sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Ucrânia quer míssil capaz de chegar a Moscovo. Que diferença pode fazer o novo Trembita?

Nova versão do míssil de cruzeiro não promete, segundo os especialistas, ser um "game changer". Ainda assim, poderá trazer novos fôlegos à guerra. Sobretudo nas mensagens que é preciso enviar a Washington, quando a Casa Branca se prepara para um novo inquilino com uma visão diferente sobre o conflito: Donald Trump

Chama-se Trembita e é um dos símbolos do desejo da autonomia ucraniana no campo de batalha. Sobretudo porque Kiev estará a preparar uma versão deste míssil de cruzeiro capaz de chegar a Moscovo.

A atual versão do Trembita, que está em desenvolvimento desde 2023, tem um alcance na ordem dos 140 quilómetros. A PARS, empresa ucraniana responsável pela produção deste armamento, estará a trabalhar numa versão com pelo menos 700 quilómetros de alcance - uma distância que, a partir da fronteira, permite chegar à capital russa, Moscovo.

Segundo a imprensa internacional, o desejo é de que a nova versão do Trembita esteja pronta no prazo de um ano. O modelo atual, que segundo os especialistas militares prima pela simplicidade, tem um custo de produção na ordem dos 10 mil dólares. E o sucessor deverá manter esse traço económico. Para efeitos de comparação, um míssil ATACMS, como os fornecidos pelos Estados Unidos da América (EUA) a Kiev, custa cerca de um milhão de dólares.

A Ucrânia consegue produzir o Trembita sozinha?
Antes de percebermos se a nova versão do Trembita vai mudar o rumo da guerra, importa perceber se a Ucrânia terá mesmo capacidade de produzi-la sozinha. Os especialistas militares ouvidos pela CNN Portugal garantem que sim.

“A Ucrânia tem uma capacidade de produção que vem dos tempos da ex-URSS. Nunca deixou de ter os velhos engenheiros, os grandes mecânicos e designers. Tem uma grande tradição de produção de armamento pesado”, aponta Isidro de Morais Pereira. O major-general cita o discurso de Ano Novo de Volodymyr Zelensky para referir que 30% das armas utilizadas pelos militares ucranianos em 2024 foram produzidas integralmente na Ucrânia.

Destacando que o Trembita “não é uma arma muito sofisticada”, Agostinho Costa concorda que a “Ucrânia tem capacidade tecnológica para construir sistemas de armas com sofisticação”, com destaque para os drones.

Mas, mesmo com este historial a favor, o major-general Carlos Branco deixa um aviso: “a Ucrânia está com um problema grave de energia”, que poderá condicionar este objetivo produtivo.

De que ajuda do Ocidente não pode a Ucrânia prescindir?
Mesmo que o objetivo seja o de uma maior autonomia, Kiev não poderá abdicar do apoio que tem vindo a receber do Ocidente para produzir um míssil de cruzeiro capaz de alcançar Moscovo.

“A Ucrânia precisa de apoio ocidental, mas não é tanto de dinheiro. Precisa é que os países ocidentais continuem a fornecer acesso livre a tecnologia de ponta, nomeadamente a microchips, necessários para construir mísseis”, aponta Isidro de Morais Pereira.

Ainda assim, reitera Agostinho Costa, o dinheiro é sempre bem-vindo na Ucrânia, uma vez que o “orçamento do país é assegurado” pelo Ocidente. E, sem um orçamento folgado, fica mais difícil adaptar prioridades no campo de batalha.

Poderá este novo míssil mudar a guerra?
Poderá um míssil com capacidade de chegar a Moscovo mudar o rumo da guerra? Os especialistas não acreditam em alterações substanciais no terreno.

“É mais um sistema, não é um ‘game changer’. Estes mísseis entram numa panóplia de meios de que a Ucrânia já dispõe”, vinca Agostinho Costa. Além disso, ainda não há certezas sobre o grau de precisão deste novo recurso.

Apesar de reconhecer que a nova versão do Trembita teria um “alcance notável”, ao superar os 700 quilómetros, Isidro de Morais Pereira alerta que “a Ucrânia tem outros mísseis” que utilizam tecnologia similar.

“Esta nova versão do Trembita torna-se relevante porque alguns líderes ocidentais foram demasiado cautelosos, para não dizer medrosos, face às ameaças de Putin. E qualquer militar sabe que não há uma guerra que se ganhe só com a defesa”, junta.

O novo Trembita permitiria à Ucrânia alcançar um conjunto diferente de alvos, como postos de comando, complexos industriais e pontos de produção de energia.

Mas transforma-se-à em realidade? Só o tempo dirá, avisa o major-general Carlos Branco: “Estamos perante uma retórica sistemática e repetida das armas milagrosas. Estas coisas não se anunciam, acontecem. Os russos não disseram que tinham os mísseis Oreshnik. Empregaram-nos”.

Que mensagem para os EUA e Trump?
As notícias sobre a existência de um novo míssil ucraniano capaz de alcançar Moscovo ganham força quando o mundo está a três semanas de ver Donald Trump tomar posse novamente como presidente dos EUA.

E, com ele, ganham força os receios sobre um corte (ou mesmo sobre um ponto final) no apoio americano. Para os especialistas militares, há uma mensagem subliminar nas notícias sobre este novo míssil de cruzeiro.

Não é Kiev a dizer a Washington que a Ucrânia se pode safar sozinha. Pelo contrário: é Kiev a mostrar que não está no fundo do poço, que ainda tem muito fôlego e vontade de se digladiar, que precisa dos EUA para chegar a uma solução de paz.

Isidro de Morais Pereira lembra que, no discurso de Ano Novo, Zelensky disse acreditar que os EUA estariam com a Ucrânia nos primeiros minutos de paz. “Está a mostrar a Washington que tem a determinação de ser um país livre e dono do seu destino. E que, por isso, merece ser apoiado”, diz.

O grupo palestiniano Hamas qualificou hoje como "crime total" os ataques das forças da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) "contra os seus cidadãos e milicianos" em Jenin e no seu campo de refugiados, na Cisjordânia, que já fizeram 13 mortos.

© JAAFAR ASHTIYEH/AFP via Getty Image   
Lusa    03/01/2025
O grupo palestiniano Hamas qualificou hoje como "crime total" os ataques das forças da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) "contra os seus cidadãos e milicianos" em Jenin e no seu campo de refugiados, na Cisjordânia, que já fizeram 13 mortos.

O Hamas fez esta acusação depois de um pai e do seu filho de 14 anos terem sido hoje atingidos a tiro quando enchiam um tanque de água no telhado da sua casa. Uma filha, que também estava com eles, ficou ferida.

Jenin, considerado um bastião do Hamas e da Jihad Islâmica, é um dos pontos mais atacados pelo Exército israelita, mas desde o início de dezembro a ofensiva contra os militantes palestinianos é liderada pelas forças de segurança da ANP, que governa áreas reduzidas da Cisjordânia ocupada.

Com as mortes de hoje, o número de vítimas mortais devido a este ciclo de violência ascende agora a 13 desde 05 de dezembro, incluindo cinco membros das forças de segurança e oito civis.

O Hamas considera que as práticas das forças de segurança da ANP "servem apenas a ocupação israelita e os seus planos para acabar com a resistência na Cisjordânia e completar o plano de anexação" do território.

A Cisjordânia ocupada está a viver a sua maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-2005), e o ano de 2024 terminou com pelo menos 492 palestinianos mortos nestes territórios pelo fogo israelita, a maioria dos quais combatentes residentes nos campos de refugiados, mas também civis, incluindo pelo menos 75 menores, segundo uma contagem da agência espanhola EFE.

O Governo palestiniano decidiu na quarta-feira suspender as emissões da televisão Al-Jazeera, que tem feito a cobertura destes combates, na Cisjordânia, depois de a acusar de "incitar à sedição".

Estes confrontos somam-se a um aumento da violência na Cisjordânia ligada ao conflito israelo-palestiniano desde o início da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas em território israelita em 07 de outubro de 2023.


O Exército israelita confirmou hoje que deteve Hussam Abu Safiya, diretor do hospital Kamal Adwan, no norte da Faixa de Gaza, justificando que pertence ao grupo islamita palestiniano Hamas e participou em "atividades terroristas".

© Getty Images   Lusa  03/01/2025 

Israel confirma prisão de diretor de hospital no norte de Gaza

O Exército israelita confirmou hoje que deteve Hussam Abu Safiya, diretor do hospital Kamal Adwan, no norte da Faixa de Gaza, justificando que pertence ao grupo islamita palestiniano Hamas e participou em "atividades terroristas".

Um porta-voz militar alegou à agência EFE que "centenas de terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica estavam escondidos no Hospital Kamal Adwan", sob a direção de Hussam Abu Safiya, e que as forças de segurança israelitas estão a investigar o caso.

É a primeira vez que Israel confirma publicamente ter detido Safiya, depois de ter dito nos últimos dias que "não havia qualquer indicação" a esse respeito.

Abu Safiya tornou-se um dos rostos mais visíveis do duro cerco que o norte da Faixa sofre há mais de dois meses, e, nas últimas semanas, publicou vídeos quase diários sobre a situação em Kamal Adwan, que continuou a tratar doentes apesar dos constantes ataques israelitas.

O médico foi detido entre a passada sexta-feira e sábado numa operação israelita contra a unidade de Kamal Adwan, um dos poucos hospitais que ainda funcionavam no devastado norte da Faixa de Gaza.

Após a detenção, perdeu-se o rasto de Safiya, cuja última imagem divulgada nas redes sociais mostra como caminhava em direção a uma coluna de tanques no meio de uma rua de escombros e com enorme destruição à sua volta.

Os familiares do diretor do hospital, bem como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e várias organizações não-governamentais já exigiram a sua libertação.

Ao mesmo tempo, o Exército israelita negou hoje que as suas tropas tenham ordenado a evacuação do hospital indonésio, o único ainda em funcionamento no norte da Faixa de Gaza, e que o tenha atacado, contrariando a versão dos funcionários.

"Restam cerca de 15 pessoas no hospital, principalmente doentes retirados de [hospital] Kamal Adwan e funcionários", lamentou um dos médicos, Arawya Tamboura.

Depois do ataque israelita contra a unidade de Kamal Adwan, no passado fim de semana, grande parte dos doentes foi transferida para o hospital indonésio, que continuou a funcionar apesar dos enormes danos devido às constantes ofensivas militares.

"O hospital está gravemente danificado e não tem fornecimentos e as fundações do edifício foram danificadas por uma escavadora no ataque anterior ao hospital indonésio, há algumas semanas, em dezembro", descreveu Tamboura.

O alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, revelou hoje perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas que o Exército israelita bombardeou 27 hospitais e 12 centros médicos na Faixa de Gaza, alguns deles até seis vezes.

O Conselho de Segurança da ONU reuniu-se hoje de emergência, a pedido da presidência mensal argelina do órgão, para discutir os ataques israelitas às infraestruturas médicas na Faixa de Gaza, durante o conflito que perdura há quase 15 meses.

Segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas, estes ataques custaram a vida a 1.050 profissionais clínicos, todos eles "civis que desempenham uma função crítica em tempo de guerra", salientou Volker Turk, lamentando os crescentes obstáculos que Israel coloca.

Turk lembrou que no direito internacional é obrigatório distinguir entre alvos civis e militares, sendo que "o uso de artilharia pesada contra os hospitais é difícil de conciliar com este princípio".

Israel tem levado a cabo uma dura ofensiva de "terra queimada" em todo o norte da Faixa de Gaza há quase 90 dias, que causou mais de 3.000 mortos, milhares de desaparecidos e uma enorme destruição em toda a região.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas em solo israelita em 07 de outubro de 2023, que provocou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação em grande escala no enclave palestiniano, que matou acima de 45 mil habitantes, segundo as autoridades locais, e deixou o território destruído, a quase totalidade da população deslocada e mergulhada numa grave crise humanitária.

O Tribunal Penal Internacional emitiu em novembro passado mandados de captura contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o antigo ministro da Defesa da Israel Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, que as forças de Israel dizem estar morto.

Em causa estão as ações israelitas realizadas na Faixa de Gaza e os ataques do Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel.


Leia Também: Israel nega ter ordenado evacuação do único hospital no norte de Gaza 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) insistiu hoje com Israel para que permita a retirada de doentes de Gaza e lembrou que pelo menos 12.000 habitantes de Gaza necessitam de ajuda nessa operação.

© REUTERS/Mohammed Salem     Lusa     03/01/2025

 OMS diz que 12.000 pessoas precisam de ser retiradas de Gaza

A Organização Mundial de Saúde (OMS) insistiu hoje com Israel para que permita a retirada de doentes de Gaza e lembrou que pelo menos 12.000 habitantes de Gaza necessitam de ajuda nessa operação.

"A lentidão das retiradas [de doentes] é insuportável", lamentou o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyessus.

Apenas 5.383 doentes foram retirados com o apoio da OMS desde outubro de 2023, quando começou a guerra em Gaza, e destas saídas apenas 436 ocorreram desde o encerramento da passagem fronteiriça de Rafah, há oito meses.

Segundo a OMS, mais de 12.000 pessoas ainda necessitam de ser retiradas com ajuda médica e, ao ritmo atual, seria necessário entre cinco e dez anos para retirar todos estes pacientes gravemente doentes, incluindo milhares de crianças.

No último dia de 2024, foi conseguida excecionalmente a retirada de 55 doentes e 72 acompanhantes para os Emirados Árabes Unidos, país ao qual a organização agradeceu o apoio neste esforço, uma vez que até ao momento colaborou na retirada médica de mais de 1.200 doentes.

O Egito, o Qatar, a Turquia, a Argélia, a Itália, a Roménia, a Espanha, a Irlanda, a Bélgica, a França, a Suíça, a Tunísia, Omã, a Jordânia e os Estados Unidos também contribuíram.

Tedros insiste que Israel deve aumentar as retiradas médicas e nunca as negar a crianças doentes, permitindo ainda a utilização de todos os corredores e passagens de fronteira possíveis para que estas transferências possam ser realizadas em segurança.

A guerra em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano Hamas contra Israel, em 07 de outubro de 2023, que causou a morte de mais de 1.200 pessoas do lado israelita, a maioria civis, segundo uma contagem da agência France-Presse, baseada em números oficiais.

Mais de 45.500 palestinianos foram mortos na campanha militar de retaliação de Israel na Faixa de Gaza, a maioria dos quais civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, que a ONU considera fiáveis.


O que eles vão fazer depois do dia 27 de fevereiro?! Absolutamente Nada... Juvenal Cabi Na UNa

Por  O Democrata Osvaldo Osvaldo

“I’m not against all wars,”

Aonde anda (GENERAL ASSEMBLY ) para salvação da Democracia e resgate da Constituição da República!!? 

—Ou Ninguém mais lembra dessa metáfora mentirosa?! 

—(Everything could change, depending on what you do today, I couldn't get wrapped up in that falsehood, had to move away).

OS hipócrita precisam aumentar os rumores sobre dia 27 de fevereiro de 2025. Já era ruim o suficiente para o chico esperto, então, tive que compará-lo com o dono da nossa Pátria ." Os demagogos oportunistas não vão enganar ninguém mais em Bissau.

“Gostei muito”, disse palhaçada . "Sempre gostei de ouvir palhaçada." 

Agora no ano 2025, eu lhes pergunto o seguinte: Aonde anda aquela dissonância cognitiva com grande atmosfera que pretende induzir as pessoas menos atentas de certa forma fanáticas em suas crenças e ideologias corruptas de que a razão dessa aliança é salvar Democracia e resgatar à Constituição?!! São responsáveis pela miséria absoluta no país.

As forças do atraso só existem na Guiné- Bissau e no mundo para roubar, manipular, escravizar e controlar.

Eu sempre disse que: raiz de todo problema da Guiné Bissau são resultado da destruição das forças do atraso no país.

São pessoas que leram os mesmos livros compreendem as mesmas palavras e têm o mesmo domínio do vocabulário defendem os mesmo fatos mesmas ideias mesmos valores têm acesso a mesmas fontes de factos. 

Por isso, as pessoas dizem que eu falo com palavras de dicionários, porque não querem ouvir a verdade. E não lembram de que dicionários são instrumentos para Eruditos. 

É uma coisa impressionante! Tem aí uma turma fanática que não quer nem saber de nada, são os fanáticos que vivem de paixões infantis, febris...

O que eles vão fazer depois do dia 27 de fevereiro?! Absolutamente Nada.

Se a gente não entender isso, estamos a ser burrinhos. Não queremos volta dos corruptos crônicos para à cena do crime, porque representam a mesma governança política corrupta e o mesmo modelo econômico corrupto.

Sou simplesmente contra agenda crônica . Porque é igual o 'militarismo alemão corrupto' - porém, aceitar isso é como se não mantivéssemos o nosso império político através de forças democráticas inovadoras. O corrupto crônico deve estar morto por um motivo furioso e muito ilusório, sei que ele vai levar um tiro político dramático.

Concluindo: I know my haters checkin' on me, l've been doin' great. No entanto, que ano 2025 seja um ano de muito consciência nacional para negar as (forças do atraso). Confesso que nunca tenho dúvidas sobre a minha convicção contra o mal maior. 

Fanático em que posso ajudá-lo hoje?

Friday 3 January

15:40.

(………..)

Juvenal Cabi Na UNa.

Presidente da República Umaro Sissoco Embalo recebe os estudantes que beneficiaram bolsas de estudo da Nigéria oferecida pela Ex-Primeira Dama Rosa Vaz.



 Radio Voz Do Povo

Juventude do Partido dos Trabalhadores Guineenses em Conferência de imprensa


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 Radio Voz Do Povo 


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O derrame de petróleo que afeta o sudoeste da Rússia e a Crimeia desde dezembro, na sequência do naufrágio de dois petroleiros, atingiu Sebastopol, a maior cidade desta península anexada e base da frota russa, anunciaram hoje as autoridades.

© REUTERS TV via REUTERS   Por Lusa  03/01/2025

Maré negra na Crimeia atinge cidade e base da frota russa Sebastopol

O derrame de petróleo que afeta o sudoeste da Rússia e a Crimeia desde dezembro, na sequência do naufrágio de dois petroleiros, atingiu Sebastopol, a maior cidade desta península anexada e base da frota russa, anunciaram hoje as autoridades.

"Uma pequena mancha de petróleo com 1,5×1,5 metros chegou hoje a Sebastopol e foi descoberta à entrada da baía de Balaklava", sublinhou o governador de Sebastopol, Mikhail Razvojaiev, numa mensagem publicada na plataforma Telegram.

Segundo a mesma mensagem, que foi acompanhada por um vídeo que mostra uma mancha preta a flutuar na água, os trabalhos de limpeza já foram ordenados.

A cidade de Sebastopol, com uma população de mais de meio milhão de habitantes, é a base histórica da frota russa no Mar Negro e um importante destino turístico para os russos.

Segundo Razvojaiev, foram também descobertos "casos esporádicos" de aves cobertas de petróleo noutras zonas da Crimeia, uma península ucraniana anexada pela Rússia em 2014.

"Até agora, apenas foram encontrados alguns pássaros" com petróleo, mas "se a situação se agravar, serão mobilizados pontos de recolha e voluntários adicionais", disse.

Dois petroleiros russos, o 'Volgoneft-212' e o 'Volgoneft-239', encalharam, a 15 de dezembro, durante uma tempestade, no Estreito de Kerch, entre a Rússia e a Crimeia.

Estes navios transportavam 9.200 toneladas de fuelóleo, das quais cerca de 40% podem ter sido derramadas no mar.

As autoridades e os voluntários organizaram uma operação de limpeza em grande escala, mas a situação continua a causar preocupação.

No sudoeste da Rússia, foram descobertos indícios de petróleo nas praias de Anapa, uma popular estância balnear, anunciou a organização regional responsável pela gestão deste tipo de situações.

"Na noite de 02 para 03 de janeiro, o mar espalhou uma nova vaga de produtos petrolíferos", explicou esta organização na rede social Telegram, publicando fotografias de pessoas com equipamentos de proteção a limparem a zona e a carregarem areia contaminada em sacos de plástico.

Desde o início da maré negra, quase 78 mil toneladas de areia contaminada foram removidas de dezenas de quilómetros de praias na costa russa, mas, no total, cerca de 200 mil toneladas de solo podem ter sido afetadas, segundo as autoridades.

Os esforços de limpeza estão também a ser complicados pelo facto de o tipo de óleo derramado não flutuar necessariamente na superfície da água.

De acordo com o serviço russo responsável pelos resgates marítimos Morspassloujba, este é "o primeiro acidente no mundo a envolver fuelóleo 'pesado' de qualidade M100".

"Este tipo de fuelóleo solidifica a uma temperatura de 25°C, a sua densidade é próxima da água mas mais pesada e, ao contrário de outros produtos petrolíferos, não flutua à superfície, tendo antes tendência para ir para o fundo", explicou a fonte.

"Não existe tecnologia comprovada no mundo para eliminar" este tipo de substância no mar, alertou o Morspassloujba.


Leia Também: Zelensky informa que Rússia entregou 1.358 prisioneiros em 2024 

Vírus enche hospitais na China? Há mais casos, mais máscaras... e vídeos... Imagens mostram os hospitais chineses mais cheios do que o normal, devido à subida de casos de doença causados por um vírus respiratório.

© nabilajamal_/ X (antigo Twitter)   Notícias ao Minuto    03/01/2025

Vídeos que mostram hospitais alegadamente cheios na China estão a circular nas redes sociais e a fazer os utilizadores questionarem-se se haverá um novo surto de uma doença respiratória a surgir.

Muitas publicações internacionais lembram mesmo a pandemia de Covid-19, que começou há cerca de cinco anos.

Segundo o que explica a imprensa internacional, em especial a indiana, em causa está o Metapneumovírus humano (HMPV) que, por norma, causa sintomas parecidos a uma constipação.

A maioria dos casos será de sintomas ligeiros, mas as crianças pequenas, os idosos (pessoas com mais de 65 anos) e as pessoas com sistemas imunitários enfraquecidos correm um risco mais elevado de contrair doenças graves. 

Segundo o que surge nas redes sociais, o vírus estará a propagar-se rapidamente na China - e, simultaneamente, os hospitais terão também pessoas infetadas com os vírus da Covid-19, Gripe A e também Mycoplasma pneumoniae.

De acordo com especialistas citados pela imprensa, o aumento de casos de doenças respiratórias, incluindo o HMPV, está relacionado com as temperaturas mais baixas, e com o regresso à vida quotidiana - dado que anos de confinamento devido à pandemia levaram a que as crianças e todas as pessoas ficassem menos expostas a agentes patogénicos.

As autoridades chinesas de controlo de doenças estarão a adotar medidas proativas em resposta ao aumento dos casos. A informação é avançada pela Reuters, que adianta ainda que as autoridades sanitárias lançaram também um sistema-piloto para monitorizar a pneumonia de origem desconhecida.

A iniciativa tem como objetivo melhorar a preparação para as doenças respiratórias durante os meses de inverno - e contrasta com a preparação limitada do país durante o surto inicial de Covid-19. 

Com o regresso das interações sociais, muitos estarão agora a ter contacto com o vírus pela primeira vez. O HMPV pertencerá à mesma família do vírus sincicial respiratório, sarampo e papeira.

A transmissão deste vírus é por contacto, seja pelo uso dos mesmos objetos, contacto físico, tosse ou espirros.


Leia Também: Covid-19. Cinco anos depois é "mais um vírus", mas OMS continua alerta

Wang Yi: MNE chinês visita Namíbia, República do Congo, Chade e Nigéria

© Sputnik/Kristina Kormilitsyna/Kremlin via REUTERS  Por Lusa  03/01/2025

O Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, vai visitar a Namíbia, República do Congo, Chade e Nigéria, entre 5 e 11 de janeiro, anunciou hoje a porta-voz da diplomacia chinesa, em conferência de imprensa.

Há mais de três décadas que o Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês começa sempre o ano com uma viagem ao continente africano. 

"É uma excelente tradição", que visa "aprofundar a cooperação prática em vários domínios e promover o desenvolvimento sustentado e profundo das relações China - África", frisou a porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning.

Ela disse que a Namíbia, a República do Congo, o Chade e a Nigéria são "parceiros de cooperação amigável da China" e que Wang tem como objetivo "promover a implementação" dos resultados do último Fórum de Cooperação China - África, realizado em setembro passado na capital chinesa.

O Presidente chinês, Xi Jinping, prometeu então 360 mil milhões de yuan (45,764 mil milhões de euros) para financiar o desenvolvimento de África nos próximos três anos.

Xi anunciou igualmente investimentos no continente no valor de 70 mil milhões de yuan (9 mil milhões de euros).

Ele anunciou também 30 projetos de infraestruturas e renovou a sua promessa de aumentar as importações agrícolas do continente, uma intenção que já tinha declarado na edição de 2021 do fórum, em Dakar.

A China é desde há 15 anos o maior parceiro comercial de África, com o volume das trocas comerciais a atingir um recorde de 282,1 mil milhões de dólares (quase 280 mil milhões de euros), em 2023.

Críticos alertaram para o uso da estratégia do "armadilhamento pela dívida" por Pequim para alargar a influência sobre o continente, através da utilização estratégica do financiamento para tornar os países africanos cativos das exigências da China.

O défice comercial de África com a China aumentou em 2023 para 64 mil milhões de dólares (62 mil milhões de euros), embora a diferença tenha diminuído no primeiro semestre de 2024 graças ao crescimento das importações chinesas oriundas de África.


Elon Musk: "Vamos diretamente para Marte. A Lua é uma distração"... O empresário e dono da SpaceX deixou críticas ao programa Artemis da NASA.

© arstechnica.com   noticiasaominuto.com   03/01/2025 

O líder da SpaceX, Elon Musk, partilhou uma mensagem na rede social X onde afirma estar mais interessado em ir a Marte do que à Lua.

A afirmação chega depois de, nos últimos dias, ter criticado publicamente o programa Artemis da NASA. “Sobre o Espaço, a arquitetura do Artemis é extremamente ineficiente, uma vez que é um programa que visa os empregos e não os resultados”, escreveu Musk.

No entanto, esta quinta-feira, dia 2, Musk foi mais longe. “Vamos diretamente para Marte. A Lua é uma distração”, escreveu o líder da SpaceX.

Como recorda o site Ars Technica, o objetivo da NASA com o programa Artemis é realizar missões tripuladas para a Lua de forma a estabelecer uma base lunar. No entanto, dada a proximidade de Musk a Trump, que assumirá funções a 20 de janeiro, estas afirmações de Musk estão a ser vistas como um ataque a futuras missões da agência espacial.


Leia Também: Um ano para recordar. Reveja o grande momento da SpaceX de 2024 

Coreia do Sul: Após impasse de 6h, autoridades cancelam detenção de Yoon. O que se sabe?

© REUTERS/Kim Hong-Ji   Notícias ao Minuto 03/01/2025 

O Gabinete de Investigação da Corrupção (CIO, na sigla em inglês) tem até 6 de janeiro para executar o mandado de detenção, num caso sem precedentes contra um presidente sul-coreano.

Ao fim de um impasse de cerca de seis horas, as autoridades da Coreia do Sul cancelaram uma operação para deter e interrogar o presidente deposto Yoon Suk-yeol, por volta das 13h30 locais (4h30 em Lisboa), depois de terem visto o seu acesso à residência do chefe de Estado bloqueado pela segurança presidencial. Ainda assim, o Gabinete de Investigação da Corrupção (CIO, na sigla em inglês) tem até 6 de janeiro para executar o mandado de detenção, num caso sem precedentes contra um presidente sul-coreano.

"Quanto à execução do mandado de detenção hoje, face ao persistente impasse, determinámos que era virtualmente impossível executar o mandado e estávamos preocupados com a segurança das pessoas no terreno devido à obstrução à sua execução", disse o porta-voz do CIO, citado pela agência de notícias Yonhap.

O responsável explicou que vão ser agora ponderadas outras medidas e acrescentou lamentar "profundamente a atitude do suspeito, que não respeitou os procedimentos legais".

Depois de passar por um primeiro controlo militar no perímetro do complexo, pelas 7h00 (22h00 de quinta-feira em Lisboa), a equipa de agentes do CIO e polícias confrontaram-se com o serviço de segurança presidencial, que se recusou a aceitar como válidos os mandados de detenção temporária e de busca, que foram obtidos na terça-feira.

Os cerca de 1.200 apoiantes do presidente deposto, que estavam reunidos perto da residência, situada na área de Hannam, em Seul, festejaram a notícia. No local estava ainda um numeroso contingente policial, incluindo 2.700 agentes, para evitar distúrbios.

Se conseguirem deter Yoon Suk-yeol, a equipa composta por CIO, polícia e Ministério da Defesa Nacional tem 48 horas para interrogar o dirigente e solicitar uma ordem para prolongar a detenção, caso seja considerado necessário.

Já na quarta-feira, o diretor do CIO, Oh Dong-woon, garantiu que o mandado seria executado "dentro do prazo".

"Consideramos que ações como a montagem de barricadas e encerramento dos portões de ferro [da residência de Yoon] para resistir à execução do nosso mandado de detenção constituem uma obstrução às funções oficiais", prosseguiu o responsável, acrescentando que qualquer pessoa que se opusesse à detenção de Yoon poderia "ser processada".

Ainda assim, os advogados de Yoon solicitaram uma ordem judicial para anular a ação, alegando que só o Ministério Público a pode requerer. Insistiram, até, que o procedimento "é ilegal", depois de saberem que as autoridades se encontravam no interior do complexo presidencial.

Yoon, que está proibido de sair do país, foi destituído pelo parlamento sul-coreano a 14 de dezembro, após ter declarado lei marcial. É a primeira vez na história da Coreia do Sul que um presidente em exercício é alvo de uma ação judicial do género. O responsável, que continua a ser oficialmente o presidente, enquanto aguarda a decisão do Tribunal Constitucional sobre a sua destituição, está suspenso do cargo. Espera-se que a justiça confirme ou rejeite a destituição até meados de junho.

O antigo procurador, de 64 anos, não respondeu por três vezes às convocatórias para ser interrogado sobre a tentativa de golpe de Estado, o que levou a justiça sul-coreana a emitir um mandado de detenção.

Recorde-se que o presidente surpreendeu o país ao declarar a lei marcial e enviar o exército para o parlamento, na noite de 3 de dezembro. Contudo, Yoon foi forçado a recuar horas mais tarde, face à pressão dos deputados e de milhares de manifestantes.

Desde a tentativa de impor a lei marcial, Yoon não demonstrou qualquer arrependimento e a sua recusa sistemática em submeter-se às perguntas dos investigadores levantou receios de que uma tentativa de detenção pudesse terminar em violência, agravando a já difícil situação do caso.


Mortalidade infantil atinge número mais alto desde 2019

 CNN Portugal

REVISTA DE IMPRENSA || Gravidezes mal vigiadas podem explicar aumento

A mortalidade infantil aumentou e atingiu o número mais alto desde 2019, avança o jornal Público.

No total, em 2024, morreram 261 bebés com menos de um ano de idade, mais 42 que ano anterior.

Apesar de ter havido uma descida em 2023, o número regista agora um aumento de cerca de 19%,

As justificações estarão no aumento da natalidade, mas também na existência de gravidezes mal vigiadas, em particular de grávidas que chegam ao país já durante a gestação

Veja Também: Casos de gripe estão a aumentar e é "expectável" que assim continue. Doentes devem estar atentos "ao arrastar de sintomas"

Ordem dadu dja. ...Sibu madja poste buna pagal.

Por  Abel Djassi

França: Adolescente de 15 anos foi pai (e espera segundo filho) com vizinha de 35... Caso foi denunciado pela mãe do adolescente, que critica a inação da justiça francesa.

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É um caso insólito que chega de França. Um jovem, de 15 anos, teve um filho, em março, com uma mulher, de 35, e esperam agora um segundo filho. A mãe do adolescente já apresentou queixas na justiça, mas sem sucesso. 

Segundo a história avançada pelo La Provence, foi em 2023 que a mãe do jovem, de Marignane, perto de Marselha, se apercebeu que este mantinha uma relação amorosa com a vizinha do lado, uma mulher de 35 anos.

Face ao sucedido, a mulher apresentou uma queixa, mas voltou atrás, depois de a vizinha lhe garantir que ia "fazer um tratamento".

Contudo, a relação prosseguiu e, em setembro de 2023, a mãe apresentou uma nova queixa. O adolescente viria a dizer à polícia que estava apaixonado e o caso acabou arquivado "por falta de provas". 

"Apesar de eu ter fornecido as mensagens de texto trocadas entre eles", lamentou a mãe, identificada como Sophie, que escreveu três cartas ao Ministério Público. 

Neste tempo, o adolescente, que entrava em conflito com a família e a escola, foi viver com o pai e um juiz de menores ordenou um programa de assistência educativa, mas o menor continuou a encontrar-se com a mulher. 

A mãe viria a apresentar uma nova queixa quando descobriu uma fotografia de uma ecografia e percebeu que o filho estava prestes a ser pai. 

Foi em setembro de 2024 que viria a nascer o bebé e o adolescente assistiu ao parto. Mas a história não ficaria por aqui. Apenas dois meses depois, em novembro, a mulher, que já não tem contacto com o filho, descobriu que a vizinha estava novamente grávida e que o adolescente se prepara para ser pai pela segunda vez. 

O advogado da mãe disse que não se sabe que medidas legais podem ser tomadas neste caso, uma vez que o processo ainda não foi registado no Ministério Público.


quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Polícia alcoolizado liberta prisioneiros na Zâmbia para passagem de ano... Todos os 13 fugitivos estavam acusados de crimes de assalto, roubo e furto e continuam por localizar.

© Getty Images     Notícias ao Minuto   02/01/2025 

Um polícia alcoolizado na Zâmbia, no sul de África, libertou 13 suspeitos para que pudessem sair e ir celebrar o Ano Novo.

A informação foi divulgada pelas autoridades locais, citadas pela BBC News, que indicam que o polícia Titus Phiri foi detido após a libertação dos prisioneiros na capital Lusaka. Antes ele já se tinha posto em fuga do local.

Todos os 13 fugitivos estavam acusados de crimes de assalto, roubo e furto e continuam por localizar.

Um porta-voz das autoridades, Rae Hamoonga disse que Titus Phiri estava "num estado de embriaguez, apreendeu à força as chaves da cela" de outro polícia - Serah Banda - na véspera do dia de Ano Novo.

"Posteriormente, o inspetor Phiri destrancou as celas tanto masculinas como femininas e instruiu os suspeitos a sair afirmando que eles estavam livres para celebrar o Ano Novo", afirmou ainda sublinhado que "dos 15 suspeitos em custódia, 13 escaparam".

Apesar de inusitado, o acontecimento não é novidade na localidade. Na véspera da passagem de ano, em 1997, o polémico juiz do Tribunal Superior, Kabazo Chanda, ordenou a libertação de 53 prisioneiros - alguns destes foram considerados perigosos pelas autoridades - porque estava irritado com o facto dos suspeitos terem sido presos em 1992, mas ainda não terem comparecido em tribunal.


O primeiro bebé de 2025, Sissoco Cabi, nasceu no dia 1 de janeiro, meia-noite, na maternidade do HNSM, um menino, com um peso de 3,2 kg.

Este momento especial foi ainda mais significativo pela escolha do nome “Sissoco”, em homenagem ao Presidente da República Umaro Sissoco Embaló. 

A ocasião contou com a visita do Gabinete da Primeira-Dama, representado pela Ministra da Mulher e Solidariedade Social, Senhora Inacia Có.


Presidência da República da Guiné-BissauRadio Voz Do Povo

Novo Presidente de Moçambique toma posse em 15 de janeiro

© Lusa   02/01/2025

O Conselho Constitucional (CC) de Moçambique fixou hoje, oficialmente, o dia 15 de janeiro para a tomada de posse do novo Presidente da República, que sucede a Filipe Nyusi, indica uma deliberação distribuída hoje por aquele órgão.

Em 23 de dezembro, o CC, última instância de recurso em contenciosos eleitorais, proclamou Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), como vencedor da eleição a Presidente da República, com 65,17% dos votos, sucedendo no cargo a Filipe Nyusi, bem como a vitória da Frelimo, que manteve a maioria parlamentar, nas eleições gerais de 09 de outubro. 

Daniel Chapo, apontado pela Frelimo como uma "proposta jovem" e que vai ser o primeiro chefe de Estado nascido após a independência, assumirá a Presidência moçambicana no ano em que o país assinala 50 anos de independência, um período marcado, entretanto, pela maior contestação aos resultados eleitorais desde as primeiras eleições, 1994.

A sua eleição é, contudo, contestada nas ruas e o anúncio do CC aumentou o caos que o país vive desde outubro, com manifestantes pró-Venâncio Mondlane -- candidato que segundo o Conselho Constitucional obteve apenas 24% dos votos mas que reclama vitória -- em protestos a exigirem a "reposição da verdade eleitoral, com barricadas, pilhagens e confrontos com a polícia, que tem vindo a realizar disparos para tentar a desmobilização.

Confrontos entre a polícia os manifestantes já provocaram quase 300 mortos e mais de 500 pessoas feridas a tiro, segundo organizações da sociedade civil que acompanham o processo.

Além de Venâncio Mondlane, apoiado pelo partido Podemos, no percurso até à Ponta Vermelha (Residencial oficial do Presidente da República), Chapo enfrentou nas eleições de 09 de outubro Ossufo Momade (que obteve 6,62%), líder e apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal força de oposição, e Lutero Simango (que teve 4,02%), suportado e presidente do Movimento Democrático de Moçambique.

Mondlane, que lidera a contestação a partir do estrangeiro, afirmou, num dos seus diretos na sua rede social Facebook, que vai tomar posse no dia 15 de janeiro e, ainda hoje, vai anunciar, com detalhes, a próxima fase das manifestações, designada "Ponta de Lança".


Kyiv diz que Rússia usou como recrutas até 180.000 presidiários

© Lusa  02/01/2025

Os serviços de informações ucranianos estimam entre 140.000 e 180.000 os presidiários russos utilizados como soldados na linha da frente da invasão da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.

De acordo com o Serviço de Informações Estrangeiras da Ucrânia (SZRU), que citou dados até novembro do ano passado, "a Federação Russa recrutou entre 140 mil e 180 mil pessoas que cumpriam penas por crimes nas prisões russas para participarem na guerra". 

"No total, havia entre 300.000 e 350.000 prisioneiros nas colónias e prisões russas em 2024. Este número é metade do de 2014. A razão para esta diminuição é a guerra russo-ucraniana", acrescentou o SZRU em comunicado.

O relatório recorda que, na Rússia, a partir de 01 de janeiro de 2025, passa a ser cancelado "o pagamento único em dinheiro aos prisioneiros pela assinatura de um contrato com o Ministério da Defesa" para "participar na guerra contra a Ucrânia", o que foi interpretado no SZRU como "prova do agravamento da crise na economia russa e da escassez de recursos financeiros".

Anteriormente, os reclusos recebiam um pagamento único de 1.718 dólares (cerca de 1.660 euros) pelo contrato, segundo os serviços de informações ucranianos.

Em julho de 2024, o valor do pagamento aumentou para 3.524 dólares (cerca de 3.410 euros), assinala o SZRU, explicando que o salário destes combatentes é "duas a quatro vezes inferior à dos outros ocupantes".


Serviço Nacional de Proteção Cívil e Bombeiros, aconselha população em geral para prevenir dos incêndios nesta época de seca

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Radio TV Bantaba

Cidade chinesa investiga denúncias de tráfico de bebés por funcionária hospitalar

© All Rights Reserved/Pixabay/Pexels   Lusa  02/01/2025 

A empregada de limpeza de um hospital de Datong, no noroeste da China, é acusada de organizar a venda de recém-nascidos, com a colaboração de um médico, informou hoje a imprensa estatal.

As autoridades de Datong abriram uma investigação e prometeram "lidar seriamente com quaisquer questões ilegais ou disciplinares", informou a televisão estatal CCTV. 

O caso foi inicialmente denunciado à polícia por um defensor da luta contra o tráfico de seres humanos, conhecido pelo nome de Shangguan Zhengyi. Numa publicação nas redes sociais, o denunciante disse que recebeu informações sobre uma empregada de limpeza do Hospital Popular N.º 1 de Datong que estava a arranjar compradores para bebés.

O departamento de obstetrícia do hospital é o maior da província de Shanxi, com seis enfermarias e 207 camas, de acordo com o portal oficial da entidade hospitalar. No ano passado, realizou 12.700 partos - cerca de 40% dos partos em Datong.

Shangguan foi à paisana falar com a empregada de limpeza, de apelido Wang.

A mulher enviou-lhe uma mensagem a 5 de novembro a dizer que a parente de uma amiga estava prestes a dar à luz um rapaz e que venderia o bebé por um mínimo de 85.000 yuan (11.270 euros). Também perguntou a Shangguan se gostaria de conhecer a família.

Poucos dias depois, o ativista viajou para Datong e conheceu Wang, para conquistar a sua confiança, explicou nas redes sociais. A funcionária disse que trabalhou no hospital durante vários anos e que arranjou compradores para pessoas que não queriam manter os seus filhos, lê-se na mesma publicação.

No início de dezembro, Wang disse a Shangguan que foi despedida devido ao envolvimento na venda de recém-nascidos. Wang pediu a Shangguan que não a voltasse a contactar.

Em 27 de dezembro, Shangguan denunciou o caso à polícia de Datong.

Segundo o jornal oficial Global Times, em maio de 2022, o bebé de uma rapariga de 15 anos foi vendido a um casal. A rapariga usou a identidade do comprador para o processo de admissão no hospital. Um médico terá colaborado na venda do recém-nascido e falsificação de documentos.

Num outro caso citado pela revista chinesa South Reviews, Wang organizou a venda de uma menina que nasceu no hospital a 17 de dezembro. A mãe queria 75.000 yuan (10.000 euros) pelo bebé e Wang cobrou ao comprador 105.000 yuan (14 mil euros).

De acordo com a lei penal chinesa, quem trafica e vende mulheres ou crianças pode ser condenado a mais de cinco anos de prisão, ou a prisão perpétua ou morte em circunstâncias graves. Aqueles que compram mulheres ou crianças podem ser condenados a uma pena de prisão até três anos.

Shangguan registou vários casos de tráfico de mulheres e crianças nos últimos anos.

Em 2023, depois de o denunciante ter informado a polícia e a imprensa, três antigos funcionários do setor da saúde foram condenados a penas de prisão pelo seu papel num caso de roubo de cerca de 5.000 certidões de nascimento na província de Henan.

De acordo com Shangguan, as certidões de nascimento foram vendidas noutras províncias, o que permitiu às pessoas obterem documentos de registo de residência, para crianças de origem desconhecida.

Na China, o registo de residência é fundamental para obter acesso a serviços públicos com base no local de nascimento e é essencial para que as crianças sejam vacinadas, frequentem a escola ou recebam apoios sociais.


Leia Também: Com o começo do novo ano, a 1 de janeiro, surge uma nova geração - a Geração Beta - que inclui os bebés nascidos em 2025. Este ano marca o fim da geração predecessora, a Alpha, e o início da nova que surgirá entre os anos 2025 e 2039.


Geração Beta: Bebés nascidos em 2025 inauguram uma nova geração - a Geração Beta

© Shutterstock  Notícias ao Minuto  02/01/2025

Em linha com o alfabeto grego, a Geração Beta segue-se à Alpha. Esta nova geração vai nascer entre os anos 2025 e 2039.

Com o começo do novo ano, a 1 de janeiro, surge uma nova geração - a Geração Beta - que inclui os bebés nascidos em 2025. Este ano marca o fim da geração predecessora, a Alpha, e o início da nova que surgirá entre os anos 2025 e 2039.

Será a sétima geração desde que começaram a ser batizadas, em 1901, com a Geração Grandiosa.

Os da Beta serão os filhos dos 'millennials' mais novos e de membros mais velhos da Z, segundo a empresa de demografia McCrindle, citada pela CBS.

As gerações são normalmente definidas como grupos de pessoas de um período de tempo específico que têm experiências culturais, sociais e históricas em comum. Muitas vezes moldadas por grandes eventos, tecnologias e transformações sociais, essas experiências partilhadas influenciam as atitudes, valores e comportamentos de cada geração.

Enquanto os membros da Geração Alpha familiarizaram-se com a tecnologia inteligente e as primeiras interações com a inteligência artificial, McCrindle diz que a Geração Beta vai experienciar o uso da inteligência artificial e automação em todos os aspetos da vida, mais do que as gerações anteriores.

A Geração Beta vai herdar um mundo que enfrenta grandes desafios sociais, explica a empresa, e elabora numa nota: "Com as alterações climáticas, as mudanças populacionais globais e a rápida urbanização, a sustentabilidade não será apenas uma preferência, mas uma expectativa. Esta geração será criada por pais da geração Millennial e da geração Z mais velha, muitos dos quais vão dar prioridade à adaptabilidade, à igualdade e à consciência ecológica ao criar os seus filhos".

Espera-se que até 2035 a Geração Beta represente 16% da população global e que muitos dos seus membros vivam até ao século XXII (os bebés nascidos em 2025 terão 76 anos em 2101).

Recorde as gerações abaixo:

  • Geração Grandiosa - 1901-1927
  • Geração Silenciosa - 1928-1945
  • Baby Boomers - 1946-1964 
  • Geração X - 1965-1979
  • Geração Y (Millennials) - 1980-1994
  • Geração Z - 1995-2009
  • Geração Alpha - 2010-2024
  • Geração Beta - 2025-2039