quinta-feira, 11 de maio de 2023
QUIPUX BISSAU - Matriz de ação para aplicação das recomendações do seminário de 10 e 11 de Maio de 2023 no Hotel Hala sobre a criação de um balcão único de transporte e sobre a criação do certificado de imigração
Kremlin afirma: "Operação especial" na Ucrânia é "muito difícil"
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Notícias ao Minuto 11/05/23
O porta-voz russo, Dmitry Peskov, declarou que a Rússia conseguiu derrotar "bastante a máquina militar ucraniana”, um trabalho que "vai continuar" a ser feito.
A operação militar da Rússia contra a Ucrânia é "muito difícil", mas irá continuar, admitiu o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, na quarta-feira, a uma televisão bósnia, avança a agência de notícias Tass.
"A operação militar especial continua. Esta é uma operação muito difícil e, é claro, alguns objetivos foram alcançados num ano”, terá dito Peskov, acrescentando que a Rússia conseguiu derrotar "bastante a máquina militar ucraniana”, um trabalho que "vai continuar" a ser feito.
Segundo o porta-voz russo, a Rússia lançou inúmeros ataques com mísseis contra alvos militares em toda a Ucrânia. Diante da acusação de Kyiv de que os bombardeamentos visam alvos civis, Moscovo nega.
De recordar que a ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 441.º dia, 8.791 civis mortos e 14.815 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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Investigadores da Universidade de Algarve (Portugal), apresentaram o relatório da Investigação no domínio da Pesca Marítima com colaboração o Centro da Investigação Pesqueira da Guiné-Bissau "CIPA", do Ministério das Pescas
"Milagre". Bebés sobrevivem três dias a boiar durante cheias no Congo
Notícias ao Minuto 11/05/23
Pais de ambos os bebés morreram durante as inundações. Meninos serão agora entregues a famílias adotivas.
Dois bebés foram resgatados com vida das margens do Lago Kivu, onde foram encontrados a boiar três dias depois das cheias que mataram mais de 400 pessoas no leste da República Democrática do Congo.
À BBC, o líder comunitário Delphin Birimbi contou que "todos ficaram maravilhados com o milagre". Não se sabe como é que conseguiram sobreviver , o que se sabe é que os bebés foram encontrados a flutuar no meio dos escombros, na água, e resgatados com vida na segunda-feira.
Um dos bebés foi encontrado em Bushushu e o outro em Nyamukubi, duas das vilas mais afetadas pelas cheias que na última semana se abateram sobre este país africano.
Apesar do "milagre" dos bebés, estes perderam ambos os pais e serão agora entregues a famílias de acolhimento.
Recorde-se que, além dos 402 mortos já confirmados, há ainda 5 mil pessoas desaparecidas e mais de 200 feridos em estado grave.
PJ detém médico suspeito de abusar sexualmente pacientes durante consultas
CNN Portugal, 11/05/23
De acordo com o comunicado enviado pelas autoridades às redações, o arguido, "no âmbito das suas funções de consulta em ambulatório em estabelecimento hospitalar público, com o pretexto de melhor efetuar o diagnóstico médico, terá sujeitado as vítimas à prática de atos sexuais abusivos"
A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta semana, através da Diretoria do Norte, um médico de 60 anos suspeito de abusar sexualmente os seus pacientes durante consultas.
De acordo com o comunicado enviado às redações pelas autoridades, o arguido, "no âmbito das suas funções de consulta em ambulatório em estabelecimento hospitalar público, com o pretexto de melhor efetuar o diagnóstico médico, terá sujeitado as vítimas à prática de atos sexuais abusivos".
“As vítimas, embora constrangidas, submetiam-se às referidas práticas, dada a situação de dependência em que se encontravam, bem como pela ignorância face aos alegados atos médicos em curso”, pode ler-se.
Segundo a mesma nota, o arguido não tem antecedentes criminais e já foi presente a primeiro interrogatório judicial, tendo visto as suas funções suspensas em “qualquer estabelecimento de saúde público ou privado”, ficando também privado de contactar com as vítimas e testemunhas.
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Défice orçamental russo supera em quatro meses previsão para todo o ano
© Reuters
POR LUSA 11/05/23
O défice orçamental da Rússia atingiu 3,4 biliões de rublos (40,9 mil milhões de euros) nos primeiros quatro meses do ano, superando a previsão para 2023, sobretudo devido à queda nas receitas de petróleo e gás.
De acordo com dados divulgados hoje pelo Ministério das Finanças russo, as receitas totalizaram 7,8 biliões de rublos (93,1 mil milhões de euros) entre janeiro e abril, menos 22,4% do que no mesmo período de 2022.
Em contraste, as despesas aumentaram em 26,3% nos primeiros quatro meses do ano, atingido 11,2 biliões de rublos (134,1 mil milhões de euros), disse o ministério chefiado por Anton Siluanov.
O orçamento foi afetado por uma queda de 52,3% em termos anuais, para 2,3 biliões de rublos (27.309 milhões de euros), nas receitas tributárias sob o petróleo e gás russos, alvo de sanções internacionais devido à invasão da Ucrânia.
O Ministério das Finanças explicou em comunicado que a queda "está associada a uma base de comparação elevada no ano passado, a uma diminuição dos preços do petróleo dos Urais e a uma diminuição das exportações de gás natural".
O Governo russo sustenta, no entanto, que "a dinâmica mensal das receitas de petróleo e gás está gradualmente a entrar numa trajetória estável correspondente ao nível base": oito biliões de rublos (95,7 mil milhões de euros) por ano.
No orçamento russo para 2023, o défice que o Estado previa foi fixado em 2,9 biliões de rublos (35 mil milhões de euros), ou seja, 2% do Produto Interno Bruto (PIB).
Na semana passada, Anton Siluanov afirmou que ainda não pretende alterar os pontos de referência para a execução do orçamento em 2023, embora não tenha descartado desvios para melhor ou pior.
"Até agora, esses pontos de referência não mudaram, mas dizer que [o défice] será exatamente 2% [do PIB] é dar estimativas incorretas. Pode haver desvios numa direção ou noutra. Vamos ver o que acontece com as receitas do petróleo e gás", disse o ministro.
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Guiné-Bissau deve efectuar um censo dos seus funcionários públicos para mais eficiência salarial, diz FMI
Organização quer também uma nova lei do IVA
WASHINGTON — A Guiné-Bissau deve dar prioridade à aplicação de uma nova lei do IVA e a uma administração “mais eficiente da sua conta salarial apoiado por um novo censo de empregados do sector civil”, disse o Fundo Monetário Internacional 9FMI) num comunicado emitido quarta-feira.
No comunicado o FMI confirmou a entrega de cerca de 3,2 milhões de dólares, ao abrigo de uma Facilidade de Crédito Alargado de 38,4 milhões arovada em Janeiro. Isso eleva para 6,4 milhões de dólares o crédito já concedido ao abrigo desse programa.
Na sua declaração o FMI disse que o desempenho doprograma esabelecido pelo FMI foi at’e agora “satisfatório” o que “reflecte a capacidade das autoriades manterem a estabildiade macroconómica num ambiente externo muito difícil causado por repercurssões e condições financeira globais mais restritas”.
Para o FMI avanços no sector económico têm que inclir “uma consolidação fiscal que assegure a sustentabildiade da dívida a médio prazo”, recordando depois que “a agenda estrutural tem como objectivo fortalecer a governação e parâmetros de medidas contra a lavagem de dinheiros e contra o financiamento de terrorismo, melhorar a adminsiração de recursos fiscais e investimento público , aumentar a transparência, resposablização e combater a corrupção”.
“As prioridades são o fortalecimento da angariação e adminsitração de rendimentos, icnluindo através da aplicação de uma nova lei do IVA e uma administração mais eficintes da conta salarial apopiada por um novo censo dos empregados dos ector público”.
O FMI prevê para este ano para a Guiné Bissau um crescuimento de 4,5% e 5% no próximo ano enquanto a inflaçã deverá atingir os 7,8% este ano descendo para 5,5% no próximo ano
BRAIMA CAMARÁ: "O nosso problema não são recursos, o nosso problema são as lideranças"
POR LUSA 11/05/23
O coordenador do Madem-G15, Braima Camará, considera que a Guiné-Bissau é um país rico e viável porque tem recursos, salientando que a pobreza reside nas lideranças governativas.
"O nosso problema não são os recursos, o nosso problema são as lideranças governativas. Eu já provei no setor privado que o nosso país é um país viável, é um país rico, rico em minas, nas suas pessoas, no clima, nas oportunidades existentes", disse o líder do Movimento para Alternância Democrática (Madem-G15).
Em entrevista à agência Lusa em Lisboa, Braima Camará apresenta-se às legislativas de 04 de junho como a solução para resolver os problemas da Guiné-Bissau, com base "nas provas" que diz já ter dado no setor privado como empresário.
"O recurso está no país, debaixo da terra, é para servir o país, não para ficar lá, essa foi a razão da luta dos combatentes da liberdade da pátria, explorar essas riquezas, o povo não pode estar na miséria, temos bauxite, fosfatos debaixo da terra", disse, assegurando que se o seu partido vencer as eleições haverá uma "política pública clara" para colocar esses recursos à disposição do país.
Questionado sobre as oportunidades de investimento estrangeiro, nomeadamente para empresários portugueses, Braima Camará apontou a construção civil, indústria, saúde, infraestruturas, turismo ou transformação de produtos agrícolas.
"Portugal é a nossa segunda pátria", disse, defendendo que é preciso "potenciar, traduzir em ganhos reais para ambos os países essas relações, esse clima de confiança, amizade e irmandade".
"A Guiné-Bissau tem muitas potencialidades que Portugal deve agarrar", através de parcerias público-privadas ou entre os empresários privados para "gerar mais rendimento para ambos os países", reforçou.
Sobre a crise no setor do caju, do qual depende 80% da população guineense, o líder do Madem-G15 remete para "a dinâmica do mercado".
O presidente da Confederação Nacional dos Agricultores da Guiné-Bissau, Jaime Boles Gomes, alertou em 14 de abril que os produtores de castanha de caju estão a vender o produto a uma média de 250 francos cfa (0,38 euros), um preço inferior ao estipulado pelo Governo, de 375 francos cfa (0,57 euros) por quilograma.
Recordando que detém o recorde de "maior exportador de castanha de caju de todos os tempos" na Guiné-Bissau, o que lhe valeu uma medalha de ouro atribuída pela Associação Industrial Portuguesa, Braima Camará argumentou que este é o seu mundo e que tem "uma solução" para o setor.
Questionado sobre qual é essa solução, respondeu que "o segredo é a alma do negócio".
"Não vou dizer a minha solução, mas o povo da Guiné-Bissau conhece-me como um homem de palavra, um homem que quando promete cumpre. Quero só que o povo da Guiné-Bissau me dê a confiança, me dê a oportunidade, porque a hora é agora, chegou a hora, "hora Tchiga", disse, usando o 'slogan' da sua campanha para as legislativas.
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POR LUSA 11/05/23
O líder do partido guineense Madem-G15, Braima Camará, apontou a paz e estabilidade como prioridades na Guiné-Bissau, defendendo a aproximação dos governantes ao povo para ultrapassar o atual "clima de défice de confiança".
"A minha prioridade das prioridades, claramente, é estabilizar o país para haver paz, [...] promover o diálogo interno, estabelecer um clima de confiança entre atores políticos, entre os governantes e o povo porque o país vive um clima de défice de confiança", disse o candidato pelo Movimento para Alternância Democrática (Madem-G15) às eleições legislativas de 04 de junho, em entrevista à agência Lusa em Lisboa.
Questionado sobre o motivo para se candidatar a primeiro-ministro, Braima Camará disse que tem uma "proposta de solução para os problemas da Guiné-Bissau", argumentando que já deu provas enquanto empresário.
Entre as qualidades que disse ter para exercer o cargo, destacou ainda que é conhecido na Guiné-Bissau como "um homem do consenso" e que "consegue estabelecer pontes de diálogo na base da confiança entre todos os atores políticos e não políticos", considerando que o facto de ter sido conselheiro especial de vários Presidentes "é uma mais-valia".
Sobre se está confiante numa maioria absoluta, disse que "seria uma surpresa" se isso não acontecesse.
"Tenho toda a absoluta confiança, se Deus quiser, de que estão reunidas as condições para que o nosso partido possa ganhar no mínimo dos mínimos com maioria absoluta", disse, considerando que isso será possível graças ao "desempenho do partido" e ao trabalho dos membros do Madem-G15 no Governo, integrado ainda pela Assembleia do Povo Unido -- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) e pelo Partido da Renovação Social (PRS).
Questionado sobre eventuais coligações caso não consiga a maioria absoluta, disse que não quer "particularizar nem partidarizar", mas manifestou disponibilidade "para governar o país com todas as competências da Guiné-Bissau", mesmo "ganhando com maioria qualificada".
Em relação à resposta que vai dar quando for confrontado durante a campanha eleitoral, que começa no sábado, com as necessidades do povo, Braima Camará disse que vai antes "pedir a confiança" e a oportunidade para "poder ganhar as eleições".
"A minha preocupação, a razão da minha luta, a razão que me fez decidir criar essa terceira via é exatamente a pensar no meu povo, no meu país, e o povo sabe disso", acrescentou.
Empresário na área do turismo e no comércio de castanha de caju, Braima Camará, conhecido no país como "Ba di povo", fundou o Madem-G15 juntamente com um grupo de dissidentes do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e nas primeiras legislativas em que participou, em 2019, conseguiu eleger 27 dos 102 lugares da Assembleia Nacional Popular.
Questionado sobre o facto de aparecer nos materiais de campanha em fotos ao lado do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, o coordenador do Madem-G15 alegou que "nenhum articulado da Constituição" o impede.
A Constituição guineense estipula no artigo 65 que "as funções de Presidente da República são incompatíveis com quaisquer outras de natureza pública ou privada". Braima Camará argumentou que "uma foto é uma imagem, não é função", defendendo que todos os outros partidos podem fazer o mesmo.
Sissoco Embaló foi eleito em 2019 com o apoio do Madem-G15, partido que ajudou a fundar, mas entregou o cartão de militante quando tomou posse.
Em declarações aos jornalistas na terça-feira, à margem de um encontro do Governo guineense com o FMI, o Presidente disse que "todos os partidos estão autorizados" a usar a sua imagem, considerando que "isso não é inconstitucional".
Embaló salientou, contudo, que, por ser chefe de Estado, não pode exercer funções partidárias.
Braima Camará reiterou que vai apoiar a candidatura do chefe de Estado a um novo mandato, elogiando-o por ter conseguido "conquistar a confiança da comunidade Internacional" e "resgatar a soberania" da Guiné-Bissau.
Sobre as divergências com o Presidente, em declarações públicas em julho de 2021, o líder do Madem-G15 recusa agora qualquer crispação, afirmando que não se estava a referir a Sissoco Embaló quando disse que não se pode promover a ditadura e que se recusava a pertencer a regimes que não respeitam as regras do Estado de Direito.
Na altura, o Presidente respondeu a estas declarações, afirmando que não é um ditador e que o país é um Estado de Direito.
Instado a comentar os ataques a ativistas e opositores políticos denunciados por organizações da sociedade civil, Braima Camará escusou-se a falar de casos particulares, mas definiu-se como "um homem de princípios democráticos" que gosta "de viver e conviver respeitando as leis da República dentro e fora do país".
"Sou um homem de paz, sou um homem de diálogo, primo pela paz, pela respeitabilidade da vida humana, pelas leis da República, é o que me move na política", concluiu.
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POR LUSA 11/05/23
O coordenador do Madem-G15, Braima Camará, defendeu que o tráfico de droga "não existe" na Guiné-Bissau e é "uma falsa questão" porque se trata de um "problema global" que o país deve ajudar a combater a nível internacional.
"O problema do tráfico de droga na Guiné-Bissau não existe. Para mim, é uma falsa questão", disse em entrevista à agência Lusa, em Lisboa, o líder do Movimento para Alternância Democrática (Madem-G15), justificando que "não é um país produtor de droga" nem "um país consumidor de droga".
No entanto, reconheceu as fragilidades da Guiné-Bissau para combater este tipo de flagelo. "Por isso mesmo é que nós nos colocámos à disposição da comunidade internacional para abrirmos as nossas portas, juntarmo-nos para todos juntos combatermos aquilo que consideramos um flagelo global, um problema global e os problemas globais exigem soluções globais e nós, enquanto autoridade, estamos disponíveis para colaborar, para que possamos combater este mal que não é da Guiné-Bissau, é de todo o mundo", disse.
O candidato às eleições legislativas de 04 de junho pelo partido atualmente no poder referiu que, em comparação, há mais apreensões de droga em Portugal do que na Guiné-Bissau.
"Se o próprio Portugal é confrontado noite e dia com a situação da apreensão de droga, com toda a tecnologia existente, com todos os meios existentes, quem somos nós para dizer que não podemos ser confrontados com este problema", questionou.
Num relatório divulgado em 16 de março deste ano, o Escritório das Nações Unidas para as Drogas e o Crime (UNODC) referiu que a Guiné-Bissau continua com "potencial contínuo" para ser usada para o tráfico de cocaína.
"Nos últimos anos, a Gâmbia, o Senegal e Portugal classificaram a Guiné-Bissau entre os principais países de proveniência de carregamentos de cocaína apreendidos", refere o UNODC, acrescentando que a cocaína da Guiné-Bissau chega ao Mali via Senegal ou Guiné-Conacri, utilizando a cidade senegalesa de Tambacounda.
A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau apreendeu, em setembro de 2019, 1.869 quilogramas de cocaína, a maior apreensão feita no país, e deteve 12 pessoas, entre nacionais e estrangeiros, que foram condenadas pelo Tribunal Regional de Bissau em 2020, incluindo Braima Seidi Bá e Ricardo Ariza Monges, alegados cabecilhas, que acabaram mais tarde absolvidos pela Câmara Criminal do Supremo Tribunal de Justiça.
Uma outra operação, realizada em março de 2019, levou à apreensão de 800 quilogramas de cocaína e à detenção de vários homens e um painel de peritos do Conselho de Segurança da ONU ligou aquela droga a um cidadão maliano sancionado por utilizar o tráfico de droga para financiar o terrorismo, nomeadamente a Al-Mourabitoun, filiada da Al-Qaida.
Questionado sobre a vulnerabilidade da Guiné-Bissau, que sempre foi conhecida pela boa convivência inter-religiosa, ao extremismo, Braima Camará considerou que "problema é inexistente".
"É um problema completamente ausente, temos um país espetacular, um povo ímpar, um povo único, eu próprio sou muçulmano, a minha mulher é católica, a minha avó é animista", exemplificou, referindo que a isso se chama "a guineendade", pautada pela "tolerância, humildade, boa convivência".
No último relatório do Departamento de Estado sobre liberdade religiosa no mundo, lançado em junho de 2022, os Estados Unidos alertaram para as preocupações manifestadas por líderes religiosos guineenses sobre o "alastrar do extremismo religioso" no país.
"Alguns desses líderes acusaram o Governo de não fazer o suficiente para combater a ameaça do extremismo e um deles alertou que uma percentagem pequena, mas crescente, de mesquitas e escolas islâmicas no país, financiadas por islamitas sediados no estrangeiro, eram potenciais incubadoras de radicalismo, promovendo ideias que conflituam com as tradições mais moderadas das restantes mesquitas do país", lê-se no relatório.
quarta-feira, 10 de maio de 2023
VOLODYMYR ZELENSKY: Guerra? "Não deixaremos um único pedaço da nossa terra ao inimigo"
Leia Também: O Parlamento ucraniano pediu às instituições que lidam com os dicionários em língua inglesa e espanhola para que introduzam o termo 'ruscismo', para designar "a ideologia agressiva da Federação Russa".
Dois soldados russos e um civil morrem após explosão num bar em Mali
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POR LUSA 10/05/23
Pelo menos dois soldados russos e um civil morreram na noite de terça-feira devido à explosão acidental de uma granada num bar no centro do Mali, onde consumiam álcool, indicaram fontes locais à AFP.
Ajunta do Mali coopera com o que apresenta como "instrutores" do exército russo e que os países ocidentais dizem ser membros do grupo paramilitar russo Wagner.
Na noite de terça-feira, "houve um acidente no bar Tam-Tam em Ségou", disse à AFP uma fonte da polícia local.
"Um instrutor russo errou com uma granada e houve uma explosão. Dois russos foram mortos. Também houve um civil morto", informou.
A informação foi confirmada por um representante local, que indicou que dois soldados do Mali também morreram.
"Ouvimos um barulho vindo dos soldados do Mali e da Rússia. Havia pelo menos três mortos, incluindo dois russos. Um civil também morreu", disse uma testemunha.
Todos os interlocutores pediram anonimato por medo de represálias.
Desde 2012, o Mali tem sido alvo pela propagação do jihadismo e por uma grave crise não só de segurança, mas também política e humanitária.
Leia Também: Incêndios florestais na Rússia já vitimaram pelo menos 21 pessoas
Tropas russas recuam até 2 km em algumas zonas de Bakhmut
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Notícias ao Minuto 10/05/23
Tropas russas recuaram após um "ataque dos defensores ucranianos".
O comandante do exército da Ucrânia, Oleksandr Syrskyi, afirmou, esta quarta-feira, que as forças russas em Bakhmut recuaram cerca de dois quilómetros em algumas zonas da cidade, após uma contraofensiva ucraniana.
“Em algumas áreas da frente, o inimigo não conseguiu resistir ao ataque dos defensores ucranianos e recuou para uma distância de até dois quilómetros”, referiu na plataforma Telegram.
“Foi a condução competente da operação defensiva que esgotou as forças treinadas do Grupo Wagner e as forçou a serem substituídas em certas direções por unidades menos bem preparadas das tropas regulares russas, que foram derrotadas e abandonadas”, acrescentou.
Sublinhe-se que, na noite de terça-feira, as forças armadas ucranianas confirmaram que uma das brigadas russas que tentava tomar o controlo da cidade de Bakhmut deixou as suas posições, abandonando 500 soldados mortos.
Num dos vídeos sobre a situação na linha da frente, o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, tinha acusado a 72.ª brigada do exército russo de abandonar as suas posições depois de perder "três quilómetros quadrados" numa área estratégica, na qual os russos perderam 500 homens.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 15 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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@DefenceU We'll fight them with everything we've got. Until they are gone.☝
GUINÉ-BISSAU: Governo apela a partidos para evitarem "discursos incendiários"
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POR LUSA 10/05/23
O ministro da Administração Territorial da Guiné-Bissau, Fernando Gomes, apelou hoje aos partidos políticos que vão participar nas legislativas de 04 de junho para evitarem "discursos incendiários" e "violência".
"Gostaria de apelar a todos os partidos concorrentes neste pleito eleitoral para colaborarem. No dia 13 vai dar-se início à campanha eleitoral. Vamos fazer desta campanha uma festa da democracia, vamos evitar discursos incendiários, vamos fazer uma campanha para mostrar ao mundo que o guineense é um povo amante de paz", afirmou Fernando Gomes.
O ministro da Administração Territorial falava no aeroporto Osvaldo Vieira em Bissau, após ter recebido material eleitoral sensível adquirido pelo Programa das Nações Unidas de Apoio ao Desenvolvimento.
Fernando Gomes destacou também que todos os partidos políticos contribuíram de forma positiva para o processo eleitoral, principalmente para o recenseamento eleitoral.
"Este clima deve permanecer durante a campanha que começa dentro de três dias, no dia da votação e após o dia 04 de junho", disse.
"Não há razões para criarmos problemas. O Governo vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance e dentro do quadro legal para não permitir quaisquer desvios às regras preestabelecidas. Todo o mundo tem o direito de fazer campanha e mobilizar os votos, mas ninguém tem o direito de usar violência durante a campanha, no dia das eleições, e depois do dia 04", salientou Fernando Gomes.
O ministro pediu também para que todos aguardem "serenamente" que a Comissão Nacional de Eleições "anuncie os resultados" eleitorais.
"Queremos uma eleição num clima de paz e tranquilidade, ganhe o partido que Deus entender. Qualquer partido que ganhar, é um partido da Guiné-Bissau. O mundo não acaba com o dia 04", disse.
Vinte partidos e duas coligações viram hoje as suas candidaturas aprovadas pelo Supremo Tribunal de Justiça para participar nas eleições de 04 de junho.
A campanha eleitoral, que começa sábado, termina em 02 de junho.
GUINÉ-BISSAU: O MOVIMENTO PARA A ALTERNÂNCIA DEMOCRÁTICA (MADEM-G15) NA POSIÇÃO 7 NA BOLETIM DE VOTO
Decorreu durante duas semanas uma expedição para o conhecimento da Biodiversidade marinha nos arquipélagos bijagós.
CANDÉ satisfeito com produção do arroz_Carantaba
O Ministério da Agricultura acaba de demonstrar que é possível produzir arroz suficiente para consumo e excedente para exportação, afirmou hoje o Ministro Botche Candé no final de visita ao Centro de Carantaba. Botche Candé falava no âmbito da iniciativa do Governo apoiada pelo Presidente da República para produção agrícola de grande escala.