© Presidência da Ucrânia
POR LUSA 14/07/23
A Ucrânia só negociará com a Rússia depois de as tropas de Moscovo deixarem o território ucraniano, disse hoje o chefe da administração presidencial ucraniana, Andriy Iermak.
"Mesmo pensar nestas negociações só é possível depois de as tropas russas abandonarem o nosso território. Todos compreendem que não vamos falar com os russos antes disso", disse Iermak a um pequeno grupo de jornalistas.
Iermak admitiu, por outro lado, que a contraofensiva de Kiev face à resistência das forças russas "não está a progredir tão rapidamente".
"Atualmente, [a contraofensiva] não está a progredir tão rapidamente", assumiu o chefe da administração presidencial ucraniana????, garantindo que os aliados ocidentais não estão a pressionar Kiev sobre a questão.
A ofensiva militar lançada pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de quase 15 milhões de pessoas -- internamente e para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Atualmente, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kiev e com a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra mais de 8.000 civis mortos e cerca de 14.000 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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