sexta-feira, 13 de maio de 2022

CEDEAO, entre os desafios da estabilidade política e a integração económica

 Conferência da CEDEAO, Praia, Cabo Verde

Por voaportugues.com

PRAIA - Juristas, académicos e outros especialistas dos países membros da Comunidade Económica da África Ocidental (CEDEAO) reuniram-se em Cabo Verde para afinar agulhas com vista a um maior desempenho e promoção da função judicial de interpretação e aplicação dos textos comunitários, bem como garantir o respeito dos direitos humanos de maneira eficiente.

Depois de golpes de Estado no Mali, Guiné Conacri e Burkina Faso, algumas questões são levantadas sobre o verdadeiro papel da organização sub-regional africana na defesa das Instituições democráticas.

Alguns participantes ouvidos pela VOA, consideram que a CEDEAO, fundada há mais de 40 anos com o objectivo da integração e desenvolvimento económico, tem feito a sua caminhada de forma aceitável, mas entendem que a mesma deve reforçar os mecanismos e ser mais incisiva na aplicação e cumprimento das normas que emana.

Koffi Attoh-Mensah, advogado do Togo, Praia, Cabo Verde

Para o advogado togolês Koffi Attoh-Mensah, a integração pressupõe a observância de critérios principais, como a governança e o desenvolvimento que implica o Estado de direito e a democracia, a integração económica com programas eficientes comuns e a integração jurídica que permita igualmente aos Estados criarem normas que defendam os interesses gerais e não individuais.

"Temos que compreender que não há outro caminho se não felicitar a integração, envolvendo as populações, e a CEDEAO pode fazer algo mais, deve implementar regras que façam que os governantes dos países membros respeitem... isso funciona noutras organizações como a União Europeia onde as normas comunitárias são respeitadas... então devemos criar chapéus de valores e princípios ao nível dos nossos estados e estes valores serem firmados nas nossas constituições e cada um respeita-los na plenitude", advoga Atotoh-Mensah.

José Agnelo Sanches, economista e consultor cabo-verdiano, Praia, Cabo Verde

No momento em que se reforçam mecanismos para o funcionamento do mercado de livre comércio africano, coloca-se também a pergunta se continuará a fazer sentido ou não , o papel da CEDEAO na integração económica e desenvolvimento dos respectivos países membros.

O economista e consultor cabo-verdiano Agnelo Sanches diz que uma coisa não impede a outra, mas se completam, e realça, neste caso; a importância das Organizações das diferentes sub-regiões na consolidação da própria União Africana.

"Há sim uma actuação de complementaridade porque a nível do continente africano estamos a falar de uma cooperação inter-estados e prevê-se um mercado no futuro... a meu ver penso que o que irá contribuir para esse mercado são as integrações regionais", conclui aquele economista.

PR de Cabo Verde pede "soluções sustentáveis e duradouras"

Na abertura do encontro na segunda-feira, 9, o Presidente cabo-verdiano, pediu "soluções sustentáveis e duradouras" para as crises políticas na região de defendeu e intransigência perante qualquer forma de subversão da normalidade político-constitucional.

"Não temos o direito de ser nem dúplices nem condescendentes. E isto aplica-se a todos, em todas as instituições e instâncias", afirmou José Maria Neves, que lamentou as situações de instabilidade política ou de disfunção no funcionamento normal das instituições em alguns Estados-membros, em referências aos golpes militares.

Chegada Da Sua Excelência MOHAMED BAZOUM, Presidente Da República Do Níger à República Da Guiné-Bissau, no âmbito de uma Visita de amizade e de Trabalho.



Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

Adesão da Suécia à Otan reduziria risco de conflito : Um relatório apresentado nesta sexta-feira aponta que a possível adesão da Suécia à OTAN reduziria o risco de conflito no norte da Europa. O país e a Noruega podem entrar para a Aliança Militar Atlântica.

Morreu aos 73 anos o presidente dos Emirados Árabes Unidos, xeque Khalifa bin Zayed Al Nahayan. Após um derrame cerebral em 2014, seu irmão, Mohamed Bin Zayed, é considerado governante de fato. | AFP

UE com dificuldade em doar vacinas a África, diz responsável europeu

© Getty Images

Por LUSA  13/05/22 

A União Europeia está a ter dificuldades em doar vacinas contra a covid-19 a países africanos, afirmou hoje o diretor da agência europeia para a segurança sanitária, referindo que "não as querem receber".

Pierre Delsaux declarou aos jornalistas à margem de uma visita ao Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) que as doações de vacinas de estados-membros têm uma dificuldade: "Simplesmente, esses países não estão disponíveis para as receber"

"Se se falar com povos africanos, têm a ideia de que a covid-19 acabou e têm a ideia de já não é preciso ter vacinas. Estamos a dar o nosso melhor para dizer a esses países que ainda continuam a ter de vacinar a população. Estamos dispostos a dar-lhes as melhores vacinas do mundo, mas é uma mensagem difícil", declarou o diretor da Autoridade de Preparação e Resposta a Emergências Sanitárias, criada pela Comissão Europeia.

Parte do esforço passa por financiar nos países destinatários de doações campanhas para sugerir aos seus cidadãos "a importância e os benefícios" de se vacinarem.

A tarefa principal da agência é fazer os contratos de fornecimento de vacina aos estados-membros e apoiar a investigação dos estados-membros como Portugal, onde a HERA financiou a compra de um sequenciador genético que o INSA usa para analisar os códigos genéticos das amostras de vírus recolhidas em todo o país, um projeto no valor de 2,5 milhões de euros.

A missão é "preparar o dia em que haja uma nova pandemia", para a qual não há qualquer previsão, mas que poderá acontecer daqui a "cinco, dez, vinte anos", referiu.

"Mas detetar as ameaças não chega. Temos que investir em novas terapias e vacinas, ter contramedidas e capacidade suficiente para enfrentar uma nova crise", com stocks de máscaras ou outros equipamentos.

Atualmente, a agência também está a intervir junto dos refugiados ucranianos que estão a chegar a países da União Europeia, e que "podem ter que ser novamente vacinados para a covid-19".

Além disso, "alguns desses refugiados enfrentam doenças que não há necessariamente tanto na parte ocidental da Europa", frisou, exemplificando com a tuberculose, que "está mais disseminada na Ucrânia do que em outras partes da Europa".

"Não estou a dizer que todos têm a doença nem estou a dizer que todos têm que ser vacinados", ressalvou, afirmando que a tarefa da agência que dirige é garantir que os meios existem caso sejam precisos.

Primeiro-Ministro deixa Bissau rumo à República Democrática de Timor-Leste, onde vai participar na cerimonia de tomada de posse do novo Presidente José Ramos Horta.

 Nuno Gomes Nabiam- Primeiro Ministro da República da Guiné-Bissau

Guiné-Bissau: Força de estabilização da CEDEAO chega na terça-feira

© Lusa

Por LUSA  13/05/22 

O primeiro contingente da força de estabilização da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) deverá chegar à Guiné-Bissau na terça-feira, dia 17, via terrestre, disse hoje à Lusa fonte militar guineense.

A força entrará no território guineense a partir do posto da fronteira com o Senegal, na localidade de São Domingos, referiu a fonte.

Uma delegação do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau irá receber o contingente no posto da fronteira em São Domingos, precisou a fonte, notando que existe "total normalidade na operação".

Os primeiros militares serão conduzidos até Bissau para serem instalados no clube militar, indicou, precisando que o contingente total da força da CEDEAO deverá ser composto por 631 militares. 

Os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO decidiram enviar uma força de estabilização para o país na sequência do ataque ao Palácio do Governo, em 01 de fevereiro, quando se encontrava a decorrer uma reunião do Conselho de Ministros com a presença do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, e o primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, ataque que o Presidente classificou como uma tentativa de golpe de Estado.

A chegada do primeiro contingente da força de estabilização ao país aconteceu numa altura em que o chefe de Estado se prepara, segundo o presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, para dissolver o parlamento.

Umaro Sissoco Embaló ouviu hoje durante a manhã os partidos políticos e convocou o Conselho de Estado para segunda-feira.


Leia Também: Um grupo de juristas guineenses e um português lançam, esta quinta-feira, em Bissau o Observatório para a Cidadania e Segurança com o qual pretende "ajudar o Estado a tomar as melhores decisões", indicou à Lusa o presidente da organização, Gorky Medina.


Declarações do presidente em exercício do PRS Fernando Dias após encontro com Presidente da Republica na sequência da auscultação aos partidos políticos.

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JORNAL ODEMOCRATA  13/05/2022

O Presidente em exercício do Partido da Renovação Social (PRS), Fernando Dias, afirmou esta sexta-feira, 13 de maio de 2022, que o momento não é oportuno para a queda do Parlamento, por isso o partido aconselhou o chefe de Estado para não avançar com a dissolução da Assembleia Nacional Popular.

 “O Presidente da República convocou-nos para um encontro de trabalho durante o qual anunciou-nos a sua intenção de dissolver o Parlamento. Nós aconselhamos-lhe para não avançar porque o momento não é oportuno”, disse. 

 Os encontros com os partidos políticos e presidente do Parlamento acontecem no momento em que os deputados criticam a vinda de uma missão de estabilização da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para a Guiné-Bissau, sem informação precisa nem consultar o Parlamento. Também na quarta-feira, 11 de maio, os deputados aprovaram, por unanimidade, a Ordem do Dia que inclui a proposta de revisão da Constituição elaborada pela Comissão criada pela Assembleia Nacional Popular. Os deputados retiraram da agenda de trabalhos da mesma sessão a eleição do primeiro vice-presidente da ANP, a Lei da Comissão Nacional de Eleições, a Lei do Recenseamento Eleitoral e a Lei-Quadro dos Partidos Políticos.

Fernando Dias disse que o chefe de Estado pode ter mais elementos que justifiquem a dissolução do Parlamento, mas o seu partido não apoia essa decisão.

“Nós enquanto partido e membro dessa coligação, compreendemos que o Parlamento não deve ser dissolvido”, assegurou.

Por: Assana Sambú  

PR Umaro Sissoco Embaló recebe o PND no âmbito da auscultação dos partidos políticos.


 Radio TV Bantaba

APU_PDGB após encontro com o Presidente da Republica no quadro da auscultação aos partidos políticos.

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O Representante da Assembleia do Povo Unido- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Augusto Gomes, disse que o seu partido rever-se-á na decisão “Republicana” que o Presidente da República tomará em relação à dissolução da Assembleia Nacional Popular (ANP).

Augusto Gomes falava aos jornalistas depois de uma audiência de auscultação de partidos políticos com o assento no Parlamento para analisar a situação política vigente no país.

Os encontros com os partidos políticos e presidente do Parlamento acontecem no momento em que os deputados criticam a vinda de uma missão de estabilização da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para a Guiné-Bissau, sem informação precisa nem consultar o Parlamento. Também na quarta-feira, 11 de maio, os deputados aprovaram, por unanimidade, a Ordem do Dia que inclui a proposta de revisão da Constituição elaborada pela Comissão criada pela Assembleia Nacional Popular. Os deputados retiraram da agenda de trabalhos da mesma sessão a eleição do primeiro vice-presidente da ANP, a Lei da Comissão Nacional de Eleições, a Lei do Recenseamento Eleitoral e a Lei-Quadro dos Partidos Políticos.

Questionado qual foi a posição da APU-PDGB, o político respondeu que o partido defende e defenderá sempre os valores republicanos, da paz, de aproximação e de consenso à volta das questões primárias do país”.

Segundo Gomes, na perspetiva do Presidente da República, não há sintonia entre os órgãos da soberania, nomeadamente o governo, a ANP, o poder judicial e a Presidência da República, que permitisse as atividades governativas fluírem, prestando serviços sociais às populações.

PND DEFENDE DIÁLOGO “NECESSÁRIO” ENTRE ÓRGÃOS DA SOBERANIA

Por sua vez, o Partido Nova Democracia pela voz do seu secretário-geral, Aureliano Marcelino Gomes, defendeu um diálogo “necessário e concertado” entre os órgãos da soberania para encontrar soluções consentâneas e garantir a melhor governação para o país.

“O diálogo deve prevalecer sempre e sempre que necessário, mas a melhor solução compete a quem de direito”.

Salienta-se que a União para a Mudança é a única formação política com o assento parlamentar que não participou desta audiência de auscultação de partidos políticos convocada pelo Presidente da República.

Por: Assana Sambú/Filomeno Sambú

Declarações de Luís Oliveira Sanca em representação do MADEM-G15 após encontro com o PR Umaro Sissoco Embaló na sequência da auscultação aos partidos políticos


 Radio TV Bantaba

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JORNAL ODEMOCRATA
  13/05/2022 

O Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15) afirmou que não tem poderes para alterar a decisão do Presidente Umaro Sissoco Embaló de dissolver a ANP e promete apoiá-lo, assim que a intenção for consumada.

A posição do partido foi transmitida à imprensa por Luís Oliveira Sanca, coordenador em exercício do MADEM, à saída do encontro de auscultação aos partidos políticos com assento parlamentar e o presidente da ANP.

Os encontros com os partidos políticos e presidente do Parlamento acontecem no momento em que os deputados criticam a vinda de uma missão de estabilização da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para a Guiné-Bissau, sem informação precisa nem consultar o Parlamento. Também na quarta-feira, 11 de maio, os deputados aprovaram, por unanimidade, a Ordem do Dia que inclui a proposta de revisão da Constituição elaborada pela Comissão criada pela Assembleia Nacional Popular. Retiraram da agenda de trabalho da mesma sessão a eleição do primeiro vice-presidente da ANP, a Lei da Comissão Nacional de Eleições, a Lei do Recenseamento Eleitoral e a Lei-Quadro dos Partidos Políticos.

Luís Oliveira Sanca disse que a preocupação do chefe de Estado sobre a matéria é que existe uma certa “incompreensão” no seio de algumas bancadas parlamentares, sobretudo a do MAIDEN-G 15.

“É verdade que essa situação foi gerida há muito tempo e tem-se procurado alternativas para superá-la, mas não foi possível. E no gozo das suas prerrogativas constitucionais, avisou que se as coisas continuarem a funcionar mal será obrigado a tomar medidas corretivas”, informou.

Segundo Sanca, foi nessa base que transmitiu a sua intenção de dissolver a Assembleia Nacional Popular, formar um governo da iniciativa presidencial e preparar as próximas eleições legislativas.

“O problema entre o Presidente da República não se resume apenas ao MADEM. É tudo um conjunto de problemas que o país viveu, a nível das instituições do Estado e a própria revisão constitucional”, esclareceu.

Por: Assana Sambú/ Filomeno Sambú 

Líder do PAIGC foi recebido hoje na Presidência da República, pelo presidente Sissoco.

PAIGC faz declaração Política!
(...) após o encontro com o Presidente da República, o Eng. Domingos Simões Pereira líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde PAIGC, faz abordagem do encontro.👇
13 de Maio 2022.


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Por LUSA  
13/05/22  

O presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) afirmou hoje que dissolver o parlamento por assuntos fraturantes não é solução, porque a vocação da Assembleia Nacional Popular é promover o debate.

"Acho que a única coisa que nós fizemos foi partilhar o nosso pensamento e que a ideia da dissolução do parlamento porque estamos em face de assuntos que são fraturantes não é uma solução, porque essa é a vocação da Assembleia Nacional Popular, tratar de assuntos fraturantes", afirmou o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira.

Segundo o dirigente, não se encontram soluções dissolvendo a "única entidade que tem não só competência, mas vocação para promover o debate".

O líder do PAIGC falava à imprensa na Presidência guineense, após um encontro o chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, o primeiro em que Domingos Simões Pereira participa desde que o Presidente iniciou funções.

"Deve promover-se um debate", disse, salientado que o PAIGC deixou a sugestão ao Presidente de fazer uma intervenção à Nação no parlamento.

"Também falámos de outros indicadores que a nosso ver mostram claramente a responsabilidade dele (parlamento) de forma direta naquilo que é o ambiente securitário que se vive no país", salientou.

Sobre o seu encontro com o chefe de Estado, o primeiro desde que Umaro Sissoco Embaló tomou posse como Presidente, Domingos Simões Pereira disse que escolheu comparecer porque se está em "vésperas de uma decisão que pode ser trágica" para o país.  

"Em face dessa situação, entendi que a minha coerência é menos importante do que cuidar daquilo que deve ser a tranquilidade e a paz na Guiné-Bissau. Entendi que era importante estar cá, partilhar com o Presidente da República, o nosso pensamento, o meu pensamento, a minha preocupação enquanto cidadão com a estabilidade e a tranquilidade dos guineenses", afirmou o líder do PAIGC.

Domingos Simões Pereira disputou a segunda volta das eleições presidenciais de 2019 com Sissoco Embaló e o contestou os resultados junto do Supremo, mas o atual Presidente tomou posso num hotel da capital sem esperar pela decisão judicial.

O dirigente do PAIGC afirmou Embaló ouviu "todas as análises" do seu partido.

"Se a atual situação pode pôr em causa e vai pôr em causa a própria estabilidade interna e o funcionamento das instituições, nós manifestámos a nossa preocupação até porque na nossa avaliação a Assembleia Nacional Popular será porventura a única instituição que ainda reúne condições para promover o diálogo político interno", afirmou.

O presidente do parlamento guineense, Cipriano Cassamá, anunciou hoje aos jornalistas, após um encontro com o chefe de Estado, que Umaro Sissoco Embaló quer dissolver o parlamento.

O chefe de Estado iniciou hoje auscultações com os partidos políticos com assento parlamentar, tendo marcado uma reunião do Conselho de Estado para segunda-feira.

Leia Também: Presidente vai dissolver o parlamento da Guiné-Bissau


PR Umaro Sissoco Embaló recebe o Presidente ANP Cipriano Cassamá e, já lhe transmitiu a intenção de dissolver o Parlamento.

 Radio TV Bantaba

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O presidente do parlamento, Cipriano Cassamá, disse que o Presidente da República (PR) decidiu que vai dissolver o parlamento evocando a possível crise entre os partidos políticos.

As revelações de Cipriano Cassamá feitas, hoje, na presidência da República, depois de ser recebido pelo presidente Umaro Sissoco Embaló que, hoje, iniciou uma audiência com os partidos políticos representados no parlamento que irá culminar com a reunião do Conselho de Estado.

Cipriano disse ainda que uma das razoes evocadas pelo presidente é uma queixa que tem recebido do poder judicial e que estaria a agravar a situação política.

“São os poderes que assistem o PR nos termos constitucionais e não tenho algo a dizer. O parlamento está a fazer o seu trabalho e, se o parlamento vier a ser dissolvido como eu disse e não vou repetir, a comissão permanente assumirá as suas responsabilidades até as próximas eleições”, adverte.

Instado pelos jornalistas a comentar sobre a sua opinião sobre esta decisão do PR, Cipriano Cassamá diz preferir que a sua conversa com Umaro Sissoco Embaló esteja em segredo.

Na semana passada, o líder da União para a Mudança, Agnelo Regala, tinha denunciado em conferência de imprensa que o PR havia a intenção de derrubar o parlamento e “consolidar o poder em suas mãos”.

Na segunda-feira próxima, o PR reúne o Conselho de Estado e uma das situações em cima da mesa, segundo informações, será a situação sociopolítica do país.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos

O Presidente da República, General de Exército, Umaro Sissoco Embaló, recebeu ontem, dia 12 de Maio, no Palácio da República, a Comissão Organizadora do Festival Internacional de Mindara.


 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

A Guiné-Bissau deu passo importante para retoma da exportação do seu pescado para mercado europeu. Prova disso, é a finalização do Laboratório Nacional de Certificação, com apoio da União Europeia.

Assinatura do Protocolo de Acordo entre Presidente do Tribunal de Contas da Guiné-Bissau Amadú Tidjane Baldé e com o seu homólogo do Portugal Jose F.F. Tavares.

Полк «Азов» робить неможливе ...Azov posted a video of Ukrainian soldiers attacking the invaders.

Despite everything, Azov in Mariupol continues to knock the invaders out of their positions👇

Frota russa no Báltico está a estudar potencial naval da NATO na região

© Reuters

Por LUSA  12/05/22 

A frota russa do mar Báltico iniciou hoje exercícios navais com o objetivo de estudar as capacidades da NATO naquela região, no mesmo dia em que a Finlândia anunciou a decisão de aderir à Aliança Atlântica.

Os oficiais russos estão a analisar "as especificidades" da situação geopolítica naquela região, bem como a "composição, organização, localização e capacidades de combate das forças navais dos países da NATO", referiu, em comunicado, a Frota do Báltico.

Os exercícios táticos contam com a participação de quase uma centena de oficiais, além de mais de 50 navios da Marinha russa.

"As diferentes variantes de operacionalização de grupos de navios no mar Báltico serão analisadas", sublinha ainda esta frota na nota de imprensa.

A Frota do Báltico, baseada nos portos de Baltiisk e Kronstadt, também realizou hoje exercícios de tiro perto do enclave báltico de Kaliningrado.

A Finlândia, país que manteve relações próximas com a antiga União Soviética e a Rússia, revelou hoje a decisão de aderir à NATO, que poderá ser formalizada na cimeira da Aliança Atlântica de Madrid, no final de junho.

Quer a Finlândia, quer a Suécia, que também pretende aderir a esta organização de defesa, têm acesso ao mar Báltico.

A Finlândia e a Suécia podem solicitar a adesão à NATO dentro de poucos dias, uma importante rutura das duas nações com a sua tradicional posição de neutralidade durante conflitos e de não envolvimento em alianças militares.

A Rússia opõe-se à integração dos dois países e justificou a sua intervenção militar na Ucrânia com a expansão da aliança militar ocidental em direção a leste.

Moscovo avisou hoje a Finlândia de que será forçada a tomar medidas de retaliação, "tanto técnico-militares como outras", se violar as suas obrigações jurídicas internacionais e aderir à NATO.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.


Leia Também: Rússia tenta impedir avanço dos ucranianos até à fronteira em Kharkiv

NIGÉRIA: Mais de 18 mil crianças na Nigéria não vão à escola, revela a Unicef

© Getty Images

Por LUSA  12/05/22 

Cerca de 18,5 milhões de crianças, na maioria meninas, estão privadas de acesso à educação na Nigéria, número que aumentou quase 80% num ano, alertou a agência da ONU para a infância (Unicef).

"Atualmente na Nigéria há 18,5 milhões de crianças fora da escola, das quais 60% (mais de 10 milhões) meninas", lamentou na quarta-feira, perante os jornalistas, o responsável da Unicef em Kano (norte da Nigéria), Rahama Farah.

No ano passado, a Unicef estimou em 10,5 milhões o número de crianças sem acesso à educação no país mais populoso de África.

Numerosos ataques contra escolas por extremistas islâmicos e grupos criminosos no norte do país prejudicaram a educação das crianças, explicou Farah.

"Estes ataques criaram um ambiente de aprendizagem precária, desencorajaram os pais e os tutores de enviar as crianças para a escola", acrescentou.

Desde o rapto pelo grupo extremista Boko Haram de 200 alunas da aldeia de Chibok, em 2014, dezenas de escolas foram alvo de raptos semelhantes.

No ano passado, cerca de 1.500 alunas foram raptadas por homens armados, segundo a Unicef.

Enquanto a maioria das jovens reféns foi libertada após o pagamento de resgates, algumas continuam cativas nas florestas, onde se escondem os grupos armados.

No norte predominantemente muçulmano, só uma menina, em cada quatro provenientes de "famílias pobres e rurais", termina a escolaridade, disse Farah.

A insegurança "acentua as desigualdades de género", lamentou.

A violência e os raptos em massa forçaram as autoridades a fechar, desde dezembro de 2020, mais de 11 mil escolas no país, segundo a Unicef.

A agência da ONU alerta desde então contra um aumento dos casos sinalizados de casamentos infantis e gravidezes precoces.


Leia Também: Seis soldados e um polícia morreram em confronto na Nigéria

Missão chinesa encontra novas evidências de que houve água em Marte

© YouTube / SciNews

Por LUSA  13/05/22 

Um estudo realizado por cientistas chineses com base em dados recolhidos pela sonda que o país colocou em Marte apresentou novas evidências de que houve água no Planeta Vermelho, informou hoje a imprensa oficial.

O' rover', designado Zhurong, enviou dados sobre as características dos sedimentos e minerais da parte sul da extensa planície conhecida como Utopia Planitia, localizada no hemisfério norte de Marte.

De acordo com as descobertas do Centro Nacional de Ciências Espaciais da China, existem "minerais hidratados que podem ser explorados, durante futuras missões tripuladas a Marte".

O estudo, publicado na revista Science Advances, revela a existência de água líquida durante a Era Amazónica - a mais recente era geológica em Marte - numa grande bacia de impacto, somando-se a outros indícios que sugerem que a existência dessa matéria teria "persistido por muito mais tempo do que se acreditava anteriormente".

Existe a possibilidade deste local armazenar água na forma de minerais hidratados e gelo de superfície, apontou o estudo.

A China já havia publicado outra pesquisa, em março, que sugeria que a área onde a sonda Zhurong pousou, em maio de 2021, pode ter sofrido erosão pelo vento ou pela água no passado.

O 'rover' faz parte da missão Tianwen-1, que também é composta por uma nave em órbita e um módulo de pouso.

Tianwen-1 é a primeira missão de exploração da China a Marte e visa encontrar mais evidências de existência de água ou gelo naquele planeta, bem como realizar pesquisas sobre a composição material da superfície ou as características do clima.

Navio russo com cereais roubados da Ucrânia atraca na Síria... Kyiv acusa a Rússia de roubar mais de 500 mil toneladas de cereal do seu território.

© Reuters

Notícias ao Minuto  12/05/22 

Um navio russo com cereais roubados da Ucrânia terá sido avistado na Síria, no porto de Latakia, o principal porto do país. Segundo a Sky News, o navio, com o nome Matros Pozynich, carrega quase 30 mil toneladas de cereais ucranianos.

Esta semana, as autoridades ucranianas acusaram a Rússia de roubar mais de 500 mil toneladas de cereais do país, e a União Europeia já apelou às empresas no país para libertarem as exportações de cereais para garantir a manutenção das reservas mundiais.

A Sky News acrescenta que o navio tentou atracar em dois portos diferentes, mas foi-lhe recusada entrada até chegar à Síria, onde o regime do ditador Bashar al-Assad continua a colocar-se do lado da Rússia no plano diplomático internacional.

Já a CNN Internacional apontou que o navio partiu da Crimeia e tentou atracar em Alexandria (Egito) e Beirute (Líbano).

A Ucrânia é o sexto maior exportador de cereais e trigo do mundo, e a guerra no país tem afetado o preço do pão a nível mundial, e especialmente na União Europeia, um dos seus maiores importadores.

Segundo o site da Comissão Europeia, a Ucrânia exporta 10% do trigo mundial, 13% da cevada e 15% do milho, além de ser o maior exportador de óleo de girassol, sendo responsável por mais de 50% do comércio do planeta. No que diz respeito à União Europeia, o cereal consumido proveniente da Ucrânia atinge os 60%.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos aponta que a guerra na Ucrânia causou mais de 3400 mortes entre a população civil, mas adverte que o número real de mortos poderá ser muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar as baixas em cidades cercadas pelas tropas russas, nomeadamente em Mariupol.


Dia dos enfermeiros: SINETSA DIZ QUE O GOVERNO E A SOCIEDADE NÃO RECONHECEM TRABALHOS DOS TÉCNICOS DE SAÚDE

JORNAL ODEMOCRATA  12/05/2022

O presidente do Sindicato Nacional dos Enfermeiros e Técnicos de Saúde e Afins (SINETSA), Yoio João Correia, insurgiu-se contra o governo e a sociedade civil acusando-os de não reconhecerem os trabalhos que os enfermeiros desenvolvem para a Saúde pública.

As lamentações do sindicalista foram registadas pelo O Democrata esta quinta-feira, 12 de maio de 2022, no âmbito da celebração do dia internacional de enfermeiros, em homenagem à Florence Nightinhale, considerada fundadora da enfermagem moderna.

Yoio João Correia defendeu que os enfermeiros e os técnicos de saúde não devem ficar de braços cruzados à espera que aconteçam milagres, mas sim, promover ações para que a sociedade sinta a presença dos enfermeiros para garantir uma relação efetiva.

“Não existe nenhuma equipa médica nacional que não tenha um técnico de enfermagem, porque a sua vocação é prestar cuidados diretos aos pacientes”, sublinhou, para de seguida realçar que devido ao seu papel nos hospitais, um número considerável de enfermeiros foi vítima da pandemia da Covid-19.

“Este fato por si só revela que sempre estamos na linha de frente, mas somos sistematicamente menosprezados”, ironizou.

Segundo o ativista, o lema escolhido este ano para a comemoração da data “enfermeiros, uma voz única para liderar”, revela que é chegada a altura de reclamar lugares de destaque.

O também   docente universitário lembrou que na enfermagem têm diferentes categorias, nomeadamente ajudantes de enfermagem e especialistas, mas ” a primeira categoria está a desaparecer devido à desvalorização da classe”.

Para Yoyo Correia, se o governo investisse mais em equipar centros hospitalares e criar melhores condições de trabalho, teria menos gastos em campanhas de prevenção, sensibilização e vacinas.

Relativamente ao cumprimento da ética e a deontológico profissional, referiu que é uma obrigação de cada profissional.

Neste particular, Correia reconheceu, contudo, que a situação tem estado a mudar paulatinamente, porque também a sociedade está a ser mais exigente e ousada em fazer denúncias, mas disse que há necessidade de a inspeção trabalhar rigorosamente para punir os técnicos que, às vezes, promovem más práticas nos hospitais e nos centros de saúde.

Apelou às faculdades de enfermagem e à Ordem dos Enfermeiros a trabalhar em sinergia para estancar tais comportamentos, sugerindo uma regulamentação séria, como também formação e capacitação de enfermeiros.

De acordo com o Presidente da SINETSA, apesar dos esforços do governo em efetuar pagamento aos recém-colocados, ainda há um número considerável que não recebeu ainda 17 meses de salários. 

Disse também que para além dos recém-colocados, o governo tem dívidas salariais, desde 2015, subsídios de vela e do isolamento, desde 2018. 

Yoio Correia revelou que o salário de um técnico de enfermagem varia de 70 a 140 mil francos CFA.

ENFERMEIROS RECOMENDAM MAIOR EFICÁCIA NOS CUIDADOS PRESTADOS À POPULAÇÃO

No quadro do dia internacional da enfermagem, O Democrata ouviu também enfermeiras que estavam de plantão no Hospital Nacional Simão Mendes, nos serviços de urgência e da Pediatria, que pediram maior atenção do executivo.

Para a enfermeira Francisca Mussante da Silva é um dia importante para todos, especialmente para os enfermeiros que trabalham para salvar vidas.

Francisca Mussante chamou atenção dos colegas relativamente ao comprimento da ética profissional, ser mais tolerantes com os pacientes, que às vezes “perdem paciência com enfermeiros quando se encontram em estado de aflição”.

“Ao governo queremos apenas que tenha atenção especial para o setor de saúde. É preciso um investimento sério nos hospitais”, exortou.  

Por sua vez, a enfermeira Nadi Sambu, uma das recém-colocadas, disse que 12 de maio deveria servir para repensar a classe “tão nobre” e a situação dos seus técnicos, movidos pela paixão de cuidar dos outros.

“Infelizmente, é uma profissão que não é respeitada na Guiné-Bissau. Só nós podemos testemunhar sacrifícios que passamos e riscos de vida que corremos quando cuidamos dos doentes”, realçou.

Relativamente às condições de trabalho, disse que tentam adaptar-se aos materiais disponíveis, tendo em conta a situação de precariedade geral de saúde no país.

Contou que desde a sua colocação, em 2020, nunca recebeu nem sequer um mês. Porém, disse estar esperançosa que em breve poderá superar esse “calvário” de vários anos de jejum, tendo realçado a dinâmica do governo em relação à situação dos técnicos de saúde recém-colocadas.

Por. Epifânia Mendonça

Foto: E.M