O Chefe religioso guineense, residente no Senegal, Sherif Mohamed Aidara, exortou esta, segunda-feira 6 de maio de 2019, as autoridades nacionais da Guiné-Bissau no sentido de esquecerem os seus problemas pessoais e trabalharem para o bem do país, proporcionando assim a população guineense um clima de estabilidade e de paz como outros países do mundo.
Sherif Mohamed Aidara fez esta chamada de atenção à saída do encontro com a direção superior do Partido da Renovação Social, realizado na sua sede em Bissau. Na ocasião, Mohamed Aidara disse que em qualquer conflito há sempre um culpado, porque não é possível responsabilizar toda gente, por isso é preciso cultivar diálogo como arma para ultrapassar as diferenças, perdoar-se uns aos outros e aceitar o próximo com todas as suas diferenças.
“Foi essa mensagem que transmitimos aos dirigentes do Partido da Renovação Social, do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-15) e outros partidos com quais mantivemos ainda contatos : Que esqueçam os seus problemas pessoais e pensem no povo guineense que já está cansado de ver o futuro do país a ser adiado cada dia com constates crises políticas e institucionais que nunca ajudam em nada”, reforçou.
Este líder religioso considera de “uma autêntica vergonha” de o país estar frequentemente a recorrer às delegações das organizações sub-regionais para ajudar na resolução dos problemas que os próprios filhos da Guiné-Bissau podem resolver internamente.
“Não devemos continuar a permitir essa situação no país. Nos outros países quando há um desentendimento os mais velhos são obrigados a intervirem para aconselhar e reconciliar as partes desavindas. Decidimos por iniciativa própria sair do Senegal para pedir atores nacionais para se perdoarem para o bem da nação guineense. Somos Sherifs descendentes do profeta e temos a obrigação de trabalhar para o bem-estar’’.
Salienta-se que a nova crise política e parlamentar deve-se a composição da Mesa de Assembleia Nacional Popular, sobretudo com a reprovação da candidatura do coordenador do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G 15), Braima Camará ao cargo do segundo vice-presidente do Parlamento. Outro estrangulamento tem a ver com o preenchimento do posto de primeiro Secretário da Mesa da ANP, que os renovadores (PRS) reclamam ter direito, de acordo com o regimento do hemiciclo.
Sherif disse ter recebido garantias dos dirigentes dos renovadores em como irão considerar os conselhos dos mais velhos e trabalhar para o bem da nação guineense.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
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