RFI/Paulina Zidi Texto por:Miguel Martins
São cerca de 40 os chefes de Estado e de governo dos 55 países da União Africana (UA) a marcarem presença na cimeira da organização que arranca este domingo em Addis Abeba. Todos os presidentes lusófonos deveriam estar presentes, com excepção de São Tomé e Príncipe que se faz representar por Elsa Pinto, a sua chefe da diplomacia. Pesam ainda incertezas quanto ao chefe da delegação da Guiné-Bissau.
O Secretário-geral da ONU, o antigo primeiro-ministro português António Guterrres, é um dos oradores da sessão de abertura.
Um evento que conta também com a presença do presidente da Autoridade palestiniana, Mahmud Abbas que deve granjear o apoio dos africanos na rejeição do recente plano do presidente americano Donald Trump para o Médio Oriente.
Este fórum versa sobre o silenciar das armas como forma de garantir o desenvolvimento do continente.
No entanto 17 países africanos debatem-se actualmente com conflitos, um número que triplicou, segundo a ONU, nos últimos 15 anos.
Todos os chefes de Estado lusófonos deveriam estar presentes em Addis Abeba, à excepção de São Tomé e Príncipe, pelo que uma reunião dos estadistas dos chamados PALOP, países africanos de língua oficial portuguesa, deve ocorrer à margem da cimeira panafricana.
Tanto mais que a situação pós eleitoral na Guiné-Bissau será também alvo, neste domingo, de uma cimeira extraordinária dos presidentes da CEDEAO, Comunidade económica dos Estados da África ocidental.
Um evento que deve, pois, incluir obviamente o líder cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, e também o chefe de Estado cessante guineense, José Mário Vaz.
Este entretanto acabou por cancelar a sua vinda tendo dado plenos poderes a Suzi Barbosa, chefe da diplomacia, que se tinha demitido a 24 de Janeiro passado por motivos pessoais e políticos.
Ruth Monteiro, ministra da justiça, tinha sido posteriormente designada também responsável pela diplomacia guineense.
Também Umaro Sissoco Embaló, declarado vencedor do escrutínio guineense pela Comissão nacional de eleições, marca presença na capital etíope.
Não obstante o recurso do suposto candidato derrotado do PAIGC, Domingos Simões Pereira, o candidato do MADEM-G15 garante tomar posse no dia 27, mesmo que isso implique prescindir para o efeito do presidente do parlamento, Cipriano Cassamá.
Os conflitos na Líbia, Sudão do Sul e Sahel são tantos outros focos de interesse desta cimeira onde o egípcio Abdel Fattah al-Sissi deve ceder a presidência da UA ao sul-africano Cyril Ramaphosa.
RFI
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