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POR LUSA 27/02/24
O primeiro-ministro neerlandês cessante, Mark Rutte, anunciou que os Países Baixos vão fornecer 100 milhões de euros para munições à Ucrânia, numa altura em que o país entra no terceiro ano de guerra.
A Ucrânia enfrenta escassez de armas na sequência de um intervalo no financiamento norte-americano, devido a divergências entre republicanos e democratas no Congresso dos Estados Unidos.
"Dois anos após a invasão, as tropas ucranianas continuam a defender a sua posição com coragem. Mas também vemos que a Rússia continua a exercer pressão na linha da frente", disse Rutte, na segunda-feira, à margem da conferência de apoio à Ucrânia, em Paris.
"É essencial, antes de mais, que cumpramos o que prometemos. E ver o que mais podemos fazer. É por isso que os Países Baixos estão a contribuir com mais de 100 milhões de euros para a iniciativa checa de entregar rapidamente centenas de milhares de cartuchos de artilharia à Ucrânia", afirmou.
Rutte disse ainda que o Presidente russo, Vladimir Putin, "está a preparar-se para uma longa guerra" e que é por isso que os países europeus devem "continuar a mostrar" firmeza.
"É por isso que os Países Baixos estão a concluir um acordo de segurança com a Ucrânia para continuar a apoiar o país durante, pelo menos, os próximos dez anos. Para salvaguardar a segurança futura da Ucrânia e dos Países Baixos", concluiu o chefe de Governo neerlandês na rede social X (antigo Twitter).
A conferência de apoio à Ucrânia reuniu chefes de Estado e de Governo de cerca de 20 países, maioritariamente europeus, embora também tenham estado presentes representantes dos Estados Unidos e do Canadá.
Dois dias depois de se terem assinalado os dois anos da invasão russa do território ucraniano e numa altura em que a Ucrânia corre risco de ficar sem liquidez no final de março, Emmanuel Macron convocou uma reunião de alto nível para "analisar os meios disponíveis para reforçar a cooperação entre os parceiros no apoio à Ucrânia", indicou a Presidência francesa.
Portugal esteve representado pelo chefe de governo cessante, António Costa.
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