quinta-feira, 12 de junho de 2025

21 de Junho de 2025 - Lançamento do livro “Boi” - vencedor do Prémio de Revelação Literária - na Feira do Livro

Lançamento do livro “Boi” na Feira do Livro

Terá lugar, no dia 21 de junho, às 17 horas, o lançamento do livro “Boi” do autor Cláudio da Silva - vencedor da 10.ª edição do “Prémio Revelação Literária UCCLA-CMLisboa - Novos Talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa” -, no Auditório Sul da Feira do Livro de Lisboa, no Parque Eduardo VII.

A apresentação do livro, que será feita por António Carlos Cortez, contará com a presença do autor, do Secretário-Geral da UCCLA, Luís Álvaro Campos Ferreira, e de membros do júri.

Mais informações sobre a 10.ª edição do “Prémio Revelação Literária UCCLA-CMLisboa - Novos Talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa” no link  https://www.uccla.pt/noticias/claudio-da-silva-vence-premio-de-revelacao-literaria

Com os melhores cumprimentos,

Anabela Carvalho

Assessora de Comunicação | anabela.carvalho@uccla.pt

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Faladepapagaio


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"Ninguém reconstruirá Gaza, se for governada como no passado"... O primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana, Mohamed Mustafa, afirmou hoje que "ninguém reconstruirá Gaza, se for governada como no passado" e que o povo palestiniano deve responder à premissa de "um Governo, uma lei, uma arma".

Por LUSA 

Foi a resposta dada pelo responsável quando inquirido, numa conferência de imprensa com órgãos de comunicação estrangeiros, sobre a possibilidade de o movimento islamita palestiniano Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, fazer parte de um futuro Governo daquele enclave palestiniano.

Recém-nomeado primeiro-ministro -- um cargo novo criado pela Autoridade Palestiniana -- pelo presidente, Mahmud Abbas, Mohamed Mustafá declarou, na sede do seu gabinete, em Ramallah, que, embora "tudo dependa do próprio Hamas", não de pode voltar a como era antes.

As suas palavras surgem depois de Abbas ter afirmado, numa carta aos copresidentes da conferência de Nova Iorque sobre o Médio Oriente, que se realizará na próxima semana, que o Hamas deveria depor as armas e que uma força árabe e internacional deveria ser destacada para Gaza com um mandato das Nações Unidas para garantir um cessar-fogo permanente.

"É extremamente importante para Gaza, mas também para nós, palestinianos em geral", disse Mustafa sobre a solução de um único Governo nos dois territórios palestinianos, acrescentando que "ninguém vai ajudar as pessoas de Gaza a recuperar as suas vidas, a menos que as coisas lá sejam resolvidas".

"Não há um projeto político viável para nós como Estado, reconhecido pelo resto do mundo", se não forem observados esses princípios de unidade de Governo nos dois territórios, que atualmente são governados pela Autoridade Palestiniana, no caso de partes da Cisjordânia ocupada, e pelo Hamas, no da Faixa de Gaza.

De acordo com o primeiro-ministro, do partido secular Fatah, já houve "sofrimento suficiente" e "é necessário avançar", pelo que defendeu que se siga esse caminho.

Mustafa também se mostrou confiante de que haverá um cessar-fogo em Gaza "muito, muito rapidamente" e assegurou que o seu Governo está a trabalhar "muito arduamente" para estar preparado para o dia seguinte na Faixa de Gaza, palco de uma guerra israelita que já fez 55.000 mortos, desencadeada contra o Hamas em retaliação pelo ataque do movimento a Israel, a 07 de outubro de 2023, que fez cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e 251 reféns.

PR Umaro Sissoco Embaló fala à imprensa após reunião do Conselho de Ministros desta quinta-feira (12/06), no Palácio do Governo.

O Presidente da República recebeu nesta quarta-feira a Ministra dos Negócios Estrangeiros da República Federal da Nigéria, Bianca Odwmegwo Ojukwo, enviada especial do Chefe de Estado nigeriano, Bola Tinubu.

Durante o encontro, a enviada especial entregou uma mensagem dirigida ao General Umaro Sissoco Embaló, na qual o Presidente Bola Tinubu destaca o papel relevante da Guiné-Bissau como Estado-membro da CEDEAO e o elevado nível das relações bilaterais entre os dois países.



 Presidência da República da Guiné-Bissau

Explicador. Um milhão de baixas russas: "Vladimir Putin é o maior responsável por esta tragédia humana do seu próprio povo"... O comentador da SIC Luís Ribeiro faz uma análise aos últimos desenvolvimentos na guerra da Rússia contra a Ucrânia.

Por sicnoticias.pt 

Na guerra na Ucrânia, foi ultrapassada a fasquia de 1 milhão de baixas russas, entre feridos e mortos. Há também informações sobre as vítimas ucranianas.

"Vladimir Putin é o maior responsável por esta tragédia humana do seu próprio povo. Estamos a falar de 1 milhão de baixas. Mortos serão cerca de 250.000, de acordo com o rácio que normalmente é feito nestas situações. Os outros serão feridos, desertores e capturados. 250.000 de baixas, que apesar de tudo é um número com um simbolismo terrível".

Este é um dos temas em análise pelo comentador da SIC Luís Ribeiro no habitual explicador do Jornal do Dia, com início por volta das 13:45.

Um dos piores acidentes aéreos do século: há um sobrevivente e mais de 200 mortos no avião da Air India

@CNN Brasil      Por  cnnportugal.iol.pt

Um voo que era suposto ter quase 10 horas não chegou a passar de um minuto. Entre as vítimas há portugueses e este desastre entra para uma lista que no topo tem o 11 de Setembro

Uma autêntica tragédia que no fim do dia pode tornar-se num dos acidentes aéreos mais mortais de sempre, já que o avião da Air India com o códio 171 caiu numa zona residencial onde estavam várias pessoas, incluindo estudantes de medicina.

A polícia começou por adiantar que todos os ocupantes do avião que partiu de Ahmedabad com destino a Gatwick, Londres, tinham morrido, mas depois corrigiu a informação: foi encontrado um sobrevivente no hospital, entretanto identificado como Vishwash Kumar Ramesh, que estava no lugar 11A. O comunicado inicial da polícia é confuso, já que indicava que tinha sido encontrado "no lugar 11A".

“A polícia encontrou um sobrevivente no lugar 11A”, confirmou o comissário da polícia GS Malik, citado pela agência ANI, dando a entender que uma outra pessoa que seguia no avião estava já no hospital.

Acontece que são ambas a mesma pessoa, Vishwash Kumar Ramesh, cidadão britânico que seguia a bordo com o seu irmão, e que foi encontrado no hospital ainda com o bilhete na mão.

No avião seguiam 242 pessoas, 217 adultos e 11 crianças, incluindo a tripulação, mas não se sabe ao certo o número de vítimas mortais, segundo avança a agência de notícias indiana Press Trust of India (PTI). O ministro da Saúde da Índia não avançou com números, mas diz que “muitas pessoas” perderam a vida na sequência deste acidente.

Confirmado está já que o número de mortos anda acima dos 200, tendo já sido recuperados 204 corpos.  “Recuperámos 204 corpos e 41 pessoas estão atualmente a ser tratadas”, disse GS Malik à agência de notícias France-Presse (AFP), não esclarecendo se as pessoas que estão a receber tratamento sou ou não ocupantes da aeronave.

Independentemente de o número de vítimas vir ou não a subir, este será um dos piores acidentes aéreos do século, numa lista que tem os dois voos que embateram nas torres do World Trade Center a 11 de Setembro de 2001 no topo.

A confirmação de que não há sobreviventes entre passageiros e tripulação surgiu da polícia, faltando confirmar se há e quantas são as vítimas no solo.

Quanto ao voo, que deveria durar quase 10 horas, não chegou a passar de um minuto, perdendo a sustentação assim que passava os 190 metros. Descolou e caiu quase instantaneamente, depois de os pilotos terem emitido um alerta de mayday, sem que se saiba, para já, porque razão.

Além dos sete portugueses, seguiam a bordo 53 britânicos e um canadiano. Os restantes ocupantes eram de nacionalidade indiana. No local estão já a ser feitos vários esforços no sentido de tentar encontrar sobreviventes. Até ao momento foram retirados mais de 200 corpos, muitos deles levados para o hospital de Ahmedabad, a quinta maior cidade da Índia.

Quanto ao avião, um Boeing 787-8, é a primeira vez que um aparelho deste modelo está envolvido num grande acidente. Já para a construtora é apenas mais uma de várias tragédias.

O gabinete do ministro da Aviação da Índia revelou que foi ativado o centro de emergência e que no terreno já está uma equipa de apoio para as famílias que precisem de informações. Para a zona do desastre foram também enviados membros das Forças Armadas, incluindo equipas médicas do exército e também egenheiros que vão ajudar a perceber o que se passou.

PR General Umaro Sissoco Embaló preside o Conselho de Ministros (12.06 ) no Palácio de Governo.

Comunicação Social/ “A lei da Carteira Profissional dos Jornalistas vai inaugurar novo capítulo na história do jornalismo guineense”, diz Florentino Fernando Dias

Bissau, 12 Jun 25 (ANG) – O ministro da Comunicação Social afirmou que a Lei da Carteira Profissional dos Jornalistas, promulgada pelo Presidente da República no ano passado, vai inaugurar um novo capítulo na história do jornalismo da Guiné-Bissau.

Florentino Fernando Dias falava, quarta-feira, na abertura de uma sessão, denominada “Djumbai de Carteira Profissional”, com o objectivo de permitir que os jornalistas se apropriarem do Diploma que regula e condiciona o acesso ao exercício da profissão.

Disse que a sua promulgação pelo Chefe de Estado comprova, de forma clara e inequívoca, o compromisso do Governo de atribuir a profissão o seu papel fundamental de impulsionar o desenvolvimento económico e social,  promoção de educação e de fortalecimento da Democracia e do Estado de Direito no país.

Florentino Dias afirmou que o compromisso com a verdade, objetividade e ética no jornalismo, obriga a comunicação social a fornecer informações precisas e imparciais sobre diferentes temas da sociedade, permitindo que os cidadãos tomem decisões informadas e exerçam, ativamente, a sua cidadania, incentivando-os a participar em processos democráticos e no exercício dos seus direitos.

Acrescentou que estes compromissos, aliados a observância da ética e deontologia do jornalismo, não compadecem com o exercício da profissão sem se passar por um processo formativo.

“Estamos numa era em que Fake News (falsas notícias) tem se tronado numa preocupação global e, infelizmente, o nosso país não é uma exceção. Isto é, não estamos  imunes dessa enfermidade”, disse.

Dias sublinhou que a inovação trouxe novas oportunidades para o jornalismo, mas também desafios, e diz que a melhor forma de fazer face à estes desafios, é criar condições para que a profissão seja acedida, apenas por quem tenha atributo para exercer, porque quem tem atributo não só conhece os seus limites para exercer, como também é mais sensível as regras, aos valores e aos princípios que balizam a profissão.

Florentino Fernando Dias acrescentou que a forma ideal de condicionar o acesso a profissão é através da legislação, dai que destacou a importância deste Diploma, a Lei da Carteira Profissional dos Jornalistas, que diz ser um instrumento apto para contribuir para elevar aptidões profissionais e dignificar os seus integrantes.

Afirmou que a Carteira Profissional dos Jornalista é um símbolo da importância da ética e da responsabilidade do jornalismo e vai dignificar a classe.

“Se outras profissões menos sensíveis  têm o acesso condicionado, há mais razões, para que o acesso a profissão de jornalista seja condicionado à observância de um conjunto de exigências”, afirmou o ministro da Comunicação Social.  

O Coordenador da Comissão ad hoc preparatória da Assembleia Geral para eleição dos membros da Comissão Nacional para atribuição de Carteira profissional, Simão Abina disse que o  encontro serviu para se proceder ao análise e esclarecimento de eventuais  dúvidas relacionadas a Lei da Carteira Profissional de Jornalistas. 

ANG/LPG/ÂC//SG

Saúde/Presidente da República se congratula com requisição de médicos militares durante paralisação no sector

Bissau, 12 Jun 25 (ANG) – O Presidente da República afirmou, quarta-feira, que se congratula  com a medida do Governo de recorrer  aos médicos e paramédicos militares para prestarem serviços, sobretudo no Hospital Simão Mendes, durante a greve decretada pela Frente Social que vai decorrer  de 09 à 13 deste mês.

Sissoco Embaló falava à imprensa, no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, no regresso  de uma visita ao exterior, e disse que o Governo não pode ser refém de ninguém.

O chefe de Estado guineense estranha que as dívidas aos professores e ao pessoal médico estejam, até agora, a serem cobradas, e diz que  quando era  Primeiro-ministro, em 2018, as pessoas festejaram que, finalmente, todas as dívidas no sector da saúde e educação teriam sido pagas.

“Mas, em 2020, já como Presidente da República encontrei as mesmas dívidas,  é inaceitável”, disse.

Umaro Sissoco Embaló recomendou que o Ministério Público e a Polícia Judiciária investigassem a existência ou não dessas dívidas.

“Agora, o que é verdade atualmente, o Hospital Militar conta com mais médicos especialistas do que o Simão Mendes. Por causa da greve ordenei ao Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas que estes jovens especialistas  prestassem serviços no maior centro hospitalar do país para ajudar os recém formados”, disse.

O Chefe de Estado lamentou as sucessivas paralisações, principalmente nas áreas sociais, tendo pedido aos sindicatos  a ponderarem nas exigências tendo em conta a situação económica do país.

A Frente Social, organização sindical que integra sindicatos do Ensino e da Saúde denunciou o que diz ser ilegal, a requisição civil feita pelo Governo junto do Hospital militar de médicos e para-médicos para fazer face a greve na saúde de cinco dias.

Falando sobre a situação politica do país e das alterações climáticas uma vez que acabou de assistir a Cimeira sobre os Oceanos, em França, Umaro Sissoco Embaló afirmou  que a Guiné-Bissau fez tudo o que estiver ao seu alcance  para a proteção climática, dando exemplo de plantação das árvores e outras ações.

Falando da sua viagem a Malásia, Sissoco Embaló destacou a assinatura de acordos para formação dos quadros guineenses nas áreas de agronomia, na ajuda ao mapeamento dos recursos naturais do país.

Realçou que conseguiu na sua passagem pela Letónia, no quadro da cooperação reatada em 2023 com aquele país, obter 10 bolsas de especialização na área da medicina, e a formação de engenheiros agrónomos e veterinários.

ANG/MSC/ÂC//SG

Avião com cerca de 240 pessoas despenha-se na Índia. As primeiras imagens... Aeronave da Air India caiu pouco tempo depois de descolar num aeroporto no estado indiano de Gujarate. O avião terá estado menos de um minuto no ar.

Por LUSA 

Um avião com cerca de 240 pessoas despenhou-se, esta quinta-feira, na Índia, pouco depois de ter descolado da cidade de Ahmedabad.

Segundo a emissora India TV, haveria 242 passageiros a bordo da aeronave da Air India.

O Boeing 787 teria capacidade para cerca de 300 pessoas e, de acordo com as publicações indianas, seguiam de Ahmedabad para Londres, no Reino Unido.

Para além do número de pessoas que seguiam a bordo ainda não estar confirmado, é também desconhecido o número de vítimas, assim como o estado de saúde das mesmas.

Segundo a India TV, o avião levava 230 passageiros, dois pilotos e dez tripulantes. O avião terá perdido o sinal menos de um minuto depois de ter descolado. A Sky News dá ainda conta de que chegou a atingir uma altura de quase 200 metros.


Leia Também: Acidente de avião na Índia: Polícia admite não haver sobreviventes  A polícia indiana admitiu que poderá não haver sobreviventes entre as pessoas do avião da Air India que se despenhou hoje na cidade indiana de Ahmedabad e que o acidente terá causado vítimas em terra...

Guerra e violência mantêm 122 milhões deslocados em todo o mundo... Cerca de 122,1 milhões de pessoas vivem longe de casa em todo o mundo devido a guerras, violência e perseguições, um recorde que quase dobra o número de 2015, indica um relatório publicado hoje pela ONU.

Por LUSA 

Conflitos como os de Myanmar (antiga Birmânia), Sudão e Ucrânia continuam a ser os principais responsáveis por esta deslocação forçada, que inclui mais de 42,7 milhões de refugiados em países que não o de origem e 73,5 milhões de deslocados internamente, de acordo com o relatório da agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Destes refugiados e deslocados internamente, 40% são menores de idade e 7% têm mais de 60 anos.

Os números recorde, atualizados até abril, surgem num contexto de "relações internacionais voláteis" e de conflitos marcados por um enorme sofrimento para os civis, afirmou o Alto Comissário do ACNUR, Filippo Grandi, no lançamento do relatório.

De acordo com o documento, a Síria deixou de ser o país com mais refugiados e deslocados em todo o mundo (13,5 milhões), tendo sido ultrapassada pelo Sudão, com 14,3 milhões de pessoas deslocadas pela guerra civil.

O Afeganistão ocupa o terceiro lugar, com 10,3 milhões de deslocados, e a Ucrânia a quarta posição, com 8,8 milhões.

Em termos de refugiados em outros países, as quatro nações mencionadas tenham cada uma um número semelhante, cerca de seis milhões.

Em termos de países de acolhimento, o Irão ocupa o primeiro lugar, com 3,8 milhões de refugiados, na maioria afegãos, seguindo-se a Turquia (3,1 milhões, na maioria sírios), Colômbia (2,8 milhões, principalmente da Venezuela), Alemanha (2,7 milhões) e Uganda (1,7 milhões).

Em termos relativos, o Líbano lidera a lista, com um refugiado em cada oito habitantes, seguido do Chade e da Jordânia, onde a proporção é de um refugiado em cada 16 pessoas.

O relatório do ACNUR inclui ainda estatísticas relativas aos países que recebem mais pedidos de asilo, uma lista encabeçada pelos Estados Unidos (729 mil só na primeira metade de 2024), seguidos do Egito (433 mil para todo o ano), Alemanha (229 mil), Canadá (174 mil) e Espanha (167 mil, muitos deles colombianos, venezuelanos e ucranianos).

Numa perspetiva positiva, 9,8 milhões de pessoas - um número notavelmente mais elevado do que noutros anos - regressaram a casa em 2024, incluindo dois milhões de sírios, um número que deverá aumentar acentuadamente em 2025, na sequência da queda do regime de Bashar al-Assad, no final do ano passado.

Embora o regresso de deslocados seja, em princípio, uma notícia positiva, o ACNUR observa que, em alguns casos, ocorreram num contexto adverso para estas populações, como é o caso do grande número de afegãos que estão a ser forçados a voltar ao país, ainda abalado pela violência, a partir dos vizinhos Irão e Paquistão.

O ACNUR recorda no relatório que, contrariamente à perceção em muitos países desenvolvidos, 60% das pessoas deslocadas à força não abandonam o país de origem e que, dos refugiados que o fazem, dois em cada três vivem em países vizinhos e três em cada quatro em economias em desenvolvimento.

A agência da ONU alertou ainda para o facto de que, embora o número de deslocados no mundo tenha quase duplicado em relação aos 65 milhões contabilizados em 2015, o financiamento da agência permanece quase ao mesmo nível, "num contexto de cortes brutais na ajuda humanitária".

Embora o relatório não detalhe esses cortes, fontes internas da agência indicaram nos últimos meses que, na sequência do congelamento das contribuições dos EUA, um dos seus principais contribuintes, a agência foi forçada a reduzir o pessoal em todo o mundo em cerca de 30%.

Perante este cenário, a agência para os refugiados insta os dadores a continuarem a financiar os programas de assistência aos refugiados e deslocados, "um investimento essencial para a segurança regional e mundial".

EUA revêem pacto de segurança AUKUS para alinhá-lo com agenda de Trump

Por  LUSA  12/06/2025

Os Estados Unidos iniciaram uma revisão do pacto de segurança AUKUS, assinado em 2021 com o Reino Unido e Austrália, em linha com a ideologia do novo Presidente norte-americano, revelou hoje o Financial Times.

"Estamos a rever o AUKUS para assegurar que esta iniciativa da anterior administração está alinhada com a agenda 'América Primeiro' do Presidente [Donald] Trump", declarou o principal conselheiro político do Departamento da Defesa dos Estados Unidos, Elbridge Colby, citado pelo jornal britânico.

Considerado um cético do AUKUS, Colby sublinhou que eventuais alterações ao atual enquadramento serão comunicadas "pelos canais oficiais, quando for apropriado".

O conselheiro do Pentágono, próximo de Trump, já advertira em 2024 que os submarinos nucleares são um recurso escasso e estratégico, afirmando que a indústria norte-americana não consegue atualmente produzir unidades suficientes para satisfazer a procura interna.

O pacto AUKUS --- acrónimo de Austrália, Reino Unido e Estados Unidos --- foi estabelecido durante a presidência de Joe Biden (2021-2025), num contexto de crescente rivalidade com a China na região do Indo-Pacífico.

No âmbito do acordo, a Austrália deverá adquirir três submarinos de propulsão nuclear da classe Virginia a partir do início da década de 2030, com a opção de compra de mais dois. O calendário prevê ainda a entrega de um primeiro submarino britânico no final da mesma década.

Em reação à revisão em curso, o vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa da Austrália, Richard Marles, afirmou hoje confiar que o país continuará a receber os submarinos planeados, considerando que a iniciativa de Washington "não é uma surpresa" perante a entrada em funções de uma nova administração.

"À medida que o AUKUS evoluir ao longo das próximas décadas e os governos forem mudando, é natural que cada executivo reveja a melhor forma de participar neste acordo multigeracional. Mas, entretanto, o pacto continua a avançar", disse Marles à rádio pública australiana ABC.

Também um responsável do Governo britânico, citado pelo Financial Times, descreveu a revisão como "um passo lógico para uma nova administração", em linha com a posição expressa por Camberra.

"Reiterámos a importância estratégica da relação entre o Reino Unido e os Estados Unidos, anunciámos um aumento do orçamento da Defesa e reafirmámos o nosso compromisso com o AUKUS", acrescentou a mesma fonte.

A reavaliação do pacto ocorre numa altura em que o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, se encontra no Canadá para participar na cimeira do G7, onde poderá reunir-se com Donald Trump à margem do encontro.