Pequeno no tamanho, mas enorme no sentido patriótico, assim é o Dr. José Mário Vaz.
Durante o seu mandato presidencial, contra tudo e contra todos, optou por abandonar o conforto de uma aliança poderosa com o partido que controlava a sociedade guineense e que o apoiou nas eleições presidenciais, para colocar-se do lado dos interesses pátrios, contra os interesses de um grupo de pessoas nacionais e estrangeiras... Com isso, ganhou um processo de diabolização da sua imagem pessoal e algum sofrimento familiar, quer a nível interno como externo, inclusive com tentativas de humilhação pública! Mas, como um patriota determinado em defender os interesses da sua pátria, manteve-se firme e, na maior parte do percurso, com escassos apoios e alguns deles de ocasiões e interesses pontuais...
Nesse processo de diabolização da sua imagem, quiseram colar-lhe o rótulo de ditador! Até encomendaram a intervenção de um verdadeiro ditador e assassino estrangeiro, que veio insinuar que existia o risco de Jomav perder as eleições e tentar manter-se no poder pela via da intervenção militar! Como se fosse uma oportunidade para que desse uma lição ao mundo, Jomav perdeu as eleições e, em vez de se agarrar ao poder, demonstrou a felicidade de ser o primeiro Presidente da República da Guiné-Bissau a chegar ao fim do seu mandato e a alegria de ser o primeiro Presidente da República a passar a faixa presidencial ao seu sucessor!
Foi impedido de estar presente na Assembleia Geral das Nações Unidas, em que pretendia estar para elevar o nível da representatividade do Estado guineense... Hoje, o ENORME JOMAV, deu um “estalo de luvas brancas” a todos os que lhe chamaram de ditador e cedeu a sua presença na Cimeira da UA, tudo em nome de ganhos democráticos para a sua pátria...!
Pode ter tido algumas falhas nalgumas opções como Presidente da República, mas nunca arrependerei de o ter apoiado nesse percurso! E hoje, demonstrou-me que nunca enganei sobre o seu sentido patriótico...
Esta vitória do povo guineense também é seu, também é nosso. As vezes é preciso perder uma batalha para ganhar a guerra.
Obrigado Presi, por mais essa lição de grandeza de espírito democrático e patriótico...
Por Jorge Herbert
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