Macau, China, 26 abr 2019 (Lusa) - A Guiné-Bissau está recetiva a mais investimento chinês no país, principalmente na área do turismo, disse hoje à Lusa uma responsável pelo turismo guineense, que participou num evento, em Macau, de divulgação turística do país africano.
"Claramente o mercado chinês é um dos maiores do mundo e nós já temos alguns investimentos chineses na Guiné-Bissau, como o Palácio do Governo, a nossa Assembleia Popular, o Palácio da Justiça, portanto já foi feito um trabalho de base", afirmou Raquel Mendonça Taborda, em declarações à Lusa, à margem da sessão de apresentação dos produtos turísticos dos países de língua portuguesa, que decorreu na 7.ª Expo Internacional de Turismo de Macau.
A diretora geral do Artesanato do Ministério de Comércio, Turismo e Artesanato da Guiné-Bissau disse que fez "uma apresentação para os empresários que consiste em mostrar as potencialidades turísticas" do país de forma a cativar o interesse desses investidores.
"O turismo na Guiné-Bissau está a dar alguns passos", afirmou, acrescentando que o país está em Macau a promover o arquipélago dos Bijagós, constituído por 88 ilhas compondo uma área protegida, classificada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) em 1996 como reserva da biosfera.
"Apenas 20 ilhas é que são habitadas e estamos a tentar, agora sim, captar alguns investimentos e fomentar o setor do turismo na Guiné-Bissau", explicou a responsável.
Raquel Mendonça Taborda foi nomeada presidente da delegação das oito direções de turismo lusófonas que marcaram presença na sessão de apresentação dos produtos turísticos dos países de língua portuguesa, que decorreu na 7.ª Expo Internacional de Turismo de Macau.
Este ano o evento conta com 835 expositores, com todos os países lusófonos presentes, e com o dobro da área de exposição de 2018, atingindo os 22.000 metros quadrados.
"A indústria do turismo é uma área que o Fórum Macau promove entre a China e os países de língua portuguesa", disse à Lusa a secretária-geral do secretariado permanente do Fórum Macau, Xu Yingzhen, à margem do evento.
Esta sétima edição, que decorre até domingo, tem como destaques as celebrações do 20.º aniversário do estabelecimento da Região Administrativa Especial de Macau, o papel de Macau nos ambiciosos projetos chineses como a Nova Rota da Seda e a participação na construção de uma metrópole mundial com Hong Kong e nove cidades chinesas, mas também o papel de Macau como plataforma entre a China e os países de língua portuguesa.
Por um lado, o território pretende promover parcerias turísticas com os países integrantes da iniciativa chinesa "Uma faixa, Uma Rota", por outro quer incentivar os operadores turísticos a desenvolverem itinerários multidestinos nas cidades e territórios da Grande Baía, a metrópole mundial que abrange um território onde vivem cerca de 70 milhões de pessoas.
DN.PT
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