Bambo Sanhá que falava em entrevista à ANG sobre a subida de preços de arroz e outros produtos de primeira necessidade, sustenta que, se existisse a autoridade de Estado não seriam os operadores económicos a determinar a lei passando por cima do Governo e contra interesses dos consumidores.
Disse que a especulação de preços dos produtos de primeira necessidade no mercado é uma preocupação para a ACOBES, há muitos anos, porque, diz, não se trata de um cenário novo.
″O Ministério de Comércio, várias vezes aprovou estruturas de preços, fez termo de compromisso com importadores sucessivamente, em cada importação surge novo termo de compromisso que determna os preços dos produtos no mercado”, revelou.
Aquele responsável sublinhou que, quando o Governo fixar um determinado preço para a venda do arroz, acontece que, cada vez que haja nova importação o operador alega sempre que já não pode verder ao preço anterior.
Acrescenta que os importadores têm alegado sempre a subida de preços no mercado internacional, obrigando com isso o Ministério do Comércio a fazer novo termo de compromisso que adopta novos preços em alta.
Segundo Bambo Sanhá, são nestas cisrcunstâncias que o preço do arroz se dispara no mercado e actualmente custa 23 mil francos por saco de 50 quilogramas.
Disse que, pela informação que receberam do interior do país, o arroz supremo já saiu de 23 mil para 25 mil francos cfa cada saco de 50 quilogramas, o que a ACOBES diz ser “espantoso” perante um Governo que diz que quer ajudar a população.
O responsável da organização que defende os consumidores disse que o preço de arroz supremo chegou à esse valor por causa do termo de compromisso que o Governo estabeleceu com o importador representante do referido arroz no país.
“Para ACOBES é estranho a forma como a estrutura de preços dos produtos da primeira necessidade é aprovada no Ministério do Comércio, porque não existe nenhum forúm que junta todos os operadores do mercado para derimir assuntos ligados a problemática de qualidade de preço no mercado nacional”,referiu.
Bambo sustenta que a ACOBES propôs, há muitos anos, a criação de um Conselho Nacional de Consumo, que deverá envolver o setor público, privado e organizações dea sociedade civil, sindicatos, organização nacional de defesa dos consumidores e outros mas o Governo não se interessou por essa iniciativa.
“Em qualquer parte do mundo existe mercado livre e não preço livre, porque o preço livre é sinómino que o Estado abandonou a sua população nas mãos de comerciantes” criticou.
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