Paradoxalmente, estima-se que um morcego viva em média entre cinco e 10 anos, e uma baleia-azul, entre 80 e 90 anos, o que nos mostra como animais maiores vivem mais do que os menores.
Os cientistas defendem que tal ocorre devido à forma como os bichos de menor dimensão utilizam a energia de que dispõem e também pelo facto de que as células dos animais grandes são mais eficientes e desgastam-se mais lentamente.
Mas os cães fogem deste padrão, porquê?
Os patudos de maior porte vivem menos do que os menores. A expectativa de vida dos cães de raças pequenas é em média de 12 a 14 anos, enquanto que as raças grandes vivem entre oito e 10 anos, e as gigantes, entre cinco e oito.
Entre a comunidade científica ainda não há até ao momento um consenso sobre por que os cães maiores têm uma expetativa de vida menor, e muitas explicações variam relativamente às particularidades de cada tipo de espécie – nomeadamente muitos cientistas defendem a ideia de que a expectativa menor para cães grandes tem a ver com a forma como esses animais crescem.
Conclusões
Os cães de maior porte crescem muito e rapidamente, chegando a aumentar quase 100 vezes de peso no primeiro ano de vida – para exemplificar, nesse espaço de tempo, os lobos aumentam 60 vezes e os seres humanos, somente três vezes.
Uma pesquisa recente revelou que os melhores amigos do homem podem morrer mais cedo porque o ritmo acelerado de crescimento aumenta a atividade dos radicais livres, favorecendo o desenvolvimento de tumores e de outras doenças potencialmente fatais.
Outro estudo confirmou que os cães maiores envelhecem de facto mais rapidamente. Esse levantamento contou com a análise de dados veterinários de 50 mil cachorros de 74 raças diferentes. Os resultados revelaram que os cães maiores desenvolvem-se mais rapidamente e têm uma vida adulta mais acelerada e, consequentemente mais curta.
Adicionalmente, sabe-se que cães maiores tendem a ter problemas de saúde mais graves, como doenças musculoesqueléticas e gastrointestinais, além de cancros.
NAOM
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