domingo, 4 de fevereiro de 2018

Como e por que PhD em biologia afirma que viveremos mil anos sem envelhecer?


Existe um homem que acredita na imortalidade. Para ele, as pessoas vão viver mais de mil anos, e iremos morrer apenas por acidentes catastróficos e fatais. Causas naturais de morte, doenças e, principalmente, envelhecimento, serão erradicados da história humana.

Para Aubrey de Grey, isso não é uma previsão, mas sim uma certeza. Tanto que o biomédico e gerontologista, com PhD pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra, vem dedicando boa parte de sua vida em encontrar formas de reparar os danos celulares que podem causar um colapso no corpo humano.

"Existem muitos tipos diferentes de dano celular, por isso há também muitos métodos diferentes de reparo. Eles incluem células-tronco, terapia genética, imunoterapia e produtos farmacêuticos", explicou em entrevista ao VIX. Seu trabalho é focado em desenvolver tecnologias que revertam o envelhecimento.

Terapias de Grey para vencer o envelhecimento

Foi por isso que de Grey fundou a organização SENS Research Foundation, que promove pesquisas com células-tronco e outras terapias com objetivo de "ajudar a construir uma indústria que irá curar as doenças da idade", segundo o site oficial.

Sua ideia é que toda pessoa na Terra, a partir dos 50 anos de idade, comece a tomar as terapias e se mantenha jovem para sempre. Isso evitaria todas as doenças relacionadas ao colapso celular, como câncer e Alzheimer. Para o biomédico, o envelhecimento é um mal que precisa ser combatido.

"Há muitas outras causas de morte em que não trabalhamos! Nosso objetivo principal é vencer o envelhecimento porque ele causa muito sofrimento. Como alguém poderia pensar que existe um objetivo mais importante?", questionou ao VIX.

Seu pensamento é que "ficar velho" seja uma consequência física. Sendo assim, biologicamente haveria como reverter isso na escala celular. Seria o mesmo que rejuvenescer suas células para que elas não adoecessem com o passar dos anos.

"Em outras palavras, ao invés de simplesmente diminuir o acúmulo de danos ao envelhecimento em nossos tecidos, as biotecnologias de rejuvenescimento removerão, repararão, substituirão ou tornarão inofensivas nossa maquinaria molecular e celular danificada, retornando a saúde a tecido e órgãos envelhecidos" - Reporte anual da SENS Research Foundation.

7 causas da morte e como revertê-las, segundo Aubrey de Grey
SOLUÇÃO: 
Terapia celular para substitui-las por células-tronco
CAUSA:
Perda e atrofia de células
SOLUÇÃO:
Usar anticorpos para eliminá-los
CAUSA:
Dejetos extracelulares
SOLUÇÃO:
Usar enzimas para remoção
Causa: 
Dejetos intracelulares
SOLUÇÃO:
Usar drogas ou treinar o sistema imune para matar as células velhas
CAUSA:
Envelhecimento
celular
SOLUÇÃO:
Reparação com colágeno e moléculas/enzimas antienvelhecimento
CAUSA:
Enrijecimento da parede celular, impedindo comunicação entre elas
SOLUÇÃO:
Impedir alongamento de telômeros - processo que, segundo Grey, faria parte do surgimento da doença
CAUSA: 
Mutações no núcleo celular em casos de câncer
SOLUÇÃO:
Terapia específica nas mitocôndrias que realiza "backup" das informações genéticas de 13 proteínas. Processo chamado de "Allotopic Expression" (AE)
CAUSA:
Mutações mitocondriais

Como seriam aplicadas tais terapias?

De Grey defende que a medicina atual esteja muito focada em curar doenças já instaladas, sendo o trabalho deveria ser evitar que elas se iniciassem no corpo. Porém, ele não chega a detalhar um método ou formato para as suas terapias.

"Definitivamente, não podemos saber EXATAMENTE quais formas essas terapias terão porque estão muito distantes. Mas provavelmente serão como as atuais - injeções, pílulas, talvez transplante de órgãos", conjetura ao VIX.

Estágio atual da pesquisa antienvelhecimento

Aubrey de Grey afirma que a ciência já tem conhecimento teórico para conseguir realizar as proezas em que trabalha e acredita. O problema está nos recursos financeiros para iniciar os testes em ratos de laboratório. "Estamos fazendo progresso o tempo todo", disse.

"Essa é uma pesquisa muito difícil, então ainda há um longo caminho a percorrer. Mas estamos acelerados! O melhor de tudo é que estamos publicando muitos artigos nas principais publicações científicas, para informar nosso progresso", relatou ao VIX.

Hoje ele diz que estamos em um cenário bem mais promissor do que quando fundou a SENS, há cerca de 15 anos. "Há vinte anos, ninguém estava muito interessado porque não achavam que alguma coisa poderia ser feita", recorda. "As coisas são muito diferentes agora: todos sabem que a ideia de derrotar o envelhecimento é realista, mesmo que ainda seja muito difícil".

vix.com/pt


O novo presidente do PAIGC será anunciado oficialmente por volta das 11:00 horas desta manhã

©SC Photo by Marcelo Na Ritchi

Os delegados ao IX (nono) Congresso do PAIGC legitimam neste momento o seu líder cessante, Domingos Simões Pereira, o único candidato a sua própria sucessão na liderança dos libertadores.

Se tudo correr como previsto, o novo presidente do PAIGC será anunciado oficialmente por volta das 11:00 horas desta manhã.

Mais tarde o partido libertador agendou um comício popular na sua sede, onde será anunciado os nomes dos novos membros que compõem a nova direção que Domingos Simões Pereira irá liderar por mais quatro anos, ou seja, até 2022.

Saliente-se que os delegados ao nono congresso, votaram as alterações dos Estatutos do PAIGC com apenas um voto contra, o do Octávio Lopes, opositor solitário dentro do partido.

Os congressistas decidiram banir o Artigo 6.° (sexto) tido como o ponto dos conflitos no seio do partido, sendo o artigo em causa o que admite as sensibilidades no seio do PAIGC, mas que aos olhos dos libertadores está a ser mal interpretado nos últimos anos.

O primeiro-ministro recém-nomeado Artur Silva está a assistir os trabalhos do nono congresso como delegado por inerência, sendo ele o membro do Bureau Político dos libertadores.

Os elementos dos '15' deputados dissidente do PAIGC, apenas Bacai Sinho marcou a sua presença no IX Congresso que termina hoje, 04 de Fevereiro 2018, em Bissau na sede do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde.

No novo estatuto, o órgão até aqui denominado de Conselho Nacional de Juridição passa a ser Conselho Nacional de Juridição e Fiscalização, com estruturas regionais e, sede mãe em Bissau passará a ser um órgão de recurso, quando as estruturas das regiões não conseguem sanear uma situação.

Para a nova era dos libertadores, o Comité Central contará uma estrutura auxiliar, a Comissão Permanente que passará tomar decisões administrativas, assim como ajudar Comité Central em alguns trabalhos.

Sene Camará

ONU e União Africana criticam obstrução à resolução da crise na Guiné-Bissau

As Nações Unidas e a União Africana expressaram hoje a sua "preocupação com a prolongada crise política" na Guiné-Bissau, criticaram as ações que "procuram obstruir e evitar uma resolução da crise" e admitiram "medidas adicionais".


Numa declaração conjunta, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, e o presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, "expressam a sua preocupação com a prolongada crise política na Guiné-Bissau, apesar das múltiplas oportunidades oferecidas aos principais interessados políticos para chegar a um acordo consensual".

Os dois responsáveis "criticam as ações que estão a ser tomadas por aqueles que procuram obstruir e evitar uma resolução da crise".

Além disso, a ONU e a UA condenam "as recentes medidas tomadas pelas autoridades nacionais para evitar que o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) reúna e realize o seu congresso, incluindo a ordem dada aos serviços de segurança nacional para evacuar e fechar a sede do partido".

A polícia guineense desalojou algumas centenas de militantes e dirigentes da sede do PAIGC, na segunda-feira passada, alegando cumprimento de ordens judiciais, em virtude de disputas entre alas antagónicas daquele partido.

O cerco da sede do PAIGC vigorou entre a madrugada de segunda-feira e a tarde de quinta-feira. O congresso do partido, que devia ter começado na terça-feira, só ocorreu na quinta-feira à noite.

Na declaração, Guterres e Mahamat apelam "a todas as autoridades relevantes para que respeitem rigorosamente os direitos humanos internacionais e o direito humanitário e removam imediatamente todas as restrições ao direito à reunião pacífica, à participação política e à liberdade de expressão".

As duas instituições advertem também que estão preparadas para aplicar "medidas adicionais, caso a situação o justifique".

Os dois líderes afirmam ainda subscrever "plenamente" as recentes decisões da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que impôs desde quinta-feira sanções às individualidades e instituições da Guiné-Bissau que estejam a impedir que se acabe com a crise política no país lusófono.

Além disso, as duas organizações internacionais reiteram o seu apoio ao Acordo de Conacri -- celebrado em outubro de 2016 -, recordando que prevê, entre outros aspetos, "a nomeação de um primeiro-ministro consensual".

A ONU e a UA apelam ainda aos principais atores políticos que implementem "de forma fiel e urgente o acordo, bem como o roteiro da CEDEAO que todos subscreveram".

O PAIGC, partido vencedor das últimas legislativas, rejeitou esta semana o nome de Artur Silva, o sexto primeiro-ministro nomeado pelo Presidente guineense, José Mário Vaz, desde que demitiu o Governo deste partido, liderado por Domingos Simões Pereira, em agosto de 2015.

O líder do PAIGC já anunciou que o seu partido não iria aceitar qualquer nome que não fosse o do seu dirigente Augusto Olivais, proposto no quadro do Acordo de Conacri.

Na mensagem, o presidente da Comissão da União Africana e o secretário-geral das Nações Unidas reafirmam o seu "empenho em continuar a acompanhar de perto todos os desenvolvimentos políticos e apoiar a CEDEAO nos seus esforços para assegurar uma rápida resolução da crise prolongada na Guiné-Bissau".

JH (MB) // JNM

Lusa/fim

PRS move queixa-crime contra Rádio Bombolom FM

Foto Arquivo: Sede do PRS

O Partido da Renovação Social (PRS) diz que vai mover uma queixa-crime contra a Rádio Bombolom FM, por ter difundido a notícia em como o PRS teria felicitado a nomeação de Artur Silva ao cargo de Primeiro-ministro.

Segundo os “renovadores”, a nota citada pelo órgão de comunicação social não foi da sua autoria, pelo que decidem avançar para a justiça.

O Porta-voz do Partido, Vítor Pereira, que falou este sábado em conferência de imprensa, considera “mentira ” a notícia difundida pela Rádio e pelo seu jornalista.

Entretanto, questionado se o PRS vai dar o seu apoio ao atual Primeiro-ministro, Vítor Pereira disse que o assunto será abordado e tomada uma posição pela Comissão Política dos “renovadores”.

Contudo, o dirigente não avançou com a data da reunião daquele órgão do PRS.

Recordo que, na terça-feira, 30 de janeiro, depois de uma audiência com o Presidente da República, o Secretário-geral do PRS, Florentino Mendes Pereira, havia garantido que o Partido aceitaria a nomeação de qualquer figura ao cargo de Primeiro-ministro, por José Mário Vaz.

cfm87.net

PAIGC NÃO PODE PACTUAR COM A LÓGICA DA DIVISÃO E DA CONSPIRAÇÃO, DIZ O LÍDER CESSANTE DO PARTIDO


O Presidente cessante do Partido da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), afirmou sexta-feira (02.02), que um partido com responsabilidades nacionais como o PAIGC não pode pactuar com a lógica da divisão e da conspiração, numa alusão ao comportamento dos militantes expulsos do partido.

“Um partido com responsabilidades como o PAIGC não pode pactuar com a lógica da divisão e da conspiração. Por isso mesmo, o partido defendeu-se accionando os mecanismos sancionatórios previstos nos seus estatutos. Os militantes faltosos foram sancionados, na sequência de processos transparentes conduzidos pelo conselho nacional de jurisdição do partido”, afirmou Domingos Simões Pereira.

Segundo Simões Pereira, o mau comportamento de um grupo de militantes do PAIGC, associado a esta prática que levou o partido ser arredado do poder pelo Presidente da República, sendo assim o partido simplesmente decidiu accionar os mecanismos sancionatórios previstos nos seus estatutos.

O líder cessante do partido fundado por “Amílcar Cabral”, disse que depois do congresso de Cacheu, cidade situada no norte da Guiné-Bissau, a direção eleita tudo fez para unir o partido e criar as melhores condições políticas para cimentar a sua coesão. Neste sentido, e no imediato, foram tomadas medidas importantes, com o propósito de criar espaços de diálogo para convencer as vozes dissonantes a seguirem a orientação do PAIGC, ou utilizarem os meios democráticos internos a sua disposição para reivindicarem as suas posições.

Para Pereira, apesar do esforço da direção superior do PAIGC, as sementes da desordem, da indisciplina e de uma rebelião começaram a ganhar proporções alarmantes que culminou com expulsão de quinze deputados do partido e demais dirigentes do PAIGC.

“Infelizmente isso nem sempre aconteceu, saímos de Cacheu com a esperança de que o léxico politico tinha mudado, de que a palavra crise desapareceria gradualmente do nosso vocábulo para dar lugar a expressões como unidade, coesão, solidariedade e desenvolvimento, mas na verdade estávamos enganados”, argumentou Domingos Simões Pereira.

Dirigindo-se aos militantes e delegados ao IX congresso ordinário do partido, defendeu que é fundamental que as vozes dissonantes reconheçam que em todas as democracias do mundo é politicamente sensato que se respeite a legitimidade de uma direcção escolhida democraticamente.

“Podemos facilmente imaginar que o processo de consolidação da unidade interna não tenha sido perfeito e que muitos camaradas se sentiram frustrados por não terem obtido do partido as posições que almejavam, mas também há que reconhecer que em todas as democracias do mundo é politicamente sensato que se respeite a legitimidade de uma direção eleita democraticamente, e que se lhe dê tempo para de forma dinâmica liderar um diálogo construtivo com todas as partes para o bem do partido” declarou Simões Pereira, num discurso  durante o congresso do PAIGC na presença de vários convidados internacionais, organismos internacionais e o colectivo dos partidos democráticos.

Olhando para o processo sócio político da Guiné-Bissau, numa altura em que faltam três meses para o fim desta legislatura, o líder cessante do PAIGC, reconhece que foi uma legislatura marcada por uma longa crise política, que acentuou ainda a fragilidade das instituições políticas e econômicas e minou os esforços para a estabilização do país.

”Em condições o país estaria a preparar-se para a realização de eleições legislativas em Abril ou Maio deste ano, mas aqueles que usurparam o poder não só insistem em não cumprir o Acordo de Conacri e em não respeitar a Constituição da República, como estão com o receio de devolver a palavra ao povo, invocando todo tipo de argumentos para tentar adiar as eleições”, referiu Simões Pereira.

Visivelmente desapontado com a actual situação da Guiné-Bissau, Pereira considera que foram quatro anos de uma vil desonesta campanha contra o PAIGC, afastamento da governação, perseguições políticas e judicias aos dirigentes, ataques aos símbolos, assaltos as sedes, proibições de manifestações e tentativas desesperadas de impedir a realização do IX Congresso do PAIGC.

Para Domingos Simões Pereira, os promotores desta campanha tinham um único objectivo fazer vergar o PAIGC para poderem materializar os seus propósitos de instaurar um regime autoritário, contra a vontade popular. Contudo falharam redondamente.

“Essas pessoas não contavam com a capacidade de resiliência dos militantes do partido. Não perceberam a verdadeira dimensão do PAIGC porque não conhecem a história deste partido nem a da Guiné-Bissau. Desafiaram-nos, afrontaram-nos de todas as formas, apoquentaram a nossa tranquilidade, tiraram a cada um de nós várias horas de sossego, mas não conseguiram. E não conseguirão porque este partido é o PAIGC”, afirmou o líder cessante do maior partido do país.

Relativamente ao IX congresso, Simões Pereira, relembrou que o lema do congresso, “PAIGC Unido na Disciplina e Pelos Ideiais de Amílcar Cabral, ao serviço da paz, estabilidade e desenvolvimento da Guiné-Bissau”, é um forte apelo a unidade interna e ao reforço da coesão, baseada no respeito e observância da disciplina e, ao assumir da responsabilidade de herdar ideologicamente Amílcar Cabral.

“Deste congresso vão, pois, sair os futuros dirigentes do partido, mulheres e homens que terão a responsabilidades de dirigir o PAIGC nos próximos quatros anos, assumindo os desafios de curto e médio prazo, mas também preparando o partido para os desafios de longo prazo. Sonhamos com um PAIGC forte e voltado para o futuro. Um partido aberto, com processos modernos e transparentes. Um partido onde haja mais lugares para os jovens e onde mais mulheres possam ter posições de destaques, por isso mesmo a nossa responsabilidade é enorme”, rematou o Presidente do partido.

De recordar que o IX congresso do PAIGC, ficou marcada com ausência de um grupo de militantes do partido que foi expulso do PAIGC devido a posição que assumiram nesta crise politica que já dura a mais de dois anos.

Apesar dos esforços internos e internacionais, o grupo acabou por ficar de fora, apesar de um dos elementos voltar a reintegrar o partido.

Segundo a informação disponível, Domingos Simões Pereira é único candidato a liderança do partido, um situação fortemente contestada pelos militantes expulsos do PAIGC.

O IX congresso do partido termina no dia 04 do mês em curso, segundo a indicação do presidente da comissão organizadora.

// Alison Cabral
Radiojovem

Votação - Os delegados ao nono Congresso estão já a votar para a escolha do presidente do PAIGC. Domingos Simões Pereira, atual presidente do partido, encabeça a única lista apresentada hoje.


Braima Darame 

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Presidente da República chamou o seu 'primeiro-ministro' Artur Silva no final do dia para uma reunião

AAS

Magistratura Judicial averigua posição dos tribunais

O Conselho Superior da Magistratura Judicial, presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, o juiz-Conselheiro, Paulo Sanha, vai averiguar a atuação dos diferentes tribunais guineenses que emitiram providenciais cautelares intentadas por militantes do PAIGC no sentido de impedir a realização do congresso daquele partido.


Nos últimos dias, pelo menos, cinco providencias cautelares foram emitidas por diferentes tribunais. Todas as providenciais cautelares acabaram por ser suspensas também por ordens judiciais, permitindo que o congresso tivesse lugar.

As pessoas que intentaram as providenciais cautelares não gostaram da actuação dos tribunais, levando suspeitas.

De modo geral o comportamento dos tribunais tem sido severamente criticado sobretudo pela classe política que pediu um posicionamento da direcção do judiciário perante o que o Parlamento diz ser um caos provocado pelos juízes.

Agora o Conselho Superior da Magistratura Judicial vai abrir inquéritos administrativos para saber da lisura da actuação dos tribunais que emitiram pareceres em relação ao congresso do PAIGC.

O advogado Augusto Mário, que é o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos dizia ser uma vergonha que o judiciário se deixou envolver em polémicas políticas dando um mau contributo para a democracia.

O grupo dos 15 deputados expulsos do PAIGC, também apelou os dirigentes do poder judicial a tomarem uma posição perante a actuação de juízes que emitiram decisões e que dias depois voltaram atrás com as suas ordens.

RFI Com a colaboração de Mussá Baldé

BOBOLOM FM APRESENTA DESCULPAS PÚBLICAS À DIRECÇÃO SUPERIOR DO PRS


O PRS ameaça processar judicial o jornalista Silfa Silá, chefe da redação da Rádio Bombolom-FM e o próprio órgão privado.

Em causa, está difusão de uma suposta nota de imprensa no passado dia 01 deste mês, nos blocos noticiosos desta estação privada, segundo as quais, o PRS felicita a nomeação do Artur da Silva ao cargo do Primeiro-ministro.

Em conferência de imprensa promovida sábado para o efeito, Victor Pereira, porta-voz do partido considera tais informações de desagradáveis e “mentira ignóbil” por tentar a honra dos renovadores.

Pelo que, o político ameaça intentar queixa judicial contra jornalista Silfa Silá, e a redação da rádio Bombolom-FM.

O porta-voz disse que qualquer notícia antes de ser difundida deve verificar a sua veracidade, sob pena de desembocar-se naquilo que aconteceu com BFM.

Perante o facto, à direcção da Rádio Bombolom FM, pediu hoje humildemente suas “sinceras desculpas a direcção do PRS e ao público ouvinte pela notícia veiculada e retratada pela redação da rádio.” 

“A direcção da Rádio, vem ao público anunciar que, o comunicado de imprensa retratado pertence ao Partido para a Justiça, Reconciliação e Trabalho (PIRT), que igualmente se confunde a bandeira com a do PRS, pelas cores nelas representadas.”

Entretanto, numa outra ocasião, o Secretário-geral do PRS, Florentino Mendes Pereira, havia dito na audiência tida com o Presidente da República, que os renovadores estariam de acordo com qualquer nome escolhido pelo chefe de Estado para chefiar o novo governo.

“Qualquer que venha ser o Governo a realização de eleições na data prevista, é o nosso maior desejo e solicitamos que todos abraça essa ideia porque é única forma de tirar o país na situação em que se encontra.” Diz Florentino.

Que reine a paz e amor entre os filhos do país!

Notabanca; 03.02.2018

Deputados expulsos do PAIGC acusam novo PM guineense de ter mandado anular ordem judicial

Os deputados expulsos do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) acusaram hoje o novo primeiro-ministro, Artur Silva, de ter mandado anular uma ordem judicial, ação que consideram grave.

Em comunicado de imprensa, a que Lusa teve acesso, o também designado de grupo dos 15, diz que tomou conhecimento de um despacho de Artur Silva, no qual este terá ordenado a retirada das forças de ordem "estacionadas nas imediações da sede do PAIGC".

A polícia guineense desalojou algumas centenas de militantes e dirigentes da sede do PAIGC, alegando cumprimento de ordens judiciais, em virtude de disputas entre alas antagónicas daquele partido.

O cerco da sede do PAIGC vigorou entre a madrugada de segunda-feira e a tarde de quinta-feira. O congresso do partido, que era previsto começar na terça-feira, só ocorreu na quinta-feira à noite.

O novo primeiro-ministro é dirigente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e está a participar no congresso que decorre na sede em Bissau.

Para o grupo dos 15, a decisão de Artur Silva, nomeado pelo Presidente guineense, José Mário Vaz, consubstancia "uma violação flagrante do princípio de separação de poderes" do Estado.

Também diz que a ordem de Artur Silva coloca em causa a "segurança, certeza jurídica e estabilidade social", pelo que convidam o primeiro-ministro a adequar a sua atuação no sentido de permitir a realização da justiça.

O grupo dos 15 pede às instâncias judiciais que atue contra o PAIGC, que acusa de interferência com as decisões tomadas pelos tribunais, sem especificar quais.

O grupo dos 15 deputados, liderado por Braima Camará, tem travado lutas com a direção do partido que acusa de desrespeito estatutário.

RTP

MINISTÉRIO PÚBLICO VAI ANALISAR O RELATÓRIO FINANCEIRO DA AGÊNCIA NACIONAL DA AVIAÇÃO CIVIL DOS ANOS 2012 A 2014


O Ministério Público da Guiné-Bissau promete fazer uma análise isenta, imparcial e responsável sobre o relatório final da auditoria financeira da Agência Nacional da Aviação Civil dos anos 2012 a 2014, anunciou  quarta-feira (31.01) o Procurador-geral da República.

“Gostaríamos de garantir aqui que o relatório da agência nacional da aviação Cilvil, merecerá uma análise isenta, imparcial e responsável por parte do ministério público, e que o ministério público irá retirar todas as dúvidas consequentes ao relatório”, afirmou Bacari Biai.

Contudo, Bacari Biai pede ao tribunal de contas para estender o trabalho a todas as instituições do Estado guineense como forma de moralizar a administração pública do país.

O Procurador-Geral da República discursava na cerimônia de entrega formal pelo Tribunal de Contas do relatório da auditoria financeira da Agência Nacional da Aviação Civil ao Ministério Publico na instalação do Palácio da Justiça.

Na ocasião, Bacari Biai, revelou que acredita na capacidade técnica e profissional que caracterizam os juízes conselheiros da instituição que procede ao balanço da conta do Estado.

“Eu acredito na vossa capacidade técnico profissional, conheço quais são os brios profissionais que caracterizam os juízes conselheiros do tribunal de contas e toda a máquina da instituição. Para dizer que têm um papel importantíssimo de facto no virar da página da Guiné-Bissau”, vincou Biai.


Visivelmente contente com o trabalho desenvolvido pelo Tribunal de Contas sobre o relatório financeiro da Agência da Aviação Civil, o Procurador-geral da República, afirmou que nenhuma instituição da república pode recusar auditoria da instituição que audita as contas do Estado.

Presente na cerimônia, o Presidente do Tribunal de Contas, Dionísio Kaby, disse esperar que as conclusões tiradas deste relatório sejam encaminhadas para devido efeito.

“De acordo com as experiências ligadas ao nosso trabalho, eu estou convicto que no quadro da colaboração institucional, que no quadro do cumprimento das nossas missões como servidores públicos, o ministério público estará por bem a tomar em consideração as conclusões tiradas deste relatório e encaminhar as respectivas conclusões para os devidos efeitos”, declarou Kaby.

Segundo informação disponível, o relatório final da auditoria financeira da Agência da Aviação Civil decorrente entre os anos 2012 a 2014, veio na sequência denúncia do sindicato dos funcionários da aviação a procuradoria-geral da república.

O Ministério Público, enquanto advogado de Estado, mandou ao Tribunal de Contas, por sinal a instituição com competência de balanço sobre as contas do Estado, fazer uma auditoria.

// Alison Cabral
Radiojovem

ÚLTIMA HORA - PAIGC IX CONGRESSO: A revisão dos estatutos do partido foi aprovada, apenas com um voto contra - o de Octávio Lopes, ex-director de gabinete do presidente da República

AAS

O país pode sempre esperar pelo PAIGC. Ou seja, o PAIGC sempre em primeiro lugar


Esta manhã perguntei à um político guineense na oposição sobre a nomeação do futuro governo de Artur da Silva.

A resposta dele diz tudo sobre a Guiné-Bissau.

"Ainda estamos à espera que termine o Congresso do PAIGC, pois o próprio novo primeiro-ministro está na plenária máxima do partido".

Aí está: o país pode sempre esperar pelo PAIGC. Ou seja, o PAIGC sempre em primeiro lugar.

O país pode esperar, como se os 44 anos de espera ainda não fossem suficientes.

O país pode esperar até que o PAIGC se reforme internamente.

O país pode esperar até que o PAIGC sare as feridas de Conacri.

O país pode esperar até que eles arrefeçam as almas de Cabral, de Domingos Ramos, de Titina Sila...

O país pode esperar até que o PAIGC corrija os erros de 14 de Novembro, de 17 de Outubro, de 7 de Junho...

O país pode esperar até que o PAIGC descubra quem não é do partido.

O país pode esperar mesmo sem saúde, sem escolas, sem luz, sem água, sem estradas, e sem futuro.

O país pode esperar enquanto uns comem e o outros sofrem.

O país pode esperar enquanto uns brilham e os outros andam "fungulidos".

É mesmo assim, na República do PAIGC, na Guiné-Bissau "di bom bardadi".

Artur da Silva dá um sinal quando terminar o congresso.

O país pode esperar.

E o Chefe de Estado, este certamente deve estar a caminho de Calequisse, também ao seu ritmo de espera.

--Umaro Djau, 3 de fevereiro de 2018

ÚLTIMA HORA: Sobe para dois o número de mortos no capotamento desta manhã, na avenida Amílcar Cabral




 AAS

OFICIAL - Tal como avançamos, o primeiro-ministro, Artur Silva, membro do Bureau Político do PAIGC, participa no nono congresso como delegado por inerência.



Braima Darame

Guiné-Bissau: Intelectuais fazem manifesto pela democracia no país

Foto de Virginia Maria Yunes em Bissau

Diante da crise política na Guiné-Bissau, um grupo de intelectuais (sem filiação partidária) escreveu esse manifesto em defesa da democracia. O Por dentro da África recebeu o texto para compartilhar com seus leitores.

*Nós, abaixo assinados, cidadãos e intelectuais guineenses, sem filiação partidária, vamos:

– Manifestar a nossa profunda preocupação face à degradação do ambiente social e político a que o povo da Guiné-Bissau tem sido submetido nos últimos anos, fruto da disputa político-partidária, protagonizada por uma classe política que não tem medido as consequências dos seus atos quando se trata da luta pelo acesso e conservação do poder;

– Manifestar a necessidade de se promover a paz social e consolidar a unidade nacional, através da estabilidade sociopolítica, do progresso socioeconômico e da defesa dos valores democráticos consagrados na Constituição da República da Guiné-Bissau.

– Trazer ao conhecimento público a percepção geral dos guineenses segundo a qual a Comunidade Internacional, particularmente as Nações Unidas, a União Africana e a CEDEAO, não têm feito, no quadro do seu mandato, o suficiente no sentido de se encontrar uma solução efetiva e duradoira à crise vigente na Guiné-Bissau.

Os legítimos anseios do nosso povo a uma melhoria das suas condições de vida têm vindo a ser sucessivamente adiados. As cíclicas crises que têm caracterizado a nossa história recente, que em 1998 conduziram a uma guerra fratricida, têm tido um impacto extremamente negativo em todos os setores da vida nacional, afetando sobremaneira os alicerces de uma das maiores conquistas da Luta de Libertação: a Unidade Nacional.

O ambiente de pobreza e de precariedade extrema – incluindo a intelectual e espiritual – de impunidade e de intimidação que se instalou no país conduziu, por sua vez, a uma conflitualidade crescente, criando feridas profundas na sociedade guineense.

Face aos recentes acontecimentos ocorridos no país, nós, como cidadãos e intelectuais cientes dos seus direitos e deveres, não desejamos a reabertura de tais feridas.

Neste contexto, rejeitando o reacender das hostilidades, e em defesa das conquistas democráticas obtidas e garantidas constitucionalmente,

– Manifestamos a nossa indignação perante os sucessivos atropelos dos direitos e violação das garantias e liberdades conquistadas, que têm sido perpetrados pelos detentores do poder político por intermédio da Polícia, e do poder judicial através dos Tribunais e do Ministério Público;

– Alertamos para uma nova forma de repressão que consiste na usurpação da liberdade de expressão e do direito à informação, censurando conteúdos nos órgãos de comunicação públicos e impedindo o debate livre de ideias num momento delicado da nossa democracia e em que o pensamento crítico e independente se torna uma necessidade imperiosa;

– Repudiamos vivamente a negação do direito de manifestação e de reunião, expresso, por exemplo, no ato deliberado de intimidação, reprovando o cerco à sede de um partido político legalmente constituído, ato inédito na história da nossa democracia;

– Exigimos o respeito das regras básicas que garantem a existência de um Estado de direito.

Enquanto cidadãos comprometidos com a Guiné-Bissau, crentes numa solução pacífica, justa e duradoira:

– Exortamos a Comunidade Internacional presente na Guiné-Bissau, em particular as Nações Unidas, União Africana e CEDEAO, a que apoiem a promoção e protecção de todos os direitos humanos na Guiné-Bissau;

– Apelamos a todos os guineenses, no país e na diáspora, que nunca deixem de lutar pelos seus direitos e que continuem a acreditar que os ideais fundadores do nosso Estado ainda devem ser valores fundamentais da nossa luta pela liberdade e consolidação da democracia, paz e desenvolvimento durável.

Bissau, 1 de Fevereiro de 2018

Nome Actividade Assinatura
Abdulai Sila Engenheiro, Escritor
António S. Lopes (Tony Tcheka) Jornalista, Poeta
Aladje Baldé Biólogo, Prof. Universitário
Abdel-Aziz Vera Cruz Linguista, Escritor
Anaxore Casimiro Médico
Carlos Cardoso Filósofo, Investigador
Carlos Lopes Economista, Prof. Universitário
Cátia Nunes Neto Jurista
Edson Incopté Escritor, Gestor de Projectos
Fátima Candé Linguista e Prof.a Universitária
Helena N. Abrahamson Jurista, Activista Direitos Humanos
Lassana Sanó Sociólogo, Activista Ambiental
Miguel de Barros Sociólogo, Investigador
Patricia G. Gomes Historiadora, Prof.a Universitária
Paula F. Cabral Jornalista e Activista Social
Peter Mendy Historiadora, Prof. Universitário
Raul M. Fernandes Antropólogo, Prof. Universitário
Rita Ié Socióloga, Activista Cívica
Welket Bungué Actor
Zaida Pereira Linguista, Prof.a Universitária

Fonte: Pordentrodaafrica

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Ditaduraeconsenso

Alpha Condé - #Diálogo: tive o prazer de receber os presidentes faure gnassingbe do Togo e Mário Vaz da Guiné-Bissau. Repito: os problemas africanos têm de ser resolvidos pelos africanos!

#Dialogue J'ai eu le plaisir de recevoir les présidents Faure Gnassingbe du Togo et Mario Vaz de la Guinée-Bissau. Je le répète: les problèmes africains doivent être résolus par les Africains!





Alpha Condé Président 

Descobertas mais de 60 mil estruturas maias escondidas na floresta

D.R. (WILD BLUE MEDIA NO TWITTER)

As imagens revelaram casas, palácios, estradas e viadutos

Investigadores descobriram mais de 60 mil ruínas de edifícios maias escondidos na floresta da Guatemala. O grupo recorreu a tecnologia laser para procurar os vestígios escondidos pelo solo e pela densa vegetação: as imagens revelaram uma pirâmide, casas, palácios, estradas e estruturas fortificadas.

O que os investigadores encontraram numa área de cerca de 2000 quilómetros quadrados, perto da fronteira com o México, indica que a área foi a casa de milhões de maias, em número muito superior ao que se acreditava.


"As imagens LiDAR tornam claro que esta região foi tinha um povoamento cuja escala e densidade populacional foi muito subestimada" disse o arqueólogo Thomas Garrison à National Geographic.

Este nova tecnologia, chamada LiDAR (Light Detection And Ranging), é descrita como revolucionária: os cientistas fizeram o reconhecimento da área com lasers, a partir de um avião, medindo depois o comprimento de onda do "reflexo". Segundo explicam, a técnica permitiu fazer em meses descobertas que teriam exigido décadas com as técnicas tradicionais.

A civilização maia, que atingiu o seu pico há cerca de 1500 anos estendeu-se por grande parte da América Central. Estas descobertas indicam que seria mais avançada e parecida com culturas como a da Antiga ou China do que se pensava até agora. Isto porque além de centenas de estruturas, as imagens revelaram viadutos que ligavam centros urbanos, pedreiras, canais de irrigação e fortificações, explicou Marcello Canuto, arqueólogo da Universidade de Tulane, nos Estados Unidos.

"Locais fortificados e grandes estradas revelam modificações na paisagem natural feitos pelos maias em uma escala anteriormente inimaginável", acrescentou Francisco Estrada-Belli, da mesma universidade.

As revelações serão exibidas num documentário que estreará em 11 de fevereiro na National Geographic.

DN