17 de julho de 2014

União Europeia ajuda Guiné-Bissau com 60 milhões de euros


Antes do anúncio, o Conselho da União Europeia suspendeu as medidas que limitavam a cooperação da UE com a Guiné-Bissau.

O Conselho da União Europeia suspendeu hoje as medidas que limitavam a cooperação da União Europeia(UE) com a Guiné-Bissau, na sequência da realização de eleições livres e credíveis. O anúncio foi feito poucas horas antes de a UE revelar a aprovação de um pacote de ajuda financeira à Guiné-Bissau, de médio prazo, no valor de 60 milhões de euros. 

O anúncio foi feito esta manhã, 16, em Bruxelas pelo ainda presidente da Comissão Europeia Durão Barroso, numa conferência de imprensa juntamente com o primeiro-ministro da Guiné-Bissau Domingos Simões Pereira.

Com esta ajuda, o Governo saído das eleições de 13 de Abril vai conseguir pagar parte dos salários dos funcionários públicos em atraso há sete meses, preparar o ano agrícola e a campanha da castanha e do cajú e ainda continuar o ano escolar que estava ameaçado de nulidade.

O pacote também vai contribuir para a distribuição regular de energia eléctrica e água às populações.

Entretanto, antes deste anúncio, o Conselho da União Europeia suspendeu as medidas que limitavam a cooperação da UE com a Guiné-Bissau.

A  Alta Representante da União Europeia  para os Negócios Estrangeiros e  Política de Segurança Catherine Ashton e o Comissário da UE responsável pelo Desenvolvimento Andris Piebalgs disseram  estar muito satisfeitos com esta decisão, uma vez que permite à União Europeia apoiar as autoridades no processo de reconstrução e estabilização do país.

A UE diz esperar que as autoridades da Guiné-Bissau dêem um carácter prioritário à execução dos seus compromissos, os quais foram assumidos durante o processo de consultas com o bloco em 2011 e que se referem, por exemplo, à reforma do sector da segurança, à renovação da hierarquia militar e à luta contra a impunidade.

Aliás, na conferência de imprensa de hoje em Bruxelas o primeiro-ministro da Guiné-Bissau Domingos Simões Pereira abordou a reforma do sector de defesa e segurança, dizendo que as decisões serão tomadas no seu devido tempo e depois de um amplo debate.
VOA.