Arroz da China ao povo guineense continua a dividir entre PJ e ministério público
AFP
Guerra aberta entre a polícia judiciária, o ministério público e o PGR da Guiné Bissau, sobre o arroz do povo que a China ofereceu à Guiné-Bissau, mas cujas grandes quantidades foram desviadas em proveito pessoal por alguns governantes. O PJ quer continuar a investigar o paradeiro do arroz desviado, enquanto o Ministério público, exige que a investigação seja parada.
O judiciário guineense vive por estes dias momentos de tensão nunca antes vistos.
É a policia judiciária que se envolveu com o Ministério Público, é o Procurador-geral em pé de guerra com o sindicato dos magistrados, são os juristas que se digladiam nos órgãos de comunicação social.
Digamos que o motivo de tanta discórdia entre os elementos do judiciário guineense é o arroz que a China ofereceu à Guiné-Bissau, mas cujas grandes quantidades foram desviadas em proveito pessoal por alguns governantes.
A PJ tem estado a investigar o paradeiro do arroz desviado, o Ministério Público, por sua vez, quer que a investigação seja parada, por alegadamente, não estar a respeitar os trâmites legais.
O Ministério Público, na voz do próprio Procurador-Geral da República, Bacari Biai, deu até sexta-feira passada, uma ordem à PJ no sentido de aquela força policial devolver as 36 toneladas do arroz apreendidas na casa do ministro da Agricultura, Nicolau dos Santos.
A diretora nacional da PJ, Filomena Lopes disse que a ordem não seria cumprida e que o Procurador, Bacari Biai estava emocionado quando deu o ultimato à PJ.
A juntar ao barulho, o sindicato dos magistrados do Ministério Público publicou uma carta aberta que endereçou ao Presidente guineense, pedindo a José Mário Vaz para que demita Bacari Biai do cargo de Procurador-Geral da República, por já não reunir condições para estar no posto.
Estes e outros assuntos constituem temas de debates nas rádios guineenses, com vários juristas a dizerem da sua justiça e com todos a admitirem ser muito má a imagem que o judiciário está a passar a sociedade.
De Bissau, o nosso correspondente, Mussá Baldé.
RFI
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