A representante do Programa Alimentar Mundial (PAM) defende, esta quarta-feira (24 de Julho), a sensibilização da população guineense como forma de reduzir a desnutrição e insegurança alimentar na Guiné-Bissau
A ideia defendida durante o seminário de apresentação e validação do resultado do estudo de conhecimento, Atitudes, Praticas e Motivações (CAPM) na nutrição das crianças menores de cinco anos e causas de malnutrição materna e infantil nas regiões de Oio, Bafatá, Gabú e sector Autónomo de Bissau. As actividades contam com o apoio Financeiro do PAM e da União Europeia.
De acordo com a representante do PAM no país, Kiyomi Kawaguchi, a pobreza e o elevado grau de alfabetismo são um dos factores da desnutrição persistente uma vez existe grande nível de desconhecimento da noção de nutrição no país.
“O problema no país tanto em anemia quanto ao sobrepeso assim como o desconhecimento da noção de nutrição e a sua consequência em mal ou não utilização dos alimentos disponíveis, por isso toda a população guineense precisa ser sensibilizada na questão de nutrição”, salientou a representante do PAM.
Para o presidente do Parlamento Nacional Infantil (PNI), Júnior Sebastião Tamba, a falta de inspecção dos alimentos é factor da má desnutrição na Guiné-Bissau principalmente para as crianças que a sua instituição representa.
“Na Guiné-Bissau vivemos num país em que a inspecção é muita fraca uma vez que há vários tipos de alimentos que a população consume sem saber da sua gravidade para a saúde, dado que existem certos produtos que contêm produtos químicos”, alertou o Presidente do Parlamento Nacional Infantil.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação (FAO) apurou que maior parte dos agricultores se dedicam à monocultura (Produção de arroz e caju), por isso são as mulheres que garantem a diversificação da produção e consequentemente da dieta alimentar.
Facto que a ministra da Mulher Família e Protecção Social, Cadi Seide, ao presidir o acto, diz que o país possui condições naturais favoráveis ao cultivo de diversos produtos agrícolas para melhorar e garantir segurança alimentar e nutricional para as crianças e mulheres.
“Uma boa nutrição não é apenas comer mais sobretudo saber o quê comer”, referiu a Ministra da Mulher Família.
Segundo dados do Programa Alimentar Mundial (PAM), cerca de 16 por cento dos agregados familiares da Guiné-Bissau sofre de insegurança alimentar moderada e severa.
A insegurança alimentar está associada à falta de alimentação diversificada, porque a alimentação de muitos agregados é pobre, estando baseado no arroz.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Marcelino Iambi
radiosolmansi.net
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