quarta-feira, 12 de julho de 2023

NATO: Cimeira da Aliança Atlântica termina hoje com participação de Zelensky

© Lusa

POR LUSA    12/07/23 

A cimeira da Aliança Atlântica em Vilnius, na Lituânia, termina hoje com a participação do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e a primeira reunião do novo Conselho NATO-Ucrânia.

Os trabalhos retomam pelas 9h00 locais (mais duas horas do que em Portugal continental), com uma reunião entre os 31 Estados-membros da NATO, e a participação, como convidados, da Suécia, dos parceiros do Indo-Pacífico e da União Europeia.

Com o processo de adesão da Suécia a avançar para a última etapa depois do desbloqueio do impasse imposto pela Turquia, na véspera do início da cimeira, e o esclarecimento no primeiro dia quanto a uma eventual adesão da Ucrânia, o último dia da cimeira vai abordar as "ameaças híbridas" e, em particular, a "assertividade chinesa" que "afeta a segurança" dos aliados e seus parceiros.

Por isso, países como o Japão, a Coreia do Sul, Nova Zelândia e a Austrália foram convidados a participar nas reuniões de hoje.

De acordo com o programa oficial, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, e o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky vão dar uma conferência de imprensa conjunta, que antecederá a primeira reunião do novo Conselho NATO-Ucrânia.

Este conselho coloca a Ucrânia em pé de igualdade com os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte, ainda que não faça parte dela.

Ao final do dia, o secretário-geral da NATO dará nova conferência de imprensa. O primeiro-ministro português António Costa também deverá falar à imprensa.

No primeiro dia da cimeira, o secretário-geral da NATO anunciou que o convite para a Ucrânia aderir à NATO será feito "quando houver concordância" de todos os Estados-membros e "as condições estiverem reunidas", e que nunca houve um calendário.

A Lituânia, país anfitrião da cimeira, aderiu à NATO em 2004, juntamente com a Bulgária, a Estónia, Letónia, Roménia, Eslováquia e Eslovénia, e faz fronteira com a Bielorrússia, a Letónia e o enclave russo de Kaliningrado.


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Cuba denuncia presença de submarino nuclear americano em Guantánamo

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POR LUSA    12/07/23 

Cuba denunciou terça-feira a presença "provocadora" de um submarino de propulsão nuclear norte-americano na baía de Guantánamo, que acolhe uma base militar dos Estados Unidos.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Cuba "rejeita categoricamente a entrada na Baía de Guantánamo, em 05 de julho de 2023, de um submarino de propulsão nuclear que permaneceu até 08 de julho na base militar dos Estados Unidos", disse em comunicado.

Segundo o ministério trata-se de uma "escalada provocativa dos Estados Unidos, cujos motivos políticos e estratégicos não são conhecidos", o que constitui um "perigo representado pela presença e circulação de submarinos nucleares" nas Caraíbas.

O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller, , citando "o porta-voz do Pentágono", afirmou que "continuaremos a voar, navegar e mover ativos militares onde quer que isso seja apropriado pela lei internacional".

Esta denúncia ocorreu quando, nos últimos meses, Havana e Moscovo multiplicaram os sinais de aproximação com o anúncio de futuros projetos conjuntos em várias áreas, em particular na "técnico-militar".

Na terça-feira, o navio-escola Perekop, da Marinha Russa, entrou no porto de Havana para uma "visita oficial" até quinta-feira, segundo a televisão cubana.

Os EUA também acusam a China de, durante anos, tentar desenvolver operações de espionagem a partir de Cuba, que fica a 160 quilómetros da Florida.

Havana reclama regularmente que sejam devolvidos os 117 quilómetros quadrados onde está localizada a base americana, propriedade dos Estados Unidos desde 1898.

Desde 2002, os Estados Unidos usam esta base como uma prisão militar como parte da "guerra contra o terrorismo" após os ataques de 11 de setembro de 2001.


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terça-feira, 11 de julho de 2023

Ucrânia convidada a aderir à NATO quando cumprir "condições"

© Lusa

POR LUSA   11/07/23 

O secretário-geral da NATO anunciou hoje que o convite para a Ucrânia aderir à NATO será feito "quando houver concordância" de todos os Estados-membros e "as condições estiverem reunidas", e que nunca houve um calendário.

"Vamos convidar a Ucrânia [a aderir] quando os aliados concordarem e assim que as condições estiverem reunidas", disse Jens Stoltenberg, em conferência de imprensa no final do primeiro dia da Cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Vílnius, na Lituânia.

Os jornalistas questionaram várias vezes o secretário-geral da Aliança Atlântica sobre as críticas feitas pelo Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que considerou "absurdo" não haver um calendário para a adesão do país.

Stoltenberg rebateu que "nos outros processos de adesão nunca houve um calendário": "Não é uma questão de calendário, é uma questão baseada em condições."

Apesar de não ter um calendário ou um convite, a Ucrânia será dispensada de apresentar um Plano de Ação para Aderir (MAP), requerido pela organização a todos os países que querem integrá-la.

"Isto vai alterar o caminho de adesão de um processo de duas etapas para uma etapa, mas quando as condições estiverem reunidas", reforçou.

E mesmo "uma etapa" não é sinónimo de uma adesão imediata, alertou Jens Stoltenberg.

O secretário-geral preferiu concentrar-se no "programa de assistência multianual para a transição da era soviética para os padrões" da Aliança Atlântica e através do "apoio prático" para reforçar "a interoperabilidade" entre as Forças Armadas da Ucrânia e os destacamentos ao serviço da NATO.

Tudo isto, advogou Stoltenberg, "vai aproximar a Ucrânia da NATO" e vai fazer avançar o processo de adesão, que ainda não tem data e que, explicou, não pode sequer ser equacionado enquanto prosseguir o conflito.

Nos curtos momentos da conferência de imprensa que não estiveram dominados pela questão Ucrânia, o secretário-geral da NATO reconheceu que a China "não é um adversário" e que os 31 Estados-membros têm de trabalhar com Pequim, mas reconheceu a cada vez mais proeminente "assertividade chinesa afeta a segurança" dos aliados e a modernização das Forças Armadas chinesas "sem precedentes e que está a ser feita sem transparência".

Frisou ainda a insistência de Pequim em não condenar a Rússia pela agressão à Ucrânia.


Leia Também: Mísseis entregues por França são capazes de atingir alvos na Rússia

UCRÂNIA/RÚSSIA: Mísseis entregues por França são capazes de atingir alvos na Rússia

© Getty Images

POR LUSA   11/07/23 

Os mísseis de cruzeiro entregues pela França à Ucrânia são equivalentes aos já fornecidos pelo Reino Unido e aumentam a capacidade de Kiev atingir alvos dentro da Rússia.

Estes mísseis de cruzeiro - desenvolvidos em conjunto por França como SCALP e pelo Reino Unido como Storm Shadow - podmm ser lançado de um avião de caça e Londres já tinha anunciado o seu envio para a Ucrânia, para ajudar Kiev a resistir à invasão russa.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje, no primeiro dia da cimeira da NATO, que a França iria entregar à Ucrânia mísseis SCALP, numa decisão criticada pelo Kremlin, que ameaçou tomar "contra medidas".

Hoje, uma fonte militar francesa garantiu que os Scalp já estavam na Ucrânia, para que Kiev possa tirar proveito do seu alcance de mais de 250 quilómetros, o que lhe dá acesso às áreas a leste controladas pelas forças russas.

"É essencial que as forças ucranianas interrompam a logística e o comando e controlo russo", explicou Ivan Klyszcz, investigador do Centro Internacional de Defesa e Segurança (ICDS), na Estónia, para explicar a relevância destas armas.

Há vários meses que Kiev pedia este tipo de armas, procurando romper a resistência dos países ocidentais em fornecer armas com poder de atraque.

Com esses mísseis, o quartel-general da marinha russa no Mar Negro, localizado em Sevastopol, na Crimeia, fica agora ao alcance do fogo dos ucranianos, assim como várias cidades russas próximas à fronteira.

Londres insiste que estes mísseis devem "permitir à Ucrânia repelir as forças russas baseadas no território soberano da Ucrânia", nas palavras do ministro da Defesa britânico, Ben Wallace.

Quando, recentemente, mencionou o envio destes mísseis, o Presidente francês, Emmanuel Macron, disse que eles serão entregues "mantendo a clareza e a coerência" da doutrina ocidental, de permitir que a Ucrânia "defenda o seu território".


Região de Gabú: Descarga elétrica causa a morte de 7 jovens.

Por   Radio TV Bantaba   Julho 11, 2023

Região de Gabú, na localidade de Boé, a descarga elétrica resultou na morte de 7 pessoas na aldeia Boró vizinha, da Guiné-Conacri.

Contactado pela Rádio TV Bantaba, o Comandante de Proteção Civil e Bombeiros de Gabú, Mamadu Aliu Djalo, afirmou que a tragédia ocorreu durante a cerimônia de um casamento na localidade de Boró. Na tentativa de conectar um telefone via Bluetooth ao dispositivo de som, ocorreu uma descarga elétrica que resultou na morte de sete pessoas e deixou outras 12 feridas, sendo duas delas em estado grave.

O responsável pelos bombeiros relatou que, após ser contactado pelo Administrador local, enviou uma equipe para a área afetada.

“Após o contato com o Administrador, liguei para o delegado da proteção civil da área, que, ao chegar, encontrou alguns elementos da guarda nacional, polícia de ordem pública e algumas autoridades da Guiné-Conacri que estavam presentes. A menina que estava indo para o casamento era do país vizinho”, disse Mamadu Aliu.

Segundo as informações, a maioria dos feridos foram levadas para postos de saúde do país vizinho, devido às condições de travessia. No entanto, os dois casos graves foram levados para tratamento tradicional em uma aldeia próxima, antes da chegada das autoridades.

Das vítimas fatais, “quatro” são da Guiné-Conacri e “três” são da Guiné-Bissau, em decorrência da descarga elétrica que ocorreu no último domingo na localidade de Boró, na fronteira entre Guiné-Bissau e Guiné-Conacri, no setor de Boé.


As autoridades centrais, em especial o Ministério do Interior, já estão cientes do caso, conforme relatado pelo comandante de proteção civil e bombeiro de Gabú.

De acordo com informações apuradas pela RTB, este é o terceiro incidente relacionado a descargas elétricas durante esta temporada de chuvas. Há duas semanas, uma mulher foi atingida por uma descarga elétrica, deixando um bebê de um ano. Três semanas antes disso, a mesma situação ocorreu e vitimou três crianças, sendo que duas delas faleceram e uma foi salva graças ao atendimento médico. Os dois primeiros casos ocorreram nas margens do rio Fefine, na vizinha Guiné-Conacri.

Vale ressaltar que o setor de Boé encontra-se isolado desde o afundamento da Jangada que faz a ligação de Tchetche ao continente, o que dificulta a travessia de veículos e coloca em risco a situação sanitária e de catástrofes.


Presidente da República Umaro Sissoco Embalo recebe comprimentos de pregrinos muçulmanos


 Radio Voz Do Povo 

Bispo de Diocese de Bissau Dom José Lampra Cá recebido esta terça-feira (11.07) em audiência com chefe do estado.

Estamos muito satisfeito com o apoio do Presidente da República para realização da Jornada Mundial da Juventude catolica da Guine-Bissau._disse o Bispo de Diocese de Bissau Dom José Lampra Cá após a audiência com o Chefe do estado Umaro Sissoco Embalo.
 Radio Voz Do Povo

Comerciantes organizados na fileira de Caju, em conferência de imprensa para desanuviar a situação da comercialização da castanha de caju este ano.

Bacar Sissé técnico especialista do setor, Secuna Baldé Conselheiro e o porta-voz da organização Bubacar Buaró.👇

 Radio TV Bantaba 

Bielorrússia confirma: Grupo Wagner treinará com as suas Forças Armadas

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POR LUSA    11/07/23 

O Governo da Bielorrússia confirmou hoje que membros do Grupo Wagner, chefiado por Yevgeny Prigozhin, vão participar em manobras de treino das Forças Armadas, poucas semanas depois da rebelião destes mercenários na Rússia.

O Ministério da Defesa da Bielorrússia anunciou num comunicado divulgado na rede social Telegram que "logo que os representantes do Grupo Wagner cheguem e sejam colocados nos campos de treino, para troca mútua de experiências, espera-se que seja dada uma atenção especial às técnicas de combate e métodos pelas Forças Armadas da Bielorrússia".

O Ministério sublinhou que "estão a ser concluídos os preparativos" para a chegada de soldados russos para tarefas de "coordenação de combate" e treino, no quadro de uma estreita colaboração a nível militar entre Moscovo e Minsk.

O anúncio ocorre depois de o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, ter desempenhado o papel de mediador após a rebelião de 24 de junho, liderada por Prigozhin, cujas forças avançaram até à capital russa.

Horas depois do motim, as partes chegaram a um acordo que previa a retirada dos membros do Grupo Wagner com vista à sua eventual integração no Exército e a retirada das acusações dos envolvidos na revolta.

Embora inicialmente houvesse informação que o líder do Grupo Wagner poderia ter-se instalado no território da Bielorrússia, na semana passada Lukashenko admitiu que Prigozhin estava na cidade russa de São Petersburgo.

Na segunda-feira, o Kremlin confirmou que o Presidente russo, Vladimir Putin, e o líder do Grupo Wagner se tinham reunido em 29 de junho, para discutir os acontecimentos de 24 de junho.


Campanha de Sensibilização sobre Violência Baseada no Gênero, promovida pela AGUIBEF (Associação Guineense para o bem estar Familiar).

 Radio TV Bantaba

Instituto Nacional de Segurança Social. Projeto imobiliario de construção de casas habitacionais e comerciais em SAFIM.

 Radio TV Bantaba 

França vai entregar à Ucrânia mísseis de longo alcance 'Scalp'

© Lusa

POR LUSA   11/07/23 

O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje, no primeiro dia da cimeira da NATO, que a França vai entregar à Ucrânia mísseis de longo alcance 'Scalp', decisão já criticada pelo Kremlin, que ameaçou tomar "contra medidas".

"Decidimos entregar novos mísseis que permitirão à Ucrânia um ataque com maior profundidade", disse Macron à chegada à cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Vílnius, na Lituânia, sem adiantar quantos serão encaminhados para Kyiv.

"O que é importante para nós hoje é enviar uma mensagem de apoio à Ucrânia, de unidade da NATO e de determinação de que a Rússia não pode e não deve ganhar esta guerra", acrescentou.

O míssil de cruzeiro 'Storm Shadow', desenvolvido conjuntamente pelo Reino Unido e pela França e denominado 'Scalp' pelo exército francês, é lançado a partir o ar, tendo um alcance de mais de 250 quilómetros, mais do que qualquer outra arma fornecida a Kyiv pelos países ocidentais.

Com o seu longo alcance, estes mísseis são capazes de atingir áreas no leste da Ucrânia controladas pelas forças russas.

Em maio, o Reino Unido foi o primeiro país a anunciar que estava a enviar mísseis de longo alcance para a Ucrânia. Poucos dias depois, a Rússia afirmou ter intercetado um 'Storm Shadow' no âmbito do conflito na Ucrânia.

"[Os mísseis 'Scalp'] serão entregues mantendo a clareza e a coerência da nossa doutrina, ou seja, para permitir à Ucrânia defender o seu território", explicou Macron, excluindo implicitamente qualquer utilização para atacar a Rússia.

Segundo a revista especializada Défense et Sécurité Internationale, a França tem "menos de 400" destes mísseis.

O Presidente francês também se "congratulou" com o acordo alcançado com a Turquia para finalizar a adesão da Suécia à NATO.

Em Moscovo, através do porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, a presidência russa considerou que o envio dos mísseis franceses para Kiev "é um erro" que vai obrigar a Rússia a tomar "contra medidas" no conflito com a Ucrânia.

"Do nosso ponto de vista, trata-se de uma decisão errada com consequências graves para a Ucrânia, porque naturalmente nos obrigará a tomar contra medidas", afirmou Peskov aos jornalistas.

A cimeira da NATO, que começou hoje na Lituânia, está centrada no apoio à Ucrânia contra a invasão russa e na adesão da Suécia à Aliança Atlântica, bem como no reforço dos meios militares dos aliados contra futuras ameaças.

O reforço das capacidades de dissuasão e defesa da Aliança é um dos principais temas da cimeira, que junta os 31 atuais membros para analisar uma revisão do modelo de organização militar e novos planos regionais - um plano cuja relevância foi fortalecida pela invasão russa da Ucrânia iniciada em fevereiro do ano passado.

A cimeira servirá para discutir ainda o reforço do investimento dos aliados, para dar resposta a este plano, bem como para suprir as necessidades da Ucrânia no seu esforço de guerra. 


Leia Também: Espanha e Marrocos resgatam 172 pessoas que tinham saído do Senegal

França. Mãe confessa ter matado filhos de 5 e 10 anos após separação... Mulher cometeu homicídio na sequência da separação do pai do filho mais novo.

© ´Getty Images/LOIC VENANCE

Notícias ao Minuto    11/07/23 

Uma mulher confessou ter matado os dois filhos, de 5 e 10 anos, cujos corpos foram encontrados a 10 de junho, numa casa em Wargnies-le-Grand, no norte de França.

A mãe das vítimas, de 35 anos, confessou agora o crime, segundo avança a procuradoria francesa num comunicado publicado esta terça-feira.

A tragédia terá ocorrido no contexto de uma separação do pai do filho mais novo e em que o tribunal terá decidido que a criança deveria ficar sob a guarda do homem. Contudo, segundo o France Bleu, a mulher "não tencionava entregar a guarda, em conformidade com a decisão do juiz do tribunal de família de Avesnes-sur-Helpe".

A mulher terá explicado que drogou os filhos para os adormecer. Em seguida, afogou-os na banheira da casa da família. Os bombeiros ainda foram chamados ao local mas já nada podiam fazer para reanimar as vítimas. 

A mãe foi encontrada inconsciente num tanque e levada de urgência para o hospital de Valenciennes, a cerca de dez quilómetros de distância. Acabou por sobreviver.

O Ministério Público francês considerou que o crime foi premeditado e a mãe foi acusada de homicídio e colocada em prisão preventiva.

A mulher foi sujeita a um exame psiquiátrico que permitiu constatar "uma diminuição do discernimento".


CEDEAO aprova candidatura da Guiné-Bissau a membro não permanente no Conselho de Segurança da ONU

Por LUSA

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) aprovou a candidatura da Guiné-Bissau e da Libéria a membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU, segundo o comunicado final da cimeira de domingo e hoje divulgado.

"Os chefes de Estado e de Governo aprovaram a candidatura da Libéria para 2026-2027 e da Guiné-Bissau para 2028-2029", refere-se no comunicado.

Os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO realizaram no domingo em Bissau a sua primeira cimeira anual, que marcou o fim da presidência rotativa da Guiné-Bissau da organização.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas é composto por 15 membros, dos quais cinco são permanentes.

Os membros permanentes são os Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido.

Os membros não permanentes são eleitos pela Assembleia-Geral das Nações Unidas por um período de dois anos.

Ministro ucraniano garante ter provas de preparação de ataque russo à central nuclear de Zaporizhzhia

A Ucrânia insiste que a Rússia está a colocar minas na central nuclear de Zaporizhzhia.

Desta vez foi o ministro ucraniano da Energia, German Galushchenko, a garantir ter provas, em declarações à Associated Press. No caso serão fotografias de satélite que comprovam a preparação de um ataque contra a central.



Leia Também:  Luz verde da Turquia para Suécia na NATO é mais uma "derrota geoestratégica" para Putin

Hungria indica que adesão da Suécia à NATO é apenas uma questão técnica

© Thierry Monasse/Getty Images

POR LUSA   11/07/23 

O governo húngaro disse hoje que o processo de adesão da Suécia à NATO é "apenas uma questão técnica" dando um sinal favorável ao processo, um dia depois de a Turquia ter cedido na sua posição.

"A nossa posição é clara: o Governo apoia a adesão de Estocolmo à Aliança Atlântica (...). A conclusão do processo de ratificação é agora apenas uma questão técnica", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, Peter Szijjarto.

A declaração foi difundida por Szijjarto na plataforma digital Facebook, antes de partir para a cimeira da NATO em Vilnius.

A questão da adesão sueca teve na segunda-feira um desenvolvimento importante, com o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, a concordar com a entrada da Suécia na Aliança Atlântica.

Em contrapartida, Estocolmo garantiu que apoiaria os esforços de adesão da Turquia à União Europeia (UE), incluindo na liberalização de vistos.

O reforço das capacidades de dissuasão e defesa da Aliança é um dos principais temas da cimeira, que junta hoje e quarta-feira os 31 atuais membros para analisar uma revisão do modelo de organização militar e novos planos regionais - um plano cuja relevância foi fortalecida pela invasão russa da Ucrânia iniciada em fevereiro do ano passado.

A cimeira servirá para discutir ainda o reforço do investimento dos aliados, para dar resposta a este plano, bem como para suprir as necessidades da Ucrânia no seu esforço de guerra.


Leia Também: NATO: Cimeira arranca hoje centrada na guerra e na adesão da Suécia


Leia Também: O Presidente chinês, Xi Jinping, assegurou hoje à líder da câmara alta do parlamento russo que a China vai continuar a aprofundar a parceria com a Rússia, durante um encontro realizado em Pequim.

EUA descartam classificar fentanil como arma de destruição em massa

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POR LUSA   11/07/23 

O governo dos Estados Unidos descartou esta segunda-feira classificar o fentanil como arma de destruição em massa, posição que alguns republicanos defendem, garantindo que tem "as ferramentas necessárias" para combater este opioide sintético.

"Neste momento, não vemos a listagem do fentanil como uma arma de destruição em massa a dar-nos qualquer ferramenta que não temos", sublinhou Todd Robinson, chefe do gabinete antidrogas do Departamento de Estado, numa entrevista telefónica com jornalistas.

Robinson referiu que os departamentos de Estado e de Justiça, bem como a Agência Antidroga dos Estados Unidos (DEA), já possuem "as ferramentas necessárias para perseguir as redes que traficam essa droga", noticiou a agência Efe.

Alguns procuradores em estados controlados pelos republicanos, como a Florida, pediram ao Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que listasse o fentanil como uma arma de destruição em massa, de forma a alocar mais recursos e permitir uma maior coordenação para combatê-lo.

O fentanil é um poderoso opioide sintético fabricado por cartéis mexicanos a partir de precursores químicos da China e traficado para os Estados Unidos, onde no ano passado mais de 70 mil pessoas morreram por overdose dessa substância.

Os Estados Unidos lançaram uma coligação global contra o tráfico de fentanil e outras drogas sintéticas na sexta-feira, juntamente com mais de 80 países, incluindo o México.

Robinson elogiou esta segunda-feira a cooperação com o governo mexicano nesta matéria, apesar de o Presidente daquele país, Andrés Manuel López Obrador, ter questionado a acusação de que o fentanil é fabricado no México.

O governante assegurou que os dois países têm uma "excelente relação" e que estão a trabalhar para aumentar a cooperação de ambos os lados da fronteira.

"Estou muito orgulhoso dos nossos parceiros do México", sublinhou Robinson, que também destacou que o país latino-americano reconheceu que também sofre com a disseminação do fentanil.

Por outro lado, Todd Robinson referiu que a China, que não se juntou à coligação, "pode fazer muito mais" na monitorização e partilha de informações sobre precursores.

"Todos nós sabemos que existem empresas na China que desempenham um papel muito importante na distribuição dos produtos químicos utilizados para fabricar estas drogas", salientou.


Leia Também: EUA lançam coligação contra fentanil mas China rejeita adesão

Irão não está a fabricar armas nucleares, dizem serviços secretos dos EUA

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POR LUSA   11/07/23 

O Irão não está atualmente a tentar fabricar armas nucleares, mas intensificou atividades que podem ajudar a desenvolvê-las no futuro, concluiu uma avaliação divulgada hoje pelos serviços secretos dos EUA.

"O Irão não está atualmente a realizar as principais atividades de desenvolvimento de armas nucleares que seriam necessárias para produzir um dispositivo nuclear testável", de acordo com a sinopse não classificada do relatório, de duas páginas.

No entanto, continua a realizar "atividades de investigação e desenvolvimento que o podem aproximar da capacidade de produzir o material físsil necessário para concluir um dispositivo nuclear após a decisão de o fazer", refere o mesmo documento.

Por isso, o Irão continua a violar os termos do acordo nuclear de 2015, que acordou com as potências mundiais, do qual a administração de Donald Trump retirou os EUA em 2018.

"O Irão continua a aumentar o tamanho e o nível de enriquecimento das suas reservas de urânio para além dos limites definidos no acordo", confirma o relatório.

Segundo o Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional, o Irão tentou aumentar a sua capacidade para produzir uma bomba atómica a partir de 2020, mas parou pouco depois de o procurar.

As descobertas vão ao encontro de avaliações anteriores dos EUA sobre o programa nuclear do Irão, embora muitos elementos do Congresso e titulares de outros cargos se tenham mostrado céticos em relação às mesmas.

O governo de Joe Biden tem defendido a sua intenção de retomar o acordo nuclear de 2015 com o Irão, mas esse esforço complicou-se nos últimos meses, após a suspensão do chefe das negociações.

Rob Malley foi colocado em licença não remunerada, no mês passado, enquanto aguarda uma investigação às alegações de que terá manipulado indevidamente informações classificadas.

Para além das descobertas nucleares, o relatório dos serviços secretos norte-americanos diz ainda que o programa de mísseis balísticos iranianos continua a representar uma ameaça significativa para os países do Médio Oriente.

"O Irão colocou ênfase na melhoria da precisão, letalidade e fiabilidade dos seus mísseis", aponta o relatório.


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PRESIDENTE DA REPÚBLICA DESPEDE-SE DO HOMÓLOGO NIGERIANO E ACTUAL PRESIDENTE DA CEDEAO BOLA TINUBU

O Presidente da República,, despediu-se hoje do homólogo nigeriano, Bola Tinubu, que regressou hoje a Abuja depois de ter participado na 63ª Sessão Ordinária da Autoridade dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), realizada no domingo em Bissau.

Durante a Cimeira, Tinubu foi eleito por unanimidade pelos chefes de Estado do bloco regional para assumir a presidência rotativa da CEDEAO, substituindo o líder da Guiné-Bissau, General Umaro Sissoco Embaló.

 Presidência da República da Guiné-Bissau   10.07.2023


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Pelo menos 42 mortos devido às fortes chuvas na Índia

Índia (EPA)

Por Agência Lusa,  11/07/23 

Zonas mais afetadas situam-se no estado de Himachal Pradesh

O número de mortos devido às inundações causadas pelas fortes chuvas registadas nos últimos dias no norte da Índia subiu para 42, informaram esta terça-feira as autoridades.

A tempestade provocou deslizamentos de terras e inundações que derrubaram casas e arrastaram veículos, submergindo cidades e terrenos agrícolas.

As zonas mais afetadas situam-se no estado de Himachal Pradesh, embora também tenham sido afetadas zonas de Uttarakhand e a capital, Nova Deli.

O anterior balanço apontava para 12 mortos.


Leia Também: Pelo menos seis mortos no Japão devido ao mau tempo

Fuga de informação sobre o comboio secreto de Putin expõe a "paranoia" do líder russo - a carruagem número 021-78630

Imagens do comboio de Putin, provenientes de sites amadores de trainspotting russos. O comboio está pintado de forma a parecer um vulgar comboio russo. Mas, de acordo com o Dossier Center, é identificável pela utilização de duas locomotivas TEP70BS e pelas antenas brancas numa ou duas carruagens. CNN

Por cnnportugal.iol.pt,  11/07/23 

Sabe-se muito pouco sobre a vida privada de Putin. A sua imagem pública é cuidadosamente tratada, como se tornou evidente nos dias que se seguiram ao curto motim de Yevgeny Prigozhin. Mas um conjunto de documentos e fotografias obtidos em exclusivo pelo Dossier Center, um grupo de investigação russo sediado em Londres, e partilhados com a CNN, o Süddeutsche Zeitung e os canais públicos alemães NDR e WDR, revelam pormenores que o Kremlin esconde do público e até que ponto a paranoia de Putin criou uma existência enclausurada

O dia 5 de agosto de 2022 foi um dia como muitos outros na Ucrânia. O raiar do dia revelou a devastação de uma noite de bombardeamentos russos.

Nessa manhã, os ataques russos a um bairro residencial de Mykolaiv provocaram uma "destruição significativa", disse na altura o governador da região, ferindo pelo menos 10 pessoas.

Nesse mesmo dia, em Moscovo, os burocratas do gabinete do presidente Vladimir Putin estavam preocupados com uma questão muito distante da guerra brutal na Ucrânia.

"A Administração dos Transportes recebeu um apelo", escreveu um funcionário do Kremlin, "sobre a necessidade de instalar equipamento de ginástica Hoist HD-3800 e Hoist HD-3200 em vez de Abductor-Standard e Abductor-Technogym no vagão desportivo-sanitário n.º 021-78630".

Documentos recentemente divulgados sugerem que o "vagão desportivo-sanitário" é utilizado apenas pelo próprio Putin.

Sabe-se muito pouco sobre a vida privada de Putin. A sua imagem pública é cuidadosamente tratada, como se tornou evidente nos dias que se seguiram ao curto motim de Yevgeny Prigozhin. Mas um conjunto de documentos e fotografias obtidos em exclusivo pelo Dossier Center, um grupo de investigação russo sediado em Londres, e partilhados com a CNN, o Süddeutsche Zeitung e os canais públicos alemães NDR e WDR, revelam pormenores que o Kremlin esconde do público e até que ponto a paranoia de Putin criou uma existência enclausurada.

O Dossier Center é apoiado por Mikhail Khodorkovsky, um antigo magnata do petróleo russo exilado que se tornou crítico do Kremlin.

O facto de Putin usar um comboio é bem conhecido. O próprio Kremlin divulgou imagens de reuniões realizadas a bordo, numa sala ornamentada. O conteúdo das outras 20 carruagens do comboio, no entanto, tem sido um segredo de Estado bem guardado.


Segundo o Dossier Center, a fuga de informação teve origem num informador da Zircon Service, uma empresa russa encarregada pelos caminhos-de-ferro russos de equipar as carruagens destinadas ao gabinete do presidente russo.

Entre as partes do comboio que são detalhadas está a carruagem número 021-78630. Uma brochura brilhante feita pela própria Zircon mostra um luxuoso ginásio e um spa sobre rodas concebidos para Putin, diz o Dossier Center.


O veículo foi concluído em 2018. Na altura em que as fotografias foram tiradas, estava equipado com pesos e equipamento de resistência Technogym de fabrico italiano - mais tarde substituídos, ao que parece, por máquinas Hoist fabricadas por uma empresa sediada nos EUA.

Mais à frente, ao fundo, um spa equipado com uma mesa de massagens e todo o tipo de equipamento de beleza topo de gama - incluindo, de acordo com um documento que foi divulgado, uma máquina de radiofrequência utilizada para aumentar a firmeza da pele. Os documentos do Dossier Center sugerem que a própria sala foi concebida para impedir a utilização de aparelhos de escuta.

Por fim, uma casa de banho ladrilhada dispõe de banho turco completo e de duche.


Entre os documentos obtidos pelo Dossier Center encontram-se cartas que ligam o equipamento das carruagens, incluindo a carruagem-ginásio, diretamente a funcionários do Kremlin ao mais alto nível.

O Kremlin nega categoricamente as descobertas do Dossier Center. "O presidente Putin não tem nenhuma viatura deste género para uso ou propriedade sua", respondeu o governo russo à CNN.

A CNN também contactou a Zircon Service e os caminhos-de-ferro russos para obter uma reação, mas não obteve resposta.

Em 2 de novembro de 2018, foi realizada uma reunião para avaliar o trabalho que faltava fazer no vagão do ginásio, número 021-78630. A ata dessa reunião, também obtida pelo Dossier Center, mostra que, além dos executivos da Zircon e dos caminhos-de-ferro russos, estavam presentes dez funcionários do Serviço Federal de Segurança (FSO), encarregado de proteger o presidente russo.


Dezenas de contratos de manutenção divulgados pelo Dossier Center, alguns dos quais mencionam a carruagem de ginásio número 021-78630, afirmam que qualquer trabalho nas carruagens de comboio deve ser coordenado com o FSO.

Em 2020, um alto funcionário dos Caminhos-de-Ferro Russos, Dmitry Pegov, escreveu ao diretor-adjunto do FSO, Oleg Klimentiev, pedindo-lhe que revisse as propostas que tinha enviado para a construção de alojamentos em duas carruagens.

"Até à data, ainda não recebemos do FSO a aprovação de nenhuma das opções, o que não nos permite iniciar o processo de celebração de um contrato e começar a construção dos vagões", escreveu Pegov. "Peço-lhe, caro Oleg Ateistovich, que reveja os conceitos propostos e nos informe sobre a decisão tomada."

As tentativas da CNN de contactar Pegov e Klimentiev para comentar o assunto não foram bem sucedidas.

De acordo com um antigo engenheiro e capitão da FSO, Gleb Karakulov, que desertou do país no ano passado e foi entrevistado pelo Dossier Center em condições de extremo secretismo, Putin tem-se voltado cada vez mais para as viagens de comboio como forma de evitar ser seguido.

"O avião, assim que descola, passa imediatamente pelo radar de voo", disse Karakulov na entrevista, que foi gravada em dezembro passado. "O comboio é utilizado para, de alguma forma, esconder estes movimentos."

Karakulov disse que começou a trabalhar no comboio, instalando equipamento de comunicações, por volta de 2014. De acordo com o seu relato, o comboio passou a ser utilizado com muito mais frequência no segundo semestre de 2021, quando a Rússia se preparava para a invasão total da Ucrânia.

De acordo com Karakulov, desde o início da guerra, o comboio de Putin tem passado bastante tempo estacionado perto de Valdai, uma região remota da Rússia entre Moscovo e São Petersburgo. Putin mantém uma grande residência na zona, conhecida pelo seu lago bucólico e pelas suas florestas.

"Os nossos empregados estavam em quarentena especificamente para este comboio especial", disse Karakulov ao Dossier Center. "Desde o início da guerra, os homens diziam que partiam para algures na direção de Valdai durante 40 ou mesmo 45 dias.

"Talvez não haja partida de comboio num determinado dia, mas as pessoas estão sempre prontas."

A privacidade, porém, não é total. A vulnerabilidade tem surgido sob a forma de observadores de comboios amadores.

"Há um comboio fantasma nos caminhos-de-ferro do nosso país", escreveu um observador de comboios ao lado de uma imagem do que parece ser o comboio de Putin que publicou no site rutrain.com. "Não está nos horários nem nos sistemas dos caminhos-de-ferro russos".

Outra imagem de um site amador de trainspotting russo parece mostrar o comboio de Putin. Os observadores de comboios dizem que não aparece nos horários nem nos sistemas dos caminhos-de-ferro russos. CNN

Conseguem identificar o comboio, em parte, pela utilização de duas locomotivas e, em parte, por uma caraterística identificada na brochura feita pela Zircon Service. Uma cúpula branca caraterística, que o Centro de Dossiês diz conter antenas de comunicações avançadas, está bem visível numa das carruagens.


As cúpulas não aparecem nos comboios russos normais. Mas eram visíveis num vídeo oficial divulgado pelo Kremlin em 2019, numa carruagem de um comboio dos Caminhos de Ferro Russos especialmente fretado, enquanto Putin passava sobre a recém-construída ponte de Kerch, entre a Rússia continental e a Crimeia ocupada.

É através da imagem dessas cúpulas que sabemos que o comboio de Putin tem as marcas exteriores normais de um comboio russo. Foi visto - e fotografado - repetidamente ao longo dos anos por observadores de comboios amadores.

Tentar compreender a mentalidade de Putin é um assunto inerentemente especulativo. O melhor que se pode fazer é recorrer àqueles que passaram algum tempo com ele.

Abbas Gallyamov está entre eles, tendo sido durante anos um dos redactores de discursos de Putin.

"Penso que o seu sentimento de insegurança política o levou a sentir-se cada vez mais inseguro fisicamente", disse Gallyamov a partir de Israel, onde vive atualmente. Há muitas pessoas que lhe são muito próximas e que estão a usar esta insegurança em proveito próprio, dizendo-lhe: "Olha, há uma ameaça aqui, uma ameaça aqui, uma ameaça aqui".

A "paranoia", como descreve Gallyamov, levou o líder russo a construir cada vez mais muros à sua volta.

"Está a perder a guerra, está a perder na política, está a perder popularidade", diz Gallyamov. "Está a arranjar cada vez mais inimigos e a cometer cada vez mais crimes. Sente que está rodeado de inimigos. E, psicologicamente, quer sentir-se protegido contra todas estas coisas".

A distância criada por essas protecções, especula Gallyamov, pode ser um dos problemas mais imediatos de Putin. E, ironicamente, pode ser uma razão para os confortos extremos construídos para o seu comboio.

"Ele está a viajar muito pouco", disse Gallyamov. "Está a perder o contacto com o país. As pessoas da sua administração preocupam-se com isso".

"Eles (funcionários do Kremlin) compreendem que este é um dos problemas que leva ao declínio da sua popularidade. Por isso, provavelmente estão a tentar fazer com que ele possa sair da sua residência e viajar para qualquer lugar o mais confortavelmente possível."

Esta abordagem de quase reclusão foi abalada pela curta revolta de Wagner. Nos dias que se seguiram à rebelião, Putin participou num número invulgarmente elevado de reuniões e foi mesmo visto a cumprimentar membros do público.

Não se sabe se utilizou o seu comboio especial para se deslocar, mas é provável que a agitação não tenha contribuído para aliviar a sua "paranoia".

*Katharina Krebs contribuiu para este artigo

segunda-feira, 10 de julho de 2023

SAÚDE: Tem cãibras nas pernas muitas vezes? Cinco justificações comuns... É provável que fique surpreendido.

© Shutterstock

Notícias ao Minuto   10/07/23 

Quase toda a gente já sofreu de cãibras nas pernas. É algo normal e, na maioria das vezes, inofensivo, mas também muito incómodo e doloroso. Não sabe o que causa esta a súbita contração dos músculos da barriga da perna ou das coxas? Médicos enumeraram as razões mais comuns na revista Self. 

1- Fadiga e uso excessivo 

Neste caso, as cãibras acontecem devido à pressão sobre as articulações e os músculos, explica John Gallucci Jr., um fisioterapeuta.

Então, "a pressão adicional sobre o músculo faz com que os músculos circundantes se tornem fracos, o que, por sua vez, faz com que outros músculos trabalhem mais, o que resulta numa contração que pode durar de segundos a minutos"

2- Desequilíbrio de eletrólitos

"Quando temos um desequilíbrio eletrolítico, particularmente um desequilíbrio de certos eletrólitos como o magnésio, podem ocorrer cãibras musculares", explica Lauren Manaker, outra médica.

Aliás, como o magnésio desempenha um papel na contração muscular, muitos acreditam que a deficiência deste nutriente pode estar particularmente ligada a cãibras musculares, acrescenta.

 3- Certas doenças e medicamentos

É o caso de condições como diabetes, trombose venosa profunda, insuficiência renal, doença arterial periférica, compressão de nervos ou doenças que envolvam o fígado ou a tiroide. "Estas condições podem causar a dor de uma "cãibra", mas pode ser outra coisa que está a causar a dor, como um coágulo de sangue, por exemplo", diz John Gallucci Jr. 

4- Não fazer alongamentos 

Isto aumenta significativamente a vulnerabilidade e o risco de sofrer cãibras nas pernas. Aliás, se alonga incorretamente, é capaz de aumentar as dores, o que resulta em mais espasmos musculares

5- Passa muito tempo sentado ou de pé

Estes hábitos podem causar uma série de problemas de saúde, incluindo aumento de peso e obesidade, aumento da pressão arterial, níveis elevados de açúcar no sangue e outros problemas de saúde. Todos levam a uma maior probabilidade de cãibras nas pernas.


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