RÁDIO CAPITAL FM.- Na Guiné-Bissau, nem tudo o que parece é......

Por Francisco Jose Gomes Fernandes

Na Guiné-Bissau, nem tudo o que parece é.

Na ausência de factos em concreto, um recusa-se a tecer largos comentários sobre qualquer assunto que seja, mas como já se viu, existem várias pessoas que já condenaram alguém ou alguma coisa pelo ato criminoso perpetuado ontem nas instalações da Rádio Capital FM. Eu, não vou cair nessa cilada, não somente por não ter os “factos todos” em relação ao acontecido, mas também por saber o que está em jogo.

Existe uma tentativa de rotular este Presidente e este Governo de “violadores de liberdades cívicas”, de amordaçarem a liberdade de expressão através de violência, de serem golpistas e usurpadores do poder através do uso de força. Essa tese caiu por água abaixo com o reconhecimento deste regime por parte da inteira comunidade internacional, os que sustentavam esse tese não são fácil de roer, e acreditam no dizer; “água mole pedra dura, tanto bate até rachar”. A Rádio Capital FM é uma rádio explicitamente partidária, o conteúdo editorial dessa rádio na sua maior parte é baseada na defesa do PAIGC, na propaganda do PAIGC, seja ela mentira ou verdade, eles não querem saber, desde que seja a favor do PAIGC, tens tempo de antena.

Para ir diretamente ao assunto, o que quero que intendam é de que a destruição e o vandalismo ontem perpetuado por pessoas desconhecidas no calar da noite, não serve aos propósitos do atual regime, mas encaixa que nem uma luva nas teses e propósitos do PAIGC! Com os acontecimentos de ontem, eles vão poder continuar a fazer barulho de que são perseguidos politicamente, de que o nível de democracia no país está a sofrer retrocessos,com os acontecimentos de ontem,eles ganharam um salva vidas para continuar com o discurso de distúrbio.

Mas, como não sou pessoa de hipocrisias existe outra possível versão. Uma versão plausível que pessoas do regime com muita vontade de “baripadja” tenham cometido esse ato de criminalidade com intenções de agradar a alguém, recordo que no passado recente as antenas da Rádio África no leste do país foram arbitrariamente encerradas pelo regime do PAIGC, isso tudo num momento crucial das eleições presidenciais, e as vozes que vamos ouvir a partir de hoje, na altura mantiverem-se silenciosas.

Se esta segunda tese for verdadeira, quem do atual regime pensou ou orquestrou esse plano, não sabe o que fez, é um incompetente e criminoso, porquanto só deu mais força aos opositores/oposição para continuarem com a sua tese absurda de “retrocesso da democracia, de perdas de liberdade de expressão e pensamento, de violência policial abusiva”.

Como disse no princípio deste pequeno texto, nem tudo o que parece o é, existem vários hipóteses para o que aconteceu ontem, por isso deixemos as autoridades competentes fazerem o seu trabalho.