Dezenas de pessoas protestaram hoje junto ao escritório da Transportadora Aérea Portuguesa (TAP) em Bissau devido ao atraso da chegada das suas malas de viagem, considerando que o serviço que está a ser prestado "é horrível".
"Cheguei na terça-feira e não recebi nenhuma das cinco malas. Viajei com um criança de três meses e outra de três anos. Aqui na TAP ninguém nos diz nada", afirmou Solange Guissange.
Revoltada, Solange Guissange disse que a companhia lhe deu 100 dólares, mas questionou o que faz com aquele dinheiro com duas crianças.
"Não aceito isto", lamentou.
Outra passageira, Tamará Cá, que também viajou pela TAP, mas na quinta-feira, com uma bebé, não recebeu nenhuma das cinco peças de bagagem, incluindo a que podia ter trazido consigo na cabine.
"Tinha direito a duas malas de 23 quilogramas e paguei mais duas", disse, explicando que não recebeu nenhuma mala e uma delas trazia o único leite que a bebé pode beber e que não há em Bissau.
Carlos Tibúrcio, um português que trabalha há dezenas de anos na Guiné-Bissau e que viaja com frequência entre os dois países, disse que os "serviços estão horríveis" e que "as coisas não funcionam".
"As informações da TAP são incorretas", lamentou, salientando que chegou na terça-feira e que se vai embora na quinta-feira.
Outras duas passageiras, que foram de férias a Bissau, e que também chegaram na terça-feira, ainda não receberam as malas.
"Desde 16 abril que há pessoas que não têm mala e a única resposta que temos tido da TAP é que talvez no próximo voo", disse Astrides Costa Pina, lamentando que as férias se tenham tornado num momento de 'stress'.
A Lusa contactou a TAP em Bissau e em Lisboa, mas ate ao momento ainda não obteve resposta.
Num alerta na página oficial da TAP na Internet, a companhia aérea adverte que há restrições de bagagem nos voos com destino a Bissau devido a "limitações de espaço" nos aviões, nomeadamente no período da Páscoa, entre 06 de abril e 21 de abril, no verão, entre 20 de junho e 15 de agosto, e no Natal, entre 11 de dezembro e 06 de janeiro de 2020.
No mesmo alerta, a TAP salienta que nas viagens com destino a Bissau não é permitido excesso de bagagem da franquia associada à tarifa, nem compra de peças de bagagem extra.
"Apenas serão aceites o número de bagagens indicadas no bilhete e cuja soma das três dimensões (altura, largura, comprimento) não ultrapasse os 158cm, com peso máximo de 23kg, em classe económica, e de 32kg, em classe executiva.
A limitação aplica-se a todos os bilhetes, independentemente do tipo de produto adquirido ou estatuto de Passageiro Frequente, com exceção dos bilhetes tap|discount, onde apenas será possível adicionar uma peça de bagagem", sublinha.
Mas, apesar das restrições em vigor, a TAP continua a vender e a aceitar malas extras para os voos com destino a Bissau.
DN
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