sábado, 3 de fevereiro de 2018

O país pode sempre esperar pelo PAIGC. Ou seja, o PAIGC sempre em primeiro lugar


Esta manhã perguntei à um político guineense na oposição sobre a nomeação do futuro governo de Artur da Silva.

A resposta dele diz tudo sobre a Guiné-Bissau.

"Ainda estamos à espera que termine o Congresso do PAIGC, pois o próprio novo primeiro-ministro está na plenária máxima do partido".

Aí está: o país pode sempre esperar pelo PAIGC. Ou seja, o PAIGC sempre em primeiro lugar.

O país pode esperar, como se os 44 anos de espera ainda não fossem suficientes.

O país pode esperar até que o PAIGC se reforme internamente.

O país pode esperar até que o PAIGC sare as feridas de Conacri.

O país pode esperar até que eles arrefeçam as almas de Cabral, de Domingos Ramos, de Titina Sila...

O país pode esperar até que o PAIGC corrija os erros de 14 de Novembro, de 17 de Outubro, de 7 de Junho...

O país pode esperar até que o PAIGC descubra quem não é do partido.

O país pode esperar mesmo sem saúde, sem escolas, sem luz, sem água, sem estradas, e sem futuro.

O país pode esperar enquanto uns comem e o outros sofrem.

O país pode esperar enquanto uns brilham e os outros andam "fungulidos".

É mesmo assim, na República do PAIGC, na Guiné-Bissau "di bom bardadi".

Artur da Silva dá um sinal quando terminar o congresso.

O país pode esperar.

E o Chefe de Estado, este certamente deve estar a caminho de Calequisse, também ao seu ritmo de espera.

--Umaro Djau, 3 de fevereiro de 2018

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