quarta-feira, 6 de abril de 2022

EUA assumem novo compromisso de fornecimento de mísseis a Kyiv

© Reuters

Notícias ao Minuto  06/04/22 

Um novo compromisso norte-americano de mísseis Javelin para a Ucrânia significa que o Ocidente em breve terá fornecido aos caças ucranianos dez armas antitanque por cada tanque russo naquele país, disse hoje o secretário de Estado norte-americano.

Antony Blinken falava à estação televisiva MSNBC depois de os Estados Unidos da América (EUA) terem anunciado uma contribuição de mais 100 milhões de dólares (91,7 milhões de euros) para enviar mais mísseis Javelin para a Ucrânia.

Washington indicou que já disponibilizou 1,7 mil milhões de dólares (1,56 mil milhões de euros) para a defesa e ajuda à Ucrânia desde que a Rússia invadiu o país, a 24 de fevereiro.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, está a pressionar o Ocidente para fornecer mais armas, mais depressa, e para fazer mais para isolar a Rússia da economia global, por forma a pressionar o presidente russo, Vladimir Putin, a optar pela paz.

"Em termos do que eles precisam para agir rápida e eficazmente para lidar com os aviões que disparam sobre eles a partir do céu e os tanques que tentam destruir as suas cidades a partir do solo, eles têm as ferramentas de que precisam", disse Blinken sobre as forças ucranianas.

"Eles (os ucranianos) vão continuar a recebê-las, e nós vamos continuar a financiá-las", acrescentou o chefe da diplomacia norte-americana.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 4,2 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa -- justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e "desmilitarizar" a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 42.º dia, causou um número ainda por determinar de mortos civis e militares e, embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a organização confirmou hoje pelo menos 1.563 mortos, incluindo 130 crianças, e 2.213 feridos entre a população civil.


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POR NOTÍCIAS AO MINUTO COM LUSA  06/04/22 

A administração Biden acredita que muito dos ativos de Vladimir Putin estão distribuídos pela família.

Um oficial da administração dos EUA anunciou que o país vai sancionar as duas filhas do presidente russo - Maria Vorontsova, 36 anos, e Katerina Tikhonova, de 35 - e ainda a mulher e a filha de Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia.

A administração Biden acredita que muito dos ativos de Vladimir Putin estão distribuídos pela família.

Além disso, outros membros da elite russa, como o ex-presidente Dmitry Medvedev e o primeiro-ministro Mikhail Mishustin também serão sancionados.

Neste novo pacote de sanções surge ainda a proibição de novos investimentos e o bloqueio à maior instituição financeira russa — a Sberbank — e ainda ao maior banco privado — Alfa Bank.

Hoje também, o Governo dos EUA acusou um oligarca russo de violar as sanções internacionais e interrompeu uma operação de cibercrime controlada por uma agência de inteligência militar russa.

Esta ação decorreu no âmbito dos esforços das autoridades norte-americanas para reprimir a atividade criminosa russa, travar o fluxo de "dinheiro sujo" e interromper os atos cibernéticos maliciosos do Kremlin.

"O nosso objetivo é garantir que as sanções contra os oligarcas russos e os criminosos cibernéticos não são contornadas", disse a vice-procuradora-geral norte-americana, Lisa Monaco.

Os EUA acusam Konstantin Malofeyev, empresário russo na área dos 'media', de tentar escapar a sanções do Departamento do Tesouro, resultantes da anexação da Crimeia pela Rússia em 2014.

Embora as sanções impedissem cidadãos dos EUA de trabalhar ou fazer negócios com este empresário, Malofeyev alegadamente utilizou cúmplices para adquirir secretamente empresas de comunicação social em toda a Europa, para difundir propaganda pró-Rússia.

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