© Seyllou/AFP via Getty Images
POR LUSA 14/07/23
Os corpos foram recuperados pelos bombeiros e pela marinha senegalesa e foi iniciada uma busca por sobreviventes, anunciou o ministro do Interior senegalês, Felix Abdoulaye Diome, na cidade pesqueira de Saint-Louis, no norte do país, para onde os corpos foram levados.
O diretor da morgue em Saint-Louis, Mourtalla Mbaye, disse à Associated Press que cerca de 155 pessoas estavam a bordo e que muitos dos sobreviventes estavam feridos e a receber tratamento numa zona militar da cidade.
Seis corpos de homens foram levados para a morgue. Não se sabe ao certo quantas pessoas sobreviveram e quantas ainda estão desaparecidas, referiu.
O resgate dos ocupantes deste barco, na quarta-feira à noite, acontece poucos dias depois de sete outras pessoas terem sido encontradas mortas e 50 terem sido resgatadas numa outra embarcação que se encontrava também a navegar com destino à Europa, descoberta ao largo da costa de Saint-Louis. Pelo menos 90 pessoas que seguiam nesse outro barco estão ainda desaparecidas.
O anúncio foi feito pela organização não-governamental (ONG) espanhola Walking Borders, segundo a qual cerca de 300 pessoas desapareceram no final de junho, quando três embarcações partiram de duas cidades diferentes do Senegal.
A rota migratória atlântica é uma das mais mortíferas do mundo, com cerca de 800 pessoas mortas ou desaparecidas no primeiro semestre de 2023, ainda de acordo com a Walking Borders.
Nos últimos anos, as Ilhas Canárias tornaram-se um dos principais destinos das pessoas que tentam chegar a Espanha, com um pico de mais de 23.000 migrantes a chegar em 2020, de acordo com o Ministério do Interior espanhol.
Nos primeiros seis meses deste ano, mais de 7.000 migrantes e refugiados chegaram às Canárias.
As embarcações provêm maioritariamente de Marrocos, do Saara Ocidental e da Mauritânia, e em menor número do Senegal. No entanto, pelo menos 19 embarcações provenientes do Senegal chegaram às Ilhas Canárias desde junho, segundo a ONG espanhola.
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