terça-feira, 2 de maio de 2023

Botche Candé, Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural recebeu no fim de semana último uma equipa dos empresários indianos que trabalham na produção de cebola e batata.

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MoAC Biss começa e decorre durante maio.

A Moransa di Kultura lança MoAC Biss, “Mostra de Arte e Cultura da Guiné-Bissau”, através da Agenda que envolve todos os centros culturais da capital, bem como algumas praças e jardins.
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Confronto Rússia-Ocidente vai além da guerra com Kyiv, diz analista

© Getty Images

POR LUSA  02/05/23 

Um analista do grupo de reflexão International Crisis Group considerou hoje que o novo conceito de política externa da Rússia, divulgado em 31 de março, mostra que o confronto com o Ocidente poderá ir além da Ucrânia.

Numa análise publicada hoje pelo 'think tank' com sede em Bruxelas, Oleg Ignatov considerou que o documento divulgado pelo chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, "diz em voz alta todas as partes silenciosas" do que tem sido o discurso de Moscovo.

Ignatov argumentou que "a inimizade crescente contra Washington e a esperança de que os países não alinhados com o Ocidente se juntassem à Rússia na luta contra os Estados Unidos - está agora escrito a preto e branco".

"Realista ou não, o novo conceito da Rússia pretende transmitir que Moscovo espera continuar o confronto com o Ocidente a longo prazo, e não apenas na Ucrânia", concluiu o analista sénior sobre assuntos russos.

No novo conceito de política externa, divulgado na véspera de a Rússia assumir a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU, Moscovo declarou os Estados Unidos e o Ocidente como a fonte de ameaças à existência do país.

Lavrov declarou, na altura, os Estados Unidos como "o principal instigador e líder da linha antirrussa".

Ignatov considerou que a Rússia está empenhada em atrair outros países para a disputa com o Ocidente, embora sem definir os pormenores dessa estratégia do Presidente Vladimir Putin.

"A falta de definição pode ser um mau presságio para os seus planos", segundo Ignatov.

O analista qualificou o novo conceito como preocupante, "sobretudo devido aos danos que o Estado russo pode causar ao tentar pôr em prática as palavras do Kremlin", a Presidência russa.

Defendeu, por isso, que tanto os adversários designados por Moscovo no Ocidente como aqueles que espera envolver devem estar preparados para mais desinformação e mais atividades secretas.

Devem esperar "mais esforços para aproveitar todas as oportunidades que se apresentem para fazer avançar" a agenda de Moscovo, prosseguiu o analista.

Segundo Ignatov, o novo conceito define como objetivo "privar o Ocidente da capacidade de prosseguir" o desígnio de pôr em causa a existência da Rússia.

"Esta posição representa uma rutura com o passado", defendeu, referindo que os anteriores documentos políticos russos "falavam da construção de um espaço de segurança comum com os países europeus".

"Para os ocidentais que há muito argumentam que a Rússia está determinada a minar a ordem global liderada pelo Ocidente, a nova linguagem deste conceito oferece provas novas e convincentes das intenções de Moscovo", afirmou.

Ignatov considerou também que o novo conceito apresenta falhas que "podem refletir a natureza ainda incipiente da abordagem evolutiva da Rússia às relações internacionais".

"Talvez sem surpresa, dado o desejo de Putin de projetar força e confiança, o documento ignora os verdadeiros desafios militares e económicos da Rússia, incluindo os danos financeiros, políticos e militares causados pela sua decisão de invadir a Ucrânia", notou.

O documento também nada diz "sobre a correspondente perda de influência de Moscovo a nível global e local", segundo o analista do International Crisis Group.

No novo documento, Moscovo privilegia a Eurásia, mas não reconhece que os países mais próximos das fronteiras russas "parecem ver o Kremlin cada vez mais como perigoso e pouco fiável", escreveu.

O analista considerou ainda que o documento "representa um afastamento radical" do anterior conceito de política externa, de 2016.

"Confirma o que muitos analistas há muito consideram ser a ambição subjacente à visão do mundo de Moscovo, estabelecendo objetivos abrangentes para o seu papel como potência euro-asiática", argumentou.


Leia Também: Rússia afirma que Kyiv perdeu "mais de 15 mil soldados" no último mês

Líder de seita queniana suspeito da morte de 110 pessoas acusado de terrorismo

Agência Lusa02/05/23

Os principais líderes da seita exortaram os seus seguidores a jejuar até à morte, com a promessa de que se encontrariam com Jesus Cristo numa nova vida

O líder de uma seita suspeito de causar a morte de pelo menos 110 pessoas no Quénia foi novamente detido esta terça-feira pelas autoridades e acusado de terrorismo, imediatamente depois de um tribunal ter encerrado um primeiro processo contra ele.

Paul McKenzie, líder da Igreja Internacional da Boa Nova, que estava detido desde 14 de abril, compareceu perante um tribunal queniano no início do dia para ouvir a acusação pedir que o processo contra ele fosse encerrado.

O tribunal aceitou a petição e ordenou a sua libertação, embora tenha sido imediatamente detido juntamente com outros seis suspeitos com vista ao novo julgamento, uma decisão aplaudida pelas famílias das vítimas e pelas organizações da sociedade civil, segundo o jornal queniano The Standard.

As primeiras autópsias aos corpos encontrados em valas comuns num terreno utilizado pela seita numa zona arborizada em Shakahola, no condado de Kilifi, sul do Quénia, confirmaram que as vítimas morreram de fome, embora algumas estivessem asfixiadas.

A descoberta dos primeiros corpos resultou das escavações feitas pelas autoridades, em 21 de abril, no terreno utilizado pela seita.

Até ao momento, as autoridades quenianas recuperaram do local os corpos sem vida de 110 pessoas, embora os trabalhos continuem na zona e se espere que aquele número aumente.

Os principais líderes da seita exortaram os seus seguidores a jejuar até à morte, com a promessa de que se encontrariam com Jesus Cristo numa nova vida.

O presidente do Quénia, William Ruto, classificou McKenzie como um "criminoso terrível", e a Cruz Vermelha do Quénia começou a trabalhar para tentar localizar cerca de 210 pessoas - incluindo 110 crianças - que foram dadas como desaparecidas em ligação com as atividades da seita.

As primeiras autópsias realizadas segunda-feira a 10 das 110 vítimas encontradas na floresta revelaram mortes causadas pela fome, mas também por asfixia, anunciou o chefe das operações forenses.

No primeiro dia, os médicos autopsiaram nove corpos de crianças com idades entre 1 e 10 anos e um de uma mulher, declarou aos jornalistas o chefe dos serviços forenses nacionais, Johansen Oduor.

"A maior parte deles tinha características de fome. Vimos características de pessoas que não comiam, não havia comida no estômago, a camada de gordura era muito fina", detalhou.

Após a audiência desta terça-feira, Paul Mackenzie foi transferido para Mombaça, a segunda maior cidade do país, a cerca de 100 quilómetros de distância, onde existe "um tribunal com poderes para tratar de casos ao abrigo da Lei de Prevenção do Terrorismo", disse a procuradora Vivian Kambaga.

O tribunal deverá deferir o pedido do Ministério Público para manter o líder da seita em prisão preventiva durante 30 dias, enquanto são efetuadas investigações sobre o seu possível envolvimento no que ficou conhecido como o "massacre da floresta de Shakahola".

O caso de Mackenzie surgiu na mesma altura em que um outro caso de extremismo religioso saltou para as páginas dos jornais quenianos, o referente ao líder religioso queniano Ezekiel Odero, que admitiu no sábado que 15 pessoas morreram durante as suas "intervenções espirituais" no centro religioso de Malindi.

Odero admitiu a morte dos seus seguidores do Centro de Oração e Igreja para uma Nova Vida, se bem que os seus advogados estejam a vincar a ideia que os falecidos já estavam "em estado crítico" quando chegaram ao centro.

"Quando as pessoas morrem, a polícia é informada; não houve nenhum caso de mortes em que as forças de segurança não tenham sido informadas", disseram os advogados do evangelista, em declarações ao jornal The Nation, citadas pela Efe.

A polícia, no entanto, não parece convencida com estes argumentos e está a ligar diretamente Odero e Mackenzie devido às suas ligações empresariais, incluindo a participação no capital social de uma cadeia de televisão que ambos usavam para transmitir "mensagens radicais aos seus seguidores".

A investigação sobre Odero deverá levar a acusações de homicídio, sequestro, radicalização, genocídio, crimes contra a humanidade, crueldade infantil, fraude e lavagem de dinheiro.

Enquanto a Ucrânia prepara uma contraofensiva, a Rússia parece confusa

CNN,   02/05/23 

A tão esperada contraofensiva da Ucrânia parece iminente - e a forma como cada lado se está a preparar diz muito sobre a sua prontidão.

As linhas da frente de Kiev estão a fervilhar de movimento de veículos e ataques de artilharia, com explosões regulares a atingir alvos russos vitais nas áreas ocupadas.

O seu ministro da Defesa afirmou que os preparativos estão "a chegar ao fim" e o presidente Volodymyr Zelensky garantiu que uma contraofensiva "vai acontecer", embora tenha hesitado em indicar uma data exata para o seu início.

Pode já ter começado; pode estar a semanas de distância. Não sabemos - e esse facto é uma forte medida do sucesso da Ucrânia neste início.

Moscovo, por outro lado, está na fase final da sua guerra. Depois de ter perdido Kharkiv e Kherson, teve pelo menos sete meses para preparar o próximo alvo provável do ataque ucraniano: Zaporizhzhia.

Isso aconteceu, com vastas redes de trincheiras que podem ser vistas do espaço. Este reconhecimento da sua enormidade não é necessariamente um elogio em 2023. São grandes, sim, mas também são algo que qualquer pessoa pode ver no Google. O que não é muito bom numa era de mísseis precisos e blindados rápidos.

Mas foram as últimas 72 horas que talvez mais tenham revelado a falta de prontidão da Rússia.

Primeiro, o aparente despedimento do vice-ministro da Defesa responsável pela logística, Mikhail Mizintsev. O Ministério da Defesa russo não explicou a sua demissão, limitando-se a emitir um decreto segundo o qual Aleksey Kuzmenkov ocupa agora o seu lugar.

Tropas ucranianas na linha da frente em Donetsk, a 24 de abril de 2023. Muhammed Enes Yildirim/Anadolu Agency/Getty Images

O "carniceiro de Mariupol", como Mizintsev é conhecido, teve certamente falhas suficientes durante a desastrosa guerra da Rússia para merecer o seu despedimento. Mas isso não responde à pergunta: porquê agora?

Ao demitir ministros importantes no momento em que o seu exército enfrenta o contra-ataque da Ucrânia, Moscovo envia uma mensagem de desordem.

E depois há a nova ronda de críticas de Yevgeny Prigozhin. O senhor da guerra, mercenário da Wagner, escolheu domingo para dar mais uma longa entrevista, na qual pôs a nu a dimensão dos problemas que os seus homens enfrentam.

De acordo com o líder da Wagner, os seus combatentes têm tão poucas munições que poderão ter de se retirar de Bakhmut - a cidade estrategicamente sem importância em que desperdiçaram milhares de vidas a tentar conquistar.

(Uma advertência: Prigozhin não é a fonte mais fiável e fornece poucas provas do que diz. Mas este tipo de discussão pública não é algo que Moscovo encoraje neste momento delicado).

A falta de provisões de munições da Rússia era conhecida há muito tempo, mas sugerir um fracasso iminente mesmo antes da contraofensiva parece ser uma grande tentativa de desviar as culpas.

O resultado final é que as horas que antecedem os movimentos da Ucrânia estão a diminuir. O que sabemos sobre o seu estado emocional, ou objetivo, é quase nulo. E a dimensão da indecisão interna, das rivalidades e da desunião de Moscovo só aumenta.

União Europeia alerta para ameaças à liberdade de imprensa

© Philipp von Ditfurth/picture alliance via Getty Images

POR LUSA   02/05/23 

A União Europeia (UE) sublinhou hoje que "a liberdade de imprensa está em causa na maior parte do mundo", quer devido a ameaças e ataques físicos, quer por causa da desinformação.

Num comunicado hoje divulgado a propósito do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, salientou que "embora a preservação de meios de comunicação social livres, independentes e pluralistas seja vital para democracias resistentes e saudáveis, a liberdade de imprensa está hoje em causa na maior parte do mundo".

O Alto representante para a Política Externa da UE referiu que os jornalistas "enfrentam cada vez mais o descrédito, as ameaças e os ataques, nomeadamente através da desinformação".

Borrell disse ainda que as mulheres jornalistas, tendo, refere o comunicado, uma maioria de 73% destas sido já vítimas de ameaças, abusos e assédio, havendo um número recorde de profissionais detidas.

A UE, referiu também, continuará a "colaborar com os governos, os meios de comunicação social e a sociedade civil, tanto nas instâncias internacionais como a nível local, para tomar iniciativas e reforçar a liberdade de imprensa em todo o mundo".


Leia Também: Rússia "demonstra desrespeito sistemático pela liberdade de imprensa"

Gerações russas "ficarão conhecidas como descendentes de terroristas"

© Getty Images

Notícias ao Minuto   02/05/23 

"As gerações futuras pagarão e não terão escolha. [...] E não será possível esconderem-se disso em nenhum país do mundo", disse Andriy Yermak.

O chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak, apontou, esta terça-feira, que as gerações futuras da Rússia "pagarão" por todas as ações do seu país na Ucrânia, particularmente no que diz respeito aos danos ambientais causados pelo conflito.

"Quando falamos sobre os danos ambientais que a Rússia está constantemente a provocar como resultado dos ataques à Ucrânia, devemos deixar claro para os russos: terão de pagar por tudo. Pelos territórios de mineração, pelos danos materiais, bem como por matar pessoas e sequestrar crianças", começou por escrever, na rede social Telegram.

E salientou: "As gerações futuras pagarão e não terão escolha. Além disso, essas gerações terão um problema sério, pois ficarão para a história como descendentes de terroristas russos que cometeram o genocídio do povo ucraniano. E não será possível esconderem-se disso em nenhum país do mundo", rematou.

De notar que, a 27 de abril, o Conselho da Europa determinou que as transferências forçadas de crianças ucranianas para a Rússia equivalem a genocídio.

Na altura, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou a resolução adotada, que, a seu ver, "ajudará significativamente os esforços globais para levar a Rússia e seus funcionários, incluindo o chefe de Estado terrorista [Vladimir Putin], à justiça por genocídio e políticas genocidas contra a Ucrânia".

E prosseguiu: "A Europa e o mundo já assistiram a várias deportações e tentativas de extermínio de povos. É através do exemplo russo - a responsabilização deste estado e dos seus funcionários culpados de genocídio - que devemos mostrar a todas as outras fontes potenciais do mesmo mal que nunca haverá impunidade. Haverá sentenças por genocídio, assim como para todos os outros crimes cometidos pela Rússia contra a Ucrânia."

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.534 civis desde o início da guerra e 14.370 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.


Veja Também: Contraofensiva ucraniana: “O objetivo é claramente a Crimeia”

EUA: Distrito escolar do Michigan proíbe mochilas face preocupação com armas

© iStock

Notícias ao Minuto  02/05/23 

A medida, aprovada de forma unânime a 25 de abril pelo conselho escolar de Flint, surgiu depois de a Southwestern Classical Academy ter sido encerrada por um dia, devido a ameaças.

O distrito escolar de Flint, no estado norte-americano do Michigan, aplicou, na segunda-feira, uma proibição de todo o tipo de mochilas – até transparentes – face às preocupações crescentes com o uso e a dissimulação de armas e as ameaças em contexto escolar.

A medida, aprovada de forma unânime a 25 de abril pelo conselho escolar de Flint, surgiu depois de a Southwestern Classical Academy ter sido encerrada por um dia, devido a ameaças.

“Em todo o país, temos visto um aumento de comportamentos ameaçadores e de contrabando, incluindo de armas, nas escolas”, informou o distrito escolar, citado pela NBC.

O organismo esclareceu ainda que “as mochilas fazem com que seja mais fácil para os alunos esconder armas, que podem ser desmontadas e mais difíceis de identificar, ou escondidas em bolsos, livros ou debaixo de outros objetos”.

A proibição, que abrange até mochilas transparentes, ficará em vigor até ao final do ano escolar.

“Pensámos muito sobre esta decisão, sabendo que impactará a preparação dos alunos e das famílias para os dias na escola”, disse o superintendente Kevelin Jones, citado pelo mesmo meio.

Ainda que os pais se mostrem recetivos à medida, a preocupação persiste, já que os jovens “podem esconder qualquer coisa em qualquer lugar”.


Navio dos Médicos Sem Fronteiras resgata 300 pessoas no Mediterrâneo

© Reuters

POR LUSA  02/05/23 

O navio da organização não-governamental (ONG) Médicos Sem Fronteiras (MSF), o Geo Barents, resgatou hoje cerca de 300 pessoas de uma embarcação em perigo, poucas horas depois de iniciar uma nova missão no Mediterrâneo Central.

A operação de salvamento durou mais de quatro horas. "A nossa equipa não tem descanso: logo após ter terminado a formação e entrado na região de busca e salvamento de Malta, o Geo Barents resgatou hoje cerca de 300 pessoas, incluindo muitas mulheres e crianças, de uma embarcação sobrelotada e em perigo", escreveu a ONG nas redes sociais.

O navio dos MSF, que tinha desembarcado 75 migrantes resgatados algumas horas antes em Nápoles (sul de Itália) localizou a embarcação pela Alarm Phone, uma organização que recebe chamadas de migrantes em perigo no mar.

"Após o alerta recebido do Alarm Phone, demorámos cerca de quatro horas a concluir esta operação de salvamento. Estão agora todos em segurança a bordo do barco e a nossa equipa está a cuidar deles", acrescentou a MSF.

Uma nova vaga de desembarques ao largo da costa italiana registou-se na semana passada, com a chegada de quase 3.000 pessoas em 48 horas só em Lampedusa, que abrandou nas últimas horas devido ao agravamento das condições meteorológicas.

Nos primeiros quatro meses de 2023, chegaram a Itália quatro vezes mais pessoas do que no ano anterior: 40.856 pessoas contra 10.188 em 2022, de acordo com os últimos dados oficiais do Ministério do Interior italiano.


Dia Mundial da Asma: "Algumas das mortes evitáveis por asma ocorrem na adolescência"

Por  sicnoticias.pt    02/05/23 

No Dia Mundial da Asma, os especialistas alertam que cerca de 35 mil portugueses asmáticos não têm este problema de saúde controlado. Os adolescentes são dos grupos etários que mais riscos correm, por desvalorizarem os sintomas e até deixarem de tomar a medicação.

Uma doença crónica, mas que em nada é sinónimo de uma vida limitada. Esta é, de forma breve, a mensagem que os especialistas pretendem fazer chegar à população asmática, este ano com especial foco nos mais novos.

"A asma afeta qualquer grupo etário, mas sabemos que os adolescentes são um grupo difícil no que diz respeito à adesão à medicação controladora da doença", explica à SIC Notícias Ana Morête, presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), acrescentando que acabam também por "não valorizar alguns sintomas da asma, que podem ser subjetivos, como a falta de ar".

Fatores que colocam estes jovens em risco de crises agudas, que podem ter desfechos trágicos. "Algumas das mortes evitáveis por asma ocorrem precisamente na adolescência", destaca a especialista.

A falta de ar é um sintoma que é muitas vezes desvalorizado FOTO CANVA

O alerta, partilhado esta terça-feira em várias escolas secundárias do País, numa iniciativa da SPAIC e da Sociedade Portuguesa de Pneumologia de forma a assinalar o Dia Mundial da Asma, deixa claro que "com a doença totalmente controlada, evitando-se as agudizações, é possível ter uma vida sem qualquer limitação". Até, sublinha Ana Morête, na prática desportiva.

"Queremos que os adolescentes saibam que não devem ter vergonha de cumprir a medicação controladora, que sintam a tranquilidade de saber que existem médicos que os podem ajudar e que podem fazer tudo, praticar qualquer desporto, e sentirem-se bem", afirma a presidente da SPAIC.

De fora deste "tudo", como em qualquer caso - ainda mais quando falamos de doenças respiratórias -, fica o tabaco. "É importante evitar que comecem a fumar, ainda mais nessa idade", conclui Ana Morête.

O impacto da asma em Portugal: metade dos jovens não tem a doença controlada

Apesar dos últimos dados disponíveis sobre a prevalência da asma em Portugal serem de 2011 e já estar a ser preparado um novo estudo, a expectativa dos especialistas é de que pouco tenha mudado nestes indicadores.

Estima-se que a doença crónica afete 700 mil portugueses. Destes, 175 mil são crianças e adolescentes, sendo que mais de metade (51%) não tem a asma controlada e o que leva a que 39% acabem por recorrer às Urgências durante uma crise.

Cerca de 175 mil doentes com asma em Portugal são crianças e adolescentes FOTO CANVA

"A asma é uma doença que, na adolescência, pode ser um bocadinho silenciosa, o que acaba por promover um diagnóstico tardio em muitos casos. Por estar subdiagnosticada, acaba por ficar sem tratamento e sem controlo", refere Ana Morête.

Como é que a asma é tratada: dois objetivos para uma vida normal

A asma, que é uma doença inflamatória crónica dos brônquios que leva a que o ar saia e entre nos pulmões com mais dificuldade, "tem, no seu tratamento, dois objetivos: o de controlo com a medicação anti-inflamatória diária e o de alívio, com medicação específica para períodos de agudização".

Assim, "a não adesão ao tratamento é a principal causa de morte por asma". Muitos doentes acabam também por "não tomar a medicação controladora, mas tomam a de alívio quando têm uma crise, o que pode não ter os efeitos esperados".

A asma é uma doença inflamatória que dificulta a entrada do ar nos pulmões FOTO CANVA

Sabe-se também que 5% dos asmáticos em Portugal (35 mil pessoas) sofre de asma grave, uma forma muito limitante e menos frequente da doença. Este valor pesa também nos custos para a Saúde, já que "2% da despesa neste setor destina-se a esta doença e, sobretudo, a tratar casos de asma grave".

Se é certo que nalguns casos pode dever-se, de facto, ao incumprimento do tratamento que permite controlar a asma, noutros a origem pode estar "numa versão muito mais agressiva da doença".

"Há doentes em que os sintomas são muito mais avançados, em que há até perda de função pulmonar, mas têm uma menor expressão dentro do grupo", refere a presidente da SPAIC.

Zelensky diz que cada míssil russo receberá uma resposta ucraniana

© Alexey Furman/Getty Images

POR LUSA  02/05/23 

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, advertiu esta noite a Rússia de que cada ataque com mísseis, como o que matou um menino de 14 anos e dois jovens na última onda de bombardeamentos, terá uma resposta da Ucrânia.

No seu habitual discurso noturno, Volodymyr Zelenski disse que na aldeia de Lyzunivka, na região de Chernihiv, uma bomba destruiu "outra escola ucraniana" e ceifou a vida de um rapaz de 14 anos que estava perto do edifício.

Em Pavloharad, na região de Dnipropetrovsk, os mísseis russos custaram a vida a "duas pessoas, jovens", afirmou.

"As minhas condolências às famílias! Mais quarenta pessoas - mulheres, crianças e homens - receberam assistência médica na sequência de ferimentos e traumatismos", afirmou no seu discurso.

Segundo Volodymyr Zelenski, por cada ataque deste género, os invasores russos receberão uma resposta ucraniana.

Os preparativos das partes para a contraofensiva iminente surgem no meio de novos ataques com mísseis russos, um dos quais deixou dezenas de feridos na região de Dnipropetrovsk, ao início da manhã de segunda-feira, que causou danos significativos nas infraestruturas.

Esta é a segunda vaga de bombardeamentos russos em três dias, desta vez afetando também Kherson, no sul da Ucrânia.

Volodymyr Zelenski afirmou que, entre a meia-noite e as sete da manhã de segunda-feira, conseguiram abater 15 mísseis russos.

De acordo com o Ministério da Defesa russo, o ataque visava alvos militares e os seus alvos foram atingidos.

O departamento militar russo assegurou que o ataque prejudicou a capacidade das empresas da indústria militar ucraniana que se dedicam à produção de armas, equipamento militar e munições.


Leia Também: Human Rights Watch acusa Quirguistão e Tajiquistão de crimes de guerra

segunda-feira, 1 de maio de 2023

1.º DE MAIO: Sobe para 300 os detidos em França. Há mais de 100 polícias feridos

© Lusa

POR LUSA  01/05/23 

Mais de uma centena de polícias ficaram hoje feridos nos confrontos com manifestantes em França, nas manifestações do 1.º de Maio, que levaram à detenção de 291 pessoas, indicou o Governo francês.

Dos 108 polícias feridos nas manifestações do Dia Internacional do Trabalhador, e contra o aumento da idade da reforma, um apresentava queimaduras graves, segundo o balanço provisório feito aos jornalistas pelo ministro do Interior, Gérald Darmanin, que afirmou que a "violência deve ser condenada por todo o mundo".

Os principais incidentes ocorreram nas cidades de Nantes, Lyon e Angers, mas também na capital, Paris, onde grupos de manifestantes partiram vitrinas de lojas e bancos, incendiaram contentores de lixo, mobiliário urbano e um prédio em construção perto da Praça da Nação.

Gérald Darmanin disse esperar que os autores dos ataques contra a polícia e bens tenham "sanções firmes", realçando a presença contínua de membros da extrema-esquerda em protestos.

Hoje, para tentar conter incidentes, a polícia mobilizou 12 mil agentes em toda a França, incluindo cinco mil em Paris.

De acordo com o Governo, participaram nas centenas de manifestações 782 mil pessoas, das quais 112 mil em Paris.

A Confederação Geral do Trabalho, que agrega vários sindicatos, respondeu com uma adesão maior: 2,3 milhões de manifestantes, incluindo 550 mil na capital francesa.

𝗡𝗢𝗧Í𝗖𝗜𝗔 𝗗𝗘 Ú𝗟𝗧𝗜𝗠𝗔 𝗛𝗢𝗥𝗔‼️ Um jovem desapareceu nas águas da praia de Ilondé arredores de Bissau.

Uma pessoa está desaparecida hoje na praia do rio de Ilondé, nos arredores da capital Bissau, disse à imprensa um grupo de amigos da pessoa dada como desaparecida que se encontra na praia.

Segundo o grupo dos amigos, o cidadão desaparecido estava na praia de Ilondé para comemorar o primeiro de Maio, dia dos trabalhodores que se assinala esta segunda-feira, em todo mundo, incluindo a Guiné-Bissau.

Refira-se que nestemomento, uma equipa de operação dos Bombeiros Humanitária de Bissau está no local para tentar encontrar a pessoa desaparecida.
Em atualização...

 Rádio Jovem Bissau / Alison Cabral 

Detido com carta de condução falsa... com foto de Boris Johnson

© Reprodução/ Twitter

Notícias ao Minuto   01/05/23 

A licença do homem ucraniano tinha foto, nome e a data de nascimento corretas do ex-primeiro-ministro do Reino Unido.

A polícia dos Países Baixos deteve um homem ucraniano, que conduzia alcoolizado, e foi surpreendida quando, ao pedir a carta de condução do indivíduo, se deparou com uma situação insólita. O documento tinha a fotografia, o nome e a data de nascimento (correta) de Boris Johnson, o antigo primeiro-ministro do Reino Unido.

A carta de condução era, claramente, falsa. Teria sido alegadamente emitida em 2019 e era válida até ao ano 3000, detalha o jornal The Guardian.

Segundo um porta-voz da polícia, Thijs Damstra, citado pelo jornal britânico, os agentes policiais dirigiram-se a uma ocorrência, ao início da madrugada de domingo, que dava conta que um carro teria batido num poste, perto da ponte Emma,  ​​na cidade de Groningen, no norte do país.

O carro estava abandonado, mas a polícia foi informada que o condutor estaria parado na ponte.

“A pessoa não se conseguiu identificar e recusou fazer o teste de alcoolemia”, afirmou Damstra, acrescentando que o suspeito, de 35 anos, acabou por ser detido e o seu carro foi revistado.

“No interior da viatura, a polícia encontrou uma carta de condução falsa pertencente a Boris Johnson. Até onde sei, o verdadeiro Boris não estava nos Países Baixos na altura”, relatou, acrescentando que não sabe onde foi feita a falsificação do documento de identificação.

Contudo, a ex-correspondente russa da emissora pública NOS, Kysia Hekster, afirmou, avança o The Guardian, que cartas de condução falsas podem ser facilmente compradas em lojas turísticas na Ucrânia.


Leia Também: PSP de Lisboa detém 17 pessoas por condução sob o efeito de álcool em 24h

Kyiv anuncia ter pronta nova contraofensiva contra a Rússia

© Lusa

POR LUSA  01/05/23 

O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksi Reznikov, assegurou hoje estar "tudo pronto" para a anunciada contraofensiva ucraniana contra as forças russas e que só depende do Estado-Maior ser colocada em marcha.

"Creio que a partir de hoje podemos entrar na reta final e dizer: Sim, está tudo pronto", assegurou Reznikov em declarações na televisão estatal. "O Estado-Maior, o Comandante em chefe e a sua equipa decidirão como e quando em função da decisão e avaliação da situação no campo de batalha", acrescentou.

Reznikov mostrou-se convencido do triunfo desta operação e reiterou a sua confiança nos altos comandos militares que estão a organizar a contraofensiva. "Fez-se muito para que tenham êxito", afirmou.

"Depois de tudo, se não houvesse confiança nos nossos generais, no nosso Estado-Maior, desde o comité central até aos comandantes dos ramos relevantes das Forças Armadas, isto não fazia sentido", asseverou.

O ministro assinalou que esta crença na vitória não é só nesta operação, mas também o futuro da guerra é algo que é partilhado pelos parceiros internacionais da Ucrânia, pois sabem que a vitória em Kyiv "é do interesse da segurança dos seus países e dos seus povos".

"Para mim é mais do que um sentimento é uma convicção bem formada. (...) Sou um realista informado", afirmou. "O mais importante é que todos entendam que democracia é o tipo de Governo que deve prevalecer. Não é perfeito, mas a ninguém ocorreu nada melhor", enfatizou.

A ofensiva militar russa lançada em 24 de fevereiro de 2022 na Ucrânia foi justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia.


Leia Também: Os Estados Unidos disseram hoje que o número de soldados russos mortos na Ucrânia desde dezembro ronda os 20 mil, metade dos quais eram mercenários contratados pelo grupo paramilitar Wagner, e os feridos ultrapassam os 80 mil.


Leia Também: “Ucrânia tem vindo a melhorar a sua capacidade para se defender deste tipo de ataque”

Mais de 800.000 pessoas poderão fugir dos combates no Sudão

© Lusa

POR LUSA  01/05/23 

O Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, alertou hoje que "mais de 800.000 pessoas" poderão fugir dos combates mortais no Sudão.

Até ao momento, pelo menos 73.000 pessoas chegaram aos países vizinhos do Sudão desde o início dos combates, em meados de abril, segundo o ACNUR, que tinha referido 50.000 pessoas na sexta-feira passada.

"O ACNUR, juntamente com os governos e os parceiros, está a preparar-se para a possibilidade de mais de 800.000 pessoas fugirem dos combates no Sudão para os países vizinhos", afirmou Filippo Grandi na sua conta da rede social Twitter.

E acrescentou: "Esperamos que não chegue a esse ponto, mas se a violência não acabar, veremos mais pessoas obrigadas a fugir do Sudão em busca de segurança".

Esta é a primeira vez que o ACNUR publica um número tão preciso para quantificar o número de pessoas que poderão fugir para os países vizinhos.

A agência da ONU para os refugiados tinha anteriormente mencionado "centenas de milhares" de pessoas.

Até agora a maioria das pessoas fugiu para o Chade e para o Sudão do Sul.

Em 25 de abril, o ACNUR tinha indicado que 270.000 pessoas poderiam refugiar-se nestes dois países, mas não deu pormenores sobre outros países vizinhos do Sudão, que também partilha fronteiras com o Egito, a Etiópia, a Eritreia, a Líbia e a República Centro-Africana.

Os combates, que já fizeram centenas de mortos, opõem desde 15 de abril as Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) e o exército sudanês, na sequência de tensões sobre a reforma do exército e a integração dos paramilitares nas forças regulares, no âmbito de um processo político que visa repor o país na via democrática, após o golpe de Estado de 2021.

Tanto o Exército como as Forças de Apoio Rápido estiveram por detrás do golpe de Estado que derrubou o governo de transição do Sudão em outubro de 2021.

Ataques aéreos, tiroteios e explosões voltaram hoje a abalar a capital sudanesa, apesar do anúncio de uma trégua nos combates entre o exército e os paramilitares, que colocaram o Sudão à beira de uma "catástrofe" humanitária e sanitária, segundo a ONU.


Leia Também: Sudão. Guterres nomeia Nkweta-Salami como coordenadora humanitária

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 @HowThingsWork

MENSAGEM DO (Ex)-SECRETÁRIO-GERAL DA UNTG-CS ALUSIVO A COMEMORAÇÃO DO DIA INTERNACIONAL DOS TRABALHADORES (1° DE MAIO) E ATUAL SITUAÇÃO DA UNIÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES DA GUINÉ CENTRAL SINDICAL (UNTG-CS)

Julio Mendonça (Ex)-secretario Geral de UNTG-CS acusa os miltantes de MADEM-G15 na tentativa de assaltar a sede de UNTG, razão pela qual, não comemorou o 1º de Maio na sua sede.???


 Radio TV Bantaba / untg.untgcs.9


Veja Também:  Laureano Pereira da Costa eleito novo Secretário-geral da UNTG no V° Congresso sob o lema "Congresso da União e Conguista Dignidade dos Trabalhadores". A reunião magna da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné decorreu de 28 a 28_abril_2023.

Com cada vez mais pessoas a deslocar-se para as cidades, a areia tornou-se essencial para o boom global no setor da construção. Mas estamos a ficar sem areia e a indústria está mal regulada - o que prejudica pessoas e ecossistemas.

 

DW Português para África 

DESFILE DAS FORÇAS DA GUARDA PRESIDENCIAL ALUSIVO AO PRIMEIRO DE MAIO, DIA INTERNACIONAL DOS TRABALHADORES

  Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

FRANÇA: Paris. Manifestantes lançam cocktail molotov e deixam polícias em chamas... O estado de saúde dos agentes da autoridade é desconhecido.

© Jules Ravel

Notícias ao Minuto  01/05/23 

Pelo menos dois polícias ficaram em chamas, depois de manifestantes terem atirado um cocktail molotov para a multidão, no âmbito da manifestação do Dia Internacional do Trabalhador, em Paris.

Imagens divulgadas nas redes sociais, às quais poderá aceder na galeria acima e na publicação abaixo, mostram dois polícias deitados no chão, em chamas, enquanto os colegas procuram auxiliá-los.


É ainda possível ouvir os gritos animados da multidão, naquele que foi um incidente que terá ocorrido pelas 15h15 (hora local), segundo a imprensa francesa.

O estado de saúde dos agentes da autoridade é desconhecido.

De notar que milhares de pessoas voltaram hoje a sair à rua nas principais cidades de França, em protesto contra a reforma das pensões do Governo de Emmanuel Macron, promulgada em 15 de abril.

Os sindicatos convocaram mais de 300 protestos e manifestações em todo o país apesar de a reforma - que passa para os 64 anos de idade - ter sido aprovada. No total, estima-se que 1,5 milhões de pessoas possam juntar-se às manifestações.


Leia Também: Confrontos entre polícia e manifestantes em Paris. Já há 68 detidos


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Medvedev quis "exterminar ratos" polacos (e foi 'bloqueado' no Twitter)

© Getty Images

Notícias ao Minuto   01/05/23 

"A Ucrânia está cheia de mercenários polacos, que devem ser exterminados sem piedade, como ratos malcheirosos", referiu o ex-presidente russo na rede social, que agora acusa de agir sob os "interesses norte-americanos".

O ex-presidente e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, criticou, esta segunda-feira, o Twitter, que acusou de atuar sob os “interesses norte-americanos”. Em causa está o facto de a rede social ter eliminado uma publicação, onde o russo criticou a Polónia após as autoridades polacas terem confiscado o edifício do liceu russo em Varsóvia.

Na plataforma Telegram, Medvedev considerou que o “Twitter cedeu ao Departamento de Estado norte-americano e aos ucranianos” e afirmou que o mesmo já aconteceu com o ex-presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, que viu a sua conta eliminada. 

Lamentando que o novo dono da rede social, Elon Musk, não tenha conseguido “dar conta da tarefa”, o russo afirmou que é possível continuar sem a mesma. “Afinal, é apenas uma rede social estrangeira que opera sob os interesses norte-americanos”, disse, acrescentando que só a usa “cinicamente” para “promover os objetivos de propaganda”. 

“A nossa tarefa principal é completamente diferente: infligir uma derrota devastadora a todos os inimigos - os 'ucranazi', os Estados Unidos, os seus lacaios na NATO, incluindo a vil Polónia e outras lêndeas ocidentais”, atirou.

No sábado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros polaco, Lukasz Jasina, revelou que o edifício do liceu russo em Varsóvia foi confiscado e passará a pertencer à Câmara Municipal da capital. Segundo o mesmo, tratou-se de uma “apreensão de oficial de justiça”.

Após o anúncio, o ex-presidente russo recorreu ao Twitter, onde, em russo, inglês e polaco, afirmou que a Polónia “não deveria existir”. "A Ucrânia está cheia de mercenários polacos, que devem ser exterminados sem piedade, como ratos malcheirosos", escreveu na publicação, entretanto eliminada pela rede social.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 14 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.


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PR da Guiné-Bissau avisa que não vai marcar outra data para legislativas

© Radio Voz Do Povo

 POR LUSA  01/05/23 

O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, avisou hoje que não vai marcar outra data para a realização das eleições legislativas previstas para 04 de junho.

"Não vou fazer mais nenhum decreto para marcar outra data para as eleições. Já o fiz duas vezes", afirmou Umaro Sissoco Embaló aos jornalistas, após uma cerimónia relativa ao Dia do Trabalhador, que hoje se assinala, na Presidência da República.

"Dia 04 vai haver eleições e que sejam ordeiras, transparentes", disse o chefe de Estado guineense.

Umaro Sissoco Embaló dissolveu a Assembleia Nacional Popular, parlamento do país, em maio de 2022 e marcou legislativas para 18 de dezembro do mesmo ano, mas o Governo, após encontros com os partidos políticos, propôs que as eleições fossem adiadas para maio deste ano.

O Presidente guineense acabou por marcar as legislativas para o próximo dia 04 de junho.

"Não há nada que impeça as eleições no dia 04, porque é uma data consensual. Os partidos são livres de participar. A Guiné-Bissau não vai ser refém de ninguém e aquilo que se passou no dia 01 de fevereiro não vai voltar a acontecer e qualquer coisa terá uma resposta adequada", disse Umaro Sissoco Embaló, acrescentando que a data das eleições foi determinada em conjunto com o Governo e os partidos com representação parlamentar.

Em 01 de fevereiro de 2022 um grupo de homens armados atacou o Palácio do Governo enquanto decorria uma reunião do Conselho de Ministros, em que participava também o Presidente guineense, bem como vários membros do Governo da Guiné-Bissau.

As autoridades guineenses qualificaram o ataque como uma tentativa de golpe de Estado, acusação defendida também pelo Ministério Público.

O ataque provocou a morte a 11 pessoas, segundo as autoridades.

"Se há eleições que vão decorrer de uma forma ordeira e pacífica são as de dia 04", disse Umaro Sissoco Embaló, lembrando que marcou a data após ouvir os partidos com representação parlamentar, que representam a "voz do povo".

Fontes ligadas ao processo eleitoral admitiram na semana passada que a Guiné-Bissau precisa de 3,5 milhões de dólares para viabilizar as eleições legislativas e aguarda que a comunidade internacional mobilize aquele valor.

Fontes do Governo guineense admitiram à Lusa a existência "desse défice", mas lembraram "o esforço do país" que permitiu custear, até aqui, 70% de todo o financiamento estimado para a realização de eleições.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Governo da Guiné-Bissau assinaram em março o Projeto de Apoio ao Ciclos Eleitorais, para o período entre 2023 e 2025, no valor de 5,3 milhões de euros.

As eleições legislativas da Guiné-Bissau estão orçadas em 7,9 mil milhões de francos cfa (cerca de 12 milhões de euros), segundo o ministro das Finanças guineense, Ilídio Té.

De acordo com o governante, até ao início de fevereiro, o Estado guineense já tinha disponibilizado 5,7 mil milhões de francos cfa (cerca de 8,6 milhões de euros).

No início de janeiro, o ministro da Administração Territorial, Fernando Gomes, tinha afirmado que o Governo guineense já tinha financiado 70% do valor orçamento para a realização das eleições legislativas, esperando que os restantes 30% fossem apoiados pelos parceiros internacionais.

Duas coligações e 22 partidos entregaram no Supremo Tribunal de Justiça candidaturas às legislativas de 04 de junho, cuja campanha eleitoral deverá decorrer entre 13 de maio e 02 de junho.

O Supremo Tribunal de Justiça deverá divulgar as listas definitivas das candidaturas esta semana.


1 maio: CGSI alerta o governo sobre justiça salarial

A Confederação Geral dos Sindicatos Independentes alerta que sem a justiça salarial no sector laboral não haverá paz duradoura almejada por todos.

A mensagem da CGSI foi transmitida pelo vice-Secretario Geral, David Mingo por ocasião do primeiro do maio, Dia Internacional dos Trabalhos.

Radio Voz Do Povo

Desfile das Forças Presidências alusivo ao 1° de Maio (Dia Internacional dos Trabalhadores)_BISSAU.

As leições legislativas de 04 junho 2023 são inadiáveis e vão decorrer num clima de total tranquilidade e transparência, afirmou hoje o Presidente da República. 

Umaro Sissoco Embaló falava durante a Parada das Forças Presidênciais alusiva ao 1° de Maio e, asseverou que ninguém irá perturbar o processo e a estabilidade do país.

Radio Voz Do Povo