© Reuters
POR LUSA 12/07/23
Cuba denunciou terça-feira a presença "provocadora" de um submarino de propulsão nuclear norte-americano na baía de Guantánamo, que acolhe uma base militar dos Estados Unidos.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Cuba "rejeita categoricamente a entrada na Baía de Guantánamo, em 05 de julho de 2023, de um submarino de propulsão nuclear que permaneceu até 08 de julho na base militar dos Estados Unidos", disse em comunicado.
Segundo o ministério trata-se de uma "escalada provocativa dos Estados Unidos, cujos motivos políticos e estratégicos não são conhecidos", o que constitui um "perigo representado pela presença e circulação de submarinos nucleares" nas Caraíbas.
O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller, , citando "o porta-voz do Pentágono", afirmou que "continuaremos a voar, navegar e mover ativos militares onde quer que isso seja apropriado pela lei internacional".
Esta denúncia ocorreu quando, nos últimos meses, Havana e Moscovo multiplicaram os sinais de aproximação com o anúncio de futuros projetos conjuntos em várias áreas, em particular na "técnico-militar".
Na terça-feira, o navio-escola Perekop, da Marinha Russa, entrou no porto de Havana para uma "visita oficial" até quinta-feira, segundo a televisão cubana.
Os EUA também acusam a China de, durante anos, tentar desenvolver operações de espionagem a partir de Cuba, que fica a 160 quilómetros da Florida.
Havana reclama regularmente que sejam devolvidos os 117 quilómetros quadrados onde está localizada a base americana, propriedade dos Estados Unidos desde 1898.
Desde 2002, os Estados Unidos usam esta base como uma prisão militar como parte da "guerra contra o terrorismo" após os ataques de 11 de setembro de 2001.
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