A Coreia do Norte afirmou hoje que, dentro de dias, vai estar pronta para disparar quatro mísseis em direção à ilha de Guam, no Pacífico, numa altura em que se intensifica a 'guerra de palavras' entre Pyongyang e Washington.
O exército norte-coreano "está a analisar seriamente o plano" para executar um ataque envolvendo quatro mísseis Hwasong-12, de médio alcance, em direção a Guam para enviar "um forte sinal de advertência aos Estados Unidos", diz a agência oficial norte-coreana KCNA.
Este plano "vai ser finalizado em meados de agosto e será reportado ao comandante-chefe das forças nucleares da DPRK [sigla em inglês de República Democrática da Coreia, nome oficial do país], aguardando as suas ordens", afirmou o comandante das Forças Estratégicas norte-coreanas, Kim Rak-Gyom, referindo-se ao líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.
Pyongyang renovou hoje a sua retórica bélica depois de, na véspera, a tensão entre Estados Unidos e Coreia do Norte se ter agudizado com a ameaça de Pyongyang de um eventual ataque a Guam. Essa ameaça surgiu em reação ao aviso do Presidente norte-americano, Donald Trump, de que Washington irá responder com "fogo e fúria jamais vistos" se esse tipo de ameaças não cessarem.
Após a réplica norte-coreana, o Pentágono decidiu enviar dois bombardeiros estratégicos B-1B (estacionados em Guam) para perto da península da Coreia.
No comunicado de hoje, o mesmo responsável militar norte-coreano acusa o Presidente dos Estados Unidos de "dizer uma série de disparates" e de "não ser capaz de entender a gravidade da situação".
A Coreia do Norte "vai continuar a observar atentamente as declarações e comportamento dos Estados Unidos", refere ainda a KCNA.
NAOM
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