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POR LUSA 12/03/24
A força aérea israelita bombardeou hoje pelo segundo dia consecutivo alvos no vale de Bekaa (leste do Líbano), longe da fronteira comum, informou a rádio al-Nour, do grupo xiita libanês Hezbollah.
Segundo a estação emissora do Hezbollah, os mísseis atingiram um edifício no centro da cidade de Naih Shit, perto de um templo dedicado ao antigo líder do movimento xiita, Abbas Musawi.
O Estado judeu já tinha bombardeado na segunda-feira à noite vários pontos do vale de Bekaa, incluindo alvos perto de Baalbek, matando pelo menos uma pessoa e levando o Hezbollah a disparar uma centena de foguetes em resposta.
O ataque israelita de hoje foi o segundo na região desde o início do fogo cruzado em outubro passado, o pior combate entre as duas partes desde a guerra de 2006.
Nessa primeira ocasião, o grupo libanês também respondeu com 60 disparos simultâneos contra um importante quartel militar no norte de Israel.
Os confrontos têm-se concentrado principalmente nas zonas fronteiriças entre os dois países, embora Israel tenha efetuado alguns bombardeamentos em zonas afastadas da fronteira, incluindo um nos arredores de Beirute que matou o número dois do Hamas, Saleh al-Arouri, em janeiro.
As duas partes têm estado envolvidas num intenso fogo cruzado desde 08 de outubro, um dia depois do início da guerra de Gaza, que já custou a vida a pelo menos 338 pessoas, a maioria das quais do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou 233 baixas da milícia, algumas delas na Síria.
Em Israel, 17 pessoas foram mortas no norte (10 militares e sete civis). Do outro lado da fronteira, pelo menos 321 pessoas morreram, incluindo 40 membros das milícias palestinianas, um soldado libanês e 47 civis, incluindo dez menores e três jornalistas, além dos combatentes do Hezbollah.
Os combates, os piores desde a guerra de 2006 entre as duas partes, têm-se tornado cada vez mais intensos ao longo dos meses e intensificaram-se ainda mais nas últimas semanas.
Atualmente, com o fracasso das tentativas da comunidade internacional para se obter um cessar-fogo em Gaza, teme-se que a troca de tiros quotidiana possa dar origem a uma nova guerra entre Israel e o Líbano.
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