quarta-feira, 26 de julho de 2023

Kyiv destina mais quase 1.000 milhões para produção nacional de 'drones'

© Reuters

POR LUSA    26/07/23 

O primeiro-ministro da Ucrânia, Denis Shmyhal, anunciou hoje que o Governo de Kyiv vai destinar cerca de 1.000 milhões de euros até ao final do ano para financiar a produção nacional de 'drones' (aparelhos não tripulados).

"Há um ano, graças à iniciativa UNITED24, apresentada pelo Presidente [da Ucrânia] Volodymyr Zelensky, arrecadamos 100 milhões de euros, que investimos em fabricantes de 'drones' ucranianos", disse Shmyhal num evento público, referindo-se à iniciativa presidencial de obter doações.

O primeiro-ministro ucraniano lembrou que, nessa altura, cerca de uma dezena de empresas participou no projeto.

"Hoje há mais de 40 empresas que têm contratos com o Estado, e a produção de 'drones' multiplicou por dez", explicou o chefe do Governo da Ucrânia, cujas autoridades têm como prioridade desenvolver a produção nacional em conjunto com o setor privado para abastecer o exército com milhares de aparelhos não tripulados.

Na intervenção, Shmyhal lembrou que a Ucrânia tem promovido reformas legislativas para tornar mais atraente o investimento privado na produção de 'drones'. 

Uma delas elevou para 25% a margem de lucro das empresas do setor que recebem contratos públicos.

Na terça-feira, num discurso ao país, Zelensky destacou a importância do chamado "Exército 'Drone'" que a Ucrânia está a criar.

"A nossa defesa precisa desesperadamente de todos os 'drones', desde o relativamente simples 'Mavic' até aos drones marítimos e de ataque que podem operar a longas distâncias", declarou.

A Ucrânia tem atacado repetidamente a península ocupada da Crimeia com 'drones' marítimos e de longa distância. 

Nas últimas semanas, estes últimos 'drones' também foram disparados contra alvos em Moscovo e noutras regiões da Federação Russa.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kyiv e com a imposição a Moscovo de sanções políticas e económicas. 

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