O Major-General Ivan Popov acusou a liderança militar de Moscovo pela falta de sistemas adequados para a contraofensiva e criticou a estratégia russa no campo de batalha.
Um general russo foi demitido do cargo de comandante depois de criticar a atuação das altas patentes militares russas.
O major-general Ivan Popov, que comandou o 58º Exército de Armas Combinadas, disse que foi demitido do cargo de comandante depois de dar conta à liderança militar a terrível situação na frente na Ucrânia, afirmando que os soldados russos foram “esfaqueados nas costas” pelas falhas dos altos escalões militares, revela a agência Reuters.
Após o motim de 24 de junho pelos mercenários Wagner, o Presidente Vladimir Putin manteve nos cargos o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e o chefe do Estado-Maior, Valery Gerasimov.
Numa mensagem de voz, publicada pelo deputado russo Andrei Gurulyov, o Major-General Ivan Popov acusa a liderança militar de Moscovo pela falta de sistemas adequados para a contraofensiva. O comandante criticou também a estratégia russa no campo de batalha.
"O exército ucraniano não conseguiu romper as nossas fileiras na frente, mas o nosso chefe sénior atingiu-nos pela retaguarda, decapitando violentamente o exército no momento mais difícil e intenso", disse Popov.
O general lembrou ainda as mortes dos soldados russos causadas pela artilharia ucraniana e disse que falta ao exército sistemas de contra-artilharia adequados e de reconhecimento da artilharia inimiga.
Até ao momento o Ministério da Defesa Russo não fez qualquer comentário.
A Reuters não conseguiu verificar de forma independente a autenticidade da mensagem de voz, nem quando foi gravada. O deputado Gurulyov é um ex-comandante do exército que aparece regularmente na televisão estatal.
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