No setor do Uno, pertencente a Região de Bolama Bijagós, continuam a verificar-se o surgimento dos efeitos do processo de alterações climáticas, com a infiltração das águas nos soalhos, originando a queda das casas e em alguns casos pondo em risco a vida dos próprios moradores.
Este ano, a situação começou em setembro o que fez com que as pessoas fugissem das suas casas abrigando-se em algumas escolas públicas do setor. O fato mais preocupante aconteceu no dia 01 deste mês de novembro onde, na sequência dos fatos climáticos, uma casa de construção precária caiu e matou uma criança de 6 anos de idade.
Segundo relatos, a família desta criança estava abrigada em uma escola e na noite do dia 31 de outubro foram pedidos para abandonarem o local, pelo que tiveram de voltar para a sua casa em ruína.
O pai da criança morta, José Tomás Curto, explicou-nos que a sua filha morreu no mesmo dia que voltou para a sua casa em ruína.
Segundo informações, as autoridades tinham acabado de realizar o reassentamento dos populares da zona. No entanto, Tomás nega estas informações, embora confirme que em setembro, alguns elementos da antiga administração setorial e dos bombeiros humanitários estiveram a realizar o levantamento da situação.
Em relação à esta mesma situação, os populares do Uno dizem que a situação é precária e perigosa, por isso pedem o apoio das autoridades e de pessoas de boa-vontade no sentido de evitarem mais mortes.
O Setor de Uno tem deparando desde setembro com situações preocupantes, onde a infiltração das água do chão está a deixar centenas de pessoas sem habitações e correndo ainda o risco de vida. Nesta semana, uma casa ruiu e originou a morte de uma criança, cuja descoberta do corpo entre os escombros e depois de algumas horas a vítima acabou por falecer no hospital antes de ser evacuada para um centro especializado.
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