quinta-feira, 13 de julho de 2023

"É preciso ser-se um completo idiota para rebentar com Zaporíjia"

© Reuters

Notícias ao Minuto    13/07/23 

Diretor da agência atómica russa deixou claro que a central nuclear ucraniana é de vital importância para os russos e não há planos para minar a sua eficácia.

O diretor da agência atómica da Rússia, a Rosatom, negou esta quinta-feira todas as acusações das autoridades ucranianas de que os russos planeiam bombardear a central nuclear de Zaporíjia deixando claro que apenas um "completo idiota" faria tal coisa.

Numa entrevista a uma televisão estatal russa, citada pela Reuters, Alexei Likhachev, considerou que as acusações feitas por Volodymyr Zelensky são infundadas, após o presidente ucraniano ter dito que os russos colocaram explosivos no telhado de vários reatores da maior central nuclear da Europa.

Na quarta-feira, os inspetores da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) anunciaram que não foram encontrados quaisquer explosivos na central, mas ainda faltava realizar vistorias a dois reatores.

Para Likhachev, as acusações de Kyiv são "provocações", que fazem parte de uma campanha de propaganda contra o domínio russo sobre a infraestrutura em Zaporíjia.

"Era preciso ser-se um completo idiota para rebentar com a central de energia nuclear onde trabalham 3.500 pessoas, incluindo um número muito significativo de pessoas de toda a Rússia", argumentou o diretor da Rosatom.

Alexei Likhachev alegou ainda, citando dados e informações dos serviços de inteligência russos, que eram os ucranianos que tinham desenvolvido planos para bombardear a central e responsabilizar os russos. Esta troca de acusações tem sido, aliás, uma constante desde o início da guerra, com os dois lados do conflito a responsabilizarem-se pelas várias ameaças à segurança e integridade da infraestrutura.

A central nuclear de Zaporíjia fica situada próxima da linha da frente, no leste da Europa, mas a sua dimensão gerou grandes preocupações por parte das várias entidades internacionais, que receiam um desastre semelhante ao que ocorreu em Chernobyl, em 1986.


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