A França e oito países africanos anunciaram, sábado, um acordo para pôr fim ao franco CFA, moeda do tempo colonial.
Esta "reforma histórica", como lhe chamou o Presidente francês, foi anunciada sábado, durante a visita de Emmanuel Macron à Costa do Marfim.
O franco CFA vai passar a chamar-se Eco, anunciou o Presidente marfinense, Alassane Ouattara, em nome de oito países africanos: Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal e Togo.
"Decidimos uma reforma do franco CFA com três alterações principais, entre as quais a mudança de nome", "o fim da centralização de 50% das reservas no Tesouro francês" e "a retirada de França das instâncias de governança em que está presente", explicou Ouattara, em conferência de imprensa, acompanhado por Emmanuel Macron.
"O Eco terá vida em 2020, congratulo-me com isso", disse Macron, assumindo que a França quer uma relação "descomplexada" com a África Ocidental.
Conhecido como "o franco das colónias francesas de África" - dos oito países signatários apenas a Guiné-Bissau não cabe nesta definição, por ter sido colonizada por Portugal -, o franco CFA foi criado em 1945 e era contestado por uma grande parte das opiniões públicas dos agora países independentes como um resquício da presença colonial francesa.
jn.pt/mundo
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