sexta-feira, 3 de maio de 2019

SINJOTECS REALIZA Iª EDIÇÃO DA GALA DE EXCELÊNCIA DO JORNALISMO


O mundo celebra, hoje (03 de Maio), dia da liberdade de imprensa. Para a comemoração deste dia, o Sindicato Nacional dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (SINJOTECS) realiza, em Bissau, a primeira edição da gala de excelência do jornalismo guineense

Durante o evento deve-se realizar debates, discursos, distinções das diferentes instituições e individualidades nacionais, associadas à animação musical. Igualmente os estudantes da Universidade Lusófona da Guiné, do curso de Comunicação Organizacional e Jornalismo, realizam debates sob o lema “Guiné-Bissau: Ser ou Parecer ser Jornalista”.

Entretanto, o dia da liberdade de imprensa é uma ocasião para informar os cidadãos sobre as violações à liberdade de imprensa e a necessidade de incentivar e desenvolver iniciativas em prol da liberdade de imprensa.

Por esta ocasião, a Rádio Sol Mansi (RSM), falou com as duas organizações que lutam em defesa dos jornalistas guineenses.

Para a presidente do Sindicato Nacional dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (SINJOTECS), Indira Correia Balde, é da opinião que há liberdade de imprensa na Guiné-Bissau, isto é, em comparação com outros países.

Indira exorta os profissionais da média da Guiné-Bissau a aproveitarem da melhor maneira possível esta liberdade para construção de uma opinião pública salutar no país.

“O que nos falta é a condição de trabalho para nos rentabilizar. Embora em algumas ou outras situações anormais, a libertada de imprensa é beliscada. Mas em termos gerais existe liberdade de imprensa”, admite.

A opinião contrária tem o bastonário da Ordem dos Jornalistas guineenses, António Nhaga. Segundo o comunicólogo, na prática não existe a liberdade de imprensa na Guiné-Bissau porque os jornalistas continuam a ser descriminados nas conferências de imprensas.

“Formalmente existe liberdade de prática mas na prática não existe porque num país onde ainda se paga perdiem ainda o jornalista continua a ser controlado. Os jornalistas são descriminados em conferências de imprensa e muitos levam os seus militantes para a conversa com os jornalistas e os jornalistas nem conseguem nem cadeiras. Na presidência os jornalistas nem têm onde se sentar. Devemos pensar exercício de liberdade efectiva na Guiné-Bissau e não olhando pelos outros países porque a nível da sub-região estamos na cauda”, aconselha.

Segundo a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, cerca de 100 jornalistas foram assassinados em 2018.

Este ano o tema escolhido pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco é “Média para a Democracia: Jornalismo e Eleições em Tempos de Desinformação”.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Sigá

radiosolmansi.net

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