terça-feira, 11 de abril de 2023

Ucrânia está pronta para voltar a exportar electricidade

© CLAUDIO BRESCIANI/TT News Agency/AFP via Getty Images

POR LUSA   11/04/23 

A Ucrânia está pronta para voltar a exportar eletricidade, disse o ministro da Energia, um volte-face em relação há seis meses, quando os russos bombardearam as estações elétricas para a colocar às escuras e no frio.

O anúncio, feito pelo ministro Herman Halushchenko, que assegurou que a Ucrânia não só estava a satisfazer as suas necessidades internas como estava pronta para recomeçar as exportações, foi uma mensagem clara sobre o falhanço dos russos na sua tentativa de enfraquecer a Ucrânia, através de ataques às suas infraestruturas.

A procura doméstica ucraniana está "100%" satisfeita, disse, em entrevista à Associated Press, acrescentando que tem reservas para exportar, graças ao "trabalho titânico" dos seus engenheiros e parceiros internacionais.

A Federação Russa aumentou os ataques às infraestruturas ucranianas em setembro, quando vagas de mísseis e drones ditos suicidas destruíram cerca de metade do sistema de energia da Ucrânia.

Os cortes de energia no país tornaram-se comuns, com as temperaturas a caírem para graus negativos e dezenas de milhões de pessoas a esforçarem-se para se aquecerem.

Os dirigentes do Kremlin justificaram os ataques com a intenção de enfraquecer a capacidade da Ucrânia se defender, mas os ocidentais contra-argumentaram com a acusação de os russos quererem causar sofrimento nos civis e que os ataques, ao causarem cortes de energia, correspondiam a crimes de guerra. Os ucranianos consideraram que a altura escolhida para os bombardeamentos foi pensada para destruir a moral das populações.

A Ucrânia teve de interromper as exportações de eletricidade em outubro, para satisfazer a procura interna.

Os engenheiros trabalharam sem parar, arriscando a sua vida com frequência, para pôr as centrais a funcionar e garantir o fornecimento contínuo de energia.

Os aliados de Kiev também deram uma ajuda. Em dezembro, o secretário de Estado dos EUA; Antony Blinken, anunciou uma ajuda de 53 milhões de dólares para a Ucrânia comprar equipamentos para a rede elétrica.

O primeiro país a importar energia ucraniana vai ser a Moldávia, avançou Halushchenko. Devem seguir-se Polónia, Eslováquia e Roménia, acrescentou.

A cem euros por megawatt hora, o rendimento mensal ucraniano com estas exportações pode atingir 30 milhões de euros.

A Ucrânia começou a vender eletricidade aos vizinhos europeus em junho, como um esforço para sair da esfera de influência da Federação Russa. A sincronização das linhas de transporte foi feita em março de 2022, pouco depois de começar a invasão russa.

Os engenheiros aceleraram o professo para ligar a Ucrânia à rede continental, o que permitiu que acabasse com a ligação do seu sistema elétrico ao russo. A Moldávia foi acrescentada posteriormente. Antes, a Ucrânia e a Moldávia integravam um sistema de partilha de energia que incluía a Federação Russa e a Bielorrússia.


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Cerca de 30 mil pessoas em pobreza extrema em São Tomé e Príncipe

© Lusa

POR LUSA    11/04/23 

A Direção da Proteção Social são-tomense anunciou hoje que 29.649 pessoas, de 7.581 agregados familiares, vivem em situação de extrema pobreza e foram identificadas no Cadastro Social Único (CSU) para facilitar a definição de programas de apoio.

"Nós sabemos que ainda não foram identificadas todas [as pessoas] e isso assusta-nos. Pelo grupo que já conseguimos identificar já temos esse número, imagina quando conseguirmos alargar ainda mais o cadastro", comentou Núria Ceita, diretora da Proteção Social, Solidariedade e Família, em declarações à Lusa.

O CSU de São Tomé Príncipe foi desenvolvido no ano passado com apoio da Organização Internacional de Trabalho (OIT) com o objetivo de identificar, na primeira fase, todas "as pessoas que estejam na extrema" pobreza e "que ainda precisam de programas sociais do Governo", e posteriormente todas as famílias são-tomenses.

Dos dados divulgados durante um ateliê de apresentação dos resultados do registo, 5.539 (73%) das famílias que estão em extrema pobreza são chefiadas por mulheres, enquanto 2.042 (27%) são lideradas por homens.

"Infelizmente as mulheres são as mais afetadas porque temos muitas mulheres mães sozinhas que são responsáveis pelas famílias, então o rosto feminino é mais representativo", sublinhou a diretora da Proteção Social são-tomense.

O registo apontou ainda 602 pessoas com deficiência mental, 1.526 com deficiência motora, 1.711 com deficiência visual, bem como 423 agregados familiares assinalados com crianças em risco de abandono.

"São números alarmantes que têm a nossa atenção e vão continuar a ter", assegurou Núria Ceita.

A diretora da Proteção Social são-tomense sublinhou que o CSU é uma "mais-valia" que vai permitir "ter o acesso rápido a essas famílias vulneráveis" para que as instituições possam "fazer as ajudas chegar de forma mais rápida".

No entanto, o decreto-lei para a regulamentação do CSU foi aprovado pelo Governo no ano passado, e desde então aguarda pela promulgação pelo Presidente da República.

"Esse ateliê também foi um alerta para a necessidade de promulgação do decreto-lei", sublinhou Núria Ceita.


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Macron interrompido por manifestantes em Haia. "Presidente da hipocrisia"... O presidente francês discursava sobre o futuro da Europa, no teatro Amare, em Haia, Países Baixos.

© Ania Nussbaum / Twitter

Notícias ao Minuto   11/04/23 

Um grupo de manifestantes interrompeu, esta terça-feira, o discurso do presidente francês, Emmanuel Macron, no teatro Amare, em Haia, quando falava sobre a soberania europeia. O momento aconteceu naquele que é o primeiro dia de uma visita de Estado aos Países Baixos.

Quando discursava sobre o futuro da Europa, Macron foi interrompido duas pessoas em protesto. "Onde está a democracia francesa?", "Quando foi que a perdemos?", gritaram os manifestantes da plateia, citados pelo France 24, agarrando uma faixa em que estava escrito: "Presidente da violência e da hipocrisia" (em inglês).

Os seguranças escoltaram os manifestantes para fora do teatro após cerca de um minuto, e Macron reagiu, dizendo que "uma democracia é exatamente um lugar onde qualquer um se pode manifestar".

Segundo Macron, "é muito importante ter um debate social" em que possa "responder a todas as perguntas que têm sobre o que estamos discutir em França". As pessoas que fazem "o que querem" contra leis das quais discordam e "colocam a democracia em risco", completou.

Macron - que tem sido muito criticado pela forma como alterou a idade da reforma em França, evitando levar a proposta a votação no Parlamento - aproveitou ainda para responder que os franceses estariam "menos zangados" com a sua política se olhassem para a idade de reforma noutro países, "que está bem acima dos 64 anos" agora impostos pela sua presidência.

O vídeo do momento foi partilhado nas redes sociais, nomeadamente através do Twitter pela jornalista da Bloomberg, Ania Nussbaum. Podem ver-se os manifestantes a ser retirados pelos seguranças do interior do teatro Amare, onde Macron discursava.  

O presidente francês está a enfrentar o maior desafio de seu segundo mandato devido à reforma previdenciária, que inclui aumentar a idade de aposentação dos 62 para 64 anos, exigindo que as pessoas trabalhem mais para receber o pagamento integral.

Em França têm decorrido uma série de protestos e greves contra a reforma, com um novo dia de greve agendado para quinta-feira.


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MP espanhol requer mandado de detenção de filho de PR da Guiné Equatorial

© Shutterstock

 POR LUSA  11/04/23 

O Ministério Público espanhol pediu ao juiz da Audiência Nacional Santiago Pedraz para emitir um mandado de captura nacional e internacional de Carmelo Ovono Obiang, filho do Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang.

O pedido de emissão dos mandados, por falta de comparência no tribunal espanhol em 28 de março, inclui Nguema Ondo, diretor-geral da Segurança Presidencial equato-guineense.

Além dos dois, que são alvo de investigação por envolvimento e participação em atos de tortura de opositores do regime, o processo inclui ainda como arguido o ministro da Segurança Nacional, Nicolás Obama Nchama.

Ovono Obiang e Nguema Ondo tinham pedido a Pedraz para depor por videoconferência para não terem de viajar para Madrid, dadas as suas responsabilidades governamentais, algo com o qual o juiz concordou.

No entanto, no dia marcado, em 28 de março, nenhum apareceu.

Em resposta, a acusação exercida pelo Movimento para a Libertação da Guiné Equatorial - Terceira República (MLGE3R) requereu a Pedraz que emitisse mandados de detenção nacional, europeu e internacional contra os três.

O processo está relacionado com a investigação aberta em outubro de 2022 por Pedraz de uma queixa apresentada pelo MLGE3R contra os três arguidos pelo alegado rapto e subsequente tortura de quatro membros do movimento: os residentes espanhóis Martin Obiang e Bienvenido Ndong, e os nacionais espanhóis Feliciano Efa Mangue e Julio Obama Mefuman - que morreram na prisão de Oveng Azem (Mongomo), alegadamente em resultado desta tortura.

Os factos teriam ocorrido numa viagem dos quatro membros do MLGE3R de Madrid a Juba, capital do Sudão do Sul, onde teriam sido capturados em 15 de novembro de 2019.

Segundo a denúncia, os quatro foram "transferidos clandestinamente num avião oficial do regime da Guiné Equatorial, e encarcerados num centro de detenção situado em Oveng Asem, na demarcação de Mongomo.

"Eles foram torturados e obrigados a pedir perdão ao líder do regime equato-guineense sob pressão em frente às câmaras da televisão pública da Guiné Equatorial", lê-se na denúncia.

No documento, sustenta-se que tanto Ovono Obiang como Obama Nchama estavam no avião oficial utilizado para o sequestro e que dirigiram "algumas das sessões de tortura nas caves do centro penitenciário".

Além disso, salienta-se que estes dois arguidos "residem em Espanha, têm morada estável, podendo também ser encontrados" em território nacional.

Os dois cidadãos espanhóis, Efa Mangue e Obama Mefuman, foram acusados ??de alegada participação num golpe contra o regime de Teodoro Obiang, pelo qual foram condenados num processo militar a 90 e 70 anos de prisão, respetivamente.

Teodoro Obiang, de 80 anos, governa o país desde 1979, quando derrubou o seu tio Francisco Macias num golpe de Estado, e é o Presidente há mais tempo em funções no mundo, não considerando regimes monárquicos.


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É preciso "aviação moderna e defesa antimísseis para salvar ucranianos"

© Presidência da Ucrânia

Notícias ao Minuto   11/04/23 

Um dos conselheiros de Volodymyr Zelensky, Andriy Yermak, afirmou que a modernização da defesa aérea de Kyiv é necessária para evitar ataques russos.

O chefe do gabinete do presidente ucraniano, Andriy Yermak, reiterou os pedidos de novos caças, referindo que a Ucrânia precisa de "aviação moderna e defesa antimísseis".

"As bombas aéreas guiadas são outra ferramenta dos terroristas russos, usada para matar civis ucranianos. Precisamos de aviação moderna e defesa antimísseis para salvar os ucranianos e evitar que o inimigo use bombas aéreas guiadas", referiu Yermak numa publicação na rede social Twitter.

A Ucrânia já pediu várias vezes o envio de caças ocidentais para reforçar as tropas de Kyiv, não entanto, ainda não foram enviados aviões de combate modernos e de fabrico ocidental para o país.

O ministro da Defesa da Dinamarca, Troels Lund Poulsen, afirmou esta terça-feira que uma decisão dos países ocidentais sobre um eventual envio de aviões de combate poderia ser possível "antes do verão".

Poulsen salientou ainda que as discussões sobre o assunto estão a demorar tempo porque os países têm de agir "em conjunto"

De recordar que a Dinamarca possui uma frota de 43 aviões de combate F-16, 30 dos quais estão ativos. Estes aviões de fabrico norte-americano vão ser substituídos por 27 aparelhos F-35, também fabricados nos Estados Unidos.

O ministro não forneceu pormenores sobre o número de aviões que Copenhaga pode eventualmente enviar para Kyiv.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Mali. Guterres insta junta militar a "acelerar" entrega de poder a civis

© Reuters

POR LUSA   11/04/23 

O secretário-geral da ONU, António Guterres, instou a junta militar do Mali a "acelerar" o ritmo de entrega do poder aos civis eleitos até ao início de 2024, tal como se comprometeu, num relatório remetido ao Conselho de Segurança.

No relatório, consultado pela agência France-Presse, na véspera de uma reunião do Conselho de Segurança, António Guterres manifestou também a sua preocupação com a persistência da violência e o seu impacto na população, e com o "impasse" em que se encontra a aplicação do acordo de paz alcançado entre o Estado do Mali e grupos armados do norte do país.

O Mali tem sido flagelado pela propagação do fundamentalismo islâmico e violência de todos os tipos desde o surto de insurreições no norte em 2012.

A violência alastrou ao centro do país e aos países vizinhos Burkina Faso e Níger e está agora a alastrar para sul.

A Organização das Nações Unidas enviou em 2013 uma missão de estabilização (Minusma), que integra atualmente cerca de 13.800 'capacetes azuis' e polícias.

A insegurança sente-se a par de uma profunda crise humanitária e política, com o país a sofrer dois golpes desde 2020, sendo governado por uma junta militar, que se comprometeu, sob pressão internacional, a renunciar ao poder até março de 2024.

No seu relatório trimestral remetido ao Conselho de Segurança, Guterres regista os "progressos" realizados em direção a este objetivo, tais como a elaboração de uma Constituição e a criação de um órgão de supervisão eleitoral.

Contudo, acrescentou, "tem havido atraso na execução de algumas atividades essenciais".

"A menos de um ano do fim da transição, cabe às autoridades malianas fazer tudo o que estiver ao seu alcance para acelerar este processo de modo a que a ordem constitucional seja restabelecida dentro do prazo acordado", escreveu Guterres.

A junta acaba de anunciar o adiamento 'sine die' de um referendo sobre a Constituição.

Guterres manifestou a sua preocupação com o "impasse" ou "paralisia persistente" na aplicação do acordo de Argel de 2015.

A aplicação deste acordo entre os grupos armados do norte e do Estado é considerada essencial para a estabilização do país, mas os signatários, nomeadamente os grupos tuaregues, estão em conflito com a junta militar.

A este respeito, Guterres disse que se trata de um "clima de profunda desconfiança".

"É essencial que as partes ultrapassem urgentemente o atual impasse, dada a situação de segurança prevalecente, particularmente no nordeste do Mali, onde os grupos terroristas estão implacavelmente a atacar civis, e todas as consequências humanitárias desta situação", lê-se no relatório.

Num memorando publicado nas redes sociais, o Governo do Mali assegura que "a aplicação diligente do calendário de transição continua a ser uma prioridade para as autoridades malianas".

Os militares afirmam também que continuam "empenhados e disponíveis para a aplicação diligente" do acordo de Argel.

A junta militar questionou a base das acusações de Guterres de que as forças malianas têm abusado de civis em operações que envolvem "pessoal de segurança estrangeiro".

O exército maliano recorreu à ajuda de centenas de homens descritos como instrutores do exército russo ou mercenários da empresa russa Wagner, consoante as fontes.

O Governo reclama uma "melhoria da situação de segurança" e "a neutralização de centenas de terroristas" durante estes três meses.

Por seu lado, Guterres fala de condições de segurança que ainda são "precárias" e aborda as restrições impostas pelas autoridades malianas aos movimentos aéreos e terrestres da Minusma, uma crítica também rejeitada pela junta militar.


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JOVEM QUE ATROPELOU MORTALMENTE UMA CRIANÇA DE 8 ANOS DE IDADE CORRE O RISCO DE SER CONDENADO A 15 ANOS DE PRISÃO

Por: Bíbia Mariza Pereira  radiosolmansi.net   11/04/23 

O Ministério Público pediu a condenação de uma pena efetiva no mínimo 15 anos para o condutor e menos de um terço (10 anos) para quem entregou as chaves de carro ao jovem que atropelou mortalmente uma criança, no ano passado.

A leitura do acórdão da sentença do jovem que atropelou mortalmente uma criança de 8 anos na estrada de granja junto ao IBAP, no passado dia 04 de Maio de 2022, foi anunciada o acórdão para o próximo dia 25 do mês de abril em curso  

Segundo a informação o jovem que estava a conduzir sem nenhum documento de condução, tinha recebido as chaves com o objetivo de ir testar o carro na bomba de combustível.

Depois de testar o carro, e ao voltar para casa, estava a conduzir numa velocidade de 70 a 80km/h, e ao tentar fazer a ultrapassagem com um carro, foi atropelar um homem que ia numa moto TVS com um filho que levava para a escola.

Do acidente a criança de 8 anos, morreu no local, depois de ser arrastado numa distância de 17 metros, o pai ficou paralisado do acidente.

O Advogado de defesa do arguido, Simão Djú, disse estar a aguardar a decisão final do juiz, e segundo ele, considera que a decisão que o tribunal venha a tomar, será justa para ele.

“No dia 25 deste mês, às 09 horas de manha vai se ler a sentença para saber qual será a decisão do juiz, o tempo que devia ficar na prisão preventiva foi ultrapassado, mas como advogado de defesa tomamos em conta a vida da criança e quando alguém perde a vida não existe um tempo que podemos avaliar para comparar com a vida, a vida está acima do todo o tempo, então entendemos que o tribunal vai tomar a sua decisão, que vai ser justa e compreendemos que este é o seu trabalho”, disse o advogado da defesa.

Os familiares das vítimas mortais têm um defensor oficioso e são assistidos pelo Ministério Publico.

No próximo dia 25 do mês em curso, o jovem que atropelou mortalmente uma criança de 8 anos na estrada de granja junto ao IBAP, no de 04 de Maio do ano 2022, vai conhecer o acórdão final.


Castanha de caju. GOVERNO RECONHECE COMERCIALIZAÇÃO ABAIXO DO PREÇO E ANUNCIA COLOCAÇÃO DOS INSPETORES NAS REGIÕES

Por. Turé da Silva  radiosolmansi.net  11/04/23 

O ministério do comércio reconheceu hoje, que a castanha de caju está a ser comercializada abaixo do preço anunciado pelo governo que é de 375 francos cfa cada quilograma.

O reconhecimento vem na sequência das sucessivas denúncias dos produtores de caju sobre o desrespeito pelo preço básico para aquisição deste produto.

Para isso, inspetor-geral de Comércio, Agostinho Lopes Djaló garantiu que os inspetores serão colocados nas respetivas regiões para acabar com esta prática.

“Na verdade ainda não colocamos os inspetores no terreno, mas a partir de hoje para frente serão colocados em diferentes regiões do país” garantiu para depois reconhecer que “ na verdade a castanha está a ser comercializada abaixo do preço anunciado pelo governo que é de 375 francos cfa cada quilograma” .

No entanto, advertiu que a partir de hoje quem for apanhado a comprar a castanha de caju a menos de 375 FCA, será multada de acordo a lei.

“ Primeiro, será confiscada toda a castanha adquirida fora do preço básico, depois aplicação da coima conforme quantidade adquirida”, advertiu.

Nos últimos dias, os camponeses de leste, norte e sul denunciam aos microfones da Rádio Sol Mansi que a castanha de caju está a ser comercializado menos de 375 FCA anunciado oficialmente.  


Rússia aprova recrutamento militar por via eletrónica... Objetivo da medida é recrutar homens com mais eficácia e celeridade para combater na Ucrânia.

© Contributor/Getty Images

Notícias ao Minuto    11/04/23 

Depois de um breve debate, o parlamento russo aprovou unanimemente o recrutamento digital de homens para as forças armadas, abrindo a porta para que o exército envie e-mails em vez de cartas para recrutar combatentes.

A medida pretende facilitar a mobilização de milhares de soldados para combater na invasão na Ucrânia já que, até agora, os papéis da conscrição de soldados só teriam efeito se fossem entregues presencialmente por um oficial local ou por um empregador.

Assim, os cidadãos que receberem e-mails de alistamento, e que não marquem presença num escritório militar, ficarão automaticamente banidos de sair do país.

"Este recrutamento é considerado rececionado a partir do momento em que é colocado na conta pessoal da pessoa elegível para serviço militar", esclareceu o presidente do comissão parlamentar de defesa, Andrei Kartapolov, citado pela Sky News.

A lei surge pouco tempo depois de o presidente russo, Vladimir Putin, anunciar um novo decreto para o recrutamento de cidadãos que não estejam na reserva do exército, entre os 18 e os 27, esperando-se que sejam alistados um total de 147 mil homens entre os meses de abril e junho.

O anterior recrutamento foi levado a cabo com alguma controvérsia. Em setembro do ano passado, depois de Putin anunciar uma campanha para recrutar cerca de 300 mil homens, as fronteiras terrestres e aéreas do país ficaram completamente cheias de cidadãos e famílias que tentaram fugir, nomeadamente através da Finlândia e Geórgia.

O processo também foi encarado de forma violenta, com muitos russos a atacarem escritórios de recrutamento militar.


Leia Também: Putin assina decreto para recrutamento de 147 mil pessoas na primavera

Ucrânia: 'Drone' explode em aeroporto russo na fronteira

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POR LUSA     11/04/23 

Um 'drone' explodiu na segunda-feira nas instalações do aeroporto da cidade russa de Belgorod, situada na fronteira com a Ucrânia, anunciaram hoje as autoridades da Rússia, que não mencionaram, até ao momento, vítimas ou danos materiais.

As autoridades russas, citadas pelo diário russo Izvestia, declararam que o 'drone' explodiu nas instalações do aeroporto por voltas das 16:30, horário local (18:30 em Lisboa) de segunda-feira.

Até ao momento, o Governo russo não indicou responsáveis pelo incidente.

A província de Belgorod, assim como as províncias de Briansk e Kursk, têm sofrido ataques desde o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro do ano passado, por ordem do Presidente russo, Vladimir Putin.

Estas províncias russas encontram-se em estado de alerta antiterrorista devido aos ataques das forças ucranianas, segundo o Governo russo.


Pela segunda vez em duas semanas, piratas atacam navio no Golfo da Guiné... Desta vez, o navio visado tinha bandeira chinesa.

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Notícias ao Minuto   11/04/23 

Cerca de duas semanas depois de um ataque a um petroleiro dinamarquês, um grupo de piratas no Golfo da Guiné, na costa ocidental do continente africano, invadiu e ocupou esta terça-feira um navio petroleiro de bandeira chinesa.

Segundo contou uma empresa de gestão de risco que opera na região, à Associated Press, o navio em causa foi tomado a cerca de 300 milhas náuticas (cerca de 555 quilómetros) da costa de Yamoussoukro, a capital da Costa de Marfim.

Martin Kelly, da empresa EOS Risk Group, não soube confirmar quantas pessoas estão a bordo a bordo e como é que os piratas entraram a bordo da embarcação.

"Enquanto os detalhes permanecem obscuros, há duas explicações plausíveis. A primeira é que este é um incidente de rapto e resgate. A segunda pode ser o roubo de mercadoria", explicou Kelly à agência de notícias.

Este é o segundo incidente no espaço de apenas duas semanas no Golfo da Guiné. No passado dia 25 de abril, um grupo de piratas assumiu o controlo de um navio petroleiro dinamarquês, com 16 pessoas a bordo, até que as forças navais francesas localizaram o navio e escoltaram-no até ao Togo.

O Conselho de Segurança da ONU adotou em junho de 2022 uma resolução unânime a condenar as operações de pirataria no Golfo da Guiné que, a par com a costa da Somália, é uma das regiões do mundo mais perigosas para a passagem de navios de mercadorias, dada a grande prevalência de atividade de piratas.


Leia Também: Piratas assumem controlo de navio dinamarquês no Golfo da Guiné

Ministério das Pescas, começa hoje [11.04], a primeira sessão de dez dias da formação para Diretores Gerais, dos Serviços e Assessores do ministro para Reforço de Capacidades, Formação no domínio da Liderança, Comunicação e Tecnicas de Negociação


 Radio Voz Do Povo

UMRAH/ Presidente da República da Guiné-Bissau General Umaro Sissoco Embaló já se encontra na Árabea Saudita

  Gaitu Baldé 


Medidas para proteger crianças talibés estão a surtir efeito

Iancuba Dansó  dw.com   11/04/23 

Duas semanas depois da decisão das autoridades guineenses de retirar as crianças talibés das ruas e da situação de mendicidade, uma organização que monitoriza o caso diz que a medida está a ser cumprida na totalidade.

Diariamente, nos mercados e nas ruas, e todas as sextas-feiras, nas mesquitas de Bissau e do interior do país, viam-se crianças "talibés" - alunos do ensino corânico - a pedir dinheiro para levar aos mestres.

Os doutrinadores são acusados por organizações da sociedade civil de maltratar os menores que não entregam o dinheiro solicitado.

Desde que as autoridades decidiram, no passado dia 27 de março, retirar as crianças talibés das ruas da Guiné-Bissau, a DW África não testemunhou mais nenhuma movimentação de alunos do ensino corânico nas ruas da capital guineense.

"Situação controlada"

Suleimane Embaló, presidente da Associação Guineense de Luta Contra Migração Irregular, Tráfico dos Seres Humanos e Proteção das Crianças (AGLUCOMI-TSH), que tem monitorizado e denunciado a situação desses menores, disse à DW África que a situação está controlada.

"Graças a um esforço que fizemos junto com os mestres corânicos, União dos Imames e as autoridades policiais, neste momento as crianças não estão a sair as ruas para a mendicidade. Isso não é só em Bissau, mas também a nível nacional", destaca.

Sobre o caso, a DW África tentou, sem sucesso, contactar o Ministério do Interior, responsável pela segurança do país.

O sociólogo Ivanildo Bodjam sublinha a gravidade do fenómeno: "A situação das crianças talibés na Guiné-Bissau deve ser vista como um problema nacional, porque a mendicidade a que são colocadas essas crianças retira tudo que tem a ver com o princípio da proteção da criança, quando o Estado da Guiné-Bissau ratificou as convenções para a sua proteção, contra qualquer forma de exploração, do trabalho, sexual e outros riscos a que são expostas".

Mais de 700 alunos em escolas corânicas

A Associação Guineense de Luta Contra Migração Irregular, Tráfico dos Seres Humanos e Proteção das Crianças disse ter registado, em Bissau, recentemente, mais de duas dezenas de escolas corânicas, que albergam mais de 700 alunos, dos quais mais de 200 saíam às ruas para pedir.

O presidente da Associação anuncia o início de uma ação de sensibilização para a "mudança de mentalidade" dos mestres corânicos, em relação à forma de tratamento das crianças talibés.

Mas Suleimane Embaló alerta que é urgente a reintegração desses menores, agora retirados das ruas: "Estamos mais uma vez a pedir às pessoas de boa vontade e às autoridades para que acelerem o processo de reintegração dessas crianças junto das famílias, porque se não, a situação vai complicar-se e vai ser muito difícil de controlar."

O sociólogo Ivanildo Bodjam defende que o Estado da Guiné-Bissau deve colaborar com a comunidade escolar corânica: "Como forma de melhorar a qualidade e acesso a esse modelo de ensino, sendo importante mecanismo que o Estado possa encontrar e evitar que essas mesmas crianças sejam enviadas para outros países, com riscos de serem doutrinadas com o fundamentalismo radical, capaz de fomentar o extremismo violento na Guiné-Bissau".

Revoltado com a situação dos alunos corânicos, no mês passado o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, ordenou a detenção de qualquer mestre corânico que a partir de 27 de março mandasse uma criança talibé para a mendicidade nas ruas do país.

Vídeo mostra como a Terra evoluiu nos últimos 100 milhões de anos

© YouTube / Faculty of Science, University of Sydney

Notícias ao Minuto  11/04/23 

O vídeo mostra como as placas tectónicas se movimentaram ao ponto de criar as montanhas e os oceanos de hoje em dia.

Um novo modelo criado pela Universidade de Sydney na Austrália e partilhado na revista científica Science permite ter uma ideia de como a Terra evoluiu ao longo dos últimos 100 milhões de anos.

O modelo em questão, que até teve direito a uma animação partilhada no canal de YouTube da instituição, mostra todas as alterações que tiveram lugar na topografia - incluindo a criação de montanhas e oceanos - e como as placas tectónicas se movimentaram e afetaram a superfície terrestre.

“Temos de compreender o passado para conseguirmos prever o futuro”, nota um dos autores do estudo, Tristan Salles. “Mas os nossos modelos geológicos apenas nos ofereceram uma compreensão fragmentada de como se formaram as características físicas mais recentes”.

Pode ver a animação em questão no vídeo acima.☝


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Polónia já acolheu onze milhões de cidadãos ucranianos... Cerca de 87% das pessoas que chegaram são mulheres e crianças.

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Notícias ao Minuto   11/04/23 

A Polónia confirmou esta terça-feira que o número de ucranianos a entrar no seu território ultrapassou os onze milhões, com o país a ser, de longe, o que mais refugiados recebeu após o início da invasão russa.

Através do Twitter, a representação polaca na União Europeia deu conta do número atualizado, referindo que 87% das entradas no país são de mulheres e crianças que fugiram da guerra que se abateu sobre o país.

"Todos os que fogem da guerra irão encontrar refúgio e a ajuda que precisarem na Polónia", garantiu a liderança polaca em Bruxelas.

Segundo os dados disponibilizados pelo portal do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), mais de 8,1 milhões de refugiados ucranianos abandonaram o país para fugirem para outros países europeus - a grande maioria através da Polónia, mas também pela República Checa, Roménia, Moldova, Bulgária, entre outros países do leste europeu.

Desses 8,1 milhões, mais de cinco milhões estão sob proteção temporária nos países onde foram acolhidos - sendo que Portugal concedeu mais de 59 mil proteções temporárias desde o início do conflito.

No total, a guerra na Ucrânia já fez mais de 8.400 mortos e 14 mil feridos entre a população civil, segundo os dados avançados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a organização alerta que o número deverá ser muito superior devido às dificuldades em contabilizar os mortos em zonas ocupadas pelas forças russas, nomeadamente em Mariupol, onde se estima que tenham morrido milhares de pessoas durante o cerco russo.


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TAIWAN: Taipé encara exercícios militares como "falta de responsabilidade"

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POR LUSA    11/04/23 

A Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, condenou hoje as últimas manobras militares do Exército Popular de Libertação da China no Estreito da Formosa afirmando que Pequim demonstra "falta de responsabilidade".

Os exercícios militares da República Popular da China que terminaram na segunda-feira e que se prolongaram durante três dias foram uma "manobra de retaliação" contra o encontro entre a chefe de Estado de Taiwan (República da China) e Kevin McCarthy da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos.

O encontro entre Tsai Ing-wen e McCarthy ocorreu na semana passada na Califórnia, Estados Unidos. 

"Como Presidente, represento o nosso país no mundo quer durante visitas (oficiais) aos países aliados quer em escalas nos Estados Unidos ou em contactos com os nossos amigos internacionais. Isto acontece há muitos anos e corresponde às expectativas do povo de Taiwan", disse Tsai numa declaração escrita difundida hoje em Taipé.  

"A China usou isto [o encontro na Califórnia] como pretexto para dar início a exercícios militares, criando instabilidade no Estreito de Taiwan. Isto não é uma atitude responsável por parte da maior nação da região", acusou. 

A República Popular da China encara os contactos internacionais de Taiwan como iniciativas no sentido da independência formal da ilha cuja soberania é reclamada desde a vitória dos comunistas na Guerra Civil chinesa que terminou em 1949.

As forças nacionalistas, lideradas por Chiang Kai-Shek (1887-1975), refugiadas na ilha estabeleceram na Formosa a República da China provocando tensões que se prolongam desde o final da Guerra Civil visto que Pequim pretende a reunificação do território mesmo que seja "preciso utilizar a força".

O Exército Popular de Libertação da República Popular da China reiterou as ameaças durante os últimos exercícios.

"As tropas no 'teatro de operações' estão prontas para lutar a qualquer momento e podem lutar a qualquer momento para esmagar qualquer forma de 'independência de Taiwan' assim como as tentativas de interferência estrangeira", disse o comando oriental do Exército Popular de Libertação em comunicado.

Nos últimos anos, a República Popular da China aumentou a presença militar no Estreito da Formosa usando aviões de combate com frequência diária e realizando manobras junto às águas territoriais e no espaço aéreo de Taiwan. 

No passado mês de agosto, após a visita de Nancy Pelosi, na altura presidente do Congresso dos Estados Unidos, a República Popular da China realizou ensaios com mísseis balísticos ao largo de Taiwan tendo também enviado navios de guerra para o limite das águas internacionais. 

Na mesma altura, Pequim ordenou disparos de mísseis que sobrevoaram a República da China e que acabaram por cair nas águas da Zona Económica Exclusiva do Japão provocando o agravamento das tensões na região.

As últimas manobras militares concentraram-se no desempenho dos meios aéreos da República Popular da China tendo Taipé indicado que mais de 200 aviões de combate de Pequim foram mobilizados.

Na segunda-feira, o Ministério da Defesa de Taiwan disse que registou a passagem de 91 aviões de combate da República Popular da China ao largo da ilha. 

A CCTV, estação de televisão de Pequim, citando o Exército Popular de Libertação, disse que os exercícios simularam navegação de combate e a neutralização de alvos no mar.

Apesar do final das manobras, na segunda-feira, o Ministério da Defesa de Taipé disse hoje que oito navios de guerra da República Popular da China mantêm-se ao largo de Taiwan. 

Entretanto, a chefe de Estado de Taiwan pediu hoje para a população da República da China ignorar o que considerou "desinformação" sobre os meios de defesa da ilha nacionalista.

COREIA DO SUL: Incêndio em floresta na Coreia do Sul já consumiu dezenas de casas

Notícias ao Minuto  11/04/23 

Chamas obrigaram à retirada de centenas de habitações, com 400 pessoas a serem realojadas pelas autoridades.

Um incêndio de grandes dimensões na Coreia do Sul, na região central de Gangneung, intensificou-se após uma terça-feira de ventos fortes e condições adversas, com centenas de pessoas a serem forçadas a fugir das chamas e a ver as suas casas a arder.

Segundo as autoridades sul-coreanas, citadas pela Associated Press, foram mobilizados mais de 2.300 bombeiros e 300 veículos para combater as chamas que começaram numa montanha na região.

O incêndio avançou sobre zonas habitadas e já destruiu cerca de 70 casas, além de outras infraestruturas locais, como um ringue de patinagem no gelo e um ginásio escolar.

Não foram registados mortos ou feridos, mas mais de 400 pessoas foram resgatadas pelas autoridades.

O fogo já consumiu mais de 370 hectares e as autoridades estão a fazer os possíveis para conter o avanço em áreas habitadas.

O Serviço de Florestas da Coreia do Sul explicou que, às 14h10 desta terça-feira (6h10 em Lisboa), os bombeiros tinham controlado cerca de 65% do incêndio, mas os ventos fortes têm dificultado a utilização de meios aéreos e um progresso mais rápido no combate às chamas. Segundo explicou a Administração Meteorológica da Coreia, os ventos na região de Gangneung atingiram os 103 km/h na terça-feira à tarde.

O vento é tão forte que os serviços ferroviários tiveram de cancelar pelo menos dez viagens entre Gangneung e outras cidades na costa este do país.

O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, contou que ordenou as autoridades para utilizarem "todos os equipamentos e pessoal disponíveis" para acabar com o incêndio e impedir qualquer perda de vida.



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Taiwan deteta 26 aeronaves e nove navios de guerra chineses

© GREG BAKER/AFP via Getty Images

POR LUSA  11/04/23 

O Ministério da Defesa de Taiwan disse ter detetado hoje 26 aeronaves e nove navios de guerra chineses à volta da ilha, um dia depois de Pequim ter anunciado o fim das suas principais manobras militares.

A China mobilizou "aviões militares esta manhã e atravessou a linha mediana do norte, centro e sul", informou o Ministério da Defesa, no dia em que teve início uma visita de uma semana de deputados canadianos ao território.

A China considera Taiwan parte do seu território, para onde os nacionalistas se refugiaram após perderem para os comunistas a guerra civil chinesa em 1949. Uma das prioridades de Pequim passa por assegurar a reunificação, pela força, se necessário.

A demonstração de força surge após a Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, se ter encontrado na quarta-feira na Califórnia com o líder da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, uma iniciativa à qual Pequim prometeu responder.

O Ministério da Defesa de Taiwan disse ter detetado 12 navios de guerra e 91 aviões no último dia da operação dos exercícios militares que começaram no sábado.

A Presidente taiwanesa condenou os exercícios militares na segunda-feira, afirmando que a China estava a utilizar a relação entre Taipé e Washington como "desculpa (...), criando instabilidade em Taiwan e na região".

"Embora o exercício militar da China tenha terminado, o nosso exército e a nossa equipa de segurança nacional vão continuar a permanecer nos seus postos e a defender o país", disse Tsai numa publicação na rede social Facebook.


Leia Também: As forças norte-americanas e filipinas lançaram hoje os maiores exercícios de combate conjuntos em décadas nas águas do disputado mar do Sul da China, onde Washington considera que Pequim tem realizado ações cada vez mais agressivas.

EUA: Estados democratas estão a criar reservas de pílulas abortivas

© KENA BETANCUR/AFP via Getty Images

POR LUSA   11/04/23 

Vários estados norte-americanos liderados por democratas, incluindo a Califórnia, anunciaram esta segunda-feira o aumento das reservas de pílulas abortivas, enquanto decorre uma batalha judicial sobre a autorização da comercialização de mifepristone, aprovada há mais de 20 anos.

O juiz federal do Texas Matthew Kacsmaryk suspendeu a comercialização da mifepristona, uma das duas pílulas usadas para abortos, o que na prática impede a prescrição.

O Governo dos Estados Unidos pediu esta segunda-feira a um tribunal federal de apelações que garanta o acesso à pílula abortiva no país, enquanto decorre a batalha judicial.

Sem esperar pelo resultado do recurso do Governo dos EUA para contestar a decisão, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, explicou que seu o Estado está a criar uma reserva de emergência de dois milhões de comprimidos de misoprostol, a outra pílula utilizada para abortos médicos.

"Não vamos ceder aos extremistas que estão a tentar proibir esses serviços essenciais de aborto", sublinhou Newsom em comunicado, explicando que o seu estado já recebeu 250.000 dessas pílulas, que podem ser utilizadas sozinhas como alternativa ao mifepristona.

"O aborto medicinal continua legal na Califórnia", garantiu.

Massachusetts também anunciou esta segunda-feira que comprou mais de 15.000 comprimidos de mifepristona, o equivalente às necessidades habituais daquele Estado norte-americano para um ano.

Também irá libertar um milhão de dólares (cerca de 920 mil euros) para permitir que os profissionais de saúde criem reservas dessa pílula, antes que a justiça decida definitivamente sobre o seu futuro.

"Não vamos permitir que um juiz extremista no Texas reverta esse medicamento comprovado e restrinja o acesso aos cuidados no nosso Estado", apontou a governadora democrata Maura Healey, em declarações aos jornalistas.

Na semana passada, o Estado de Washington anunciou a compra de 30.000 comprimidos de mifepristona, o equivalente às necessidades para três anos, para se preparar para qualquer eventualidade.

O futuro do mifepristona, utilizado por 5,6 milhões de mulheres desde a sua aprovação no ano 2000 nos Estados Unidos, está suspenso desde que um juiz federal ultraconservador reverteu a sua autorização de comercialização.

Este magistrado do Texas, nomeado pelo ex-presidente Donald Trump, justificou a sua decisão citando riscos à saúde das mulheres, apesar do consenso científico.

O Governo dos EUA considerou a decisão um "julgamento extraordinário e sem precedentes" apelando à suspensão da decisão "até à análise de fundo" do caso.

Para o Departamento de Justiça, caso a decisão do tribunal do Texas seja permitida, será colocada em causa a decisão da agência federal para a alimentação e medicamentos (Food and Drug Administration, FDA) e as mulheres serão "gravemente prejudicadas".

Uma vez apresentado o recurso do Governo, a decisão será revista de emergência por um tribunal de recurso em Nova Orleães, também conhecido por ser conservador. O caso deverá, portanto, ser rapidamente levado ao Supremo Tribunal dos EUA.

Em junho, o Supremo Tribunal, profundamente reformulado pelo ex-Presidente norte-americano Donald Trump, concedeu uma vitória histórica aos opositores do aborto ao retirar o direito constitucional de interromper uma gravidez, dando assim a cada estado a liberdade de legislar sobre a matéria. Desde então, cerca de 15 estados já proibiram o aborto no seu território.


Leia Também: Juiz federal proíbe prescrição de pílulas abortivas nos Estados Unidos

Especialistas guineenses pedem acções concretaras para resolver problema das crianças talibês nas ruas

Cidade de Bissau, Guiné-Bissau, 1 de Fevereiro 2022

Lassana Cassamá  voaportugues.com   11/04/23 

Depois das autoridades guineenses proibirem as crianças talibés, que frequentem escolas corânicas, de pedirem nas ruas de Bissau e noutras cidades do país, especialistas defendem acções concertadas entre o Estado, mestres corânicos e organizações que intervêm no sector.

Laudelino Medina, secretário executivo da Associação dos Amigos das Crianças, a primeira organização guineense envolvida directamente na identificação e recolha das crianças talibés da Guiné-Bissau, particularmente as que são enviadas para o vizinho Senegal, diz que a decisão do Presidente da República, por si só, não resolve o problema:

“Esta medida requer uma concertação e um acompanhamento de diferentes actores que intervêm na cadeia da proteção da criança, porque se trata de uma problemática tradicional profundamente enraizada no país”, afirma Medina.

Aliás, lembra, há muitas crianças que se encontram nessa situação ao nível nacional e transnacional.

”Só para se ter uma ideia: há um estudo ao nível da grande região de Dakar, segundo o qual, numa amostra de 6.700 crianças que mendigam nas ruas da capital daquele país, 30% é oriunda da Guiné-Bissau, é demasiado para nós. Portanto, temos que tomar decisões, que requerem acções concertadas no sentido de retirar as crianças com dignidade nas ruas”, conclui aquele responsável associativo.

O sociólogo guineense Ivanildo Paulo Bodjam considera que as escolas corânicas têm um papel importante na sociedade guineense, sobretudo, pela sua contribuição na construção social e na formação do homem.

Por isso, na opinião dele, o Estado tem uma obrigação para com as escolas corânicas da Guiné-Bissau.

“Há uma explícita missão do Estado, enquanto agente do bem e detentor das obrigações, em criar condições para o funcionamento das escolas corânicas diferentemente das escolas privadas, considerando que é mais da natureza comunitária para o ensino do moral e lições corânicas”, defende Bodjam.

Dados da Associação Guineense de Luta contra Emigração Irregular, Tráfico de Seres Humanos e Proteção de Crianças, citados por aquele sociólogo, indicam que só em Bissau, oficialmente, estão registadas vinte e duas escolas corânicas, albergando 720 e”crianças, dos 3 aos 18 anos de idade. Ivanildo Paulo Bodjam defende, por isso, que as escolas corânicas devem deixar de ser da exclusiva responsabilidade dos imames ou de mestres.

“As comunidades têm que considerar que, o facto de haver necessidade de formação das crianças ao ensino corânico, há que haver também a apropriação destas mesmas comunidades em sustentar essas escolas, através de pagamento de propinas ou qualquer outra forma de poder sustentar o funcionamento destas escolas”.

Desde o dia 6, o Governo proibiu as crianças de pedirem dinheiro, alegadamente para as escolas corânicas.

COREIA DO NORTE: Líder norte-coreano promete melhorar arsenal nuclear

© Lusa

 POR LUSA    11/04/23 

O líder norte-coreano prometeu melhorar o arsenal nuclear numa reunião com altos responsáveis militares para discutir os preparativos de guerra face aos exercícios militares sul-coreanos e dos Estados Unidos, informou hoje a agência de notícias estatal.

Kim Jong-un reviu os planos de ataque da linha da frente do país e vários documentos de combate e salientou a necessidade de reforçar a dissuasão nuclear com "mais rápidez, de forma mais prática e ofensiva", noticiou a KCNA.

A reunião da Comissão Militar Central do Partido dos Trabalhadores no poder, na segunda-feira, realizou-se num momento de tensões crescentes, traduzidas em demonstrações de armamento norte-coreanas e em exercícios militares conjuntos EUA-Coreia do Sul.

A agência de notícias sublinhou que Kim e os membros da comissão militar analisaram a situação de segurança na península coreana, "na qual os imperialistas americanos e os traidores fantoches coreanos [do Sul] estão a ficar cada vez mais transparentes nas iniciativas para uma guerra de agressão".

Os Estados Unidos e a Coreia do Sul descreveram os exercícios como sendo de natureza defensiva e disseram que a expansão desses exercícios é necessária para fazer face à evolução das ameaças da Coreia do Norte.

As conversações nucleares entre Washington e Pyongyang estagnaram desde 2019 devido a desacordos sobre a troca de sanções económicas pela redução do programa de armas nucleares norte-coreano.


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