quinta-feira, 14 de maio de 2020
quarta-feira, 13 de maio de 2020
PR Sissoco : ‘’A GUINÉ-BISSAU NÃO SERÁ MAIS A REPÚBLICA DE BANANAS”
O Presidente da República, Úmaro Sissoco Embaló voltou a afirmar esta quarta-feira, 13 de maio de 2020, que a Guiné-Bissau não será mais a “República de bananas” onde “a desordem é a mercadoria do consumo interno”.
O chefe de Estado falava na posse de novos membros do Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público, na qual frisou que o Ministério Público (MP) não é um lugar para fazer política e que quem quiser fazê-la pode ir buscar um cartão de militância nas sedes das formações políticas.
O Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público é constituído por procuradores gerais adjuntos, delegados do Ministério Público, um representante de oficiais de justiça e dois representantes da Assembleia Nacional Popular (ANP).
No seu discurso, Embaló lançou um desafio aos magistrados do MP no sentido de promoverem uma campanha para identificar e recuperar a favor do Estado todos os bens públicos da Guiné-Bissau que se encontram no exterior. O Presidente da República reconheceu, porém, que não será uma tarefa fácil, mas admitiu que, no âmbito dos instrumentos jurídicos internacionais hoje existentes, esta aspiração é possível e assegurou o seu total e incondicional apoio ao Ministério Público, “sempre que for necessário em nome da moralização da sociedade guineense”.
“Para a afirmação de um estado de direito democrático na Guiné-Bissau, os guineenses contam muito com o Ministério Público, sobretudo em três aspetos que devem constituir a prioridade de todos, nomeadamente: a luta contra a corrupção na administração pública, sendo que na Guiné-Bissau é um dos maiores cancros ou coronavírus da nossa sociedade e tem sido protagonizado pelos próprios guineenses, porque apenas têm a sorte de serem nomeados para as funções de relevo, luta contra tráfico de droga e crime organizado”, criticou.
Por seu lado, o Procurador Geral da República (PGR), Fernando Gomes, assinalou que os membros do Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público devem sempre atuar de forma objetiva, isenta e ponderada de modo a que as decisões tomadas sejam as mais acertadas a cada situação, “uma vez que nos dias de hoje a sociedade guineense exige do Ministério Público uma intervenção proativa e de qualidade”, alertou.
O PGR diz acreditar que os novos membros empossados darão os seus contributos para melhoria do serviço do Conselho Superior por forma a torná-lo mais dinâmico, contando assim com apoio de todos os magistrados, sem exceção.
Neste particular, Fernando Gomes aconselhou que o MP não deve sustentar meros interesses privados, mas sim deve consagrar a liberdade, pluralismo, espírito democrático e as autonomias e independência funcional dos seus membros.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
odemocratagb.com
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quarta-feira, maio 13, 2020
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO NACIONAL E ENSINO SUPERIOR. - NOTA DE IMPRENSA:
REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO NACIONAL E ENSINO SUPERIOR.
GABINETE DE RELAÇÕES PÚBLICAS, COOPERAÇÃO E COMUNICAÇÃO.
NOTA DE IMPRENSA:
O Ministério da Educação Nacional e Ensino Superior Rubrica acordo com a Associação portuguesa de Apoio Social nas áreas de Saúde, Educação e Ecologia.
O protocolo Rubricado hoje, 13 de Maio 2020, entre o titular da pasta da Educação, Dr. Ariceni Abdulai Jibrilo Baldé, e o Director-Geral da Associação de Apoio Social nas áreas de Saúde, Educação e Ecologia, António Lubato, visa entre outros equipar as escolas de ensino básico da Guiné- Bissau com iluminação e tecnologia informática alimentada por energia solar fotovoltaica, concepção de conteúdos, formação de monitores e professores, e equipar o Gabinete de Estudos Planificação e Avaliação do Sistema Educativo (Gepase ).
No documento rubricado consta ainda que Associação VINTEDAR será responsável pela concepção de conteúdos em formato audiovisual para poderem ser trabalhados através da TV com apoio de monitores e professores, previamente capacitados.
Os conteúdos deverão estar essencialmente de acordo com os definidos oficialmente para o ensino da 1ª á 6ª classe podendo ser complementados pelos conteúdos que ambas as partes venham a aprovar.
Ainda no domínio da formação, o protocolo destaca que a Escola Superior de Educação de Portugal que vier a ser ou estiver envolvida, assumirá a formação de professores para apoiarem a dinamização das atividades e salienta que qualquer projecto ou conteúdo de formação ministrado no âmbito do protocolo rubricado hoje deve passar pela aprovação das estruturas orgânicas competentes do Ministério da Educação Nacional e Ensino Superior.
As partes acordaram ainda que nesta primeira fase só beneficiaram deste projeto 3.214 salas de aula, 816 escolas dado que as restantes não apresentam condições mínimas de operacionalidade implicando obras mais profundas.
Amadu Uri Djaló
Assessor de Imprensa e Porta-voz
Gabinete de Relações Pública Cooperação e Comunicação
BEM-ESTAR - Não come banana diariamente? O estudo que vai fazer com que mude de ideia
Estes são os resultados de um estudo da Universidade do Alabama.
Investigadores da Universidade do Alabama descobriram que comer bananas todos os dias pode ajudar a prevenir ataques cardíacos e derrames.
O estudo, que teve como objetivo determinar como o potássio mineral afeta o fluxo sanguíneo e a saúde das artérias, examinou ratos que receberam uma dieta contendo níveis baixos, normais ou altos de potássio.
Os ratos que receberam altos níveis de potássio mostraram significativamente menos endurecimento das artérias e rigidez reduzida na aorta também.
Este estudo está entre os primeiros a investigar o impacto do mineral na saúde das artérias. A ingestão de potássio ajuda a manter um batimento cardíaco saudável.
noticiasaominuto.com/lifestyle
Investigadores da Universidade do Alabama descobriram que comer bananas todos os dias pode ajudar a prevenir ataques cardíacos e derrames.
O estudo, que teve como objetivo determinar como o potássio mineral afeta o fluxo sanguíneo e a saúde das artérias, examinou ratos que receberam uma dieta contendo níveis baixos, normais ou altos de potássio.
Os ratos que receberam altos níveis de potássio mostraram significativamente menos endurecimento das artérias e rigidez reduzida na aorta também.
Este estudo está entre os primeiros a investigar o impacto do mineral na saúde das artérias. A ingestão de potássio ajuda a manter um batimento cardíaco saudável.
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quarta-feira, maio 13, 2020
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EUA inclui Cuba na lista de países que não cooperam contra o terrorismo
Os Estados Unidos vão incluir Cuba na lista de países que "não cooperam totalmente" com os americanos na luta contra o terrorismo, proibindo nomeadamente a venda de armas para a ilha, anunciou hoje o Departamento de Estado.
É a primeira vez que Cuba aparece nessa lista desde 2015, quando o então Presidente dos EUA, Barack Obama, retirou a ilha da lista de Estados patrocinadores do terrorismo, no contexto do processo bilateral reatamento de relações.
A medida agora anunciada "proíbe a venda ou licença de exportação de bens e serviços de defesa e notifica o público e a comunidade internacional de que esses países não estão a cooperar totalmente com os esforços antiterroristas dos EUA", explicou o Departamento de Estado em comunicado.
O anúncio surge num momento de fortes tensões entre os Estados Unidos e Cuba e afeta ainda países como a Venezuela, Irão, Síria e Coreia do Norte.
Os Estados Unidos justificam esta decisão com a presença na ilha de membros da guerrilha colombiana do Exército de Libertação Nacional (ELN), que viajaram para negociações de paz e "ainda estavam em Cuba em 2019", indica a nota.
"Citando protocolos de negociação de paz, Cuba rejeitou o pedido da Colômbia de extraditar dez líderes do ELN que vivem em Havana depois que o grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque de 2019 a uma academia de polícia em Bogotá, que matou 22 pessoas e feriu mais de 60 ", afirmou o Departamento de Estado.
A nota também indica que Cuba "concede refúgio a vários fugitivos da Justiça (EUA) por acusações de violência política" e dá o exemplo de Joanne Chesimard, incluído na lista dos terroristas mais procurados pelo FBI por ter assassinado um agente do Estado de Nova Jersey, em 1973.
No caso da Venezuela, o Departamento de Estado afirma que o governo do Presidente Nicolás Maduro - ele próprio acusado de tráfico de drogas pelos Estados Unidos - oferece "um ambiente permissivo para terroristas na região", incluindo ex-membros das guerrilhas desmobilizadas.
Por LUSA
É a primeira vez que Cuba aparece nessa lista desde 2015, quando o então Presidente dos EUA, Barack Obama, retirou a ilha da lista de Estados patrocinadores do terrorismo, no contexto do processo bilateral reatamento de relações.
A medida agora anunciada "proíbe a venda ou licença de exportação de bens e serviços de defesa e notifica o público e a comunidade internacional de que esses países não estão a cooperar totalmente com os esforços antiterroristas dos EUA", explicou o Departamento de Estado em comunicado.
O anúncio surge num momento de fortes tensões entre os Estados Unidos e Cuba e afeta ainda países como a Venezuela, Irão, Síria e Coreia do Norte.
Os Estados Unidos justificam esta decisão com a presença na ilha de membros da guerrilha colombiana do Exército de Libertação Nacional (ELN), que viajaram para negociações de paz e "ainda estavam em Cuba em 2019", indica a nota.
"Citando protocolos de negociação de paz, Cuba rejeitou o pedido da Colômbia de extraditar dez líderes do ELN que vivem em Havana depois que o grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque de 2019 a uma academia de polícia em Bogotá, que matou 22 pessoas e feriu mais de 60 ", afirmou o Departamento de Estado.
A nota também indica que Cuba "concede refúgio a vários fugitivos da Justiça (EUA) por acusações de violência política" e dá o exemplo de Joanne Chesimard, incluído na lista dos terroristas mais procurados pelo FBI por ter assassinado um agente do Estado de Nova Jersey, em 1973.
No caso da Venezuela, o Departamento de Estado afirma que o governo do Presidente Nicolás Maduro - ele próprio acusado de tráfico de drogas pelos Estados Unidos - oferece "um ambiente permissivo para terroristas na região", incluindo ex-membros das guerrilhas desmobilizadas.
Por LUSA
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quarta-feira, maio 13, 2020
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Guiné-Bissau: A Ministra dos Negócios Estrengeiros, Cooperação Internacional e Comunidades, recebeu hoje em Audiência o Embaixador do Brasil, Sr. Fábio Guimarães Franco, acreditado no país.
O encontro serviu para o Diplomata Brasileiro manifestar à Ministra Suzi Barbosa, a disponibilidade do Brasil em apoiar a Guiné-Bissau no combate ao novo Corona Vírus.
Trata- se de uma nova Vitória diplomática do Governo guineense, porque o Brasil constitui um parceiro estratégico e histórico da Guiné-Bissau.
Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau
Trata- se de uma nova Vitória diplomática do Governo guineense, porque o Brasil constitui um parceiro estratégico e histórico da Guiné-Bissau.
Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau
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quarta-feira, maio 13, 2020
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APU-PDGB não foge as suas responsabilidades tanto na esfera política assim como no domínio social
Preocupa-nos as condições de vida da nossa população, o seu quotidiano, e para isso estamos permanentemente em busca de soluções e meios para ajudar a reduzir essas dificuldades.
Essa viatura destina-se a facilitar a deslocação para a escola de alunos no sector de Bissorã.
O futuro é hoje
APU-PDGB
Pela Paz, Unidade Nacional e Desenvolvimento
APU-PDGB-Oficial
Essa viatura destina-se a facilitar a deslocação para a escola de alunos no sector de Bissorã.
APU-PDGB
Pela Paz, Unidade Nacional e Desenvolvimento
APU-PDGB-Oficial
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quarta-feira, maio 13, 2020
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Guiné-Bissau: Mulheres juristas donativo covid-19 - Associações das mulheres juristas doam gêneros alimentícios e produtos desinfectantes às mulheres vendedoras ambulantes para travar a propagação da covid-19.
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quarta-feira, maio 13, 2020
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Basílio Sanca quer oportunidade para poder decidir livremente sobre a sua inclusão na Comissão Técnica para a Revisão Constitucional.
O Bastonário da Ordem dos Advogados agradece o reconhecimento e confiança nele depositado, como cidadão intelectual, jurista e advogado, mas diz ter ficado surpreso. Basílio Sanca foi indigitado ontem através do decreto presidencial para integrar a equipa dos técnicos superiores que irá coadjuvar a Comissão Técnica para a Revisão Constitucional.
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quarta-feira, maio 13, 2020
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SUBIU PARA 836 O NÚMERO DOS INFECTADOS COM COVID-19 NA GUINÉ-BISSAU
Subiu para 836 o número dos infectados pelo covid-19 confirmados pelas autoridades sanitárias da Guiné-Bissau. Nas últimas 24 horas foram testadas 94 pessoas e 16 novos casos deram positivo.
Segundo o coordenador da Comissão do Centro de Operação de Emergência em Saúde Dionísio Cumba as amostras repetidas das pessoas que confirmavam positivo são 32 e 18 deram de novo positivo, 11 negativos e três inconclusivos.
“ Total de amostras analisadas são 94 e destes, 62 são novos casos suspeitos, tendo 16 positivos, 42 negativos e 4 inconclusivos. Portanto, o numero acumulado no país são 836 casos positivos de covid-19”, explicou.
Contudo, o número de recuperados e óbitos mantém-se apesar de suspeitarem de um senhor que deu entrada no HNSM com crise respiratória mas que acabou por falecer.
“"O número de recuperados (26) mantém-se, bem como os três óbitos", disse para depois adiantar que “ temos neste momento dois óbitos em investigação tendo um falecido de crise respiratória”, sublinhou
Em relação aos internados, o responsável afirmou que os três indivíduos internados no hospital de Cumura estão estáveis neste momento.
“ Há 21 pessoas internadas, nomeadamente 18 no Hospital Nacional Simão Mendes e três no Hospital de Cumura. Das 21 pessoas internadas, duas estão em estado grave”.
O número de mortos da covid-19 em África subiu hoje para os 2.406, com quase 70 mil infectados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente.
Por: Nautaran Marcos Có
radiosolmansi.net
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quarta-feira, maio 13, 2020
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Guiné-Bissau: Associação Nacional de Importadores e Exportadores ANIE-GB elogia a decisão do Governo em disponibilizar 15 mil milhões de FCFA (25 milhões de dólares) para campanha de Cajú, mas alerta que o montante apenas poderá comprar 25% da quantidade total da produção anual. A castanha de cajú é o principal produto de exportação do país.
Mamadu Yero Djamanca diz que a Guiné-Bissau precisa de 200 milhões de dólares para comprar toda a sua castanha de caju, estimada em pouco mais 200 mil toneladas, e para stokar em Bissau a espera do fim da crise da pandemia do COVID-19.
Aliu Cande
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quarta-feira, maio 13, 2020
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COVID-19 - África começa a flexibilizar restrições apesar de aumento de casos
Apesar do aumento quase diário das infeções, os países africanos começaram a flexibilizar restrições contra a covid-19, mas organizações internacionais advertem que o continente deve permanecer vigilante e realizar mais testes para averiguar a verdadeira dimensão da pandemia.
Desde que o primeiro caso foi detetado em África, em 14 de fevereiro (um cidadão chinês no Egito), pouco mais de 2.400 mortes, 70 mil infeções (incluindo quase mil profissionais de saúde) e 24 mil curas foram oficialmente notificadas, num continente povoado por cerca de 1,3 mil milhões de pessoas.
Embora estes números estejam em constante crescimento nos 54 Estados africanos, estão ainda longe da devastação em alguns países europeus, como o Reino Unido (mais de 227 mil casos e 32 mil mortes) ou nos Estados Unidos da América (EUA), que contabilizam mais de 1,3 milhões de casos e 82 mil mortes.
Cinco países africanos são responsáveis pela maioria das mortes e infeções: Argélia, Egito, Marrocos, África do Sul e Nigéria.
A reação rápida dos países africanos, que com poucas infeções adotaram medidas sociais e de saúde pública drásticas, incluindo o recolher obrigatório e o fecho de fronteiras, tendo em conta a consciência de que os seus sistemas de saúde são vulneráveis, tem sido alvo de elogios internacionais.
Nos últimos 10 dias, porém, nações como África do Sul, Nigéria, Gana, Senegal, Quénia, Uganda, Ruanda, Botsuana, República Democrática do Congo e Djibuti começaram a levantar algumas restrições.
"O confinamento nacional não pode ser mantido indefinidamente. As pessoas precisam de comer, para ganhar a vida, e as empresas devem poder produzir e comercializar", argumentou o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, que, em março, decretou um duro confinamento no país com o maior número de infeções no continente (mais de 11.300).
É um equilíbrio difícil entre combater a pandemia e amortecer o seu impacto económico devastador sobre milhões de africanos que "dependem de um trabalho diário para sobreviver", como disse hoje a médica nigeriana Adaora Okoli, citada pela agência Efe.
"Sem medidas governamentais de mitigação, muitas pessoas prefeririam morrer de covid-19 do que de fome. É uma situação perigosa", disse Okoli, que se tornou o rosto da luta da Nigéria contra o Ébola em 2014, quando foi infetada pela doença e agora trabalha como médica residente na Universidade de Tulane, nos EUA.
A Comissão Económica para África das Nações Unidas (UNECA) indica no seu último relatório que um confinamento total de um mês em África custaria ao continente 2,5% do seu Produto Interno Bruto (PIB) anual, o equivalente a cerca de 65,7 mil milhões de dólares.
Mas "a resposta ao vírus é uma maratona, não um 'sprint'", segundo os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) da União Africana, que alertaram contra a precipitação e defenderam uma reabertura "equilibrada" para evitar qualquer recrudescimento da epidemia.
A atenuação das restrições acarreta riscos, como demonstra o exemplo do Gana, cujo Presidente, Nana Akufo-Addo, prometeu não "baixar a guarda", facilitando o confinamento em cidades como a capital Acra e Kimasi, no mês passado.
No entanto, Akufo-Addo anunciou no domingo que um trabalhador de uma fábrica de transformação de peixe na cidade costeira de Tema, perto de Acra, infetou 533 outros trabalhadores com o novo coronavírus.
"Abrandar um confinamento sem os devidos preparativos é uma catástrofe à espera de acontecer. As empresas devem estar preparadas para aplicar medidas de distância social e de prevenção e controlo de infeções", afirmou Adaora Okoli.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que entre 83 mil e 190 mil pessoas possam morrer devido à covid-19 e que até 44 milhões poderão ser infetadas em África, se as medidas para conter a pandemia falharem.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 290 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Por LUSA
Leia Também:
O Lesoto, o único país em África que permanecia até agora sem casos de covid-19, anunciou hoje ter registado a primeira infeção, correspondente a um cidadão vindo do estrangeiro.
"O que o Centro Nacional de Comando de Emergência do Lesoto [NECC] pode confirmar é que o caso é importado do Médio Oriente, sem sinais ou sintomas", explicaram as autoridades sanitárias do pequeno reino, localizado no meio da África do Sul, através da rede social Twitter.
Numa declaração oficial posterior, o Ministério da Saúde do Lesoto explicou que o resultado positivo foi confirmado esta terça-feira, após a realização de 81 testes entre pessoas que tinham vindo da África do Sul e da Arábia Saudita.
O Lesoto era o único país do continente africano sem casos confirmados, embora a disparidade na capacidade de testes entre países seja um fator de incerteza no controlo da epidemia na região.
O pequeno reino do Sul não tem capacidade para testar a própria doença e, até à data, apenas foram realizados 597 testes com a ajuda de laboratórios sul-africanos (301 dos quais estão ainda pendentes).
No continente africano, resta o território da República Saarauí, também membro da União Africana, sem registo de casos positivos.
A África do Sul é o país do continente com mais casos da covid-19 com 11.350 infeções e o terceiro com mais mortos (206).
O número de mortos da covid-19 em África subiu hoje para os 2.406, com quase 70 mil infetados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
A epidemia está a alastrar mais lentamente neste continente do que noutras regiões, em grande parte graças à resposta rigorosa e precoce da maioria dos governos.
No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) está preocupada com fatores como o elevado nível de infeção comunitária na África Ocidental e a popularização do 'Covid-Organics', um remédio herbal não testado que está a ser comercializado por Madagáscar.
A agência da ONU advertiu que, se não forem tomadas medidas adequadas, as mortes africanas causadas pelo coronavírus poderão variar entre 83 mil e 190 mil.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 292 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.
Desde que o primeiro caso foi detetado em África, em 14 de fevereiro (um cidadão chinês no Egito), pouco mais de 2.400 mortes, 70 mil infeções (incluindo quase mil profissionais de saúde) e 24 mil curas foram oficialmente notificadas, num continente povoado por cerca de 1,3 mil milhões de pessoas.
Embora estes números estejam em constante crescimento nos 54 Estados africanos, estão ainda longe da devastação em alguns países europeus, como o Reino Unido (mais de 227 mil casos e 32 mil mortes) ou nos Estados Unidos da América (EUA), que contabilizam mais de 1,3 milhões de casos e 82 mil mortes.
Cinco países africanos são responsáveis pela maioria das mortes e infeções: Argélia, Egito, Marrocos, África do Sul e Nigéria.
A reação rápida dos países africanos, que com poucas infeções adotaram medidas sociais e de saúde pública drásticas, incluindo o recolher obrigatório e o fecho de fronteiras, tendo em conta a consciência de que os seus sistemas de saúde são vulneráveis, tem sido alvo de elogios internacionais.
Nos últimos 10 dias, porém, nações como África do Sul, Nigéria, Gana, Senegal, Quénia, Uganda, Ruanda, Botsuana, República Democrática do Congo e Djibuti começaram a levantar algumas restrições.
"O confinamento nacional não pode ser mantido indefinidamente. As pessoas precisam de comer, para ganhar a vida, e as empresas devem poder produzir e comercializar", argumentou o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, que, em março, decretou um duro confinamento no país com o maior número de infeções no continente (mais de 11.300).
É um equilíbrio difícil entre combater a pandemia e amortecer o seu impacto económico devastador sobre milhões de africanos que "dependem de um trabalho diário para sobreviver", como disse hoje a médica nigeriana Adaora Okoli, citada pela agência Efe.
"Sem medidas governamentais de mitigação, muitas pessoas prefeririam morrer de covid-19 do que de fome. É uma situação perigosa", disse Okoli, que se tornou o rosto da luta da Nigéria contra o Ébola em 2014, quando foi infetada pela doença e agora trabalha como médica residente na Universidade de Tulane, nos EUA.
A Comissão Económica para África das Nações Unidas (UNECA) indica no seu último relatório que um confinamento total de um mês em África custaria ao continente 2,5% do seu Produto Interno Bruto (PIB) anual, o equivalente a cerca de 65,7 mil milhões de dólares.
Mas "a resposta ao vírus é uma maratona, não um 'sprint'", segundo os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) da União Africana, que alertaram contra a precipitação e defenderam uma reabertura "equilibrada" para evitar qualquer recrudescimento da epidemia.
A atenuação das restrições acarreta riscos, como demonstra o exemplo do Gana, cujo Presidente, Nana Akufo-Addo, prometeu não "baixar a guarda", facilitando o confinamento em cidades como a capital Acra e Kimasi, no mês passado.
No entanto, Akufo-Addo anunciou no domingo que um trabalhador de uma fábrica de transformação de peixe na cidade costeira de Tema, perto de Acra, infetou 533 outros trabalhadores com o novo coronavírus.
"Abrandar um confinamento sem os devidos preparativos é uma catástrofe à espera de acontecer. As empresas devem estar preparadas para aplicar medidas de distância social e de prevenção e controlo de infeções", afirmou Adaora Okoli.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que entre 83 mil e 190 mil pessoas possam morrer devido à covid-19 e que até 44 milhões poderão ser infetadas em África, se as medidas para conter a pandemia falharem.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 290 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Por LUSA
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COVID-19: Lesoto - O único país em África até agora sem casos anuncia primeira infeção
O Lesoto, o único país em África que permanecia até agora sem casos de covid-19, anunciou hoje ter registado a primeira infeção, correspondente a um cidadão vindo do estrangeiro.
"O que o Centro Nacional de Comando de Emergência do Lesoto [NECC] pode confirmar é que o caso é importado do Médio Oriente, sem sinais ou sintomas", explicaram as autoridades sanitárias do pequeno reino, localizado no meio da África do Sul, através da rede social Twitter.
Numa declaração oficial posterior, o Ministério da Saúde do Lesoto explicou que o resultado positivo foi confirmado esta terça-feira, após a realização de 81 testes entre pessoas que tinham vindo da África do Sul e da Arábia Saudita.
O Lesoto era o único país do continente africano sem casos confirmados, embora a disparidade na capacidade de testes entre países seja um fator de incerteza no controlo da epidemia na região.
O pequeno reino do Sul não tem capacidade para testar a própria doença e, até à data, apenas foram realizados 597 testes com a ajuda de laboratórios sul-africanos (301 dos quais estão ainda pendentes).
No continente africano, resta o território da República Saarauí, também membro da União Africana, sem registo de casos positivos.
A África do Sul é o país do continente com mais casos da covid-19 com 11.350 infeções e o terceiro com mais mortos (206).
O número de mortos da covid-19 em África subiu hoje para os 2.406, com quase 70 mil infetados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
A epidemia está a alastrar mais lentamente neste continente do que noutras regiões, em grande parte graças à resposta rigorosa e precoce da maioria dos governos.
No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) está preocupada com fatores como o elevado nível de infeção comunitária na África Ocidental e a popularização do 'Covid-Organics', um remédio herbal não testado que está a ser comercializado por Madagáscar.
A agência da ONU advertiu que, se não forem tomadas medidas adequadas, as mortes africanas causadas pelo coronavírus poderão variar entre 83 mil e 190 mil.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 292 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.
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quarta-feira, maio 13, 2020
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Guiné-Bissau: Ex-ministra da Saúde aponta falta de estratégias no combate à Covid-19
Madga Robalo, também ex-dirigente da OMS em África, diz que o Governo deveria ter priorizado a busca por materiais de proteção ao invés do chá produzido em Madagáscar.
Primeira mulher a dirigir o departamento de luta contra doenças infeciosas e o programa de luta contra o paludismo (malária) na região africana da Organização Mundial da Saúde (OMS), Magda Robalo crítica o facto de a Guiné-Bissau ter recebido o chá de Madagáscar, sem que a eficácia do produto tenha sido comprovada cientificamente.
O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, enviou em abril um avião cargo a Madagáscar para buscar o chá, que foi distribuído a vários países da África Ocidental pela equipa de Sissoco.
No entanto, parace que o produto não tem surtido efeito. O número de casos da Covid-19 na Guiné-Bissau aumentou nesta terça-feira (12.05) para 820, mantendo-se três mortos, de acordo com os dados divulgados pelo Centro de Operações de Emergência de Saúde (COES).
Em entrevista à DW África, a antiga representante da OMS em países como a África do Sul, Gana, Namíbia e Zâmbia, diz que não faz sentido ir buscar o chá a Madagáscar, enquanto os médicos e o pessoal da saúde estão com falta de equipamentos.
A médica epidemiologista guineense, que foi também ministra da Saúde Pública da Guiné-Bissau, diz que a estratégia de combate à doença não pode ser apenas "polícias a correr atrás das pessoas e médicos atrás do vírus".
DW África: Perante o número de casos alarmantes na Guiné-Bissau, o que está a falhar no combate à doença?
Magda Robalo (MR): Penso que o que falhou, logo à partida, foi a estratégia de contenção da epidemia. É por isso que agora estamos a assistir a esta subida exponencial de casos da Covid-19 na Guiné-Bissau. Deveríamos, logo à partida, ter isolado os primeiros casos que nos foram aparecendo para evitar justamente que eles contagiassem outras pessoas, assim sucessivamente. Essa cadeia de transmissão não foi interrompida ou limitada. Podia ser impossível interrompê-la, logo no começo, mas podia simplesmente ter sido limitada se tivéssemos isolado, com critérios conhecidos, as pessoas que acusaram positivo, o que iria diminuir o ritmo de propagação da infeção para evitar que chegássemos a esse ponto.
DW África: Até que ponto o sistema de saúde pública da Guiné-Bissau pode aguentar?
MR: Esta evolução frenética a que estamos a assistir de aumento dos números de casos, e o aparecimento de um número difícil de gerir de casos graves, prova exatamente que o nosso sistema de saúde não tem capacidade para absorver este número tão grande de casos, ainda que a sua maioria seja o número de casos assintomáticos. Mas, o que vai acontecer é que esses casos, por questão da natureza, estão cada um na sua casa. Vão continuar a propagar a infeção e vamos ter cada vez mais casos.
E assim a infeção vai chegar a pessoas de risco, pessoas de idade avançada, pessoas que contêm outras patologias e isso vai exercer um fardo enorme no nosso já muito débil sistema de saúde. É um desenrolar de acontecimentos que se vão sucedendo, porque no início não tivemos a precaução de evitar uma aceleração da propagação do vírus. Temos poucos médicos, poucos enfermeiros, temos uma rede de prestação de cuidados que é insuficiente. Por isso, devíamos ter apostado em investir na saúde pública.
DW África: Mas há um grupo de pessoas que foi confinado num hotel em Bissau, não foi uma boa medida de isolamento?
MR: Foi uma medida que não percebi bem o seu enquadramento. Sinceramente, tive dificuldade em compreender a estratégia que foi utilizada neste caso. Percebi apenas que foi um grupo de membros do Governo que tinham sido todos infetados na mesma altura. Devo sublinhar que tivemos uma vaga muito grande de infeção a nível de membros do Governo: do primeiro-ministro a secretários de Estado, diretores-gerais, agentes de segurança e polícia, militares, jornalistas, médicos e enfermeiros - o que desmonta que havia ali um foco de infeção não controlado que se propagou por um grupo de pessoas que estão à volta da situação.
Essa estratégia de levar as pessoas para um hotel não me convenceu. Aparentemente eram todas as pessoas assintomáticas e foi uma mudança brusca da estratégia anterior que era manter os assintomáticos em casa. Porque foram para um hotel, quando existe um pavilhão no Hospital Nacional Simão Mendes que está dedicado para acolhimento do caso?
DW África: A Guiné-Bissau faz parte dos países africanos que importaram o chá de Madagáscar. Aliás, a Guiné-Bissau serviu de portador para entregar o produto a outros países. Este echá está a ser usado para o tratamento da doença?
MR: Sim. Vimos a Guiné-Bissau enviar um avião privado para ir buscar o chá de Madagáscar não só para a Guiné-Bissau, mas também para distribuir a vários países da sub-região. Também não percebi porque é que a Guiné-Bissau se prestou a esse papel de distribuidora de uma encomenda, quando nós temos dificuldades e temos as fronteiras fechadas. Se tínhamos a possibilidade de enviar um avião cargo para ir buscar uma encomenda, eu preferia que esse avião fosse buscar materiais, como máscaras, ventiladores, produtos para o tratamento da doença, produtos de desinfeção ou outros que nos fazem muita falta. Sobretudo materiais de proteção individual para os agentes de saúde, que estão em falta.
Esse produto de Madagáscar, como já se sabe, tanto a Organização Mundial de Saúde, como a União Africana e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental já se posicionaram sobre a sua eficácia na cura da doença, dizendo que é um chá que não tem, neste momento, condições para ser utilizado como preventivo e muito menos como curativo da Covid-19.
DW África: O próprio primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, que diz estar curado da doença, nunca mencionou que foi por causa do chá de Madagáscar, mas, sim, de remédios naturais. Também confiam no chá?
MR: Exatamente. Já tínhamos recebido a nossa encomenda de chá e ele [Nuno Nabiam], quando teve a alta [médica] do hotel onde esteve confiando, não fez referência de ter utilizado o chá de Madagáscar para se tratar. Por isso, é um grande ponto de interrogação a questão do chá. Também ouvimos o coordenador do Centro de Operação de Emergência de Saúde [Dionísio Cumba], quando foi interrogado, dizer que desconhecia completamente a ficha técnica do chá de Madagáscar e não sabia se poderia ser utilizado para a prevenção ou tratamento [da Covid-19]. Penso que houve ali uma operação política, que não teve um enquadramento do Ministério da Saúde.
Por isso, continuamos sem saber se, de facto, o chá está a ser utilizado, por quem, para que fins e para que resultados. Acho que o que deveria ter sido feito era ter pensado em testar o conteúdo do chá para saber da sua composição e eventualmente proceder a um teste para saber, como vários outros produtos que estão a ser testados neste momento por todo mundo, se tem algum papel no tratamento ou prevenção do [novo] coronavírus. E não assumir, à partida, que era já uma descoberta fantástica.
Membros do Governo guineense
DW África: E agora, o que se deve fazer na Guiné-Bissau para combater a pandemia?
MR: Temos que fazer várias coisas ao mesmo tempo e fazê-las bem. Para isso, é preciso admitir que isto não está a correr bem e é preciso juntar competências, trazer mais pessoas para esse combate, porque não pode ser só uma luta do Ministério da Saúde ou de polícias da ordem, como tem sido até aqui. Ou seja, temos polícias a correr atrás das pessoas e, por outro lado, o pessoal da saúde a correr atrás do vírus.
Precisamos de uma estratégia que vá travar a propagação. Agora vamos assistir a um aumento do número de casos que precisam ser hospitalizados, infelizmente. Precisamos de treinar os nossos agentes de saúde para tratarem os casos graves, temos que tentar reduzir a mortalidade e temos também que evitar a propagação da epidemia através de uma educação para a mudança de comportamento. As pessoas têm de perceber que isto agora está a viver connosco e temos de mudar comportamento para poder travar a sua progressão.
Isso implica também agir em termos de comunicação. A nossa comunicação para os riscos de infeção por Covid-19 não está a ser eficaz, porque continuamos a ouvir queixas de que a população não está a acatar as medidas de prevenção. As formas como essas medidas são veiculadas não têm tido um impacto junto da população.
E, sobretudo, precisamos evitar também que os agentes de saúde continuem infetados ao ritmo que está a acontecer. Isto quer dizer que é preciso pôr nos hospitais, nos centros de saúde, material e equipamento de proteção individual para evitar que os enfermeiros e os médicos se infetem. Isso é inadmissível. Nós sabemos que eles estão na linha da frente, são pessoas de risco, mas também sabemos como evitar essa infeção. Senão daqui a pouco ir ao hospital vai acabar por ser a maior fonte de contágio para todos. Não pode ser. Já começamos a ter médicos e enfermeiros doentes e vamos ter dificuldades em travar esta epidemia.
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quarta-feira, maio 13, 2020
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Guiné-Bissau: Para Domingos Simões Pereira (PAIGC), Sissoco tenta ocupar as pessoas e tentará com alguns amigos da CEDEAO justificar cumprimento da determinação daquela comunidade. "Vamos agir a partir do dia 22", disse DSP.
O manuseamento e uso correto da máscara são cruciais. Veja como usar a sua máscara e lembre-se:
Fonte: Unicef Guiné-Bissau
😷 Máscaras não devem ser partilhadas;
💦🧼 Lave as mãos com àgua e sabão antes e depois de tocar na máscara.
👉Leia mais sobre o uso de máscaras: https://cutt.ly/fystwut
#GWcontraCOVID19 #COVID19 #coronavírus
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💦🧼 Lave as mãos com àgua e sabão antes e depois de tocar na máscara.
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quarta-feira, maio 13, 2020
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Nigeria: Benue Suspected Index Case, Susan Idoko-Okpe Says She Has No Coronavirus As Claimed By The Government
Susan, who is currently at the National Hospital, Abuja, said that before her samples can be taken, it must be carried out by the World Health Organization (WHO) and sent to the United Kingdom for testing. She has been in quarantine since March 24, 2020 – 50 days now.
Native Reporters
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quarta-feira, maio 13, 2020
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COVID-19 - Número de mortos em África sobe para 2.406 em quase 70 mil casos
O número de mortos da covid-19 em África subiu hoje para os 2.406, com quase 70 mil infetados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24 horas, o número de mortos subiu de 2.336 para 2.406, enquanto os infetados com covid-19 passaram de 66.373 para 69.578.
O número total de doentes recuperados aumentou de 23.095 para 23.978.
O norte de África mantém-se como a região mais afetada pela doença, com 1.297 mortos e 23.683 infetados pela covid-19.
Na África Ocidental há 428 mortos e ultrapassou as 20 mil infeções (20.603), enquanto a África Austral contabiliza 225 mortos e regista 12.259 casos, quase todos concentrados num único país, a África do Sul (11.350).
A pandemia afeta 53 dos 55 países e territórios de África, com seis países -- África do Sul, Argélia, Egito, Marrocos, Nigéria e Gana - a concentrarem cerca de metade das infeções pelo novo coronavírus e mais de dois terços das mortes associadas à doença.
O Egito é o país com mais mortos (544) e ultrapassou hoje os 10 mil casos (10.093), seguindo-se a Argélia, que tem 515 mortos e 6.067 infetados.
A África do Sul tornou-se o terceiro com mais mortos (206), continuando a ser o país do continente com mais casos da covid-19, com 11.350 infetados.
Marrocos totaliza 188 vítimas mortais e 6.418 casos, a Nigéria tem 158 mortos e 4.787 casos, enquanto o Gana tem 22 mortos, mas ultrapassou hoje os cinco mil casos (5.127).
Apenas o Lesoto e a República Saarauí continuam sem notificar casos da covid-19.
Entre os países africanos lusófonos, a Guiné-Bissau é o que tem mais infeções, com 820 casos, e regista três mortos.
Cabo Verde tem 267 infeções e dois mortos e São Tomé e Príncipe regista 231 casos, tendo anunciado na terça-feira a sétima vítima mortal.
Moçambique conta com 104 doentes infetados e Angola tem 45 casos confirmados de covid-19 e dois mortos.
A Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), mantém há mais de uma semana 439 casos positivos de infeção e quatro mortos, segundo o África CDC.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 290 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24 horas, o número de mortos subiu de 2.336 para 2.406, enquanto os infetados com covid-19 passaram de 66.373 para 69.578.
O número total de doentes recuperados aumentou de 23.095 para 23.978.
O norte de África mantém-se como a região mais afetada pela doença, com 1.297 mortos e 23.683 infetados pela covid-19.
Na África Ocidental há 428 mortos e ultrapassou as 20 mil infeções (20.603), enquanto a África Austral contabiliza 225 mortos e regista 12.259 casos, quase todos concentrados num único país, a África do Sul (11.350).
A pandemia afeta 53 dos 55 países e territórios de África, com seis países -- África do Sul, Argélia, Egito, Marrocos, Nigéria e Gana - a concentrarem cerca de metade das infeções pelo novo coronavírus e mais de dois terços das mortes associadas à doença.
O Egito é o país com mais mortos (544) e ultrapassou hoje os 10 mil casos (10.093), seguindo-se a Argélia, que tem 515 mortos e 6.067 infetados.
A África do Sul tornou-se o terceiro com mais mortos (206), continuando a ser o país do continente com mais casos da covid-19, com 11.350 infetados.
Marrocos totaliza 188 vítimas mortais e 6.418 casos, a Nigéria tem 158 mortos e 4.787 casos, enquanto o Gana tem 22 mortos, mas ultrapassou hoje os cinco mil casos (5.127).
Apenas o Lesoto e a República Saarauí continuam sem notificar casos da covid-19.
Entre os países africanos lusófonos, a Guiné-Bissau é o que tem mais infeções, com 820 casos, e regista três mortos.
Cabo Verde tem 267 infeções e dois mortos e São Tomé e Príncipe regista 231 casos, tendo anunciado na terça-feira a sétima vítima mortal.
Moçambique conta com 104 doentes infetados e Angola tem 45 casos confirmados de covid-19 e dois mortos.
A Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), mantém há mais de uma semana 439 casos positivos de infeção e quatro mortos, segundo o África CDC.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 290 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.
Leia Também: Covid-19: Timor-Leste sem novos casos há três semanas e cinco ativos
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quarta-feira, maio 13, 2020
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COVID-19 - Unicef prevê: Surto pode vir a matar indiretamente 6 mil crianças por dia
A luta contra a covid-19 pode vir a provocar a morte de seis mil crianças por dia nos países mais pobres, nos próximos seis meses, vítimas colaterais da sobrecarga dos sistemas de saúde, alertou hoje a Unicef.
Os números do Fundo das Nações Unidas para a Infância baseiam-se num estudo da universidade norte-americana Johns Hopkins, citada num comunicado da organização humanitária.
Segundo o pior de três cenários analisados no estudo, nos próximos seis meses poderão morrer até 1,2 milhões de crianças em 118 países, por causa de cuidados sanitários deficientes, provocados pela luta contra a propagação do novo coronavírus, explicou a agência da ONU em comunicado.
Estes óbitos suplementares juntar-se-iam aos 2,5 milhões menores que morrem semestralmente nestes países, atualmente.
No mesmo período, a luta contra a covid-19 poderá também provocar indiretamente a morte de 56.700 mulheres, devido à falta de acompanhamento antes e depois do parto, além das 144.000 vítimas que já se produzem por semestre.
Um balanço que, a confirmar-se, aniquilaria "décadas de progresso na redução das mortes evitáveis de mães e crianças", lamentou a diretora da Unicef, Henrietta Fore.
"Não podemos deixar as mães e crianças serem vítimas colaterais do combate ao vírus", que já fez quase 290.0000 mortos em todo o mundo, apelou a responsável.
Segundo o estudo da Universidade John Hopkins, publicado na revista The Lancet Global Health, em países com sistemas de saúde precários a covid-19 perturba as cadeias de aprovisionamento de medicamentos e o acesso a alimentos, pressionando os recursos humanos e financeiros desses países.
As medidas instituídas para lutar contra o novo coronavírus, como o confinamento, o recolher obrigatório ou as restrições nas deslocações, e o receio de contágio das populações, reduzem as visitas aos centros de saúde e fazem diminuir o recurso a procedimentos médicos essenciais.
Entre os serviços afetados estão o planeamento familiar, os cuidados pré e pós-natais, os partos, a vacinação e os serviços de prevenção e cuidados de saúde, apontou a Unicef.
Na nota, a organização sublinhou que mais de 117 milhões de crianças em 37 países poderão não ter sido vacinadas contra o sarampo, até meados de abril, por causa da interrupção nas campanhas de vacinação, provocada pela pandemia.
O sul da Ásia seria a região mais afetada, seguindo-se a África subsariana e a América do Sul, com falhas particularmente elevadas no Bangladesh, Índia, Brasil, República Democrática do Congo e Etiópia.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 290 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
NAOM
Os números do Fundo das Nações Unidas para a Infância baseiam-se num estudo da universidade norte-americana Johns Hopkins, citada num comunicado da organização humanitária.
Segundo o pior de três cenários analisados no estudo, nos próximos seis meses poderão morrer até 1,2 milhões de crianças em 118 países, por causa de cuidados sanitários deficientes, provocados pela luta contra a propagação do novo coronavírus, explicou a agência da ONU em comunicado.
Estes óbitos suplementares juntar-se-iam aos 2,5 milhões menores que morrem semestralmente nestes países, atualmente.
No mesmo período, a luta contra a covid-19 poderá também provocar indiretamente a morte de 56.700 mulheres, devido à falta de acompanhamento antes e depois do parto, além das 144.000 vítimas que já se produzem por semestre.
Um balanço que, a confirmar-se, aniquilaria "décadas de progresso na redução das mortes evitáveis de mães e crianças", lamentou a diretora da Unicef, Henrietta Fore.
"Não podemos deixar as mães e crianças serem vítimas colaterais do combate ao vírus", que já fez quase 290.0000 mortos em todo o mundo, apelou a responsável.
Segundo o estudo da Universidade John Hopkins, publicado na revista The Lancet Global Health, em países com sistemas de saúde precários a covid-19 perturba as cadeias de aprovisionamento de medicamentos e o acesso a alimentos, pressionando os recursos humanos e financeiros desses países.
As medidas instituídas para lutar contra o novo coronavírus, como o confinamento, o recolher obrigatório ou as restrições nas deslocações, e o receio de contágio das populações, reduzem as visitas aos centros de saúde e fazem diminuir o recurso a procedimentos médicos essenciais.
Entre os serviços afetados estão o planeamento familiar, os cuidados pré e pós-natais, os partos, a vacinação e os serviços de prevenção e cuidados de saúde, apontou a Unicef.
Na nota, a organização sublinhou que mais de 117 milhões de crianças em 37 países poderão não ter sido vacinadas contra o sarampo, até meados de abril, por causa da interrupção nas campanhas de vacinação, provocada pela pandemia.
O sul da Ásia seria a região mais afetada, seguindo-se a África subsariana e a América do Sul, com falhas particularmente elevadas no Bangladesh, Índia, Brasil, República Democrática do Congo e Etiópia.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 290 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
NAOM
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quarta-feira, maio 13, 2020
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ONU propõe sete estratégias para África controlar crise causada por pandemia
Banco Mundial/Sambrian Mbaabu Vendedor de rua vende máscaras em mercado no Quênia
news.un.org/pt 12 maio 2020
Comissão Econômica para o continente diz que países devem aproveitar tempo extra em relação a Europa, Ásia e Américas; em média, casos de covid-19 estão aumentando 30% por semana; pelo menos 42 países africanos já aprovaram bloqueios parciais ou totais.
A Comissão Econômica da ONU para a África, ECA, divulgou um relatório com sete estratégias para os países africanos ultrapassarem a crise causada pela pandemia de covid-19.
Até o momento, pelo menos 42 países do continente aprovaram bloqueios parciais ou totais. Segundo a ECA, essas medidas são necessárias, mas têm “consequências econômicas arrasadoras.”
Consequências
As empresas contatadas pela ECA estão operando em apenas 43%. Cerca de 70% dos moradores de favelas e assentamentos informais já estão ficando sem refeições ou comendo menos devido à pandemia.
Segundo a agência, a situação pode piorar. A propagação do vírus continua se acelerando em muitos países africanos. Em média, os casos estão aumentando 30% por semana.
Um bloqueio total de um mês custaria ao continente 2,5% do seu PIB anual, cerca de US$ 65,7 bilhões. Além disso, o continente sofreria com preços mais baixos das commodities e com uma queda dos fluxos de investimento.
O relatório destaca estratégias para permitir que a atividade econômica continue, embora reduzida. Todas as propostas já foram testadas em outras partes do mundo e têm em conta os possíveis efeitos na mortalidade do vírus.
Propostas
As sete propostas são melhoria de testes, distanciamento até que existam tratamentos ou vacinas, rastreamento de contatos, licenças de imunidade, reabertura por setores e gradual, adaptação permanente e mitigação.
Vendedores em mercado no Quênia praticam distanciamento social, Banco Mundial/Sambrian Mbaabu
Com um método de adaptação permanente, os países podem facilitar as medidas quando as infecções diminuem e tornar a impor antes de os casos ultrapassarem a capacidade de tratamento intensivo dos hospitais.
Já em relação a mitigação, a ECA explica que permite que a infecção se espalhe pela população lentamente. O método tem sido testado na Suécia, onde entre 25% a 40% da população de Estocolmo já contraiu o vírus, mas depende da boa adesão às medidas de distanciamento e de um forte sistema de saúde. Segundo a agência, isso pode ser “um risco considerável em populações africanas com baixo acesso à assistência médica.”
Quanto aos bloqueios, permitem que países com vulnerabilidades graves preparem suas capacidades de teste e rastreamento de contatos. Também permitem desenvolver medidas preventivas, informando comunidades e minimizando os riscos para grupos vulneráveis.
O relatório pede ainda que os países africanos tirem vantagem do tempo que tiverem em relação aos países da Ásia, Europa e Américas. Segundo a pesquisa, “pode ser uma oportunidade para aprender com as experiências de outras regiões e suas experiências na reabertura.”
news.un.org/pt 12 maio 2020
Comissão Econômica para o continente diz que países devem aproveitar tempo extra em relação a Europa, Ásia e Américas; em média, casos de covid-19 estão aumentando 30% por semana; pelo menos 42 países africanos já aprovaram bloqueios parciais ou totais.
A Comissão Econômica da ONU para a África, ECA, divulgou um relatório com sete estratégias para os países africanos ultrapassarem a crise causada pela pandemia de covid-19.
Até o momento, pelo menos 42 países do continente aprovaram bloqueios parciais ou totais. Segundo a ECA, essas medidas são necessárias, mas têm “consequências econômicas arrasadoras.”
Consequências
As empresas contatadas pela ECA estão operando em apenas 43%. Cerca de 70% dos moradores de favelas e assentamentos informais já estão ficando sem refeições ou comendo menos devido à pandemia.
Segundo a agência, a situação pode piorar. A propagação do vírus continua se acelerando em muitos países africanos. Em média, os casos estão aumentando 30% por semana.
Um bloqueio total de um mês custaria ao continente 2,5% do seu PIB anual, cerca de US$ 65,7 bilhões. Além disso, o continente sofreria com preços mais baixos das commodities e com uma queda dos fluxos de investimento.
O relatório destaca estratégias para permitir que a atividade econômica continue, embora reduzida. Todas as propostas já foram testadas em outras partes do mundo e têm em conta os possíveis efeitos na mortalidade do vírus.
Propostas
As sete propostas são melhoria de testes, distanciamento até que existam tratamentos ou vacinas, rastreamento de contatos, licenças de imunidade, reabertura por setores e gradual, adaptação permanente e mitigação.
Vendedores em mercado no Quênia praticam distanciamento social, Banco Mundial/Sambrian Mbaabu
Com um método de adaptação permanente, os países podem facilitar as medidas quando as infecções diminuem e tornar a impor antes de os casos ultrapassarem a capacidade de tratamento intensivo dos hospitais.
Já em relação a mitigação, a ECA explica que permite que a infecção se espalhe pela população lentamente. O método tem sido testado na Suécia, onde entre 25% a 40% da população de Estocolmo já contraiu o vírus, mas depende da boa adesão às medidas de distanciamento e de um forte sistema de saúde. Segundo a agência, isso pode ser “um risco considerável em populações africanas com baixo acesso à assistência médica.”
Quanto aos bloqueios, permitem que países com vulnerabilidades graves preparem suas capacidades de teste e rastreamento de contatos. Também permitem desenvolver medidas preventivas, informando comunidades e minimizando os riscos para grupos vulneráveis.
O relatório pede ainda que os países africanos tirem vantagem do tempo que tiverem em relação aos países da Ásia, Europa e Américas. Segundo a pesquisa, “pode ser uma oportunidade para aprender com as experiências de outras regiões e suas experiências na reabertura.”
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quarta-feira, maio 13, 2020
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