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POR LUSA 26/07/23
Os embaixadores dos Estados-membros da União Europeia (UE) chegaram hoje a acordo para alargar as sanções à Bielorrússia pelo apoio à Rússia na guerra contra a Ucrânia e pela repressão em Minsk, abrangendo 38 indivíduos e três entidades.
"Hoje, os embaixadores da UE chegaram a acordo sobre a adoção de medidas restritivas tendo em conta a situação na Bielorrússia e o envolvimento da Bielorrússia na agressão russa contra a Ucrânia", anuncia a presidência rotativa espanhola do Conselho da União Europeia numa mensagem publicada na rede social Twitter.
As medidas incluem o alargamento das listas de sanções e, de acordo com informação dada à agência Lusa por fonte da presidência espanhola, estão em causa mais 38 indivíduos e três entidades.
A UE tem vindo a condenar o envolvimento da Bielorrússia no apoio à Rússia na guerra contra a Ucrânia e, desde 2022, avançou já com sanções individuais e económicas dirigidas a 22 pessoas, restrições ao comércio, proibições no sistema internacional de pagamentos Swift para cinco bancos bielorrussos e em transações com o banco central bielorrusso, para além de limites aos fluxos financeiros bielorrussos para o espaço comunitário.
Paralelamente, na sequência das eleições presidenciais realizadas na Bielorrússia em agosto de 2020, consideradas como fraudulentas pelo bloco europeu, a UE tem vindo a alargar as sanções pela repressão no país.
Desde outubro de 2020, a UE impôs cinco pacotes de sanções relacionadas com a situação na Bielorrússia, num total de 195 pessoas e 34 entidades, respondendo assim à violência das autoridades bielorrussas contra manifestantes e aos ataques híbridos nas fronteiras europeias.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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