A Directora Nacional da Polícia Judiciaria (PJ) garantiu esta sexta-feira (3 de Maio) que não vão cumprir o prazo dado pelo Procurador-geral da República para devolução do processo “ arroz di povo”.
Filomena Mendes que falava a margem do encontro de ONG´s sobre análise por satélite de perturbações florestais de GB diz ainda que Bacari Biai estava emocionado quando pediu o processo dentro de 48 horas.
“ Todas as apreensões feitas pela PJ no caso arroz do povo cumpriram a legalidade, entretanto, não vamos cumprir o ultimato do Procurador-geral da República porque achamos que ele estava emocionado por ter a comunicação social a sua frente. Vamos continuar a nossa investigação e quando terminados, vamos entregá-lo ao Ministério Público na área de jurisdição competente”, afirmou.
Por outro lado, manifestou a determinação em continuar a investigação do caso, para depois considerar de “ lamentável e vergonhoso a desinformação que o responsável da justiça tenta passar a nossa população”.
A responsável pela polícia criminal, negou terem mediatizado a investigação do processo como avançou ontem o procurador Bacari Biai, tendo adiantado que a PJ está a cumprir a agenda do povo.
Entretanto, o director nacional adjunto da Polícia Judiciaria, Domingos Correia afirmou numa conferência de imprensa que o pedido de devolução de processo “arroz di povo” solicitado pelo ministério público, está ferido de incompetência funcional, material e territorial.
“ O próprio Procurador sabe que o magistrado Blimat Sanhá não tem competência para prosseguir a avocação deste processo porque está ferido de incompetência funcional, material e territorial”, explicou.
No entanto, garantiu que a operação “ arroz di povo” ainda está em curso sem mencionar se o processo que envolve o ministro de agricultura Nicolau dos Santos vai continuar uma vez que este já foi investido como deputado
O responsável judicial considerou as declarações do procurador-geral da Republica de triste e preocupante por ter tratado os agentes de PJ de “mininos di mandado”.
O Procurador-Geral da República prometeu, esta quinta-feira (02 Maio), utilizar todos os dipositivos legais para fazer a Polícia Judiciária (PJ) cumprir o despacho do Ministério Público (MP) para devolver o arroz aprendido na quinta do ministro de Agricultura, Nicolau dos Santos no quadro da operação “ arroz di povo”.
Recorde-se que no âmbito da “Operação arroz de Povo”, a PJ Guineense apreendeu mais de três mil sacos de arroz desviados. Grande parte desse arroz foi apreendida no armazém do cidadão Botche Candé, Conselheiro do Presidente José Mário Vaz para área da Defesa e Segurança Interna e Externa, arrendado pelo ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural na cidade de Bafatá. A última apreensão de 36 toneladas, que correspondem a 725 sacos, foi executada numa quinta do ministro de Agricultura, Nicolau dos Santos, na povoação de Tchalana, setor de Mansoa, região de Oio no norte da Guiné-Bissau.
Por: Nautaran Marcos Có
radiosolmansi.net
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