Fonte: Domingos Simões Pereira
O anúncio do levantamento das sanções impostas aos desordeiros, está a merecer comparável reação à sua imposição, por parte dos mesmos protagonistas. À euforia dessa “grande vitória” se sucedem proclamações individuais sobre quem conseguiu a proeza. Ou seja, gente que apontava o dedo a outrem por serem responsáveis pela imposição das sanções, agora se proclamam heróis por as conseguir levantar. Que pequenez e que pobreza de espírito!
Nós, compreendemos e saudamos esta decisão da CEDEAO.
Depois da última missão da CEDEAO dedicada à avaliação dos preparativos para as eleições, assumindo a importância desse ato para o regresso à normalidade governativa, a CEDEAO precisava afastar as nuvens que se queria formar, em como estivesse a beneficiar um dos lados da contenda. Por isso, avaliou os propósitos das sanções e, tendo constatado que no essencial se teria cumprido os compromissos (não se afasta a possibilidade de algum presidente ter tido mais estímulos que outros, até porque há negociações em curso) avança-se para o levantamento formal das sanções, assim permitindo que todos participem do jogo, em condições de igualdade de circunstâncias e oportunidades.
Agora, nos parece evidente que as atenções se centram em dois aspetos, esses sim importantes: que a data de 18 de novembro seja respeitado e; que não haja nenhuma perturbação e tentativa de interferência, estranha ao processo e às regras (sob pena de sanções mais gravosas e com o marco de reincidência).
Todos (os guineenses) estamos atentos, e a CEDEAO também. Aliás e as NU, tal como a UA, a CPLP e a EU.
Que se lance o jogo porque os árbitros estão a postos!
Boa sorte Guiné,
Viva o PAIGC!
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