O Governo da Guiné-Bissau vai passar a cobrar cerca de 45 euros por teste de covid-19 para efeito de viagem área, segundo um decreto divulgado hoje à imprensa pela Presidência guineense.
"Todo aquele que pretenda realizar testes de covid-19 para efeito de viagem aérea deve efetuar o pagamento de uma taxa no valor de 30.000 francos cfa (cerca de 45 euros)", refere-se no decreto.
O documento precisa também que o pagamento do teste deve ser feito através de depósito na conta do Alto-Comissariado para a Covid-19 ou de transferência por Orange Money ou Mobile Money.
No decreto, o Governo guineense justifica a decisão com a falta de recursos financeiros e materiais suficientes para manter os testes gratuitos, tendo em conta os custos inerentes a todo o processo, que "são elevados".
"Com base nos motivos atrás referidos, o Alto-Comissariado para a Covid-19 propôs ao Governo, enquanto gestor dos assuntos relacionados com a covid-19, a criação de uma taxa a cobrar a todos aqueles que realizem testes por motivo de viagem como forma de comparticipar os custos dos mesmos", acrescenta-se.
A Guiné-Bissau regista um total acumulado de 2.421 casos positivos de covid-19 e 43 vítimas mortais desde o início da pandemia provocada pelo novo coronavírus.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.339.130 mortos resultantes de mais de 55,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Em África, há 48.016 mortos confirmados em mais de 1,9 milhões de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Angola regista 328 óbitos e 13.818 casos, seguindo-se Moçambique (116 mortos e 14.514 casos), Cabo Verde (103 mortos e 9.960 casos), Guiné Equatorial (85 mortos e 5.121 casos), Guiné-Bissau (43 mortos e 2.421 casos) e São Tomé e Príncipe (16 mortos e 967 casos).
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de mortos (mais de 5,9 milhões de casos e 166.699 óbitos), depois dos Estados Unidos.
Com: Lusa