cidade de Bissau; as promessas não faltam.


 TGB Televisão da Guiné-Bissau 

Guiné-Bissau : CMB estacionamento - Câmara Municipal de Bissau promete medidas duras para viaturas estacionadas nas vias públicas de circulação.


TGB Televisão da Guiné-Bissau  


Guiné-Bissau: Djolmet posse da terra -3 - Ministro adverte as autoridades locais em saber desempenhar o papel de mediador e distanciar-se de partes em conflito.

TGB Televisão da Guiné-Bissau

Nigeria: Buhari Congratulates Obaseki, Commends Election Process

 
By: Native Reporters

President Muhammadu Buhari has commended the election process in Edo State which led to the victory of Governor Godwin Obaseki as declared by the Independent National Electoral Commission (INEC).

The President added: “I have consistently advocated for free and fair elections in the country because it is the bedrock of true democratic order.

“Democracy will mean nothing if the votes of the people don’t count or if their mandate is fraudulently tampered with,” he said in a statement by Garba Shehu, Senior Special Assistant to the President on media and publicity.

He commended the people of Edo State, the parties, candidates and security agencies for conducting themselves responsibly.

#EdoDecides2020 #Edo2020 #edostate #EdoElection #EdoDecides


Sua excelência, o ministro do interior, Aladje Botche Candé, recebeu hoje donativos da representante do programa alimentar das Nações Unidas na Guiné-Bissau. Os donativos de limpeza destinados ao SERVIÇO NACIONAL DE EMERGÊNCIA E PROTEÇÃO CIVIL, serviço esse afeto aos Bombeiros Voluntários de Bissau.

O ministro da tutela agradeceu de viva voz à representante das nações unidas pela oferta e prometeu de que o bom uso do material doado será uma realidade, de seguida o ministro procedeu ao início de limpezas do recinto do Serviço Nacional de Emergência e Proteção Civil.





Fonte: Governação na Guiné-Bissau

TRÁFICO DE MENORES: SEF prende suspeito em operação

Fonte: Ditaduraeconsenso

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) deteve, ontem, no Aeroporto de Lisboa, um homem de 45 anos, por existência de indícios da prática dos crimes de tráfico de seres humanos, auxílio à imigração ilegal e uso de documento alheio.

O detido, proveniente de um voo de Bissau, fazia acompanhar-se de uma menor de 5 anos de idade que identificou como sendo sua filha, alegando que regressava à Bélgica, local onde reside.

Contudo, durante o habitual controlo de fronteira, o documento da criança levantou suspeitas, pelo que foi solicitada colaboração à Unidade de Identificação e Peritagem Documental do SEF. Após análise detalhada, confirmou-se tratar-se de documento alheio.

Depois de realizada revista pessoal e à bagagem de porão, o SEF detetou, ainda, diversa documentação de terceiros, nomeadamente assentos de nascimento, certificados de residência, passaportes, uma declaração manuscrita de venda de um passaporte francês no valor de mil euros e vários registos de transferências bancárias. Todos os documentos indiciam fraude documental.

A menor foi encaminhada pelo SEF para as Equipas Multidisciplinares Especializadas da Associação para o Planeamento da Família e, posteriormente, instalada em casa segura.

O detido será hoje presente a Tribunal para eventual aplicação das medidas de coação.


Cinco chefes de Estado africanos e MNE português em Bissau para comemorações da independência


Por LUSA   21.09.2020

Os presidentes da Mauritânia, Senegal, Nigéria, Burkina Faso e Togo e o chefe da diplomacia portuguesa, Augusto Santos Silva, vão estar na quinta-feira em Bissau para participarem nas comemorações do dia da independência, disse hoje fonte da Presidência guineense.

Segundo a mesma fonte, o chefe da diplomacia da Libéria, Dee-Maxwell Saah Kemayah, também vai estar presente nas comemorações em representação do chefe de Estado da Libéria.

As celebrações do dia da independência, proclamada em 24 de setembro de 1973, vão decorrer no estádio nacional, em Bissau, e, segundo o programa, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, fará um discurso e entregará condecorações.

O programa inclui também a inauguração das avenidas com os nomes do Presidente do Senegal, Macky Sall, e do Presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, e um almoço oficial para os chefes de Estado convidados, que devem deixar Bissau durante a tarde.

Umaro Sissoco Embaló termina as celebrações do dia da independência com um cocktail na Presidência guineense.

A Guiné-Bissau declarou unilateralmente em 24 de setembro de 1973. A declaração foi feita pelo antigo Presidente João Bernardo "Nino" Vieira.

“Devemos honrar a mulher, respeitar a mulher, amar a mulher no sentido mais puro que possa haver. Queremos que nossas mães sejam iguais aos nossos pais, queremos que as nossas irmãs sejam iguais a nós, queremos que as nossas filhas não sejam escravas de ninguém, que não sejam dominadas por ninguém. Por isso, é preciso lutar, nada cai do céu a não ser a chuva. (…) É preciso que os homens lutem contra isso mas também é preciso que as mulheres lutem; não admitirem falta de respeito, falta de consideração, nem abusos, nenhuma discriminação....Amilcar Cabral

Agência de Notícias da Guiné-Bissau

Presidente da Guiné-Bissau realiza visita de Estado a Portugal em outubro

Por LUSA 21 set 2020, 11:36  

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, vai realizar uma visita de Estado a Portugal a 8 de outubro, a convite do Presidente da República.

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, vai realizar uma visita de Estado a Portugal em outubro, disse esta segunda-feira fonte da Presidência guineense.

Segundo a mesma fonte, a visita deverá ter início a 8 de outubro e realiza-se na sequência de um convite feito pelo chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa.

Em janeiro, Umaro Sissoco Embaló já tinha mantido encontros em Portugal com Marcelo Rebelo de Sousa e com o primeiro-ministro, António Costa, mas as reuniões não foram oficiais porque decorria um recurso de contencioso eleitoral no Supremo Tribunal de Justiça.

19 de Janeiro de 2020

Após a Comissão Nacional de Eleições ter considerado Umaro Sissoco Embaló vencedor da segunda volta das presidenciais, Domingos Simões Pereira, candidato que disputou a segunda volta das presidenciais com o atual chefe de Estado, apresentou um recurso de contencioso eleitoral.

O Supremo Tribunal de Justiça considerou, num acórdão divulgado a 7 de setembro, “improcedente” esse recurso.


Forças de segurança “de Umaro Sissoco Embaló” chegam a Bissau

Por CNEWS  Setembro 20, 2020

Um grupo de 50 “homens especiais”, treinados na Turquia, para assegurar o presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, regressou este domingo (20.09), a Bissau, informou ao Capital News, uma fonte dos Serviços de Migração e Fronteiras do país.

“O grupo chegou a Bissau, no voo de TransAir, provineite do Senegal. O avião aterrou no Aeroporto Internacional Osvaldo Viera, as 11h35 minutos, tendo deixado o país por volta das 12h25 minutos”, informou a fonte sob anonimato.

A mesma fonte relata ainda que “após a sua chegada, os homens, que são guineenses, e que agora passam a ocupar de segurança do chefe de estado Umaro Sissoco Embaló, tiveram algum tempo de treinos tácticos junto da pista do Aeroporto Osvaldo Vieira”, contou para de seguida acrescentar: “Os teatros têm como objetivo assegurar as entidades, em particular os chefes de estados que vão ser convidados para tomar parte na festa dos 47 anos da independência da Guiné Bissau, no dia 24 de setembro”.

Para esta segunda-feira (21.09), o grupo, que esteve três meses na Turquia, deverá voltar a realizar os mesmos treinamentos, no Aeroporto Osvaldo Vieira, apurou ainda o CNEWS.

COVID-19 - Estados Unidos perto dos 200 mil mortos desde o início da pandemia

© Lusa

Por LUSA  21/09/20 06:27

Os Estados Unidos registaram quase 200 mil mortos desde o início da pandemia de covid-19, de acordo com a contagem independente da Universidade Johns Hopkins.

Desde o início da pandemia, o país contabilizou 199.474 óbitos e 6.794.724 casos, segundo os números da universidade norte-americana.

Nas últimas 24 horas foram contabilizadas 219 mortes e 30.526 contágios.

Embora Nova Iorque já não seja o estado com o maior número de infeções, continua a ser aquele que contabiliza mais óbitos (33.087), um número superior ao de países como França ou Espanha.

O Instituto de Métricas e Avaliações de Saúde da Universidade de Washington estimou que os Estados Unidos vão superar os 258 mil mortos aquando das eleições presidenciais, agendadas para 03 de novembro.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos e também com mais casos de infeção confirmados. Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 957.948 mortos e mais de 30,8 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

ÍNDIA - Homem corta barriga da mulher para confirmar que vai ser pai de um menino

© iStock

Notícias ao Minuto  21/09/20 08:28  

O homem, que já era pai de cinco meninas, estava desesperado por ter um filho rapaz.

Parece inacreditável, mas aconteceu na Índia. Um homem, prestes a ser pai, terá cortado a barriga da mulher grávida, para confirmar que o bebé que esta carregava se tratava de um menino.

Segundo o Mirror, o homem, que foi identificado como Pannalal, era já pai de cinco meninas e estaria desesperado para ter um filho rapaz.

O suspeito foi detido após o ataque, que deixou a vítima com ferimentos graves. A polícia está a investigar o caso, sendo ainda incerto com que objeto é que Pannalal cortou a mulher.

O incidente aconteceu no sábado, na cidade de Nekpur, pertencente ao estado indiano de Uttar Pradesh.

A vítima, de 35 anos, estava grávida de sete meses e encontra-se hospitalizada no Hospital de Bareily, em estado considerado grave. Não se sabe qual o estado de saúde do bebé.

O crime em causa demonstra que continua a existir um estigma, em certas regiões do país, em relação às meninas.


Detida suspeita de enviar pacote com ricina para presidente dos EUA

© iStock

Notícias ao Minuto  21/09/20 06:32 

Uma mulher foi detida este domingo por supostamente ter enviado um pacote contendo ricina ao Presidente norte-americano quando tentava entrar nos Estados Unidos vinda do Canadá, segundo os 'media'.

Amulher estava na posse de uma arma de fogo e foi detida pelas autoridades norte-americanas, de acordo com a agência de notícias Associated Press e uma fonte dos serviços de segurança citada pela televisão CNN.

No sábado, foi noticiado que um pacote contendo ricina dirigido a Donald Trump foi intercetado no início da semana pelos serviços de segurança da Casa Branca.

O pacote endereçado à Casa Branca terá tido origem no Canadá, de acordo com a polícia do Canadá.

Esta não é a primeira vez que ricina é enviada pelo correio para a Casa Branca.

Um veterano da Marinha foi detido em 2018 e confessou ter enviado envelopes para Trump e membros de sua administração que continham a substância da qual a ricina é derivada.

Em 2014, um homem do Mississipi foi condenado a 25 anos de prisão após enviar correspondência com ricina ao então Presidente, Barack Obama, e a outros responsáveis da Casa Branca.

A ricina, de origem vegetal, é uma das toxinas mais poderosas conhecidas e é extraída da mamona.

Se ingerida, pode causar náuseas, vómitos e hemorragias internas, seguindo-se insuficiência hepática, baço e renal, e morte por colapso do sistema circulatório.

Guiné-Bissau : Membros da Federação de Andebol da Guiné-Bissau propostam, na xª Assembleia Ordinária,a data de 24 de Outubro para a realização da próxima eleição.


Presidente da Direcção Cessante da Federação de Andebol da Guiné-Bissau mostrou-se satisfeito com aprovação do relatório financeiro e de planos de actividades.

 TGB Televisão da Guiné-Bissau 


MA BÓ CONTAM ÉS INA NUNDÉ...PAPÉ DI.MI KU PADIM.

 Antonio Iaia SEidi

Guiné-Bissau : Investimento - O Grupo de Investimento Líbio intitulado "Laico" cedeu à Mansour Bissau, Grupo Turco, três fabricas de transformação de castanha de caju situadas nos sectores administrativos de Bula, Quinhamel e Nhacra.


TGB Televisão da Guiné-Bissau 

Segurança Nacional independência: Ministro do Interior, Botche Candé, anuncia medidas de segurança para a celebração de 24 de Setembro , data da Independência Nacional.

TGB Televisão da Guiné-Bissau 

ÚLTIMA HORA: Ministro das Finanças, Aladje João Mamadu Fadia, esclarece a situação da greve no Ministério das Finaças, explicando a sua versão dos factos.



Ministro das Finanças ladeado dos técnicos da instituição que dirige fala do Orçamento Geral do Estado 2020.

Fonte: TGB Televisão da Guiné-Bissau / Governação na Guiné-Bissau

Magda Robalo: Medidas de prevenção contra a Covid-19 são difíceis de interiorizar e assimilar


Plataformamedia.com  20/09/2020

A Alta Comissária para a Covid-19 da Guiné-Bissau, Magda Robalo, considera que há conhecimento da doença provocada pelo novo coronavírus, mas que as medidas de prevenção são difíceis de interiorizar e que não há noção do risco.

Em entrevista à Lusa, Magda Robalo referiu os resultados preliminares de um estudo feito em Bissau e Biombo, que demonstram que os guineenses “sabem que a doença existe e que pode levar à morte”.

“O passo entre o conhecimento e a prática é que é mais difícil e as medidas de prevenção são difíceis de interiorizar e assimilar”, disse.

“Usar uma máscara durante todo o dia, porque estamos em espaços públicos, não é propriamente fácil, é preciso uma grande dose de interiorização e é preciso que as pessoas tenham noção do risco. Essa noção de risco não existe”, explicou à Lusa, quando questionada sobre se os guineenses estavam hoje mais conscientes da doença do que em março quando foram detetados os primeiros casos no país.

Magda Robalo explicou também que o Alto Comissariado para a Covid-19 está a trabalhar para haver essa “noção de risco”, para que as pessoas percebam o que está em risco.

“Há uma desconstrução de várias crenças, de vários atos, que é necessário que aconteça para que as pessoas possam perceber qual é a diferença com esta doença em particular”, disse, salientando que as pessoas dizem que não viram, nem conhecem ninguém doente com covid-19.

Segundo a antiga ministra da Saúde, ao contrário da Europa onde a “comunicação foi muito forte e intensa”, na Guiné-Bissau aconteceu o contrário.

“Aqui o fator comunicação não foi muito forte no início em termos de comunicar o risco e penso que isso também chocou bastante na forma como as pessoas assimilaram a importância da doença”, salientou.

Para Magda Robalo, é preciso continuar a trabalhar, porque as previsões são de que o vírus continue a circular bastante tempo e as pessoas “possam aceitar que é preciso mudar de comportamento”.

“Aceitar a máscara como um objeto diário e quotidiano, o hábito de lavar as mãos frequentemente com água e sabão tem de ser instituído”, disse, reconhecendo, contudo, ser difícil porque água e sabão não existem facilmente nas comunidades, no trabalho e na vida das pessoas.

“São constrangimentos que é preciso integrar, estudar as práticas culturais e perceber onde é que existem pontos de flexibilidade para integrar estes novos elementos”, sublinhou.

A Alta Comissária para a Covid-19 espera também que a abertura do ano letivo permita promover o ensino junto das crianças.

“Porque as crianças se forem ensinadas aprendem e têm noção do risco que correm e podem ser portadoras de mensagens e mudar comportamentos, por incrível que possa parecer”, afirmou.

Segundo os últimos dados divulgados pelo Alto Comissariado para a Covid-19 na Guiné-Bissau, o país tem um total acumulado de 2.303 casos, 1.472 recuperados e 39 vítimas mortais.

POLÍCIA JUDICIÁRIA DETEVE QUATRO SUSPEITOS NA POSSE DE 01KG DE COCAÍNA EM BISSAU


Mais um correio de droga desmantelao pela Polícia Judiciária guineense. 

A Unidade Nacional de Combate a Droga da Polícia Judiciária em colaboração com o DIPIC (Departamento de Informação Policial e de Investigação Criminal) do Comissariado Nacional da Policia da Ordem Pública do Ministério do Interior interceptaram no sábado, (12.09.2020), na capital guineense, um cidadão nacional na posse de 01 kg de cocaína que preparava viajar para Portugal.

Igualmente, três outros cidadãos nacionais, cúmplices, foram detidos durante a operação.

Os quatro suspeitos já foram apresentados ao Ministério Público para o efeito de prossecução processual.

Recordamos que, a bem pouco tempo, o diretor-geral dos Serviços de Migração, Estrangeiros e Fronteiras, Alassana Djaló foi detido sexta-feira (11.09) em Bissau, após algumas horas de audição na sede da PJ, num caso de desaparecimento de 83 cápsulas de cocaína que a polícia apreendeu na posse de um cidadão luso-guineense que se preparava viajar para Lisboa.

A PJ precisou que os agentes destacados no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira em Bissau, apreenderam as cápsulas e detiveram o suspeito, mas horas depois, um contingente da Guarda Nacional (GN) ordenou a libertação do homem suspeito e levaram consigo as 83 cápsulas que testes comprovaram ser cocaína pura.

Notabanca; 20.09.2020

Calamidade em Cacine: CENTENAS DE FAMÍLIAS DESALOJADAS DEVIDO ÀS INUNDAÇÕES E MAIORIA ENFRENTA A FOME

20/09/2020 / Jornal Odemocrata 

[REPORTAGEM S37_2020] O setor de Cacine, região de Tombali, sul da Guiné-Bissau, a cerca de 250 quilómetros da capital Bissau, está a enfrentar a maior calamidade na sua história, provocada por fortes chuvas que caíram nos últimos tempos naquela zona e que fez subir o nível da água que inundou completamente grande parte das aldeias, sobretudo aquelas situadas na zona litoral. A chuva destruiu totalmente 226 casas e dezenas de bolanhas, deixando mais de duzentas (200) famílias instaladas em acampamentos na rua e a maioria enfrenta situações de fome, de acordo com os relatos da associação local.

O setor de Cacine está dividido em três zonas administrativas, a saber: a zona um, constituída pela cidade de Cacine e as seções de Camiconde e Camissoro. A zona dois conta com as seções de Cacoca, Sanconha e Gadamael Porto e na zona três, estão a histórica aldeia de Cassacá, Campiane e Cacibetche. Segundo informações apuradas junto da Associação dos filhos e amigos para o desenvolvimento comunitário do Setor de Cacine, as zonas dois e três denominadas pelos locais de “Kitafine de baixo” foram as zonas que sofreram maiores estragos, porque ruíram naquelas zonas mais de 60 casas, na sequência das fortes chuvadas.

ABUBACAR DJAU: “KITAFINE DE BAIXO É A ZONA MAIS PREJUDICADA PELAS INUNDAÇÕES”

O Democrata contatou por telefone o responsável da Associação de Filhos e Amigos para o Desenvolvimento Comunitário do Setor de Cacine (AJODESCA), Abubacar Djau, para falar do engajamento da sua organização, em termos de mobilização de apoios para socorrer as vítimas das inundações, como também na mobilização das aldeias próximas da estrada principal para os trabalhos de reabilitação pontual de algumas zonas críticas.

O responsável explicou na entrevista que esta é a maior calamidade que assistiram na história do setor e que está a prejudicar enormemente a população local. Contudo, diz que até ao momento da entrevista não se registara nenhum óbito em consequência das inundações, mas estão todos preocupados com as consequências tardias que as vítimas poderão enfrentar e que a maioria já está a deparar-se com a situações de fome, por causa da escassez de produtos alimentares que se começa a sentir, porque “o setor está totalmente isolado sem transportes públicos e a maioria dos comerciantes não tem como transportar e fazer chegar os seus produtos às localidades”.

Djau informou que a zona um, que engloba a pequena cidade de Cacine e as seções de Camiconde e Camissoro, não foi muito afetada, não obstante terem-se ruido algumas casas em algumas aldeias.  Sublinhou que as zonas dois e três, conhecidas localmente por “Kitafine de baixo”, foram as zonas mais prejudicadas, onde ficaram destruídas mais de 60 casas. Segundo Djau, os dados foram facultados pelo régulo central de Kitafine (aldeia situada na zona três), Secuna Silá e foram recolhidos graças a uma equipa que o próprio régulo formou e que está a trabalhar neste momento na identificação das vítimas e na mobilização de apoios.

“Na zona dois, recebi também informações do régulo central daquelas localidades, Mamadu N’Tchasso, que informou-me que a chuva destruiu mais de 20 casas em algumas aldeias da zona e as tabancas mais afetadas são Candembá e Camacrin. Estas duas aldeias foram totalmente inundadas pela chuva que fez ruir muitas casas.

“No que concerne à zona um, algumas casas em algumas tabancas também ruiram. Em Camiconde foram mais de oito casas destruídas e algumas em Camissoron, mas ainda não tenho dados concretos”, explicou o presidente da associação, totalmente abalado pela situação. Aproveitou a ocasião para pedir ajuda junto das autoridades, em particular do governo central, que segundo o ativista, deve reagir com maior urgência para salvar vidas humanas e, consequentemente, evitar a fome que poderá transformar a situação numa catástrofe.            

CACINE ISOLADA DO RESTO DO PAÍS: MOTOTÁXIS COBRAM QUINZE MIL FCFA ENTRE CACINE – MAMPATA

Para além da inundação provocada pela chuva que deixou os populares e a associação local aflitos, o setor está neste momento isolado das outras localidades da zona, devido à falta de meios de transporte público. O transporte de pessoas faz-se agora recorrentemente de motorizadas, devido ao estado avançado de degradação do troço que liga a pequena cidade de Cacine e a vila de Mampata, no setor de Quebo, que tem uma distância de 73 quilómetros.

O estado crítico do troço obrigou os proprietários de transportes públicos a suspenderem a circulação das suas viaturas para aquela zona, fato que levou os populares a optarem pelas motorizadas que fazem a ligação neste momento entre Cacine e Mampata ou para as outras localidades.

Abubacar Djau disse que atualmente as viaturas que saem de Mampata fazem apenas a ligação até à aldeia de Cambraz e vice-versa, porque há dois sítios nessas localidades completamente alagados, o que impede a passagem das viaturas.

“Há algumas viaturas que estão a resistir ainda e conseguem circular até à aldeia de Cambraz. A maioria das pessoas prefere recorrer às motorizadas nas suas deslocações, pagando valores exorbitantes, porque se recusam pagar, não viajam”, contou.

O responsável da AJODESCA explicou que os populares daquela zona estão a sofrer muito com a degradação da estrada, porque são obrigados a pagar 15 mil francos cfa para viajar entre Cacine e Mampata. Frisou que “este é o preço praticado pelos motoristas, cada passageiro paga 15 mil francos cfa para viajar de Cacine até Mampata. De Mampata para Bissau ou para outras localidades pode-se viajar de autocarro ou por outros meios de transporte público”.

“Os proprietários das motorizadas cobram 25 mil francos cfa para transportar duas pessoas. Somos obrigados a pagar este dinheiro se quisermos viajar e isso quando se consegue uma viatura até Cambraz. De Cambraz pode-se viajar de motorizada e paga-se cinco, seis ou até sete mil francos cfa, dependendo da localidade de destino”, explicou o ativista social, que lembrou neste particular que antes da pandemia de novo coronavírus (Covid-19), o preço que se praticava entre o setor de Cacine e Bissau era de três mil Francos CFA, mas depois da Covid-19 o valor subiu de três para dez mil francos CFA.

Assegurou que atualmente as viaturas continuam a fazer o transporte entre Bissau e até à aldeia de Cambraz, cobrando cinco mil francos CFA e depois os passageiros seguem a viagem de motorizadas que também cobram entre cinco a sete mil francos CFA. Enfatizou que a sua organização mobilizou a população local, em diferentes aldeias, para os trabalhos de reabilitação em alguns troços mais críticos da estrada.

“É um trabalho de voluntariado que estamos a fazer, colocando pedras nas estradas e troncos de árvores que aproveitamos no mato. Sabemos que é uma coisa temporária, mas somos obrigados a fazê-la para facilitar a passagem de viaturas que ainda persistem, porque senão estaremos totalmente isolados do resto do sul e do país”, frisou.

Denunciou as cobranças que considera ilícitas que os elementos da Guarda Nacional obrigam as motorizadas a pagar, por falta de documentos, tendo informado que a multa aplicada vai até os 25 mil francos cfa. Lembrou que o ministro do Interior proibiu a cobrança de multas por falta de documentos, mas pediu aos polícias para exigirem aos condutores de motorizadas o uso de capacetes. 

ADMINISTRADOR: “TEREMOS UM ANO AGRÍCOLA NULO EM CANIFAK QUE É A ZONA DE MAIOR PRODUÇÃO”

Em entrevista telefónica a partir de Cacine, o administrador do setor, Abubacar Turé, revelou ao jornal O Democrata que na sequência das fortes chuvas que caíram no setor e que provocaram inundações, duzentas e vinte e seis casas ruíram em consequência das águas pluviais e um número indeterminado de bolanhas na aldeia de Canifak, zona de maior produção do arroz, ficou completamente inundado, “portanto vamos ter um ano agrícola nulo em Canifak”, lamentou.  

Para além de Canifak, o administrador informou que parte das bolanhas da seção de Campiane também ficou afetada. Informações avançadas pela administração setorial indicam que a cruz vermelha local está neste momento a prestar apoios à população sinistrada e posteriormente todos os dados recolhidos serão remetidos ao governo local, que provavelmente deverá tomar diligências necessárias para encaminhá-los para o governo central.

Questionado se as autoridades locais já tomaram algumas medidas para conter ventuais ameaças, Abubacar Turé não foi preciso, mas presume que haverá mais dados no futuro, tendo sublinhado que a melhoria que está a ser operada nas estradas é um esforço próprio da população e de algumas pessoas singulares, pelo que a sustentabilidade do trabalho é pouco provável.

Frisou que o setor sob a sua jurisdição enfrenta neste momento uma situação de inundações jamais vista naquele setor que está a causar muitas incertezas à população com fortes sinais de vir a enfrentar fome, sobretudo na localidade de Canifak de baixo, onde centenas de casas ficaram destruídas, estradas ficaram cortadas e mais de duzentas famílias ficaram expostas à luz do dia e ao sol nas ruas e sem teto.

Segundo o administrador, neste momento estão em curso diligências, tanto das autoridades administrativas locais como do poder local e em colaboração com a população local para a recuperação das estradas. 

Sobre a denúncia de cobranças ilícitas que a polícia e a Guarda Nacional fazem às motorizadas, confirmou que elementos da Guarda Nacional chegaram a aplicar uma multa de vinte e cinco (25.000) mil francos CFA a motorizadas que não tinham a documentação em ordem na localidade de Cameconde, mas com a intervenção das autoridades setoriais locais a situação foi ultrapassada.

“Aconselhamos que não cobrassem multas por falta de documentação, mas que exigissem o uso obrigatório de máscaras e capacetes, porque estamos em tempos de crise sanitária”, afirmou e não avançou nenhum pormenor se a medida foi ou não acatada pelos elementos da Guarda Nacional. Contudo, informou ter emitido um comunicado na rádio comunitária local, dando orientações à população para denunciar cobranças ilícitas nas estradas. 

Por: Assana Sambú/Filomeno Sambú

Foto: AJODESCA