POR LUSA 31/08/23
O Presidente nigeriano, que também preside à Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), sugeriu hoje um período de nove meses para a transição do poder no Níger, tomado por militares em 26 de julho.
O Presidente Bola Tinubu deu o exemplo do que aconteceu na Nigéria no final dos anos 1990.
"O Presidente não vê razão para que isso não possa acontecer no Níger, se as autoridades militares forem sinceras", refere um comunicado divulgado pela presidência nigeriana.
As sanções impostas ao Níger pela CEDEAO não serão aliviadas sem "ajustamentos positivos" por parte dos militares em Niamey, advertiu também o presidente da organização no comunicado.
"As ações dos militares são inaceitáveis. Quanto mais cedo fizerem ajustes positivos, mais cedo reverteremos as sanções para aliviar o sofrimento que vemos no Níger", referiu.
Tinubu recordou que a Nigéria regressou ao regime civil em 1999, após um período de transição de nove meses instituído pelo general Abdulsalami Abubakar, que herdara o poder militar após a morte de Sani Abacha.
Abdulsalami Abubakar visitou o Níger em 19 de agosto, liderando uma delegação da CEDEAO, e nesse dia o líder militar do país, o general Abdourahamane Tiani, anunciou um período de transição de até três anos e alertou os países estrangeiros contra uma possível intervenção militar.
A CEDEAO disse estar pronta a usar a força para restabelecer a ordem constitucional no Níger, caso se esgotem outras vias.
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