sexta-feira, 1 de setembro de 2023

GABÃO: União Africana exige "libertação imediata" do Presidente deposto do Gabão

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POR LUSA  01/09/23 

A União Africana (UA) exigiu hoje a "libertação imediata" do Presidente deposto do Gabão, Ali Bongo Ondimba, que se encontra em prisão domiciliária desde o golpe de Estado levado a cabo na passada quarta-feira pelos militares.

O Conselho de Paz e Segurança (CPS) da organização exigiu através de uma declaração emitida a partir da sede da UA em Adis Abeba, "a libertação imediata e a garantia dos direitos humanos, da integridade pessoal, da segurança e da saúde do Presidente Ali Bongo Ondimba, dos membros da sua família e dos membros do seu Governo".

O CPS condenou ainda "qualquer detenção politicamente motivada nestas circunstâncias" e sublinhou "a importância de garantir que todos os presos políticos sejam tratados no sistema judicial, tal como previsto na legislação do país".

No comunicado, em que se divulga as decisões tomadas na reunião de urgência do Conselho para analisar a crise no Gabão, realizada na quinta-feira em Adis Abeba, reitera que a UA, tal como já tinha dito, suspendeu o Gabão como membro da organização pan-africana "até ao restabelecimento da ordem constitucional".

O CPS apelou "ao restabelecimento imediato da ordem constitucional através da realização de eleições livres, justas, credíveis e transparentes, que deverão ser observadas pela União Africana e pela Missão Regional de Observação Eleitoral".

Exigiu igualmente que "os militares regressem imediatamente aos quartéis e devolvam incondicionalmente o poder às autoridades civis, respeitem o seu mandato constitucional e o princípio do constitucionalismo e se abstenham de qualquer interferência no processo político no Gabão".

Caso contrário, a UA advertiu que poderá vir a tomar "as medidas necessárias, incluindo a imposição de sanções específicas contra os autores do golpe de Estado".

O CPS também pediu à Comissão da União Africana (secretariado da organização) que envie uma missão de alto nível ao Gabão "com o objetivo de lançar as bases para a transferência imediata do poder para um Governo liderado por civis e democraticamente eleito".

Um grupo de militares gaboneses tomou o poder na quarta-feira, alegando que as eleições realizadas no passado sábado dia 26 - que deram a vitória a Ali Bongo mas foram contestadas pela oposição - não foram transparentes, credíveis ou inclusivas, e acusando o executivo de governar de forma "irresponsável e imprevisível", deteriorando assim a "coesão social".

Os golpistas colocaram Ali Bongo em prisão domiciliária por "alta traição às instituições do Estado" e "desvio massivo de fundos públicos", entre outros crimes, e anunciaram a nomeação do general Brice Oligui Nguema, comandante da Guarda Republicana, como novo "presidente de transição".

A família de Ali Bongo Ondimba - que se tornou presidente após a morte do seu pai, Omar Bongo, em 2009 - está no poder desde 1967.

O golpe de Estado no Gabão, uma das potências petrolíferas da África subsaariana, é o segundo a ocorrer em África em pouco mais de um mês, depois de o exército ter tomado o poder no Níger, em 26 de julho.

O Gabão juntou-se assim à lista de países palcos de golpes de Estado bem-sucedidos nos últimos três anos, que, para além do Níger, inclui o Mali (agosto de 2020 e maio de 2021), a Guiné-Conacri (setembro de 2021), o Sudão (outubro de 2021) e o Burkina Faso (janeiro e setembro de 2022).



Leia Também: Gabão. Partido da oposição reclama vitória nas eleições presidenciais

GUERRA NA UCRÂNIA: Rússia incorpora mísseis intercontinentais Sarmat no arsenal de combate

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POR LUSA   01/09/23 

A Rússia anunciou hoje a ativação para potencial uso em combate do sistema de mísseis balísticos intercontinentais Sarmat, capaz de transportar uma dezena de ogivas nucleares.

Em junho, o Presidente russo, Vladimir Putin, já tinha anunciado que estes novos mísseis seriam em breve formalmente incorporados na lista de opções das Forças Armadas.

Hoje, o chefe da agência espacial russa Roscosmos, Yuri Borisov, confirmou que este sistema já está pronto para combate, segundo avançou a agência Interfax.

As forças russas conduziram o primeiro teste deste míssil balístico intercontinental em abril de 2022 e pretendem produzi-lo em série numa fábrica em Krasnoyarsk.

Com um alcance de entre 17.000 e 18.000 quilómetros, este sistema de mísseis é considerado uma peça-chave do arsenal de armas da Rússia, capaz de atingir alvos em toda a Europa e até atingir o território dos Estados Unidos.

Moscovo iniciou em fevereiro de 2022 uma ofensiva militar no território ucraniano, naquela que é considerada a crise de segurança mais grave na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Ucrânia. Ano letivo arranca com ameaças de bomba em escolas de Kyiv

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POR LUSA  01/09/23 

As autoridades ucranianas receberam hoje ameaças de bombas em escolas de Kyiv, no primeiro dia do novo ano letivo na Ucrânia, com aulas presenciais, à distância ou em formato híbrido para quase quatro milhões de alunos.

"Recebemos informações sobre a presença de bombas em escolas de Kyiv (...) Todos os estabelecimentos de ensino são controlados pelas forças policiais" na capital ucraniana, disse a polícia nas redes sociais, citada pela agência francesa AFP.

Trata-se do segundo ano letivo em que as aulas decorrem num ambiente de guerra, iniciada com a invasão do país pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Apesar de os combates ocorrerem no leste e no sul da Ucrânia, as principais cidades longe da linha da frente são também regularmente atingidas por mísseis russos ou ataques de 'drones' (aparelhos sem tripulação).

"A nação preservou a possibilidade de as crianças frequentarem as escolas ucranianas", congratulou-se hoje o chefe da administração presidencial ucraniana, Andrii Iermak, numa mensagem nas redes sociais.

Segundo Iermak, 3.750 escolas foram destruídas "por mísseis e bombas russas" desde o início do conflito.

Nalgumas grandes idades, foram construídos abrigos subterrâneos para permitir que os professores continuem as aulas em caso de alertas aéreos de possíveis bombardeamentos.

"As crianças em idade escolar e os professores são obrigados a adaptar-se a estas realidades. Mas o mais importante é que as nossas crianças estudem", declarou o comandante-chefe do exército ucraniano, Valery Zaloujny, também nas redes sociais.

"O conhecimento e a cultura são o que nos distingue do inimigo. São estes os pilares sobre os quais assenta a frente atual e sobre os quais será construído o futuro do nosso país", acrescentou.

Desde o início de junho, o exército ucraniano tem vindo a conduzir uma contraofensiva no sul e no leste da Ucrânia, numa tentativa de retomar os territórios ocupados pelas forças de Moscovo.

A Ucrânia tem contado com apoio financeiro e em armamento dos aliados ocidentais, que também decretaram sanções contra Moscovo para tentar diminuir a capacidade russa financiar o esforço de guerra.

Desconhece-se o número de baixas civis e militares da guerra, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.


Qual é exatamente a força do exército russo?


Considerado a quinta maior força militar do mundo, o exército russo não tem sido tão bem sucedido na Ucrânia como o Presidente Vladimir Putin inicialmente esperava quando invadiu o país há um ano e meio. A Voz da América conversou com especialistas americanos sobre a força militar da Rússia.👇

Por voaportugues.com

Por Quemo Dabo  Rádio Capital Fm  01.09.2023

O Presidente da Federação Nacional de Associação dos Condutores, Caram Lamine Cassama, exortou ás autoridades  nacionais a eliminar as barreiras não tarifadas na Guiné-Bissau.

Observações registadas esta quinta-feira, no ato da entrega de camisolas e chapéus destinadas aos condutores de camiões das mercadorias, contentores e cisternas por parte do Conselho Nacional de Carregadores da Guiné-bissau.

Decreto Presidencial N*55/2023: É nomeado o Major-General Horta Inta-a, Chefe de Estado Maior particular do Presidente da Republica.

Decreto Presidencial N* 56/2023: 

É nomeado Major-General Tomás Djassi, Comandante de Segurança Presidencial.

Fonte: Presidência da República da Guiné-Bissau  Bissau: 01.09.2023




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POR LUSA   01/09/23 

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo, nomeou hoje o general Horta Inta-A chefe do Estado-Maior particular da presidência da República, um dia após este ter sido exonerado pelo Governo das funções de comandante da Guarda Nacional.

Através de um decreto presidencial, Sissoco Embalo invocou a alínea z do artigo 68º, conjugado com o artigo 70º, da Constituição da Guiné-Bissau, para nomear o major-general Horta Inta-A.

A alínea z da Constituição guineense refere que são atribuições do Presidente da República "exercer as demais funções que lhe forem atribuídas pela Constituição e pela lei" e o artigo 70º indica que no exercício das suas funções, o Presidente da República profere decretos presidenciais.

A figura de Chefe do Estado-Maior particular da presidência da República existe nos países africanos francófonos e na Guiné-Bissau é a primeira vez que é nomeada por um chefe de Estado.

O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau é o tenente-general Biague Na N'Tan, nomeado em 2014, pelo então Presidente guineense, José Mário Vaz, e reconduzido em agosto de 2020, pelo atual chefe de Estado, Umaro Sissoco Embalo.

No mesmo dia que é nomeado o general Horta Inta-A para as funções de Chefe do Estado-Maior particular, o Presidente guineense chamou para as funções de Comandante de Segurança Presidencial o general Tomás Djassi.

Este responsável foi exonerado pelo Governo do cargo de Comissário Nacional da Polícia de Ordem Pública, na quinta-feira.


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Ucranianos dizem que ataque a aeroporto russo foi lançado da Rússia

© YURIY DYACHYSHYN/AFP via Getty Images

POR LUSA   01/09/23 

O ataque com 'drones' que teve como alvo nesta semana o aeroporto de Pskov, no noroeste da Rússia, foi lançado a partir do território russo, declarou o responsável dos serviços de informação da Ucrânia.

"Os 'drones' usados para atacar a base aérea de Kresty, em Pskov, foram lançados de dentro da Rússia", disse Kyrylo Budanov na rede social Telegram, divulgando ainda o endereço na internet do portal The War Zone, ao qual concedeu uma entrevista.

"Operámos a partir do território da Rússia", afirmou o responsável dos serviços de informação ucranianos durante a entrevista.

Segundo o portal, o responsável não quis dizer se foi uma operação levada a cabo pelos seus homens ou por russos a agir em nome de Kyiv.

Budanov afirma ainda que "dois [aviões militares russos] foram destruídos e outros dois seriamente danificados".

O portal The War Zone também divulgou imagens de satélite a mostrar aviões totalmente destruídos.

Os 'drones' atingiram o aeroporto de Pskov durante a noite de terça-feira para quarta-feira, numa região no noroeste da Rússia, que faz fronteira com a Estónia, Letónia e Bielorrússia.

Questionado sobre o local de onde foram lançados estes aparelhos não tripulados, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, limitou-se a dizer na quarta-feira que "especialistas militares estão a trabalhar para estabelecer a rota dos 'drones' para tomar medidas que não permitam a repetição de tais situações".

Se os 'drones' têm como alvo muito regular as regiões russas que fazem fronteira com a Ucrânia e a Rússia, mas os ataques no extremo norte, a cerca de 700 ou 800 quilómetros, são raros.

Na semana passada, um ataque semelhante teve como alvo um campo de aviação na região vizinha de Novgorod, destruindo ou danificando pelo menos uma aeronave militar.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou no final de julho que a guerra esteja "a chegar ao território da Rússia", sem reivindicar operações realizadas a partir do território russo.



Leia Também: Guerra da Ucrânia? Portugal está do "lado certo da História"

Reunião Aberta do Ministério das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo

Por Assessora de imprensa Mariama Florenca Iyere.  01/09/23 

Video/fotos: Tuti Vitoria Iyere

O Gabinete do Ministério das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo realizou hoje, sexta-feira, 1º de setembro de 2023, uma Reunião Aberta para expor ao senhor Ministro, 
IIdelfonso Duarte Pinto, os desafios e problemas estruturais que afetam a capacidade de resposta dos differentes departametos e serviços técnicos e demais assuntos de pertinência para o funcionamento do Ministério.


VOLODYMYR ZELENSKY: "Não haverá paz sustentável" sem devolução dos territórios à Ucrânia

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Notícias ao Minuto   01/09/23 

O presidente da Ucrânia defendeu que "haveria uma situação de caos permanente e insustentável" e lembrou o caso da península da Crimeia, que "atraiu turistas e negócios" e é "agora um território ocupado e militarizado".

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, considerou, esta sexta-feira, que "não haverá paz sustentável" se os territórios anexados pela Rússia não forem devolvidos. Num discurso, por videoconferência, no Fórum Ambrosetti, que decorre em Cernobbio, Itália, o chefe de Estado ucraniano alertou que "haveria uma situação de caos permanente".

"Não haverá paz sustentável na Ucrânia e, portanto, nem mesmo na Europa", referiu Zelensky, citado pela estação italiana RAI 1. "Vejam o que aconteceu na Crimeia. A ocupação trouxe civilização, turismo, negócios? Nada disso".

O presidente ucraniano lembrou ainda que "a Ucrânia e todos os países que se referem ao direito internacional não reconhecem que a Crimeia pertence à Federação Russa, nem mesmo as empresas o reconhecem".

"Haveria uma situação de caos permanente e insustentável", alertou, acrescentando, contudo, que "é o que a Rússia quer". "Uma península que atraiu turistas e negócios é agora um território ocupado e militarizado e não pode crescer", lamentou.

Neste sentido, Zelensky voltou a defender que existem dois caminhos para a paz: diplomático e militar. "As tropas russas deveriam deixar a península sem pressão, para salvaguardar vidas: tal como cuidados do nosso povo, Putin deveria pensar no seu", atirou.

Zelensky considerou que o presidente russo, Vladimir Putin, é "incapaz de respeitar as suas promessas e as suas palavras" e, por isso, "é impossível negociar" e a morte do líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, mostra que "não se pode confiar" em Putin. 

"Não estamos preocupados que um terrorista tenha sido morto, mas este ano significa que não podemos confiar em Putin e nas suas palavras", explicou.

"Se é verdade que Putin matou Prigozhin, ele está a revelar-nos ainda mais a sua fraqueza. Mesmo sendo um terrorista, ele fez o que Putin lhe disse para fazer", acrescentou, lembrando a rebelião falhada de Prigozhin contra o Kremlin, nomeadamente o Ministério da Defesa. 

"Putin tentou marchar sobre Moscovo, o que significa que Putin foi incapaz de defender o seu estado. Isso é fraqueza. A marcha de Prigozhin em direção a Moscovo significa que nem todas as forças estavam sob o comando de Putin", considerou. 

Após o fim da rebelião, que durou cerca de 24 horas, Prigozhin e Putin chegaram a um acordo, mediado pelo presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko. No entanto, para Zelensky, Putin "primeiro fez promessas e depois matou-o". "Isto mostra quão fracas são as suas palavras", atirou.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que quase dez mil civis morreram e mais de 16 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.



Leia Também: Relatora da ONU contra a tortura na segunda-feira em Kyiv para uma visita

Rússia interceta novo drone que se aproximava de Moscovo

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POR LUSA   01/09/23 

A Rússia intercetou hoje mais um drone que se aproximava de Moscovo, informou o presidente da Câmara da capital russa, que na véspera disse estarem a ser instalados novos sistemas de defesa aérea, juntamente com o Ministério da Defesa.

"Hoje, as forças de defesa aérea perto de Liubertsy impediram outra tentativa de lançar um drone em direção a Moscovo. Não houve vítimas nem danos preliminares. Os serviços de emergência estão no local", afirmou Sergey Sobyanin, na plataforma de mensagens Telegram.

Os ataques com drones contra Moscovo tornaram-se quase diários nas últimas semanas.

O atentado de hoje provocou o atraso de 58 voos nos aeroportos da capital, de acordo com a agência de notícias oficial TASS.

Os voos que deveriam aterrar nos aeroportos de Vnukovo e Domodedovo tiveram de ser desviados para outros aeroportos, como Serhemetevo, nos arredores da capital, e Nizhny Novogorod, a 460 quilómetros de Moscovo.


Leia Também: Ataques na Crimeia? "Oportunidade de agir contra todos os países da NATO"

CHINA: Venda de armas dos EUA a Taiwan? "Viola princípio de 'uma só China'"

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POR LUSA   01/09/23 

O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês alertou hoje que a venda de equipamento militar dos Estados Unidos a Taiwan, sob um programa reservado habitualmente a nações soberanas, viola o princípio de "uma só China" e acordos com Washington.

O Departamento de Estado notificou esta quarta-feira o Congresso norte-americano sobre a aprovação da venda, referindo que o material "será usado para fortalecer as capacidades de autodefesa de Taiwan"

O pacote representa apenas 80 milhões de dólares (cerca de 73 milhões de euros) dos 2.000 milhões de dólares (1.830 milhões de euros) que o Congresso reservou para este programa, mas as implicações da utilização do chamado programa de 'financiamento militar estrangeiro' (FMF, na sigla em inglês) antecipa conflitos com a China.

A diplomacia chinesa condenou imediatamente a medida, classificando-a como uma violação dos compromissos dos EUA no âmbito da sua política de "uma só China" e de uma série de acordos subsequentes nos quais Washington se comprometeu a não apoiar a independência de Taiwan.

"Isso viola gravemente o princípio de 'uma só China' e as estipulações dos três acordos China-EUA", sublinhou hoje o porta-voz do ministério, Wang Wenbin, em declarações aos jornalistas em Pequim.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.

Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.

As autoridades dos EUA foram rápidas a esclarecer que o fornecimento de financiamento através do FMF a Taiwan não representava uma mudança de política face à ilha.

Dois responsáveis norte-americanos referiram hoje à agência Associated Press (AP) que "há anos que os Estados Unidos fornecem equipamento militar pelo programa 'vendas militares estrangeiras (FMS, na sigla em inglês) a Taiwan".

"O FMF simplesmente permite que nações parceiras elegíveis comprem artigos, serviços e treino de defesa dos EUA através do FMS ou, para um número limitado de países, através do programa de financiamento militar estrangeiro de contratos comerciais diretos (FMF/DCC)", sublinharam os responsáveis, que falaram sob a condição de anonimato.

A notificação do Departamento de Estado ao Congresso, obtida pela AP, não especifica quais equipamentos ou sistemas militares seriam pagos através do FMF, que aplica o dinheiro dos contribuintes norte-americanos para pagar o fornecimento de material a países estrangeiros.

Mas refere que entre os equipamentos e armamento possíveis estão sistemas de defesa aérea e costeira, veículos blindados, veículos de combate de infantaria, drones, mísseis balísticos e defesas cibernéticas, e equipamentos avançados de comunicações, entre outros.

Além do equipamento, o FMF também pode ser utilizado para apoiar o treino das forças militares taiwanesas.

A medida atraiu forte apoio bipartidário dos congressistas dos EUA na Câmara dos Representantes e no Senado, que sublinharam que as ações militares cada vez mais agressivas da China devem ter como resposta dos norte-americanos o apoio à defesa de Taiwan.


Ministério Público guineense investiga contrato do Governo para aquisição de arroz

Por agroportal.pt    31-08-2023

 Ministério Público guineense quer ouvir o Governo sobre os contornos de um contrato recentemente assinado com uma empresa para o fornecimento do arroz à Guiné-Bissau, disseram hoje à Lusa fontes do executivo.

Na terça-feira, o Ministério Público, enquanto advogado do Estado guineense, notificou o primeiro-ministro, Geraldo Martins, para que esclareça os motivos pelos quais o Governo firmou contrato com uma empresa privada, “sem que tenha havido um concurso público”, para o fornecimento do arroz, a partir da Índia.

As mesmas fontes do executivo adiantaram à Lusa que o assunto deverá ser analisado na reunião do Conselho de Ministros, que hoje decorre em Bissau.

O Governo guineense anunciou, no passado dia 22, ter rubricado um acordo com uma empresa privada para que passe a fornecer arroz ao país a preços favoráveis à maioria da população.

Na mesma ocasião, o primeiro-ministro guineense, Geraldo Martins, indicou que o seu Governo decidiu baixar o preço de um saco de 50 quilogramas do arroz da espécie trinca 100% partido de 22.500 francos CFA (34 euros) para 17.500 francos CFA ( cerca de 26 euros).

O arroz é a base da dieta alimentar dos guineenses e devido a um défice na produção local o país importa grande quantidade do produto do Vietname, China, Paquistão e Índia.

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Rede estudantis lamenta o baixo nível de alguns professores e o não funcionanto dos serviços da inspecção nas escolas.


Por Radio TV Bantaba

COMUNICADO DO CONSELHO DE MINISTROS ...31/08/2023



Programa Alimentar Mundial lança programa de distribuição de generos em 3 regiões do país.


A Guiné-Bissau enfrenta três formas de desnutrição que afeta as crianças no atraso de crescimento, desnutrição aguda e excesso de peso, fato que classifica o país numa escala de percaridade sobretudo nas crianças menores de 5 anos segundo o inquérito dos indicadores Múltiplos (MICS) 2019.

 Radio TV Bantaba

FAKE??? Níger. CEDEAO propõe período de nove meses para transição do poder


© Ecowas - Cedeao

POR LUSA  31/08/23 

O Presidente nigeriano, que também preside à Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), sugeriu hoje um período de nove meses para a transição do poder no Níger, tomado por militares em 26 de julho.

O Presidente Bola Tinubu deu o exemplo do que aconteceu na Nigéria no final dos anos 1990.

"O Presidente não vê razão para que isso não possa acontecer no Níger, se as autoridades militares forem sinceras", refere um comunicado divulgado pela presidência nigeriana.

As sanções impostas ao Níger pela CEDEAO não serão aliviadas sem "ajustamentos positivos" por parte dos militares em Niamey, advertiu também o presidente da organização no comunicado.

"As ações dos militares são inaceitáveis. Quanto mais cedo fizerem ajustes positivos, mais cedo reverteremos as sanções para aliviar o sofrimento que vemos no Níger", referiu.

Tinubu recordou que a Nigéria regressou ao regime civil em 1999, após um período de transição de nove meses instituído pelo general Abdulsalami Abubakar, que herdara o poder militar após a morte de Sani Abacha.

Abdulsalami Abubakar visitou o Níger em 19 de agosto, liderando uma delegação da CEDEAO, e nesse dia o líder militar do país, o general Abdourahamane Tiani, anunciou um período de transição de até três anos e alertou os países estrangeiros contra uma possível intervenção militar.

A CEDEAO disse estar pronta a usar a força para restabelecer a ordem constitucional no Níger, caso se esgotem outras vias.


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Gabão. União Africana suspende país como membro devido a golpe de Estado

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POR LUSA   31/08/23 

A União Africana (UA) anunciou hoje a suspensão com efeitos imediatos do Gabão e reiterou a condenação do golpe militar que derrubou o Presidente Ali Bongo Ondimba na quarta-feira.

O Conselho de Paz e Segurança da organização "decide suspender imediatamente a participação do Gabão em todas as atividades da UA, seus órgãos e instituições", anunciou num comunicado publicado na rede social X (ex-Twitter).

A organização "condena veementemente a tomada do poder pelos militares na República do Gabão", continua a nota.

A reunião foi presidida pelo comissário da União Africana para os Assuntos Políticos, o nigeriano Bankole Adeoye, e pelo atual titular da presidência rotativa do Conselho, o burundiano Willy Nyamitwe.

Na quarta-feira, o presidente da comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, tinha já condenado "firmemente" o que descreveu como "a tentativa de golpe" no Gabão, um país centro-africano rico em petróleo, governado há mais de 55 anos pela família Bongo.

Os soldados golpistas anunciaram esta quarta-feira que "puseram fim ao regime em vigor" no Gabão e colocaram em prisão domiciliária o Presidente, Ali Bongo Ondimba, no poder há 14 anos, logo após o anúncio oficial da sua vitória nas eleições presidenciais realizadas no sábado.

Moussa Faki Mahamat apelou também ao exército gabonês e às forças de segurança para "garantirem a integridade física" de Ali Bongo Ondimba.

O golpe foi condenado por vários países, organizações e líderes internacionais, incluindo o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, e o alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell.


If I nor dance uptop of u wanting again... Qual país é o próximo?

 


Guiné-Bissau: Navio da pesca de Empresa Bissau Services em liberdade, depois do pagamento de 15 milhões de francos CFA


Radio TV Bantaba


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A Região de Gabú, conta com a nova escola da formação dos professores, nas especialidades educação infância e, ensino básico.

Trata-se Instituto Superior Politécnico denominado “Futuro Melhor”, leciona nas regiões, Gabú, Bafatá e, Bolama dos Bijagós, com grau de formação Barcherlato.

 Radio Voz Do Povo

O Novo Presidente da Câmara Municipal de Bissau, Júlio César Nosoliny recebe gabinete nas mãos do Presidente Cessante José Medina Lobato


 Radio Voz Do Povo 

NÍGER: Junta militar expulsa embaixador francês do Níger

© Balima Boureima/Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA    31/08/23 

A junta militar que lidera o Níger revogou a imunidade diplomática do embaixador da França e ordenou à polícia para o expulsar do país, no final das 48 horas de aviso, que terminaram na segunda-feira.

De acordo com um comunicado, citado pela agência norte-americana Associated Press, o Ministério dos Negócios Estrangeiros alerta que o embaixador Sylvain Itte "já não tem os privilégios e as imunidades anexadas ao seu estatuto de membro do corpo diplomático da embaixada".

O prazo para a saída do embaixador tinha terminado no dia 28, mas a França não mandou retirar o embaixador, dado que não reconhece oficialmente a junta militar que está a governar o Níger.

O Presidente da França, Emmanuel Macron, disse que o embaixador iria permanecer no seu posto, e criticou duramente os líderes do golpe militar, insistindo que a França não é inimiga do país africano.

Desde que retiraram o Presidente do Níger, Mohamed Bazoum, do poder, os líderes da junta militar têm endurecido o discurso contra a antiga potência colonial, com manifestantes a cantarem "Abaixo a França", muitas vezes em protestos mesmo em frente à base militar francesa na capital, Niamey.

O Níger vive uma crise política desde 26 de julho, quando uma junta militar - autodenominada Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP), liderada pelo antigo chefe da Guarda Presidencial, general Abdourahamane Tiani - depôs o Presidente eleito, Mohamed Bazoum (que se encontra em prisão domiciliária desde então), e suspendeu a Constituição.

O golpe de Estado foi condenado pela comunidade internacional e pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que decretou duras sanções económicas e comerciais contra o Níger (membro do bloco antes de ser suspenso) e ameaçou com uma ação militar contra os golpistas para restabelecer a ordem constitucional.



Leia Também: Chefes da diplomacia dos 27 analisam apoio à Ucrânia e golpes em África

UE insiste que plano de paz de Zelensky foi o "único que ganhou tração"

© PIERRE-PHILIPPE MARCOU/AFP via Getty Images

POR LUSA   31/08/23 

O alto-representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros insistiu hoje que o plano de paz do Presidente da Ucrânia foi o "único que ganhou tração" e apelou à sua adoção por mais países para isolar Moscovo.

"Éo único [plano] que ganhou tração e é o único que está a ser discutido", disse Josep Borrell, em conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha, José Manuel Albares, no final de uma reunião dos governantes com a pasta da diplomacia dos 27, em Toledo (Espanha).

O chefe da diplomacia europeia reconheceu que "houve muitos outros, da China, do Brasil, da África do Sul", mas "nenhum deles tem palco", apenas o plano apresentado por Volodymyr Zelensky e que já foi "discutido na Arábia Saudita".

Na ótica de Borrell, o plano ucraniano para acabar com o conflito que dura há mais de ano e meio é o único passível de "construir uma paz justa na Ucrânia".

E pelo mundo fora, continuou o alto-representante, já são muitos os países que "coincidem na perceção de que Putin, com a sua agressão, não está apenas a prejudicar a Ucrânia, mas também países a milhares de quilómetros de distância".

"Agora podemos vê-los a culpar a Rússia", completou, referindo-se ao fim do acordo do Mar Negro para exportação de cereais ucranianos, 'rasgado' pelo Kremlin no dia 17 de julho e cujo fim tem consequências em vários países de África e da região do Médio Oriente.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, participou na reunião de Toledo presencialmente.

Josep Borrell disse que os 27 discutiram também com Kuleba o programa de cinco mil milhões de euros anuais, integrado no Mecanismo Europeu de Apoio à Paz (MEAP), entre 2024 e 2027.

O pacote específico para ajudar a Ucrânia a enfrentar a invasão russa continua a ser bloqueado pela Hungria.

Budapeste 'bateu o pé' por causa da inclusão do banco OTP na 'lista negra' de patrocinadores da guerra na Ucrânia.

Em declarações à Lusa e à RTP, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, afirmou que houve avanços quanto ao programa, mas, apesar de ser consensual a importância deste apoio, ainda não foi possível resolver a divergência entre Kiev e Budapeste.



Leia Também: Zelensky poderá deslocar-se à sede da ONU em setembro

A Frente Social dos Sindicatos da Educação e Saúde da Guiné-Bissau apela a uma intervenção urgente do novo Executivo para melhorar os indicadores nos setores da educação e saúde na Guiné-Bissau.


Em conferência de imprensa, o porta-voz, Ioio João Correia, pede ao governo a priorizar esses sectores vitais para o 
desenvolvimento do pais.

Por Mussa Danso   Rádio Capital Fm  31.08.2023 

Saúde Pública - ”A importação de medicamentos pela Farmácia Sónia faz-se em respeito as regras da Inspecção Geral da Saúde”, diz porta-voz da empresa


Bissau, 31 ago 23(ANG) – O porta-voz e responsável das relações públicas da Farmácia Sónia Lda, diz  que a empresa obedece as regras de conservação  de medicamentos estabelecidas pela Inspecção Geral da Saúde Pública cada vez que importa medicamentos.

Malick Kamará reagia a uma denúncia do  Secretário-geral da Associação de Consumidores de Bens e Serviços(Acobes),Bambo Sanhá, segundo a qual os medicamentos importados chegam em contentores, ou são conservados em armazéns,  sem aparelhos de ar condicionado, pondo em perigo a saúde humana.

Sanhá, em conferência de imprensa, pediu  ao novo Governo para controlar  a entrada de medicamentos no país.

Em declarações exclusiva hoje à ANG, sobre a denúncia da Acobes, o porta voz da Farmácia Sónia Lda, uma das vencedoras do concurso para a importação de medicamentos, disse que todos os seus armazéns  de medicamentos são climatizados.

 Kamará afirmou que a única dificuldade que poderão enfrentar deverá estar relacionado a  abertura de sucursais nas regiões, onde há carência da luz elétrica.

Disse que, cada vez que detectarem nos armazéns medicamentos fora de prezo  estes são imediatamente incinerados na presença dos responsáveis da Inspecção Geral de Saúde.

“Mas a Farmácia Sónia está a estudar os mecanismos para ultrapassar essa eventual falta de luz elétrica, até ao final do ano, altura em que pretende abrir  sucursais no interior concretamente numa das localidades do sul do país”, salientou.

Perguntado sobre a proveniência dos seus medicamentos importados, Malick Kamará disse que a maioria vem da Índia e China, frisando que estão em negociação com os parceiros portugueses para a aquisição de medicamentos. 

ANG/ÂC//SG

"O ex-presidente do Gabão, Omar Bongo, tinha 70 contas bancárias, 39 apartamentos, 2 Ferraris, 6 carros Mercedes Benz, 3 Porsches e um Bugatti em França.

Governou por 42 anos (de 1967 a 2009).

O seu filho, Ali Bongo, é presidente desde 2009.

Ele acaba de ser derrubado por um golpe de Estado.

O presidente deposto do Gabão, Ali Bongo, certa vez importou neve da Europa para o Palácio Presidencial, para que a sua família pudesse ter um Natal com neve.

33,4% da população do Gabão vive na pobreza, apesar do país ser rico em petróleo e de ter uma população de apenas 2,4 milhões de pessoas.

- O pai de Ali Bongo governou o Gabão durante 42 anos

- O filho substituiu o pai e governa desde 2009

- Mesmo depois desses anos todos de desgovernação, esse sujeito ainda quer mais 5 anos de poder presidencial 

- Apesar da sua saúde frágil depois de sofrer em 2018 um ataque vascular cerebral, Ali Bongo insiste em decidir a vida de milhões de pessoas, candidatando a sua própria sucessão, contra a constituição que foi alterada para acomodar o seu desejo insaciável de poder, apesar de saber que não se encontra em boa forma física

- Foi preciso um golpe militar para removê-lo

- África está a levantar-se contra a ditadura;

Togo pode ser o próximo, de filhos de ditadores que herdam o poder através do pai ou através de eleições dominadas pelas instituições tendenciosas criadas durante os governos dos seus pais corruptos e destrutivos!"

Via Jose Muhongo  Por Tribo Banto Áfrika


GABÃO: General toma posse 2.ª-feira como "presidente de transição" no Gabão

© AFP via Getty Images

POR LUSA   31/08/23 

O novo homem forte do Gabão, general Brice Oligui Nguema, que derrubou na quarta-feira o presidente, Ali Bongo Ondimba, tomará posse como "presidente de transição" na segunda-feira, perante o Tribunal Constitucional, anunciaram hoje os militares golpistas.

A junta militar gabonesa anunciou igualmente a "criação progressiva de instituições de transição" e prometeu que o país respeitará todos os seus "compromissos externos e internos".

"O presidente de transição será empossado perante o Tribunal Constitucional na segunda-feira, 04 de setembro de 2023, na Presidência da República", anunciou no canal estatal de televisão Gabon 24 o coronel Ulrich Manfoumbi Manfoumbi, porta-voz do Comité de Transição e Restauração das Instituições (CTRI), que reúne todos os comandantes das forças armadas gabonesas.

O general Oligui também "decidiu (...) o estabelecimento progressivo das instituições de transição" e "deu instruções a todos os secretários-gerais, gabinetes ministeriais, diretores-gerais e a todos os responsáveis dos serviços do Estado para que assegurem o reinício efetivo imediato do trabalho e a continuação do funcionamento de todos os serviços públicos", acrescentou o porta-voz.

A principal plataforma da oposição gabonesa, Alternância 2023, apelou às forças militares que derrubaram o presidente Ali Bongo Ondimba para concluírem a contagem dos boletins de voto, a fim de reconhecerem a "vitória" do seu candidato, Albert Ondo Ossa, 69 anos, ex-ministro do pai de Ali - Omar Bongo - entre 2006 e 2009.

A Alternância 2023 também "convidou as forças de defesa e segurança a discutir a situação num quadro patriótico e responsável e a encontrar, entre os gaboneses, a melhor solução" para "permitir que o país saia mais forte desta situação".

O Conselho de Paz e Segurança da União Africana (UA) reuniu-se hoje para analisar a situação no Gabão, anunciou a organização continental em comunicado.

A reunião, que está a decorrer, é presidida pelo comissário da UA para os Assuntos Políticos, o nigeriano Bankole Adeoye, e pelo atual detentor da presidência rotativa do Conselho, o burundiano Willy Nyamitwe, ainda segundo o comunicado.

O presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, condenou na quarta-feira "veementemente" o que descreveu como "a tentativa de golpe de Estado" no Gabão, um país centro-africano rico em petróleo que foi governado durante mais de 55 anos pela família Bongo.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, associou-se à condenação, embora tenha alertado para a existência de irregularidades no processo eleitoral que conduziu à vitória de Bongo.

Na quarta-feira, um grupo de militares anunciou ter tomado o poder no Gabão, pouco depois de a comissão eleitoral ter declarado a vitória de Bongo nas eleições presidenciais e legislativas de dia 26, que a oposição considerou fraudulentas.

Os golpistas afirmaram que o escrutínio não foi transparente, credível ou inclusivo e acusaram o Governo gabonês de governar de forma "irresponsável e imprevisível", prejudicando assim a "coesão social".

No final do dia de quarta-feira, os líderes do golpe de Estado anunciaram a nomeação do general Brice Oligui Nguema, comandante da Guarda Republicana do país, responsável pela segurança do próprio chefe de Estado, como novo "presidente de transição".

Este não é o primeiro golpe de Estado enfrentado por Ali Bongo, cuja família detém o poder desde 1967.

Bongo sofreu uma tentativa de golpe em janeiro de 2019, reprimida no próprio dia, quando se encontrava em Marrocos a recuperar de uma doença.

O golpe de Estado no Gabão - uma das potências petrolíferas da África subsariana - é o segundo a ocorrer em pouco mais de um mês no continente, depois de o exército ter tomado o poder no Níger, em 26 de julho.

O Gabão junta-se, para já, à lista de países que tiveram golpes de Estado bem-sucedidos nos últimos três anos: Mali (agosto de 2020 e maio de 2021), Guiné-Conacri (setembro de 2021), Sudão (outubro de 2021) e Burkina Faso (janeiro e setembro de 2022).


Forças ucranianas testam com sucesso míssil desenvolvido no país

© Ruslan Kaniuka / Ukrinform/Future Publishing via Getty Images

POR LUSA   31/08/23 

A Ucrânia testou hoje com êxito um míssil desenvolvido pela indústria militar do país, anunciou o secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa ucraniano, Oleksiy Danilov.

"Os testes foram bem-sucedidos, a sua utilização é eficaz", disse Danilov nas redes sociais, citado pela agência espanhola EFE.

Danilov ilustrou a mensagem com um vídeo do lançamento de um míssil que disse ter sido desenvolvido pela indústria militar ucraniana.

"O programa de mísseis do Presidente ucraniano em ação", escreveu o conselheiro de segurança de Volodymyr Zelensky.

A Ucrânia redobrou esforços para desenvolver armas de longo alcance que lhe permitam atacar alvos em território russo, dado estar limitada à utilização de armamento fornecido pelos aliados ocidentais em território ucraniano.

Danylov disse na semana passada que Kyiv tinha utilizado um míssil recém-desenvolvido na Ucrânia no ataque a uma base militar da Crimeia, no qual destruiu um sistema de mísseis antiaéreos russo S-400.

A Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia em 2014, a que juntou as regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia já depois de ter invadido a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mensagem divulgada hoje, Danilov deixou também um aviso à Federação Russa.

"Sevastopol aguarda. Kamchatka aguarda. Kronstadt espera", escreveu, referindo-se às localizações da principal base da frota russa do Mar Negro, da base de submarinos da Frota do Pacífico e de uma das bases da Frota do Báltico, respetivamente.

As informações divulgadas pela Ucrânia e pela Rússia sobre o curso da guerra não podem ser verificadas de imediato de forma independente.

Além de armamento, os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido apoio financeiro a Kyiv para manter o país em funcionamento apesar da guerra.

Os aliados de Kyiv também decretaram sanções contra Moscovo para tentar diminuir a sua capacidade de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

O número oficial de baixas civis e militares do conflito é desconhecido, mas diversas fontes, incluindo a ONU, admitem que será elevado.


Conversa com Sebastião Vinte e Cinco sobre situação no Gabão


O especialista em Relações Internacionais, Sebastião Vinte e Cinco falou com a VOA sobre o golpe de estado no Gabão.

Ele diz que "havia uma grande expectativa de militares para a mudança, mas o resultado eleitoral decepcionou. Esforços diplomáticos devem ser feitos para evitar que o poder dos militares seja prolongado."

Ele também critica a longa permanência no poder da família Bongo, 56 anos.

VOA Português