O presidente guineense, José Mário Vaz, inaugurou hoje, no sul do país, um projeto que permitirá transportar energia elétrica produzida na barragem de Kaleta, na Guiné-Conacri, para a Guiné-Bissau, numa rede de interconexão de 218 quilómetros.
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A linha de interconexão, que deverá estar pronta dentro de 24 meses, passará pelas localidades de Saltinho (sul) Banbadinca (leste), Mansoa (centro/norte) até chegar a Bissau, servindo todo país, anunciou o ministro guineense dos Recursos Naturais e Energia, Serifo Embaló.
O projeto decorre no âmbito da OMVG (Organização para Valorização da bacia do Rio Gâmbia, em sigla francesa), que agrupa a Guiné-Bissau, Senegal, Guiné-Conacri e Gâmbia.
Segundo José Mário Vaz, o projeto de desenvolvimento de uma rede de energia elétrica no quadro desta organização "já é uma realidade após mais de 20 anos de gestação".
"Hoje, tenho todo o prazer e honra de lançar na pátria de Amílcar Cabral, na localidade de Saltinho, a primeira pedra para a construção da subestação de Saltinho. A implementação da Interconexão reaviva as nossas relações seculares e reforça a solidariedade entre os nossos países e povos irmãos", afirmou o chefe de Estado guineense.
Ainda no seu discurso, após colocar barras de tijolo no local onde será construída a primeira subestação da linha de interconexão, o líder guineense considerou estarem a ser criadas as condições para o fornecimento da energia, além da agricultura, a alavanca para o desenvolvimento do país, conforme sublinhou.
O ministro dos Recursos Naturais e Energia da Guiné-Bissau, Serifo Embalo, disse que o projeto hoje lançado irá "melhorar substancialmente" a questão da eletricidade no país, favorecerá a produção da energia limpa, baixando o custo do produto junto da população e de empresas, bem como permitirá que companhias de telecomunicações utilizem os cabos de interconexão, em fibra ótica, para as suas operações.
O projeto, que no total terá uma linha de interconexão de 1.677 quilómetros, atravessando os quatro países, está orçado em 1,2 mil milhões de euros.
Fonte: DN / Braima Darame
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