Os atos de violência atribuídos a ladrões de gado provocaram a morte a 26 pessoas no norte da Nigéria, anunciou hoje a agência nacional de gestão de urgências (Nema).
Com recurso a motos, os criminosos atacaram várias localidades situadas na fronteira entre os Estados de Sokoto e Zamfara, na segunda e terça-feira, puxando os habitantes para o exterior para incendiarem as casas e roubarem gado.
"Foram encontrados 26 corpos depois dos ataques", declarou à agência France Presse um porta-voz da Nema, Suleiman Kadir, que acentuou a possibilidade de "o balanço poder aumentar depois do ataque de terça-feira".
No Sokoto, onde duas localidades foram atacadas, mais de 1.000 pessoas perderam as suas casas e foram obrigadas a refugiarem-se na cidade vizinha de Gandi, precisou Kadir.
Os grupos armados, especializados em sequestros e no roubo de gado, operam habitualmente principalmente no Estado de Zamfara, no norte da fronteira com Sokoto.
A porta-voz da polícia de Sokoto, Cordelia Nwawe, confirmou que "três comunidades em Zamfara e duas localidades próximas de Rabah (Estado de Sokoto) foram completamente incendiadas", sem fornecer mais pormenores.
As comunidades agrícolas e pastorais de Zamfara vivem ao longo de anos a ameaça constante de ladrões de gado e sequestradores, que queimam e pilham as localidades e sequestram pessoas, pedindo um resgaste para as libertarem.
Os ataques estimularam os locatários a formar milícias locais para se protegerem, mas eles são igualmente acusados de numerosas execuções extrajudiciais de presumíveis bandidos, o que alimenta um ciclo interminável de represálias.
Em abril, o exército nigeriano foi destacado para Zamfara para combater os grupos armados, ao mesmo tempo que as forças policiais tentam neutralizar as milícias civis.
Na última semana, a polícia anunciou que encontrou os cadáveres de 41 alegados bandidos, abatidos numa floresta e num rio, na área de Zurmi, em Zamfara. Quinze membros de milícias foram presos por suposta ligação aos assassínios.
NAOM
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